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Osteorradionecrose: Revisão de Literatura Fontana, T. L. S1 Borsato, L.A2. 1- Pós-graduando do Curso de Especialização em Radiologia Odontológica e Imageologia da Universidade Tuiuti do Paraná (CURITIBA,PR). 2- Profª MSc Orientadora do Curso de Especialização em Radiologia Odontológica e Imageologia da Universidade Tuiuti do Paraná (CURITIBA,PR). 3- E-mail: tiagofontana@ymail.com RESUMO A Osteorradionecrose é uma complicação da radioterapia, que acomete pacientes com câncer de cabeça e pescoço. A radioterapia é uma modalidade terapêutica para o tratamento loco - regional do câncer que atinge as células neoplásicas, como também as células normais que se encontram na região adjacente ao tumor. As principais complicações do uso da radioterapia em cabeça e pescoço são as mucosites, candidíase, disgeusia, cáries, necrose de tecidos moles e xerostomia; dentre elas uma das mais graves e temidas, é sem duvida a osteorradionecrose. Este trabalho tem por objetivo, através de revisão de literatura, descrever as definições de osteorradionecrose assim como suas incidências no Brasil, sua fisiopatologia, fatores predisponentes de risco, prevenção e seu tratamento. PALAVRA CHAVE: Osteorradionecrose; radioterapia ABSTRACT Osteoradionecrosis is a complication of radiotherapy, which affects patients with head and neck cancer. Radiation therapy is a therapy in the treatment modality - region of cancer afflicting the neoplastic cells, but also normal cells that are in the region adjacent to the tumor. The main complications of the use of radiotherapy in head and neck are mucositis, candidiasis, dysgeusia, caries, necrosis of soft tissues and xerostomia, among them one of the most serious and feared, is undoubtedly the osteoradionecrosis. This paper aims, through literature review, describing the settings of osteoradionecrosis as well as its impact in Brazil, its pathophysiology, predisposing risk factors, prevention and treatment. KEYWORDS: Osteoradionecrosis, radiotherapy. INTRODUÇÃO A osteorradionecrose (ORN) é uma severa complicação da radioterapia em pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço. Dependendo da localização e extensão da lesão osteorradionecrótica pode trazer sintomas como dor, odor fétido, disgeusia, 1 disestesia ou anestesia, trismo, dificuldade de mastigação, deglutição e fonação, formação de fístula, fratura patológica e infecção local ou sistêmica. A incidência de ORN varia de 2% a 2.7% e muitos fatores predisponentes têm sido identificados, como local anatômico inicial do tumor, dose de radiação, técnica de radiação usada e estado da dentição, mas a etiologia ainda não está clara. (GOMES et al., 2007) As principais complicações do uso da radioterapia são as mucosites, candidíase, disgeusia, cáries, necrose de tecidos moles e xerostomia; dentre elas uma das mais graves e temidas, é sem duvida a osteorradionecrose. Apesar de um melhor controle dos fatores de risco, visto atualmente com maior atenção aos cuidados de higiene oral e de saúde dentária, e dos avanços modernos dos métodos de radioterapia, a osteorradionecrose permanece como realidade nos nossos dias. (JHONNY et al., 2010) Este trabalho tem por objetivo, através de revisão de literatura, descrever as definições de osteorradionecrose assim como suas incidências no Brasil, sua fisiopatologia, fatores predisponentes de risco, prevenção e seu tratamento. REVISÃO DE LITERATURA DFINICÃO DE OSTEORRADIONECROSE Para Marx (1983) a ORN pode ser considerada como uma necrose isquêmica, com infecção superficial do osso exposto caracterizado por hipocelularidade, hipóxia, hipovascularização. Para Wong; Wood; Mclean (1997) a ORN é uma cicatrização lenta associada a necrose de tecidos moles e na ausência de tecidos moles. Pode estar ou não infectadas, dar ou não origem a fraturas patológicas. Segundo Monteiro; Barreiro; Medeiros (2005) a osteorradionecrose é uma perda da vitalidade óssea devido à radiação sofrida, originando a perda da integridade da mucosa e expondo o osso lesado. A exata definição de osteorradionecrose ainda não é um consenso, sendo um fator complicador. Trata-se de uma doença em que o osso irradiado torna-se desvitalizado, e exposto através da perda de da integridade da pele e da mucosa, persistindo sem cicatrização por um período mínimo de três meses. (JHONNY et al., 2010) INCIDÊNCIAS No Brasil as estimativas de câncer para ano de 2006 de 472.050 casos novos, sendo que destes, 13.470 envolve a região de cabeça e pescoço. A cirurgia e/ou radioterapia (RT) são, isolados ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer e boca. Em relação a gênero, encontramos maior relação de acometimento para os homens de 3: 1. (ROCHA et al., 2008). De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer bucal foi o sétimo tipo de tumor maligno mais freqüente e o nono em mortalidade para ambos os sexos. Sendo colocado em 3º lugar entre os homens e 4º lugar entre as mulheres, conforme os dados de estimativas e incidências de mortalidade para o ano de 2003 no Brasil. A osteorradionecrose é uma das complicações mais severas da radioterapia, com incidência mais pronunciada em idosos (10 a 37%), ocorrendo sete vezes mais na mandíbula que na maxila, devido a sua alta densidade óssea e menor vascularização. (SALAZAR et al., 2008). Para Curi; Kowalski (2003) apesar dos avanços tecnológicos em aparelhos de 2 radioterapia e da melhoria das técnicas cirúrgicas, a incidência de osteorradionecrose não tem diminuído nas últimas décadas. Dependendo da instituição analisada, a incidência de osteorradionecrose tem variado de 1% a 40% de casos. FISIOPATOLOGIA A radioterapia é uma modalidade Terapêutica para o tratamento loco - regional do câncer que atinge as células neoplásicas, como também as células normais que se encontram na região adjacente ao tumor. Quando essa região se da na região de cabeça e pescoço, produz reações reversíveis e irreversíveis dependentes da fonte, do campo e das doses de radiação, ocorrendo principalmente na mucosa, nas glândulas salivares, nas estruturas de suporte dental e nos dentes. São classificadas em agudas (mucosite ou estomatite) e crônicas (xerostomia, cárie de radiação, trismo, alterações no paladar, dermatite necrose de tecidos moles e osteorradionecrose. (SANTOS et al., 2010) A Radiação reduz o potencial de vascularização dos tecidos. As conseqüentes condições hipovascular e hipóxia colocam em risco a atividade celular, formação de colágeno e capacidade curativa da ferida. Com os vasos alterados, o fluxo sanguíneo diminui, bem como os nutrientes e as células de defesa. Sem nutrientes e sem defesa todas as estruturas dos ossos dos maxilares e mandibulares sofrem degeneração. Outros efeitos da radiação incluem diminuição da atividade osteoblástica e osteocística, fibrose dos espaços medulares e fibrose periostal. (GRIMALDI et al., 2005) FATORES DE RISCO Os fatores predisponentes comumente relacionados a ORN da mandíbula inclui higiene bucal pobre, doença periodontal, abscesso dento – alveolar, cáries extensas, local anatômico do tumor, doses crescentes de radioterapia, e cirurgia dento alveolar durante a radioterapia ou no período pós-operatório. Hábitos que irritam a mucosa bucal, tais como o uso de álcool e tabaco, podem, também, aumentar o risco de ORN. Estimulação traumática com extração dentaria ou irritação por prótese resultando em exposição óssea possa, também, aumentar o risco a doença. Assim em indivíduos desdentados estão ainda em risco em desenvolver ORN, embora este risco seja, significantemente, menor do que em indivíduos dentados. (GRIMALDIet al., 2005) Diversos fatores estão associados ao surgimento da ORN, sendo alguns deles relacionados ao tratamento oncológico, (tipo e duração do tratamento, dose e campo de radiação dose e campo de radiação), ao paciente (extração dentária, durante e após radioterapia, má higiene oral, doenças periodontais, estado nutricional, idade) e ao tumor (localização e estádio da doença). A dose de radiação representa um dos mais importantes fatores de risco para osteorradionecrose, sendo que quanto maior a dose maior o risco. A maioria dos casos da doença ocorre em doses maiores do que 60 Gy, e existem poucos relatos de casos após doses menores que 50 Gy. A localização e estádio do tumor são importantes fatores de risco para a doença, sendo que os tumores de amígdalas, laringe, assoalho de boca, orofaringe, e aqueles tumores com estádios mais avançados foram associados a maior risco de osteorradionecrose. Os mais importantes fatores de risco; doença periodontal e extração dental. (JHONNY et al., 2010) 3 PREVENÇÃO Cardoso et al. (2005), em seu estudo seguiu o seguinte protocolo; Solução de gluconato de clorexidine 0,2%, 3 vezes ao dia até o inicio da RT quando foi substituídas por outras soluções. Ao mesmo tempo, orientações gerais de higienização foram demonstradas, como técnicas de escovação. A partir dessa adequação bucal inicial passamos para os procedimentos cirúrgicos. As exéreses foram realizadas, com antecedência mínima de 15 dias, com rigor de técnica, visando menor trauma a estrutura óssea, que envolve o elemento dental, bem como no tecido gengival. Concomitante foi realizado a remoção de cálculos salivares supra e sub gengivais, através de raspagem coronária e polimento radicular. Após esse procedimento realizou aplicação de flúor gel neutro. Que possibilita a diminuição de sensibilidade na área tratada. Por fim, realizou-se o tratamento dos elementos dentais com cárie, em que s procedeu a remoção do tecido cariado, limpeza da cavidade com solução de clorexidine a 0,2%, isolamento relativo com rolete de algodão, e preenchimento da cavidade com ionômero de vidro e polimento. A prevenção é a palavra de ordem no paciente irradiado, cuja avaliação do estado dentário e periodontal são muito importantes para a definição da conduta pré radioterápica. Na presença de dentes em ótimo estado de conservação, sem dúvida a primeira iniciativa é mantê-los, por outro lado, quando os dentes se encontram em mau estado, a extração é mandatária, sendo que as exodontias devem ser realizadas no mínimo de duas semanas antes do tratamento radioterápico. Entretanto, outras variáveis devem ser consideradas, como a motivação do paciente e as condições físicas e sociais, as quais determinariam à extração total, apesar da presença de ótimos dentes. É válido lembrar ainda, que o risco da osteorradionecrose persiste por toda vida do paciente. (SALAZAR et al., 2008) TRATAMENTO O tratamento da ORN, ainda, é um desafio para o clínico. Atualmente, parece consenso que a ORN deve ser manipulada, inicialmente, de maneira conservadora, por intermédio de debridamento e limpeza das feridas cirúrgicas com soluções antimicrobianas, por antibiótico terapia e cirurgias de pequenos portes (Sequestrectomia). (GRIMALDI et al., 2005) O tratamento conservador inclui irrigação local (com soluções salinas, clorexidine, peróxido de hidrogênio ou iodopovidona), curetagem da lesão, eliminação de pequenos seqüestros, com ou sem a utilização de oxigenação hiperbárica. A eliminação de hábitos como o tabaco e álcool, eliminação de próteses traumáticas, uso de medidas de higiene e colutórios anti-sépticos várias vezes por dia, uso de analgésicos, fazem parte da terapêutica conservadora. A antibiótico terapia é outra medida conservadora utilizada quase por rotina no tratamento das ORN, nomeadamente a clindamicina, ciprofloxacina, penicilinas, metronidazol ou doxicilina. A utilização das tetraciclinas tem sido particular interesse pela sua excelente fixação ósseo. Outras abordagens terapêuticas incluem a utilização de pentoxifilina-tocoferol e terapia com ultrason. (MONTEIRO; BARREIRA; MEDEIROS; 2005) A ORN se apresenta clinicamente como dor persistente a exposição óssea crônica, podendo levar a não união óssea, fraturas patológicas e fístulas oro cutâneas. O principal impacto nesses pacientes é em relação a suas funções vitais de digestão, respiração e fala. Um dos sinais precoces da 4 ORN é a dor e ela deve ser considerada em pacientes que são considerados de risco. A progressão do problema pode levar a ulceração e fratura patológica da mandíbula, mas a presença dessas condições não é necessária para o diagnóstico da ORN. A mandíbula é o principal sítio acometido pela patologia, podendo ser a diferença entre seu suprimento sanguíneo e sua estrutura anatômica que a faz ser mais acometida que a maxila. (J.MARTINS, HILGENBERG, KEIM, 2008) Aproximadamente metade dos pacientes que apresentam ORN necessita de ressecção cirúrgica. O primeiro passo é o debridamento cirúrgico, sendo que todos os tecidos desvitalizados devem ser ressecados e o suprimento sanguíneo aos tecidos restantes deve ser otimizado. Contudo a quantidade de tecido ósseo a ser ressecada é uma decisão do cirurgião, que deve levar em conta a vitalidade do osso remanescente. (JHONNY et al., 2010) DISCUSSÃO Marx (1983) a ORN pode ser considerada como uma necrose isquêmica. Para Wong; Wood; Mclean (1997) ORN é uma cicatrização lenta associada a necrose de tecidos. Monteiro; Barreiro; Medeiros (2005) osteorradionecrose é uma, perda da vitalidade óssea devido à radiação sofrida. Para Jhonny et al. (2010) A maioria dos casos da doença ocorre em doses maiores do que 60 Gy. Já Grimaldi et al. (2005) diz que á ORN da mandíbula está relacionada à, higiene bucal pobre, doença periodontal, abscesso dento – alveolar, caries extensas, local anatômico do tumor, doses crescentes de radioterapia, e cirurgia dento alveolar durante a radioterapia ou no período pós-operatório. Para Salazar et al.(2008) dentes em ótimo estado de conservação, sem dúvida a primeira iniciativa é mantê-los, por outro lado, quando os dentes se encontram em mau estado, a extração é mandatária, sendo que as exodontias devem ser realizadas no mínimo de duas semanas antes do tratamento radioterápico. Já Cardoso et al. (2005), segue um protocolo. Solução de gluconato de clorexidine 0,2 a 3 vezes ao dia até o inicio da RT, orientações gerais de higienização, adequação bucal e por último procedimentos cirúrgicos. As exéreses realizadas, com antecedência mínima de 15 dias, com rigor de técnica, visando menor trauma a estrutura óssea. Remoção de cálculos salivares supra e sub gengivais e aplicação de flúor gel neutro. ORN deve ser manipulada, inicialmente, de maneira conservadora, por intermédio de debridamento e limpeza das feridas cirúrgicas com soluções antimicrobianas, por antibiótico terapia e cirurgias de pequenos porte(Sequestrectomia). (GRIMALDI et al., 2005). Para Jhonny et al. (2010) O primeiro passo é o debridamento cirúrgico, sendo que todos os tecidos desvitalizados devem ser ressecados e o suprimento sanguíneo aos tecidos restantes deve ser otimizado. CONCLUSÃO De acordo com essa revisão de literatura, osteorradionecrose é uma severa complicação da radioterapia de cabeça e pescoço, e seu tratamento ainda é um desafio, devido a redução do potencial de vascularização dos tecidos. A melhor forma de se evitar a doença é através da orientação prevenção e remoção dos fatores de risco. REFERÊNCIAS 5 01. 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