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TEXTO DE ESTUDO ERGONOMIA

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Ergonomia, higiene e segurança no trabalho
Aula 1: Iniciação à segurança do trabalho - aspectos históricos, sociais e legais
Evolução histórica da Segurança do Trabalho
Os estudos sobre a doença no trabalho começaram há cerca de 250 anos. Em 1556, Georg Bauer escreveu sobre algumas doenças causadas pela a extração de minerais, como a "Asma dos Mineiros", provocada por poeiras corrosivas, conhecida hoje como: silicose - doença provocada pela inalação de finas partículas de sílica e por inflamações ou lesões nodulares nos pulmões, identificada por Ramazzini em 1705-". Devido a Revolução Industrial (1830) que começaram a surgir as 1ª leis de proteção ao trabalhador na Inglaterra, França, Alemanha e Itália.
Inglaterra (1802): lei de amparo aos operários menores, nesta lei limitava-se a 12horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavarem as paredes das fábricas pelo menos 2 vezes por ano e obrigava a ventilação.
(1819): foi criada outra lei, proibindo o trabalho de menores de nove anos e limitando a 12 horas a jornada de menores até 16 anos.
(1833): parlamento inglês votou nova lei, reduzindo para 8 horas o limite da jornada dos menores de 13 anos e para 12 horas aos menores de 18 anos e proibindo o trabalho noturno de menores.
(1908): foi estabelecida a jornada de 8 horas.
(1919): no Brasil, em 15 de janeiro, surgiu a Lei 3.725, contendo 30 artigos e dispondo sobre o conceito de acidente de trabalho. Até que em 1º de maio de 1943, foi baixado o Decreto-Lei 5.452, aprovando a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Da CLT a lei é: LEI Nº 6514, de 22 de dezembro de 1977, que altera os art. 154 a 201 da consolidação mais importante das Leis do Trabalho, os quais compõem o Capítulo V, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Nas normas regulamentadoras temos algumas especificações a seguir da NR1 a NR17.
Definições em SSO (Segurança e Saúde Ocupacional - é uma área multidisciplinar relacionada com a segurança, saúde e qualidade de vida de pessoas no trabalho) 
Segurança do trabalho: Pode ser entendida como um conjunto de medidas adotadas que visam minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade física e a capacidade do trabalhador.
Higiene Ocupacional: Cuida do ambiente de trabalho para prevenir doenças ou lesões nos trabalhadores, provenientes de atividades em ambientes de trabalho como: calor, ruído, vibração, manuseio de substâncias químicas, agrotóxicos etc.
Morte Ocupacional
Exemplo: Respirar ar contaminado acima da chamada concentração Imediatamente Perigosa a Vida ou à Saúde (por exemplo, 1500ppm de monóxido de carbono, 50.000 ppm de gás carbônico, 500 ppm de gás sulfúrico, etc) produzem efeitos agudos irreversíveis à saúde, ou até morte imediata, dependendo das circunstâncias. Inalar o ar com deficiência de oxigênio produz as mesmas consequências quando a concentração do 0² no ar cai abaixo de 12,5%, ao nível do mar (significa que a pressão parcial de 0² no ar é menor que 95mm de Hg), isto é, o ambiente também é considerado IPVS.
Áreas de trabalho
Em 2009, foram registrados 723.452 acidentes e doenças do trabalho, entre os trabalhadores assegurados da Previdência Social. Este número, que já é alarmante, não inclui os:
Trabalhadores avulsos: Aquele que presta um trabalho sem vínculo empregatício e com a intercalação entre o prestador e o tomador, de representação sindical.
Trabalhadores eventuais: Aquele que cumpre, na empresa, aquilo que ficou estabelecido e, terminada sua missão, automaticamente está desligado.
Empregadas domésticas: Aquele que presta serviço de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a uma pessoa ou família, no âmbito residencial desta.
Estes eventos provocam enormes impactos na sociedade entre esses registros contabilizou-se: 
Aula 2: Acidente de trabalho 
Acidente de trabalho: É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. Ou seja, é o evento não desejado que tem por resultado uma lesão ou enfermidade a um trabalhador ou um dano a propriedade.
Estrutura dos acidentes de trabalho: No Brasil, houve decrescente ocorrência de acidentes no trabalho, mas uns dizem que isso é resultado do sub-registro (que significa a não notificação dos acidentes de trabalho). No entanto, com novas inovações no ramo da robótica no setor industrial, a maioria dos trabalhos perigosos começaram a ser feitos por robôs o que ajudou na diminuição dos acidentes de trabalho.
Tipos de acidente de trabalho
Doenças profissionais provocadas pelo trabalho: problema de coluna, audição, visão.
Doenças causadas pelas condições de trabalho: dermatose causada pela cal e cimento e problemas de respiração.
Acidentes que acontecem na prestação de serviços, por ordem da empresa, fora do local de trabalho. 
Acidentes que acontecem em viagens a serviço da empresa.
Acidentes que ocorram no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa. 
Os acidentes de trabalho são divididos em:
Acidente típico: São aqueles que ocorrem com o trabalhador no próprio órgão ou em qualquer outro local, quando está prestando algum serviço ou benefício ao empregador.
Acidente de trajeto: São aqueles que ocorrem com o trabalhador no trajeto da residência para o trabalho independentemente do modo de locomoção.
Doenças ocupacionais: Produzida ou desencadeada pelo exercício de uma determinada atividade constante. Ex: todo o tenista tende a ter problemas no cotovelo.
Principais causas dos acidentes de trabalho
Atos inseguros: aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança, ou seja, a violação de um procedimento aceito como seguro, que pode levar à ocorrência de um acidente. Ex: Deixar de chamar a atenção/ Não usar EPI/ Brincar em local de trabalho/ Inutilizar dispositivo de segurança/ Não cumprir as normas de segurança. 
Condições inseguras: São consideradas falhas técnicas, que presentes no ambiente de trabalho, comprometem a segurança dos trabalhadores e a própria segurança das instalações e dos equipamentos. Ex: Falta de dispositivos de proteção ou são inadequados/ Iluminação inadequada/ Ordem e limpeza deficientes/ Ventilação inadequada etc/ Excesso de ruído;   
Ordem e limpeza: sabe-se que o ambiente de trabalho influencia o trabalhador ou de forma positiva ou de negativa, dentro contexto, a ordem e a limpeza constituem um fator de influência positiva no comportamento do trabalhador. Ex: Cor/ Temperatura/ Luminosidade/ Ruído; etc. 
Obrigações da empresa: A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, sendo também seu dever prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho (Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.)
A empresa deverá comunicar acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Deverá ser comunicado os acidentes ocorridos com o segurado empregado – exceto doméstico – o trabalhador avulso, o segurado especial e o médico residente. 
Prevenção: é a ação de levantar os riscos envolvidos em uma determinada atividade antes que ela seja iniciada, pensar em todos os fatores contribuintes, prever ações ou orientações que controlem a condição de risco. 
EPC: É toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas.
EPI: É todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção de uma pessoa.Benefícios Previdência Social
Auxílio-doença - Concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. Para os trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, e a Previdência Social paga à partir do 16º dia de afastamento do trabalho.
Auxílio-doença acidentário - Concedido ao segurado incapacitado para o trabalho em decorrência de acidente de trabalho ou de doença profissional.
Auxílio-acidente – Concedido ao trabalhador que sofre um acidente com sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença.
Reabilitação Profissional – Tem por objetivo oferecer, aos segurados incapacitados para o trabalho (por motivo de doença ou acidente), os meios de reeducação ou readaptação profissional.
Pensão por morte – Concedido à família do trabalhador quando ele morre.
Aula 3. Higiene e Segurança do trabalho
A higiene no trabalho: é um conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. Além disso, ela tem caráter preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho.
A higiene do trabalho envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho como, por exemplo:
Iluminação: Uma má iluminação, causa fadiga à visão, afeta o sistema nervoso, contribui para a má qualidade no desempenho dos funcionários e também, pode ser considerada responsável por uma razoável parcela dos acidentes que ocorrem nas organizações.
Temperatura: Um ambiente de trabalho com temperatura e umidade inadequadas é considerado doentio. Por isso, o funcionário deve usar roupas adequadas para se proteger do que “enfrenta” no dia a dia corporativo. O mesmo ocorre com a umidade.  
Ruído: Já o ruído provoca perda da audição e quanto maior o tempo de exposição a ele, maior o grau da perda da audição.
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis, e todas as empresas são obrigadas a constituir uma equipe para isso. A Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos e melhorando as relações humanas no trabalho. 
SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho- NR4):é um setor dentro das empresas que cuida da saúde e segurança do trabalhador. Função: aplicar as melhores práticas prevencionistas, responder as entidades de fiscalização, atuar para que as medidas sejam respeitadas e apurar os acontecimentos. Além do SESMT a CIPA. 
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidente): tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde. Todas as instituições que admitam trabalhadores como empregados (empresas privadas, públicas, sociedades mistas, orgãos...) devem constituir o CIPA, mantendo-a em regular funcionamento, a CIPA será composta por representantes do empregador e dos empregados.
A CIPA terá por atribuição:
Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do  SESMT, onde houver; 
Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de  problemas de segurança e saúde no trabalho; 
Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; 
Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; 
Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que  foram  identificadas; 
Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; 
Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; 
 Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de  máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; 
Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 
Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; 
Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; 
Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; 
Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; 
Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; 
Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.                
Dimensionamento da CIPA: será feito através da Classificação Nacional de Atividades Econômicas da empresa, CNAE com correspondente agrupamento para o dimensionamento e do número de funcionários desta empresa. Consultando o Quadro 1 da NR-5 você encontrará um determinado número de funcionários efetivos e suplentes, encontrado este número multiplique por dois, este valor será o número de componentes da CIPA, sendo metade representantes dos empregados e a outra metade representantes do empregadores.
A importância da Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
O Brasil é o 9.º país em maior número de Acidentes do Trabalho no mundo, no ano de 2000. (ANUÁRIO  brasileiro de proteção, 2006);
O número de óbitos motivados por acidentes do trabalho, no Brasil, no ano de 2004, foi de 2.801 (ANUÁRIO brasileiro de proteção, 2006);
O número de acidentes do trabalho no Brasil, no ano de 2004, foi de 478.956 (ANUÁRIO brasileiro de proteção, 2006);
Em 1999, 16.757 trabalhadores tornaram-se incapazes permanentemente para o trabalho, parcial ou totalmente (BRASIL, 2001), ficando de fora dessas estatísticas em torno de 65% da população economicamente ativa PEA, ou seja, os trabalhadores que estão na chamada economia informal. Dos 71,7 milhões de pessoas que estão trabalhando, apenas 24,9 milhões são trabalhadores com empregos formais (PROTEÇÃO).
O Brasil gasta em torno de R$ 20 bilhões por ano com acidentes do trabalho (PASTORE, 2001). A maior parcela dos custos referentes aos acidentes é paga pelas empresas que pagam uma verdadeira fortuna ao Governo Federal através do Seguro de Acidente do Trabalho - SAT, que é obrigatório;
No Ceará, no ano de 1997, um acidente custou, em média, R$ 7.919,29 (matéria do jornal Diário do Nordeste de 17 de setembro de 1998).
O Acidente do Trabalho, bem como a Doença do Trabalho (que é equiparada ao Acidente do Trabalho), são eventos indesejáveis que surgem no decorrer do processo produtivo. Ao realizar o processo produtivo, um objetivo específico desse trabalho humano é obter uma maior quantidade de bens materiais, utilizando menos matéria-prima e em menos tempo. No entanto, em decorrência desse trabalho, e mesmo antes do seu início, podem surgir eventos indesejáveis como o Acidente do Trabalho e a Doença Ocupacional.
Não se pode deixar de dizer que os índices de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais no Brasil estão melhorando, mas ainda estão longe do ideal. Para se ter uma ideia, o coeficiente de acidentes fatais (óbitos em 1.000.000 de empregados) no Brasil, na década de 80, era 220, enquanto hoje está em torno de 150. Mas quando comparado, por exemplo, com os Estados Unidos, essecoeficiente é de 5. Já na Grã-Bretanha, o coeficiente é de 10 óbitos por 1.000.000 de empregados (CIPA, Cipa notícias fique sabendo. 2001).
Aula 4. Equipamento de proteção individual 
O que é EPI
Conforme NR6: é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento.
Cuidados com o EPI
Cabe ao empregado: • Utilizar apenas para a finalidade a que se destina.
• Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação.
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Cabe ao empregador: • Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade.
• Exigir o seu uso.
• Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
• Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado, acondicionamento e conservação.
• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.
• Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade observada.
Legislação
Conforme o Art. 157 da CLT
Cabe às empresas: I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e Medicina do trabalho. / II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.
Conforme o Art. 158 da CLT
Cabe aos empregados: I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador. / II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Para se usar um EPI o encarregado deve levar em consideração três aspectos fundamentais para sua inspeção e uso:
Aspecto técnico: Onde se deve considerar as necessidades de uso do EPI e seleção do tipo adequado a cada situação.
Aspecto educacional: Por que e como se deve usar o EPI, para que o funcionário possa aproveitá-lo corretamente.
Aspecto psicológico: O encarregado deve envolver, conquistar o funcionário para que o EPI seja aceito espontaneamente e não como uma imposição. O funcionário deve sentir a necessidade de se preservar e portanto, proteger as suas partes do corpo.
Inspeção
As inspeções nada mais é do que a procura de riscos comuns, já conhecidos teoricamente. Os riscos mais comuns são: 
 
Falta de proteção.
Falta de ordem e limpeza. 
Mau estado das ferramentas. 
Instalação elétrica deficientes.
Pisos escorregadios, deficientes, em mau estado de conservação. 
Insuficiência ou obstrução de acessos (portas, escadas, corredores, etc.).
Prática de atos inseguros. 
Extintores obstruídos.
EPIs
Existem EPIs para proteção de praticamente todas as partes do corpo. Veja alguns exemplos:
Cabeça e crânio: Capacete de segurança contra impactos, perfurações, ação dos agentes meteorológicos etc.
Olhos: Óculos contra impactos, que evitam a cegueira total ou parcial e a conjuntivite. É utilizado em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e limalhas.
Vias respiratórias: Protetor respiratório, que previne problemas pulmonares e das vias respiratórias, deve ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos nocivos.
Face: Máscara de solda, que protege contra impactos de partículas, respingos de produtos químicos, radiação (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento.
Ouvidos: Auriculares, que previne a surdez, o cansaço, a irritação e outros problemas psicológicos. Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar níveis de ruído superiores aos aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora.
Mãos e braços: Luvas, que evitam problemas de pele, choque elétrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser usadas em trabalhos com solda elétrica, produtos químicos, materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes.
Pernas e pés: Botas de borracha, que proporcionam isolamento contra eletricidade e umidade. Devem ser utilizadas em ambientes úmidos e em trabalhos que exigem contato com produtos químicos.
Tronco: Aventais de couro, que protegem de impactos, gotas de produtos químicos, choque elétrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem elétrica, oxiacetilênica, corte a quente.
Aula 5. Higiene do trabalho
Riscos laborais para o ambiente de trabalho
Os elementos que fazem parte das condições de trabalho e constituem o que se designa por ambiente são: as edificações, as organiazações,os equipamentos, a umidade do ar, a limpeza, a iluminação, as próprias pessoas, as condições de temperatura, etc. Em muitos casos, o ambiente de trabalho é agressivo para o trabalhador dadas as condições de ruído, temperatura, esforço, etc. Com o desenvolvimento tecnológico os trabalhos mais duros para o trabalhador foi substituido por robôs ou dispositivos mecânicos que substituem total ou parcialmente a ação direta do trabalhador (Siderurgia, Indústria química, etc.). Entretanto, apesar desse avanço, ainda há situações em que o homem é obrigado a enfrentar condições desfavoráveis ou perigosas na realização de determinadas tarefas (M\eeeinas, Construção).
Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias.
Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e a baixas temperaturas. Por esse fato, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada vez que mergulham ou sobem à superfície. Outros fatores de risco não escolhem profissão, agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis ocupacionais, de maneira sutil, praticamente imperceptível. Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados.
Os principais tipos de risco ambiental que afetam os trabalhadores de uma maneira geral, estão separados em:
Riscos físicos: ruído, vibrações, iluminação, radiações ionizantes, exposição a temperaturas extremas.
Riscos químicos: exposição a substâncias nocivas e/ou tóxicas, contato com substâncias cáusticas e/ou corrosivas, exposição a vapores orgânicos, exposição a gases, exposição a aerossóis (Ex.: latas de spray), exposição a metais.
Riscos químicos: exposição a contaminantes biológicos, principais medidas preventivas.
Riscos ergonômicos: carga física (posição, deslocamento, esforço, manusear cargas), carga mental, telas de visualização de dados. 
Medidas prevenção
As máximas da Ergonomia são: 
“O que pode ser feito por uma máquina que não faça o trabalhador”, se dispomos de algum instrumento de transporte de cargas, ele deve ser usado em detrimento do transporte manual. “É adaptar o trabalho à pessoa e não a pessoa ao trabalho”.
Se não é possível transportar cargas mecanicamente há que fazê-lo de modo correto para evitar lesões nas costas: apoiar os pés firmemente e separá-los a uma distância aproximada de 50 cm; dobrar a cintura e joelhos para apanhar a carga, mantendo-a o mais próximo possível do corpo, levantá-la gradualmente esticando as pernas e mantendo as costas retas. 
Mudar de posição frequentemente.
Rotação de pessoal para evitar que esteja nas mesmas posições por muito tempo.
Informar e formar devidamente os trabalhadores de modo correto de atuação. 
Aula 6. PPRA (Programa de prevenção de riscos ambientais)
De objeto e campo de aplicação
Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes,ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (109.001-1 / I2).
Se em uma empresa existir um trabalhador de carteira assinada, esta empresa fica obrigada a elaborar o PPRA e mantê-lo atualizado. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador. Deve ter a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.
O PPRA deverá ser feito por estabelecimento, mesmo que esta empresa possua mais de um estabelecimento. O PPRA é um documento feito por profissionais da área, onde são reconhecidos os riscos existentes no ambiente de trabalho e indicadas as medidas de controle para estes riscos para que não afetem a saúde e a vida do trabalhador.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NRs, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, previsto na NR 7.
Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que - em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição -, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória. Elas podem existir nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
Estrutura do PPRA
Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma.
Estratégia e metodologia de ação.
Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados.
Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
O PPRA deve ser efetuada pelo menos uma vez ao ano e deverá estar descrito num documento-base cujo, deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR 5. O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis, tanto para as autoridades como para os funcionários terem acesso. O cronograma que já é previsto na NR-9 deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.
Do desenvolvimento do PPRA
Antecipação e reconhecimento dos riscos. (Profissional deverá ir ao local e fazer o reconhecimento dos riscos existentes no ambiente de trabalho).
Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle. (Profissional deverá estabelecer metas a serem desenvolvidas no ambiente do trabalho.
Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores. Deverá ser feita uma avaliação, se necessário e dependendo do tipo de risco, fazendo uso de equipamentos.
Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia. O mais rápido possível deverão ser implantadas as medidas de controle, obedecendo aos prazos já estabelecidos no cronograma do respectivo documento.
Monitoramento da exposição aos riscos. Só iniciar as medidas de controle não basta, deve ser feito um monitoramento.
Registro e divulgação dos dados. No documento deverá conter o registro dos dados, contendo cálculos e etc.
A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo SESMT. A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
Sua identificação. 
A determinação e localização das possíveis fontes geradoras. 
A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho. 
A identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos. 
A caracterização das atividades e do tipo da exposição. 
A obtenção de dados existentes na empresa e indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho. 
Os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identificados e disponíveis na literatura técnica. 
A descrição das medidas de controle já existentes.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessário para:
Comprovar o controle da exposição ou a inexistência de riscos identificados na etapa de reconhecimento.
Dimensionar a exposição dos trabalhadores.
Subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
Identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde.
Constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde.
Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR 15, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists-ACGIH ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos.
Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.
O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão obedecer à seguinte hierarquia:
Eliminação: Medidas que eliminem ou reduzam a utilização e a formação de agentes prejudiciais à saúde.
Redução de níveis: Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.
Prevenção: Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes prejudiciais à saúde; trabalho.
Quanto ao nível de ação
Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas as ações preventivas, de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
Para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerada de acordo com a alínea "c" do subitem.
Para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR 15, Anexo I, item 6.
Do monitoramento: Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário.
Do registro de dados: Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. O registro de dados deverá estar sempre disponível para os trabalhadores interessados, ou seus representantes, e para as autoridades competentes.
Das responsabilidades
Do empregador: Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.
Dos trabalhadores: I - Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA.II - Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA.
 III - Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em risco à saúde dos trabalhadores.
Aula 7. Programa de controle médico e saúde ocupacional
PCMSO – Programa de Controle e Saúde Ocupacional (NR7): Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Empresas obrigadas ao PCMSO: todos os empregadores, e instituições que admitam trabalhadores, estão obrigados a elaborar e implantar esse programa.
Finalidade do Programa: tem como objetivo a preservação da saúde dos empregados, em função dos riscos existentes no ambiente de trabalho e de doenças profissionais. Enfim, a empresa deverá planejar e implementar o seu PCMSO com base no risco que a atividade desenvolvida possa provocar à saúde dos seus empregados. 
Prestadores de serviço: as empresas que contratarem mão-de-obra, por intermédio de empresa prestadora de serviços, deverão informar a esta os riscos decorrentes da execução do trabalho, auxiliando na elaboração e implementação do PCMSO no local onde o serviço for prestado.
Relatório anual: PCMSO deve elaborar um relatório anual com o planejamento das ações de saúde a serem executadas durante o ano. Nesse relatório deve ser discriminado, por setor da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, bem como o planejamento para o próximo ano. Esse relatório pode ser elaborado conforme o modelo aprovado deve ser apresentado e discutido nas reuniões da CIPA, permanecendo uma cópia do mesmo anexada ao livro de atas quando a empresa for obrigada a manter a comissão. Estão dispensadas de elaborar o relatório anual as empresas desobrigadas de indicar um médico-coordenador do PCMSO.
Responsabilidade da empresa: é de inteira responsabilidade do empregador:
Garantir a elaboração e a efetiva implementação do PCMSO, zelando pela sua eficácia.
Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO.
Indicar, dentre os médicos do SESMT da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO.
No caso de a empresa estar dispensada de manter o SESMT, o médico responsável para coordenar o PCMSO poderá ser um médico especializado em Medicina do Trabalho contratado, ou não, como empregado. Se na localidade onde estiver situada a empresa não existir médico do trabalho, poderá ser contratado um médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
Estão desobrigadas de manter médico-coordenador do PCMSO as empresas:
Com até 25 empregados, desde que enquadradas no grau 1 ou 2.
Até 10 empregados, desde que enquadradas no grau de risco 3 ou 4.
Mediante negociação coletiva de trabalho, também poderão ficar dispensadas de médico-coordenador as empresas cujo número de empregados esteja compreendido entre:
Entre 26 e 50, se enquadrada no grau de risco 1 ou 2.
Entre 11 e 20, se enquadrada no grau de risco 3 ou 4. (Nesse caso,a negociação coletiva deverá ser obrigatoriamente assistida por profissional do órgão competente em segurança e saúde no trabalho).
Todavia, as empresas mencionadas neste item poderão ser obrigadas a indicar um médico responsável pelo PCMSO por determinação da Delegacia Regional do Trabalho, com base em parecer técnico-conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos respectivos empregados.
O grau de risco mencionado no presente comentário consta do Quadro um (1) anexo à NR4, com as alterações introduzidas pela Portaria 1 SSST de 12-5-95.
Atribuições do médico-coordenador (ao médico-coordenador do PCMSO compete):
Realizar os exames médicos ou encarregar os mesmos a um profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada empregado da empresa a ser examinada.
Encarregar-se dos exames complementares, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.
Exames médicos (os empregados ficam sujeitos à realização dos seguintes exames médicos a cargo do PCMSO):
Admissional: Esse exame deve ser realizado antes do empregado assumir suas atividades.
Periódicos: É uma avaliação clínica que pode ser:
Anualmente, para os empregados menores de 18 anos e maiores de 45 anos de Idade.
No caso de trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho - que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional - ou ainda para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames devem respeitar a seguinte periodicidade - a cada ano, ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho ou ainda como resultado de negociação coletiva do trabalho-.
E a cada seis(6) meses, para os trabalhadores expostos às condições hiperbáricas.
Retorno: Exame médico de retorno ao trabalho somente será obrigatório quando o empregado ficar afastado da atividade por período igual ou superior a 30 dias, em virtude de doença ou acidente de natureza ocupacional, ou parto.
De mudança de função: Esse exame somente será obrigatório quando a nova função expuser o empregado a riscos diferentes daqueles a que estava exposto antes da mudança. O referido exame deverá ser realizado antes de o empregado passar a exercer a nova função.
Demissional: Exame médico demissional era realizado dentro do período de 15 dias que antecedessem o desligamento definitivo do emprego. Porém, com o advento da Portaria oito (8) SSST/96, o exame médico demissional deve ser realizado, obrigatoriamente, até a data da homologação da rescisão do contrato de trabalho, desde que o último exame tenha ocorrido há mais de: 135 dias, quando se tratar de empresas com grau de risco 1 ou 2 , podendo esse prazo ser ampliado por mais 135 dias em decorrência de negociação coletiva ou 90 dias no caso de empresas enquadradas em grau de risco 3 ou 4 esse prazo também poderá ser ampliado por até mais 90 dias, em decorrência de negociação coletiva.
Essa negociação coletiva deverá, obrigatoriamente, ser assistida por profissional indicado em comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão local competente em segurança e saúde do trabalho. Entretanto, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de qualquer exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos empregados.
A realização do exame será por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva. Os órgãos homologadores têm exigido, por ocasião da homologação das rescisões de contrato de trabalho, o exame médico demissional.
Atestado de saúde ocupacional - ASO: Para cada exame médico realizado pelo PCMSO deverá ser emitido, em duas vias, o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
Primeira via: deve ficar à disposição da fiscalização do trabalho, devidamente arquivada no local de trabalho, inclusive nas frentes de trabalho ou canteiros de obras.
Segunda via: deve ser obrigatoriamente entregue ao empregado, mediante recibo na primeira via.
O atestado médico deverá conter, no mínimo:
Nome completo do empregado, o número de registro de sua identidade e sua função.
Os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretariade Segurança e Saúde no Trabalho (SSST).
Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o empregado, inclusive os exames complementares e a data em que foram realizados.
Nome do médico-coordenador, quando houver o respectivo CRM.
Definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu.
Nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato.
Data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no CRM.
O histórico clínico do empregado deve ser registrado em prontuário individual, que ficará sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO ou seu sucessor quando for o caso. Esse documento deverá ser arquivado, no mínimo, pelo período de 20 anos contados a partir do desligamento do empregado.
Aula 8. Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionais são aquelas que estão diretamente relacionadas à atividade desempenhada pelo o trabalhador ou às condições de trabalho às quais ele esta submetido. Os riscos associados à saúde do trabalhador compreendem condições sociais, econômicas e os fatores de risco ocupacionais ambientais (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes). O perfil do adoecimento e morte dos trabalhadores resultará na separação de alguns fatores que podem ser resumidos em 4 grupos de causas:
Doenças comuns: Sem relação com o trabalho.
Doenças comuns (crônico-degenerativas, infecciosas, neoplásicas-traumáticas): Eventualmente modificadas no aumento da frequência de sua ocorrência ou no surgimento em trabalhadores sob determinadas condições de trabalho.
Doenças comuns que são agravadas em função das condições de trabalho: Asma brônquica, dermatite de contato alérgico, PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído), doenças musculoesqueléticas e alguns transtornos mentais.
Agravos à saúde especificos: Típicos dos acidentes do trabalho e pelas doenças profissionais.
Segundo o comitê Misto OIT/OMS (1957), os objetivos para a saúde ocupacional, que a conceituam e estabelecem o seu âmbito de atuação, são:
Manter o mais alto grau e bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as organizações.
Proteger todo prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas condições do seu trabalho.
Proteger os trabalhadores, no ambiente do trabalho, contra os riscos causados por agentes nocivos à saúde.
Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas aptidões fisiológicas e psicológicas.
Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.
Sobre Acidente de Trabalho, a Lei 8.213/91 conceitua: Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução da capacidade permanente ou temporária para o trabalho.
Sobre as Doenças Ocupacionais, a lei subdivide-as em doenças profissionais e doenças do trabalho, estando previstas no artigo 20, I e II.
Doenças profissionais: conhecidas também como “ergopatias”, “tecnopatias” ou “doenças profissionais típicas”, são produzidas ou desencadeadas pelo exercício profissional peculiar a determinada atividade. São doenças típicas que decorrem de microtraumas que cotidianamente agridem e vulneram as defesas orgânicas, e que, por efeito cumulativo, terminam por vencê-las, deflagrando o processo mórbido. Ex: Os trabalhadores da mineração que estão expostos ao pó de sílica e, portanto, com chances de contrair a silicose, sendo essa então considerada uma doença profissional.
Doenças do trabalho: também chamadas de “mesopatias”, ou “moléstias profissionais atípicas”, são aquelas desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacionem diretamente. Porém, por serem atípicas exigem a comprovação do nexo de causalidade com o trabalho através de vistoria no ambiente laboral. Assim, enquanto as doenças profissionais resultam de risco específico direto (a depender da característica do ramo da atividade), as doenças do trabalho possuem como causa o risco específico indireto. Ex: Uma bronquite asmática normalmente possui risco genético e pode acometer qualquer pessoa. Mas se o trabalhador exercer suas atividades em condições especiais, o risco genético transforma-se em risco específico indireto.
Classificação das doenças do trabalho de acordo com os sistemas ou aparelhos
Sistema tegumentar: A pele oferece uma área de contato com o meio ambiente muito grande, por isso é uma região do corpo que fica muito exposta às agressões do trabalho. As patologias do sistema tegumentar relacionadas ao trabalho são chamadas de Dermatoses Ocupacionais.
Sistema respiratório: Os locais de trabalho têm oferecido, cada vez mais, ambientes poluídos por diversos elementos, gasosos e sólidos, presentes no ar como gases e micropartículas. Tais substâncias levam desde incômodo respiratório até patologias graves e mortais, como asma ocupacional e pneumoconioses.
Sistema nervoso e órgãos dos sentidos: Muitos riscos presentes no ambiente de trabalho são lesivos no sistema nervoso, tanto central quanto periférico. Os riscos que mais comumente podem levar a danos para o sistema nervoso. Estes riscos são particularmente os riscos químicos e físicos.
Sistema digestivo: O órgão mais acometido devido à exposição ocupacional é o fígado. O fígado é o grande responsável pela metabolização de substâncias estranhas ao organismo humano e, neste processo, pode entrar em sofrimento ou mesmo falência. É que os solventes têm afinidade por tecido gorduroso e assim se depositam nos órgãos ricos em gordura, como sistema nervoso, medula óssea e fígado (por isso, as lesões do sistema nervoso e da aplasia de medula provocadas pelo benzeno). Além disso, são levados ao fígado pela corrente sanguínea na tentativa de serem metabolizados para posteriormente poderem ser eliminados pelas fezes, urina ou suor.
Sistema urinário: Os solventes e principalmente os metais podem levar à nefropatia tóxica. No caso dos metais esta situação pode ocorrer de modo semelhante ao que acontece no fígado, na tentativa de eliminação: por serem pesados fisicamente, os metais se depositam nos túbulos e glomérulos e progressivamente causam dano ao órgão, podendo levar à insuficiência renal. É o caso do chumbo, do arsênio e do mercúrio.
Sistema musculoesquelético: As patologias relacionadas ao trabalho que podem atingir o sistema musculoesquelético são principalmente as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e as lombalgias.
Aula 9. Ergonomia
A ergonomia é a ciência -que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras e normas a fim de organizar o trabalho, tornando este último compatível com as características físicas e psíquicas do ser humano- aplicada para facilitar o trabalho executado pelo homem, sendo que aqui a palavra “trabalho” é interpretada como algo muito abrangente em todos os ramos e áreas de atuação. Para que isso seja possível, há uma infinidade de outras ciências como: fisiologia e anatomia, antropometria e biomecânica, higiene do trabalho e toxicologia, doenças ocupacionais e física para ajudar nessa tarefa.
Oficialmente, a ergonomia nasceu em 1949 e é derivada da época da 2ª Guerra Mundial. Durante a guerra, centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidos, bem como sistemas de comunicação mais avançados e radares. Ocorre que muitos destes equipamentos não estavam adaptados às características perceptivas daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes e mortes. Como cada soldado ou piloto morto representava problemas muito sérios para as Forças Armadas, estudos e pesquisas foram iniciados por engenheiros, médicos e cientistas para que projetos fossem desenvolvidos para modificar comandos (alavancas, botões, pedais etc.) e painéis, além do campo visual das máquinas de guerra. Iniciava-se, assim, a adaptação de tais equipamentos aos soldados que tinham que utilizá-los em condições críticas, ou seja, em combate.
Primeira fase: refere-se às dimensões de objetos, ferramentas e painéis de controle dos postos de trabalho usados poroperários. O objetivo dos cientistas, nesta fase, concentrava-se mais ao redimensionamento dos postos de trabalho, possibilitando um melhor alcance motor e visual aos trabalhadores.
Segunda fase: a ergonomia passa a ampliar sua área de atuação, confundindo-se com outras ciências. Assim, passa o ergonomista a projetar postos de trabalho que isolam os trabalhadores do ambiente industrial agressivo, seja por agentes físicos (calor, frio, ruído), seja pela intoxicação por agentes químicos (vapores, gases, particulado sólido etc.). O que se percebe é uma abrangência maior do ergonomista nesta fase, adequando o ambiente e as dimensões do trabalho ao homem.
Terceira fase (anos 80): a ergonomia passa a atuar em outro ramo científico, mais relacionado com o processo COGNITIVO do ser humano, ou seja, estudando e elaborando sistemas de transmissão de informações mais adequados às capacidades mentais do homem, muito comuns na informática e no controle automático de processos industriais através de SDCD’s (Sistema Digital de Controle de Dados). Tal fase intensificou sua atuação na região da Europa, disseminando-se a seguir pelo resto do mundo. Hoje em dia, estão sendo desenvolvidas novos campos como: 
Psicopatologia do trabalho: estuda as reações PSICOSSOMÁTICAS dos trabalhadores e seu sofrimento frente a situações problemáticas da rotina do trabalho, principalmente levando em consideração que muitas destas situações não são previstas pela empresa e muito menos aceitas por elas.
Análise coletiva do trabalho: estabelece um importante diálogo entre o ergonomista e grupos de trabalhadores, que passam a explicar livremente suas críticas, ideias e sugestões relacionadas aos problemas que os fazem sofrer em seu trabalho sem sofrer pressões por parte das chefias, o que é essencial.
A maioria dos postos de trabalho não são apropriados para as funções, e é para isso que temos a ergonomia que é a ciência que procura alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o homem e o seu ambiente de trabalho. 
Os agentes ergonômicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:
Exigência de esforço físico intenso
Levantamento e transporte manual de pesos
Postura inadequada no exercício das atividades
Exigências rigorosas de produtividade
Períodos de trabalho prolongados ou em turnos
Excesso de movimentos repetitivos.
Outros fatores de risco ergonômico podem ser encontrados em circunstâncias aparentemente impensáveis, como: falhas de projeto de máquinas > equipamentos, ferramentas, veículos e prédios > deficiências de layout > iluminação excessiva ou deficiente > uso inadequado de cores. A análise e intervenção ergonômica traduzem-se em: Melhores condições de trabalho, menores riscos de incidente e acidente, menores custos humanos, formação com objetivo de prevenir, maior produtividade e otimizar o sistma homem/ máquina. 
Algumas medidas da Ergonomia:
Corpo em movimento: tornar os movimentos compatíveis com a ação. Reduzir o esforço de músculos e tendões.
Precisão de movimentos: ter atenção a sua amplitude, posição e quais os membros a utilizar.
Rapidez dos movimentos: salientar sinais visuais ou aditivos.
Esforço estático: uma cadeira deve fornecer vários pontos de apoio no corpo humano e altura do assento deve ser regulável. A cadeira deve ter cinco apoios no chão. Deve ter apoio para os pés sempre que necessário.
Rampas e escadas: para rampas, a inclinação deve ser entre 0 e 20º. Para escadas, a inclinação deve ser entre 20 e 50º. Altura mínima do degrau deve estar entre 13 e 20 cm. A largura mínima do degrau é de 51cm.
Portas e tetos: altura mínima de uma porta é de 200 cm. Altura mínima de um teto é de 200 cm. Corredor com passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima de 152cm.
Aula 10. Sistema de gestão de segurança e saude ocupacional OHSAS 18001
OHSAS 18001: é uma norma para os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional voltados para empresas que se preocupam com a preservação da integridade, segurança e saúde dos seus colaboradores de forma responsável.
Occupational Health and Safety Assessments Series: é uma norma que define requisitos do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional, desenvolvida de forma a ser compatível com a norma ISO 9001 e a ISO 14001.
ISO 14000 é uma série de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) e que estabelece diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas.   
A expressão ISO 9000 designa um grupo de normas técnicas que estabelece um modelo de gestão de qualidade para organizações em geral, qualquer que seja o seu tipo ou dimensão.
 OHSAS 18001 pode beneficiar as organizações que desejam construir suas filosofias em uma gestão ativa de saúde ocupacional e segurança, controlar riscos que podem afetar a saúde e segurança ocupacional de seus funcionários e que queiram documentar suas atividades e torná-las mensuráveis visando um processo de melhoria contínua. A implantação doa OHSAS 18001 pode trazer diversos benefícios para as empresas, como a redução de acidentes, confiabilidade legal devido ao cumprimento das normas pertinentes à organização, pode trazer motivação para os colaboradores fazendo com que os mesmos se envolvam nos processos de gestão SSO. 
A especificação OHSAS 18001 é um referencial que contém requisitos para Sistemas de Gestão Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho desenvolvida em conjunto por um grupo de Organismos de Certificação internacionais, Organismos de Normalização nacionais, e outras partes interessadas.
Permite às organizações gerir riscos operacionais e melhorar a suas performances.
Orienta a gestão dos aspectos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho das atividades e dos negócios de forma mais eficaz, tendo em grande consideração a prevenção de acidentes, redução de riscos e o bem-estar dos colaboradores.
A certificação do seu Sistema de Gestão OHSAS 18001 pela SGS ICS permite-lhe demonstrar elevados níveis de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho no concurso a contratos nacionais e internacionais, na expansão local de novos negócios ou na negociação de prêmios de seguro.As avaliações regulares conduzidas pela SGS ICS apoiam as Organizações continuamente, a usar, monitorizar e melhorar os seus Sistemas de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho e processos relacionados.
Por que a SGS ICS?
 A SGS ICS é o Organismo líder em Serviços de Certificação de acordo com diversas normas, incluindo ISO 9001:2000, ISO 14001:2004, OHSAS 18001, ISO 22000 e Sistemas de Gestão do Produto e do Serviço. A Certificação de Sistemas de Gestão é uma ferramenta que auxilia as Organizações, a médio e em longo prazo, a atingir a liderança no seu segmento de mercado. A SGS ICS foi o primeiro Organismo de Certificação a obter a acreditação em Portugal para a Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade. Tendo, mais tarde, obtido a acreditação para a Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental e EMAS.
Trabalhar com a SGS ICS significa:
Reconhecimento mundial das Marcas de Certificação.
Partilha de know-how internacional.
Bolsa de Auditores altamente qualificados.
Seleção de Auditores adequada à realidade e atividade de cada Organização.
Atendimento personalizado e soluções idealizadas à medida da sua Organização.
Procedimentos rápidos e eficientes, assegurando processos expeditos.
Não existe um método rígido para implantar um sistema de gestão de SSO, alguns profissionais entendem que tudo inicia com elaboração e implementação dos procedimentos, porém o mais recomendável seja realizar um diagnóstico para avaliar o nível de conformidade com os elementos da OHSAS 18001. Para ajudar na implantação de um sistema de gestão podemos seguir as orientações do Ciclo da Melhoria Contínua representado pelo PDCA - Planejar (Plan), Implementar (DO), Verificar (Check), e Atuar e Corrigir (Act).
O método PDCA se baseia no controle de processos: foi desenvolvido na década de 30 pelo americano Shewhart, mas foi Deming seu maior divulgador, ficando mundialmente conhecido aoaplicar nos conceitos de qualidade no Japão (MILET, 1993; BARRETO, 1999).
(P)Planejar: Definir o que queremos, planejar o que será feito, estabelecer metas e definir os métodos que permitirão atingir as metas propostas. No caso de desenvolvimento de um Sistema de Informação, esta atividade pode corresponder ao planejamento do Sistema. Meta: Satisfazer mais as pessoas que os concorrentes e de maneira mais econômica.
(D) Executar: Tomar iniciativa, educar, treinar, implementar, executar o planejado conforme as metas e métodos definidos. No caso de desenvolvimento de um Sistema de Informação, esta atividade pode corresponder ao desenvolvimento e uso do sistema. Trabalho disciplinado de acordo com procedimentos operacionais padrão.
(C) Verificar: Verificar os resultados que se está obtendo, verificar continuamente os trabalhos para ver se estão sendo executados conforme planejados. Itens de controle: Como estão os resultados? Como eles se comparam com as metas?
(A) Agir: Fazer correções de rotas se for necessário, tomar ações corretivas ou de melhoria, caso tenha sido constatada na fase anterior a necessidade de corrigir ou melhorar processos. No caso de desenvolvimento de um Sistema de Informação, esta atividade pode corresponder aos ajustes, implementações e continuidade do sistema. Atuação Corretiva: Atuação no processo (meios) para se manter e melhorar os resultados.
Ciclo da melhoria contínua: ajuda na implantação de um sistema de gestão.
Pontos a destacar!
Os elementos da OHSAS 18001 são referências importantes, mas não são as únicas.
Algumas organizações desenvolvem modelos próprios, porém não certificáveis.
Muitas vezes estes modelos são mais consistentes do que o processo de certificação baseado na OSHAS 18001.
Vale ressaltar que a certificação de um sistema de gestão não significa alcançar a excelência e, sim, o início de um processo organizado e sistemático para implantação dos elementos básicos da gestão.
Visão geral da gestão da qualidade: a gestão da qualidade parece passar, nesse momento por uma fase de transição, considerada como a fase entre a Gestão da Qualidade e Gestão da Produção.
No passado o que parecia era que a qualidade era uma área da Gestão da produção, tendo características claramente operacionais.
Só que agora a qualidade passou ser uma variável estratégica nas empresas.
Antes as empresas pensavam em produzir com qualidade, atualmente as empresas decidem entre produzir com qualidade ou por em risco  a sua permanência no mercado.
Qual seria a diferença entre Gestão da Qualidade e Gestão de Qualidade?
Gestão de Qualidade: A Gestão de Qualidade é um bom processo de gestão, podendo ser em qualquer área. 
Gestão da Qualidade: A Gestão da Qualidade já é a gestão de algo bem definido, chamado qualidade, algo geral é uma área técnica da organização.
Exercícios
Aula 1. Um trabalhador exerce suas atividades em um ambiente onde a concentração de amônia é de 28mg/m³, esta concentração está acima do limite de tolerância que seria de, no máximo, 14mg/m³. (mg/m³ – miligramas por metro cúbico de ar.) 
Pergunta: Quais são os efeitos causados pela amônia ao trabalhador a este nível de concentração?
Resposta: A amônia pode ser sufocante e de extrema irritação aos olhos, garganta e trato respiratório. Dependendo do tempo de exposição, podem ocorrer efeitos que vão de suaves irritações a severas lesões no corpo, queimaduras nos olhos e pele. Extensas queimaduras podem levar à morte.
Aula 2. Um trabalhador desvia sua atenção por uma fração de segundos, ocasionando um sério acidente. Além do trabalhador são atingidos mais dois colegas que trabalham ao seu lado.  O trabalhador é removido para o hospital e os outros dois são atendidos na enfermaria. Análise esta situação e responda quais são os tipos de  condições/causas que contribuiram para causar  este acidente.
Resposta: As Condições Inseguras e Atos Inseguros.
Aula 3.1. Considerações para o empregador: O Fiscal do Trabalho verificará o número real de trabalhadores com vínculo de emprego, portanto é importante que a empresa faça adequadamente sua avaliação. O que quer dizer a afirmativa acima?
Resposta: O Fiscal do Ministério do Trabalho poderá conferir se realmente todos os empregados da empresa possuem registro, se entre os empregados todos possuem folha de registro de empregados.
Aula 3.2. Considerações para o empregador: No caso de empresas prestadoras de serviço ou empreiteiras deve ser considerado como estabelecimento o local onde efetivamente os trabalhos são desenvolvidos, ou seja, os estabelecimentos estarão dentro de outras empresas ou em locais públicos. O que quer dizer a afirmativa acima?
Resposta: Para as empresas prestadoras de serviço, por exemplo, os estabelecimentos onde elas prestam serviços serão considerados como frente de trabalho.
Aula 3.3. Considerações para o empregador: No caso de uma empresa com estabelecimentos com atividades econômicas diferenciadas cada estabelecimento deve ser abordado segundo sua classificação de atividade econômica. O que quer dizer a afirmativa acima?
Resposta: Em cada estabelecimento da empresa onde a atividade econômica seja diferenciada, o Fiscal poderá fazer exigências de acordo com seu respectivo grau de risco relacionado com a atividade econômica.
Aula 5. Os trabalhadores de uma refinaria de petróleo começaram a apresentar queixas de natureza musculoesquelética após a chegada de um novo equipamento. Para manter o bem-estar e produtividade da refinaria é preciso realizar uma análise da atividade. Pergunta: Que tipo de análise pode ser feita para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a produtividade?
Resposta: Análise Ergonômica.
Aula 6. Os trabalhadores de uma indústria estão expostos a um ruído considerado acima dos limites de tolerância. Pergunta: Qual a medida de controle a ser adotada pela empresa?
Resposta: Primeiramente, deve-se tentar eliminar o risco no ambiente de trabalho, descobrindo qual é a fonte, de onde parte o ruído, se é de uma máquina e se essa máquina pode ser enclausurada. Se o enclausuramento da máquina não resolver, adota-se a utilização de um protetor auricular que atenue o ruído para um limite de tolerância permitido. Outra iniciativa é realizar os exames audiométricos dos funcionários para ter controle de uma possível perda auditiva do funcionário.
Aula 7. Visando agilizar o atendimento no Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), o técnico de enfermagem pode, antecipadamente, promover, na área de trabalho, a distribuição de recipientes para a coleta de material, com o fornecimento das instruções adequadas. Pergunta: Esta conduta contribui para que tipo de exame?
Resposta: Exame Periódico.
Aula 8. A sílica está presente em diversos processos industriais dos quais podemos destacar: cerâmica branca (louças de mesa e louças sanitárias, isoladores elétricos), jateamento de areia, extração mineral e acabamento de pedras (granitos, mármores). Pergunta: A exposição à sílica pode causar que doença?
Resposta: Silicose – pneumoconiose causada pela sílica.
Aula 10. A necessidade de as empresas demonstrarem compromissos por meio de certificação, seja por questões de imagem, de vantagem competitiva, para transpor barreiras não-tarifárias, ou por pressão dos clientes, tem sido assumida como um processo irreversível dos tempos modernos. Some-se a isso, a introdução da norma ISO14001 em 1996, como uma preocupação em demonstrar uma conduta correta em relação à certificação ambiental.
Pergunta: A introdução da variável ambiental no planejamento estratégico das empresas garante a consistência e a robustez nas atividades de gestão sistematizada?
Resposta: O tema de qualidade ambiental por si só não garante consistência e robustez às atividades de gestão sistematizada. A preservação da segurança e saúde ocupacional (SSO) dos trabalhadores é um dos componentes básicos e complementar, para se assegurar a qualidade total, com processos produtivos seguros e competitividade.
Quanto à Higiene e Segurança do Trabalho: entenderáas diretrizes das normas que regem o SESMT, PPRA, PCMSO, CIPA e EPI. Conhecerá os riscos ambientais, assim como seus meios de prevenção. Em Ergonomia: analisará os vários conceitos e a importância da ergonomia nos postos de trabalho. Em Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, será capaz de entender o que é OHSAS 18001: Surgimento, abrangência, estrutura, e requisitos.
Fique atento aos livros que servirão de base para o conteúdo das aulas, bem como para sua consulta:
Autor: SCALDELAI, Aparecida Valdinéia et. al. Manual Prático de Saúde e Segurança do Trabalho. Editora: Yendist.
Autor: GARCIA, Felipe Barbosa. Legislação da Segurança e Medicina do Trabalho. 2. ed. Editora Método.
aula 1: Artigo: Higiene Ocupacional ou Morte Ocupacional 
Maurício Torloni e Wilson Miguel Salvagnini (EPUSP – E.E. Mauá) 
Link: Normas Regulamentadoras
"As vezes a gente tem que perder o juizo pra viver intensamente,viver tudo de bom da vida,viver momentos que se você for pensar em ter juizo nunca viveria e esses momento quase sempre são os melhores das nossas vidas"- Edward Nygma(Charada).

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