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EXAMES LABORATORIAIS Hemograma Completo Eletrólitos Bioquímica e Enzimas Gasometria arterial O Hemograma completo é um exame diário, na pratica cínica de todo profissional. E as informações fornecidas tendem a responder duas questões: Se a medula óssea está produzindo número suficiente de células maduras diferenciadas em linhagens? E se os processos de proliferação, diferenciação e aquisição das funções de cada tipo celular estão sendo desenvolvidos de maneira adequada? O Hemograma é dividido em 3: 1. Eritrograma 2. Leucograma 3. Plaquetograma 1. ERITROGRAMA Hemácias – células responsáveis pelo transporte das hemoglobinas, facilitam a troca de gases. Dentro dela que vai ocorrer toda a transformação de oxi-hemoglobina em ácido que vai liberar um íon hidrogênio para depois esse hidrogênio se juntar com CO2 no bicabornato. Hemoglobina - É proteína rica em ferro. Possui a função de Transporte de O2 e CO2 e também dá a cor avermelhada as hemácias (eritrócitos). Hematócrito - é o volume das hemácias em relação ao volume sanguíneo. Volume corpuscular médio (VCM)- é o índice do tamanho das hemácias. Se tiver aumentado, pode ser por falta de vitamina B12 e acido fólico. Valores baixos são frequentes achados em anemia ferropriva. Hemoglobina corpuscular média (HCM)- é o peso da hemoglobina na hemácia. O valor normal é de 26-34 picogramas. É o valor de hemoglobina divido pelas hemácias. Concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM)- é a concentração de hemoglobina contida na hemácia. RDW: Indica a variação de tamanho das hemácias. Quando elevada, indica anisocitose. Seu valor normal é de 11 a 14%. SÉRIE VERMELHA HEMOGLOBINA Policitemia – Indica aumento da viscosidade do sangue, diminuição de velocidade de circulação levando a uma formação de microtombos que provoca obstruções de pequenos vasos. Ex: Doença Renal e DPOC OBS: Lembrando que indivíduos que moram em altitudes mais elevadas por conta do ar ser rarefeito, eles tendem uma policitemia que não é patológica. Anemia – Há uma incapacidade de transportar oxigênio! E não adianta colocar oxigenoterapia pois o déficit é no transporte de oxigênio. O paciente com HB baixo, o paciente fica mais cansado e pode ter dor no corpo, evitar fazer exercícios aeróbicos e isométricos. 2. LEUCOGRAMA Linfócitos (20 a 50%) – São células apresentadoras para infecção viral, mas não fagocitam. Quando estão aumentados indica sinal de infecção. Quando estão baixos pode ser sinal de doenças auto-imunes que atacam as células de defesa do organismo. Linfócito B – secreta anticorpo (resposta humoral) e também são responsáveis pela apresentação de antígeno para célula T. Linfócito T – envia mensagem de ataque para diversos leucócitos para realizar o combate contra o agente agressor. Células Natural Killer – marcar o antígeno na resposta imune celular. Monócitos (2 a 10%) – São percursores dos macrófagos. Quando os valores de monócito ficam altos pode significar a presença de infecções crônicas e problemas no sangue. Quando os valores estão baixos significa que o sistema imune está enfraquecido. Eusinófilos (1 a 5%) – Os eosinófilos provocam reação de inflamação que atuam na defesa do corpo, e se tornam altos, principalmente, durante reações alérgicas ou em casos de infecção por parasitas. Seus valores baixos são encontrados em caso de infecções bacterianas agudas e redução da imunidade. Basófilos (0 a 2%) – Os valores aumentam em casos de alergia ou inflamação prolongada como asma por exemplo. Os valores baixos indicam que o sistema imune está enfraquecido. Neutrófilos (40 a 80%) – São células de defesa que chegam mais rápido no local da infecção por quimiotaxia e chama a primeira resposta imune inata para ocorrer a fagocitose. Valores altos indicam alguma infecção bacteriana ou fúngica. Valores baixos indicam anemia ferropriva, leucemia, cirrose ou hipotireoidismo. Bastonete – São os neutrófilos jovens que acabam de ser produzidos para vencer a infecção. Segmentados – São os neutrófilos mais antigos. SÉRIE BRANCA Citose ou Filia = Aumento Penia = Diminuição LEUCÓCITO Leucocitose – Sinal de Infecção ou inflamação Leucocitose com Desvio à E: Significa que estão produzindo células de defesa, mas são células novas que não tem função, sugere fortemente a existência de uma infecção aguda. Leucopenia – Sinal de Inflamação Ex: Leucemia, HIV, Lupus (Sistema Imune deprimido) 3. PLAQUETOGRAMA Plaquetose – Indica Hipercoabilidade, consequentemente, maior risco de trombo (TVP) Plaquetopenia – Risco de Hemorragia e sangramento, podendo ter equimose. Não indicado fazer exercício resistido, subir e descer escadas. Abaixo de 70 mil mm³ contra indicado manobras compressivas. CUIDADO! Em pacientes oncológicos, com plaquetopenia demonstram que o repouso excessivo, com a falta de atividade física, resulta em descondicionamento grave. Plaquetas <10.000/mm³ com transfusão de plaquetas antes do treinamento, pode ser feito atividades de vida diária (assistidas e essências) e saída do leito com supervisão. ELETRÓLITOS SÓDIO POTASSIO MAGNÉSIO CALCIO CLORO FOSFATO BICARBONATO Bicarbonato SÓDIO E POTÁSSIO Sódio – Paciente pode ter Desidratação Potássio – Paciente pode ter parada cardíaca (em arritmia ou assistolia) e IAM Potássio e Hiponatremia – Necrose Tecidual, pois essa alteração leva a uma perda de potencial de ação, consequentemente a célula perde a função de contrair. Sódio: É necessário para contração muscular e eficiente no funcionamento nervoso. É importante na regulação da pressão osmótica extracelular. Potássio: É responsável pela contratilidade muscular e pela regularização da excitabilidade muscular. Além de ser necessária na síntese proteica de glicogênio e equilíbrio acido-base. Cálcio – Serve para contração muscular e função nervosa. Valores baixos tem como causa a insuficiência renal. Magnésio – Importante para dar estabilidade no sistema muscular juntamente com o potássio, sódio e cálcio. Cloro – É importante na regulação da passagem através da membrana celular e pressão osmótica Fosfato – É importante no metabolismo intra-celular e potencial de energia celular. Bicarbonato – É importante na regulação do sistema hidrolítico e no equilíbrio ácido- básico. BIOQUÍMICA ENZIMAS Elas revelam que possui algum distúrbio com determinado órgão. Amilase – Presente no pâncreas e glândulas salivares. O exame ajuda a fazer o diagnóstico de doenças no pâncreas, como pancreatite aguda, por exemplo, ou outros problemas que possam alterar o funcionamento deste órgão. TGO e TGP (transaminase glutâmica oxalacética / pirúvica) – São enzimas encontrada em grande quantidade no fígado. E toda vez que uma célula que contenha essas enzimas sofre uma lesão, elas “vazam” para o sangue, aumentando a sua concentração sanguínea. Portanto, é fácil entender por que doenças do fígado, que causam lesão dos hepatócitos, cursam com níveis sanguíneos elevados de TGO e TGP. Fosfatase Alcalina (FA) e Gama GT (GGT) - Valores altos concomitante de ambas as enzimas sugere lesões das vias biliares. Bilirrubinas - são restos da destruição das hemácias velhas e defeituosas pelo baço. A bilirrubina produzida no baço é transportada pelo sangue até o fígado, onde é processada e eliminada na bile. A bilirrubina do baço é chamada de bilirrubina indireta, enquanto que a transformada no fígado é a bilirrubina direta. A bilirrubina total é a soma da direta com a indireta. Toda vez que seu valor sanguíneo for maior que 2 mg/dL, o paciente costuma apresentar-se com icterícia (pele amarelada), que é a manifestação clínica da deposição de bilirrubina na pele FATORES DE COAGULAÇÃO TAP (Tempo de Atividade de Protombina) – Resultados maiores de 13.00são considerados altos e indicam que há uma deficiência na coagulação. TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado) - Tempo de recalcificação do plasma sanguíneo sendo capaz de evitar distúrbio de fatores na coagulação sanguínea. Resultados elevados indicam deficiência na via intrínseca da coagulação. INR – Significa Razão Normalizada Internacional, um padrão internacional no qual a coagulação pode ser comparada. A taxa de coagulação do sangue normal é fixado num valor de 1. ENZIMAS CARDÍACAS CPK (creatinofosfoquinase) - é utilizado para ajudar no diagnóstico de Infarto. solicita-se a dosagem da CPK-MB, a qual aumenta nas primeiras 4 a 6 horas após o início do quadro, apresentando um pico entre 18 a 24 horas e permanecendo alterada por 48 a 72 horas após o episódio. O aumento dos valores da CPK-MB no infarto do miocárdio dependerão da localização e da extensão da área do coração afetada. CKMB – É uma isoenzima da creatina fosfoquinase que corresponde a enzima liberada pelo músculo cardíaco. Esta enzima eleva-se quando ocorre isquemia em um determinada região do músculo cardíaco. No infarto agudo do miocárdio os valores de CKMB podem estar superiores a 16 U/L e entre 4% a 25% do valor de CPK total. Troponina T - É um exame que começa a ser muito utilizado no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. Esta enzima é liberada no sangue a partir de 2 a 8 horas após a lesão do miocárdio. Os valores se elevam por um período de 2 horas a 14 dias após o infarto. OUTROS EXAMES Glicose - Principal fator de energia do metabolismo celular. Valores aumentados indicam um pior prognóstico. Ureia – Permite avaliação da função renal, principal forma de excreção de hidrogênio Creatinina- Permite uma avaliação mais refinada da função renal, pois demora mais para se acumular no sangue. E quando presente no exame alto, indica uma piora dessa função renal. OBS: Aumento de Ureia e Creatinina os pacientes vão para diálise mas podem fazer fisioterapia. D-Dímero – Exame auxiliar de investigação da embolia pulmonar com pouca especificidade. Quando estiver positivo nos indica algo errado porem não nos informa onde. OBS: Todo TEP é D-dímero positivo, mas nem todo D-dímero positivo é TEP. PCR (Proteína C reativa) - Indica que tem processo inflamatório e infeccioso porem não especifica onde. Lactato – Exame de marcador de hipóxia tecidual. O aumento de lactato no sangue nos indica que está chegando menos oxigênio nos tecidos periféricos. Pró BNP – Marcador de insuficiência cardíaca (>90), ajuda no diagnóstico diferencial de pneumonia, pois o sinal e sintomas são parecidos. GASOMETRIA ARTERIAL E VENOSA É um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-básico do paciente. PH = 7.35 a 7.45 PaO2 = 80 a 100 mmHg PaCO2 = 35 a 45 mmHg BE = -2 a +2 HCO3 = 22 a 26 SatO2 = > 95% A gasometria venosa é importante para ver se o paciente tende a fazer um choque séptico. REFERÊNCIAS Sarmento, George. Fisioterapia respiratória de A a Z. Editora Manole, 2016. Hokama, NK. Machado, PE. Interpretação Clínica do hemograma nas infecções. Março, 1997. Vol. 72, nº 3. EXAME LABORATORIAL É COISA DE FISIOTERAPEUTA! OBRIGADA! Laís Lemos
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