Buscar

Guia para dispensação de quimioterápicos via oral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FARMÁCIA HOSPITALAR 
 
Trabalho de conclusão de curso 
 
 
 
 
 
 
Guia para dispensação de quimioterápicos via oral 
 
 
 
 
 
 
Morgana Schiavo 
 
 
 
 
Orientadora: Christiane de Fátima Colet 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, fevereiro 2017 
 
2 
 
 
MORGANA SCHIAVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA PARA DISPENSAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS VIA ORAL 
 
 
 
 
 
Orientadora Professora Christiane de Fátima Colet 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso da 
Pós-graduação lato sensu em 
Farmácia Hospitalar da Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do 
Rio Grande do Sul – Unijuí. 
 
 
 
 
 
 
Ijuí, fevereiro 2017 
3 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6 
OBJETIVOS: ...................................................................................................... 8 
METODOLOGIA ................................................................................................. 9 
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 10 
CONCLUSÃO ................................................................................................... 27 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................................ 28 
 
 
 
4 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Lista de quimioterápicos dispensados em um Hospital de Nível IV do 
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul com as interações medicamentosas 
graves e as principais reações adversas. ........................................................ 10 
 
Tabela 2: Lista de quimioterápicos dispensados em um Hospital de Nível IV do 
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul com as informações de quais os 
medicamentos podem ser triturados/ macerados/ partidos, qual é o melhor 
liquido e horário para administrá-los e quais são as orientações quando 
esquecerem de tomar alguma dose e sobre o armazenamento adequado. .... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ANS- Agência Nacional de Saúde Suplementar 
MOC Brasil - Manual de Oncologia Clínica do Brasil 
TA- Temperatura Ambiente 
UNIJUÍ- Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do sul 
VO- Via Oral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O câncer é um termo genérico para representar mais de 100 doenças, que têm em 
comum o crescimento desordenado de células malignas que invadem os tecidos e 
órgãos, podendo ocorrer metástases para outras regiões do corpo. Segundo a 
Organização Mundial da Saúde (2016), trata-se de um problema de saúde pública, 
especialmente entre os países em desenvolvimento, nos quais é esperado que, nas 
próximas décadas, o impacto na população corresponda a 80% dos mais de 20 
milhões de casos novos estimados para 2025. O Brasil, biênio 2016-2017, aponta-se 
a ocorrência de cerca de 600 mil novos casos de câncer (INCA, 2016). 
Segundo Goodman & Gilman (2012), o tratamento do câncer pode ser realizado 
através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea. 
Dentre os tratamentos, a quimioterapia via oral (VO) apresenta como vantagem 
melhor comodidade e praticidade da administração. Além de ter menos efeitos 
colaterais, sendo não invasiva, podendo ser administrada no domicílio. Entretanto, 
este mesmo fato pode ocasionar maior risco se não houver conhecimento do paciente 
e este não receber um atendimento completo, inclusive do farmacêutico (LUNARDI et 
al, 2009). 
Um dos grandes desafios da equipe multiprofissional que atua na assistência a 
pacientes oncológicos é a adesão ao tratamento com antineoplásicos por VO. A 
adesão à terapia é fundamental para o sucesso do tratamento proposto e vai além do 
seguimento da prescrição médica (SANTOS et al, 2013). 
No estudo de Marques e Pierin (2008), realizado com 61 pacientes em um hospital 
particular, cujo objetivo foi identificar os fatores associados à adesão ao tratamento 
com quimioterápicos VO, verificou-se que 95% dos pacientes referiram-se não 
apresentar dificuldade em realizar o tratamento via oral. Mas, verificou-se com teste 
aplicado (Teste Morisky e Green), que 28% dos pacientes foram considerados não 
aderentes ao tratamento. 
Já no estudo de Oliveira et al (2012), realizado com 53 mulheres com câncer de 
mama em uso da terapia hormonal adjuvante (tha), atendidas em um hospital 
universitário, buscou avaliar a adesão e identificar fatores que possam estar 
interferindo nessa adesão, verificou-se para o teste de Morisky, Green e Levine uma 
7 
 
adesão de 52,8% com uma média de dois anos de tratamento, e que o comportamento 
de não adesão sempre foi do tipo não intencional, sendo o esquecimento o fator mais 
frequente. Além disso, um dos fatores que podem influenciar na adesão foi a falta de 
orientação por parte da equipe de saúde. Portanto, se faz necessário que o paciente 
seja bem orientado quanto a questões relativas ao seu tratamento e sobre a 
importância da adesão. 
Como a terapia com medicamentos antineoplásicas VO é um avanço no 
tratamento do câncer, principalmente por ser menos invasiva para os pacientes, houve 
em 2013 a criação da lei nº 12.880, que intitiu que os planos e seguros privados de 
assistência à saúde devem cobrir os custos de medicamentos orais para tratamento 
domiciliar contra o câncer. Conforme lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar 
(ANS), os planos de saúde terão de assegurar 37 medicamentos orais, que são 
usados para 54 indicações de tratamento contra a doença (BRASIL, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
OBJETIVOS 
Objetivo Geral: 
-Desenvolver um guia de dispensação de quimioterápicos VO. 
Objetivos específicos: 
- Descrever as principais interações medicamentosas e reações adversas dos 
quimioterápicos VO com outros fármacos; 
-Descrever quais os quimioterápicos VO que podem ser triturados, macerados ou 
partidos; 
- Descrever o armazenamento correto dos quimioterápicos VO. 
- Descrever qual o melhor horário para administrar os quimioterápicos, se for em jejum, 
antes ou após as refeições. E qual é o melhor liquido para realizar a administração. 
- Orientar o que deve ser feito quando o paciente esquecer de tomar uma dose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
METODOLOGIA 
Trata-se de uma revisão da literatura, que utilizará como palavras chaves: 
Quimioterapia; câncer; fármacos; via oral; atenção farmacêutica; reação adversa. Os 
estudos inclusos foram selecionados a partir de base de dados como: Medline, 
PubMed, Lilacs, Scielo, Micromedex, Bulário eletrônico da Anvisa, Manual de 
Oncologia Clínica do Brasil (MOC Brasil), Guia de Protocolos e Medicamentos para 
Tratamento em Oncologia e Hematologia do Hospital Einsten (NETO et al, 2013) e o 
livro Medicamentos na prática da farmácia clínica (SANTOS et al, 2013). Os idiomas 
selecionados foram inglês e português, no período de 2008 a 2017. 
O guia foi desenvolvido a partir da lista de quimioterápicos VO dispensados em 
um Hospital de Nível IV do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, que apresenta 
os seguintes quimioterápicos: Abiraterona; Anagrelida; Anastrazol; Bicalutamida;Bussulfano; Capecitabina; Ciclofosfamida; Clorambucila; Dietiliestilbestrol; 
Exemestano; Enzalutamida; Flutamida; Gefitinib; Imatinibe; Lepatinib; Letrozol; 
Megestrol; Melfalano; Mercaptoputina; Metotrexato; Mitotano; Nilotinibe; Pazopanibe; 
Sorafenibe; Sunitinibe; Tamoxifeno; Tegafur e Uracila; Temozolamida; Tioguanina; 
Topotecano; Tretinoina; Vemurafenibe; Vinorelbina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os resultados estarão expostos em duas tabelas. Na tabela 1, foram listados 
os quimioterápicos dispensados, bem como as interações medicamentosas graves e 
as principais reações adversas. Na tabela 2, abordou-se as seguintes informações: 
possibilidade de o medicamento ser triturado, partido ou macerado, qual é o melhor 
líquido, horário para administração e orientações de armazenamento correto e o que 
fazer quando houver esquecimento de tomar uma dose do medicamento. 
Tabela 1: Lista de quimioterápicos dispensados em um Hospital de Nível IV do 
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul com as interações medicamentosas graves 
e as principais reações adversas. 
11 
 LISTA DOS 
QUIMIOTERÁPICOS 
DISPENSADOS 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS MAIS 
RELEVANTES 
REAÇÕES ADVERSAS 
Abiraterona Dextrometorfano, pimozida, 
tioridazina,atazanavir, cetoconazol, 
claritromicina, indinavir, itraconazol, 
nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, 
telitromicina, voriconazol; carbamazepina, 
fenitoína, fenobarbitall e rifampicina. 
Edema, hipertensão, arritmia cardíaca, rubor 
hipercolesterolemia, hiperglicemia, diarreia, 
vômito e anemia. 
Anagrelida Fluvoxamina, omeprazol, teofilina, ácido 
acetilsalicílico, contraceptivos hormonais orais 
e sucralfatos. 
Dor torácica, palpitações, taquicardia, dor 
abdominal, diarreia , flatulência, tonturas, cefaleia 
e dispneia. 
Anastrazol Sem relevância clínica ou desconhecida. Hipertensão, edema periférico, vasodilatação, 
erupção cutânea, distúrbio do trato gastrintestinal, 
artrite, osteoporose, cefaleia, insônia, depressão e 
distúrbios de humor. 
Bicalutamida Varfarina, amiodarona e domperidona. 
 
Edema periférico, sudorese, dor abdominal, 
constipação, diarreia, náusea e fogachos. 
Bussulfano Fenitoína, itraconazol, metronidazol e 
ciclofosfamida. 
Taquicardia, hipertensão arterial, edema, 
trombose, dor torácica, vasodilatação, náusea, 
mucosite e estomatite, vômito, anorexia, diarreia, 
dor abdominal, dispepsia e constipação. 
Capecitabina Varfarina e fenitoína. Diarreia, náuseas, vômitos, alterações na pele, 
mucosite e aftas na boca. 
Ciclofosfamida Alopurinol, nevirapina. varfarina, 
hidroclorotiazida, clorpromazina e imipramina. 
Tamponamento cardíaco; cardiotoxicidade; 
alopécia, náusea, vômito, estomatite, mucosite e 
cistite hemorrágica aguda. 
Clorambucila Quinolonas orais e natalizumabe. Reação cutânea, leucopenia, mielossupressão, 
neutropenia, pancitopenia, febre, reação de 
hipersensibilidade e pneumonite aguda. 
 
12 
 
Dietiliestilbestrol Aprepitanto, corticosteroides/glicocorticoides, 
rifampicina, barbitúricos e alguns 
anticonvulsivantes. 
Hipertensão, erupção cutânea, sudorese, ganho 
de peso, diarreia, flatulência, indigestão, náusea, 
vômito, insônia e alterações do humor. 
 
Exemestano Carbamazepina, dexametasona, fenitoína, 
fenobarbital, oxcarbazepina e rifampicina. 
Alopecia, rubor da menopausa, aumento do 
apetite, náusea, artralgia, cefaleia, insônia e 
fadiga. 
Enzalutamida Midazolam, varfarina e omeprazol. Edema periférico, rubor, diarreia, neutropenia, 
artralgia, dor musculoesquelética, astenia e 
fadiga. 
Flutamida Varfarina. Erupção cutânea, sudorese, diarreia e náusea. 
Gefitinib Carbonato de cálcio, carbamazepina, 
esomeprazol, lanzoprazol, omeprazol, 
fenitoína, ranitidina, rifampicina e hidróxido de 
alumínio. 
Desordem da pele, diminuição do apetite, diarreia, 
náuseas, vômito e proteinúria. 
Imatinibe Clozapina, pimozida, aprepitantano, 
carbamazepina, dexametasona, fenitoína, 
fenobarbital, rifampicina e varfarina. 
Edema, erupção cutânea, aumento de peso, 
diarreia, náusea, vômito, artralgia e cefaleia. 
Lepatinib Atazanavir, cetoconazol, indinavir, itraconazol, 
nefazodona, nelfinavi, carbamazepina, 
dexametasona, fenitoína, fenobarbital, 
rifampicina, antidepressivos tricíclicos, 
fenotiazinas macrolídios e quinolonas. 
Síndrome mão-pé, erupção cutânea, diarreia, 
náusea, vômito, anemia e fadiga. 
Letrozol Aprepitanto, carbamazepina, dexametasona, 
fenitoína, fenobarbital, oxcarbazepina e 
rifampicina 
edema, constipação, diarreia (5 a 8%); anorexia (3 
a 5%); náusea, vômito, artralgia, dor óssea, 
astenia, cefaleia, dispneia... 
Megestrol Aprepitanto, carbamazepina, dexametasona, 
fenitoína, fenobarbital e oxcarbazepina. 
Hipertensão, erupção cutânea, sudorese, ganho 
de peso, diarreia, flatulência, indigestão, náusea 
e vômito. 
Melfalano Ácido nalidíxico e quinolonas orais. Estomatites, leucemia mielóide aguda, medula 
óssea aplástica, depressão da medula óssea, 
anemia hemolítica, leucemia, granulocítica aguda 
13 
 
ou mielomonocítica, doença mieloproliferativa e 
hepatite. 
Mercaptoputina Alopurinol, azatioprina e varfarina. Hiperuricemia, convulsão induzida por 
hipoglicemia, pancreatite, ulceração do intestino, 
mielossupressão e hepatotoxicidade. 
Metotrexato Varfarina, leflunomida, 
sulfametoxazol/trimetoprima, cetoprofeno, 
cetorolaco, diclofenaco, ibuprofeno, 
indometacina, naproxeno, nimesulida, 
piroxicam, amoxicilina, penicilina, piperacilina, 
ticarcilina, esomeprazol, omeprazol e 
pantoprazol. 
Alopecia, fotossensibilidade, erupção cutânea; 
sensação de queimadura da pele; diarréia, 
náusea; estomatite, trombocitopenia, bronquite, 
nasofaringite e cefaleia. 
Mitotano Espironolactona, alprazolam, amiodarona, 
anlodipino, aprepitanto, atorvastatina, 
buspirona, carbamazepina, cetoconazol, 
citalopram, claritromicina, dexametasona, 
eritromicina, haloperidol, itraconazol, 
losartana, metadona, nifedipino, 
ondansetrona, oxicodona, prednisona e 
sinvastatina. 
Erupção cutânea, diarreia, anorexia, náusea e 
vômito. 
Nilotinibe Amiodarona, antidepressivos tricíclicos, 
azitromicina, citalopram, droperidol, 
fenotiazinas, macrolídios, metadona, 
ondansetrona, paliperidona, procainamida, 
quinidina, quinolonas e inibidores da bomba 
de prótons. 
Edema periférico, rash cutâneo, prurido, 
hiperglicemia, náusea, vômito, constipação, 
diarreia, aumento da lípase, dor abdominal, 
anemia, neutropenia, trombocitopenia, artralgia, 
dor em extremidades, mialgia, fraqueza, espasmo 
muscular, osteoalgia,tosse, nasofaringite e 
dispneia. 
Pazopanibe Amiodarona, antidepressivos tricíclicos, 
azitromicina, citalopram, clozapina, dofetilida, 
dolasetrona, droperidol, eritromicina, 
fenotiazinas, fluconazol, granisetrona, 
haloperidol, metadona, ondansetrona, 
Hipertensão, diminuição do apetite , diarreia, 
anorexia, náusea , vômito, mialgia e ICC. 
14 
 
paliperidona, quinolonas, inibidores da 
bomba de prótons e sinvastatina 
Sorafenibe Amiodarona, antidepressivos tricíclicos, 
azitromicina, citalopram, clozapina, dofetilida, 
dolasetrona, droperidol, fenotiazina, , 
haloperidol, macrolídios e quinolonas. 
Eritema acral, alopecia, perda de peso, náusea, 
diarreia, vômito e trombocitopenia. 
Sunitinibe Carbamazepina, dexametasona, fenitoína, 
fenobarbital e rifampicina, , cetoconazol, 
indinavir, itraconazol,a miodarona, 
antidepressivos tricíclicos, azitromicina, 
citalopram, clozapina, dofetilida, dolasetrona, 
droperidol, fenotiazinas e quinolonas. 
Descoloração e ressecamento da pele, erupção 
cutânea, dor abdominal, constipação, diarreia, 
náusea, vômito, anemia , ácido úrico elevadoe 
tosse. 
Tamoxifeno Varfarina, fluoxetina, paroxetina, sertralina, 
venlafaxina, citalopram, escitalopram e 
haloperidol. 
Rubor de menopausa, menstruação irregular, 
corrimento vaginal, catarata, eritema multiforme, 
síndrome de Stevens-Johnson, trombose venosa, 
câncer uterino e embolia pulmonar. 
Tegafur e Uracila Fenitoína e sorivudina. Constipação, diarreia, anorexia, náusea, vômito, 
leucopenia, trombocitopenia, astenia e neuropatia 
periférica 
Temozolamida Quinolonas orais. Constipação, náusea, vômito, cefaleia, convulsão, 
fadiga e alopecia. 
Tioguanina Mesalazina, olsalazina e sulfasalazina. Anorexia, náusea, vômito, estomatite e 
hiperuricemia. 
Topotecano Cetoconazol, ritonavir, saquinavir, cisplatina e 
vacinas 
Alopecia, exantema, dor abdominal, constipação, 
diarreia , náusea, estomatite, anemia, leucopenia, 
neutropenia, trombocitopenia, fraqueza, dispneia, 
tosse, fadiga, febre e cefaleia. 
Tretinoina Cetoconazol, tetraciclinas, ácido 
aminocapróico, aprotinina e ácido 
tranexâmico. 
Arritmia cardíaca, edema periférico, erupção 
cutânea, dor abdominal, constipação, diarreia, dor 
óssea ansiedade, distúrbio do sistema respiratório 
superior, febre e doenças infecciosas. 
15 
 
Observação: os resultados forão obtidos através dos sites: Micromedex, Bulario eletrônico da Anvisa, Manual de Oncologia Clínica do Brasil (MOC 
Brasil), GUIA DE PROTOCOLOS E MEDICAMENTOS para Tratamento em Oncologia e Hematologia do Hospital Einsten (2013) e o livro 
Medicamentos na prática da farmácia clínica (2013). 
 
Tabela 2: Lista de quimioterápicos dispensados em um Hospital de Nível IV do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul com 
as informações de quais os medicamentos podem ser triturados/ macerados/ partidos, qual é o melhor liquido e horário para 
administrá-los e quais são as orientações quando esquecerem de tomar alguma dose e sobre o armazenamento adequado. 
 
 
Vemurafenib Amiodarona, antidepressivos tricíclicos, 
fenotiazina, quinolonas, sotalol, trazodona, 
claritromicina, telitromicina e voriconazol, 
atazanavir, cetoconazol, indinavir, itraconazol, 
nefazodona, nelfinavir e ritonavir., 
carbamazepina, fenitoína, fenobarbital e 
rifampicina, pimozida, quinidina e teofilina. 
Alopecia, náusea, artralgia e fadiga. 
Vinorelbina Claritromicina, itraconazol e fluconazol. Alopecia, angioedema; prurido, exantema, 
diarreia, náusea, vômito, astenia e 
neuromiopatia. 
16 
 LISTA DOS 
QUIMIOTERÁPICOS 
DISPENSADOS 
 
QUIMIOTERÁPICOS QUE 
PODEM OU NÃO SER 
TRITURADOS/ 
MACERADOS/PARTIDOS 
MELHOR 
LÍQUIDO 
PARA 
TOMAR 
HORÁRIO PARA 
 
ADMINISTRAR 
O QUE 
FAZER SE 
ESQUECEM 
DE TOMAR A 
DOSE 
ARMAZENAMENTO 
CORRETO 
Abiraterona Os comprimidos devem ser 
deglutidos inteiros. 
Água. 
 
Tomar com o 
estômago vazio, 1 
hora antes ou 2 
horas após o 
alimento. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
 Conservar em 
Temperatura 
Ambiente ( TA ) entre 
15ºC a 30°C. 
Anagrelida Não pode abrir a cápsula e 
diluir o conteúdo em água 
ou ainda mastigá-la. 
Água. Pode ser tomado 
ou não durante as 
refeições. 
Tomar assim 
que lembrar. 
Conservar em TA 
(15ºC a 30°C). 
Anastrazol O comprimido não deve 
ser mastigado. 
Água. Pode ser 
administrado 
junto com as 
refeições. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Conservar em TA 
(15ºC a 30°C). 
Bicalutamida Não. Água. Pode ser tomado 
junto com as 
refeições. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Conservar em 
temperatura 
ambiente (15ºC a 
30°C). 
Bussulfano Os comprimidos não 
devem ser partidos nem 
macerados. 
Água. Administração em 
jejum reduz a 
incidência de 
náuseas e 
vômitos. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Conservar em TA 
(15ºC a 30°C). 
Capecitabina Não triturar ou macerar os 
comprimidos. 
Água. Administrar 2x 
dia, 30 min após o 
café da manhã e 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Conservar em 
TA(15ºC a 30°C). 
17 
 
30 min após o 
jantar. 
Não dobre a 
dose. 
Ciclofosfamida Não partir nem triturar os 
comprimidos. 
Água. Ingerir durante ou 
após as refeições. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Conservar o produto 
em TA. 
Clorambucila Os comprimidos devem ser 
ingeridos inteiros não 
podendo ser partidos ou 
mastigados. 
Água. Administrar com o 
estômago vazio. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Conservar o produto 
em TA. 
Dietiliestilbestrol Os comprimidos devem ser 
ingeridos inteiros. 
Água. Tomar durante as 
refeições ou 
antes de deitar. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Conservar o produto 
em TA. 
Exemestano Não deve ser partido, 
aberto ou mastigado. 
Água. Administrado 
preferencialmente 
após uma 
refeição. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar à TA, 
protegido da luz e 
umidade. 
Enzalutamida Não triturar ou macerar. Água Pode ser tomada 
tanto nas 
refeições quanto 
entre elas. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar à TA, 
protegido da luz e 
umidade 
Flutamida Conteúdo da cápsula pode 
ser aberto e misturado com 
molho de maçã, pudim ou 
alimentos macios. 
Não é 
recomendado 
misturar com 
bebida. 
Administrar VO 
em 3 doses 
divididas, junto 
com alimentos. 
Tomar assim 
que lembrar e 
manter o 
mesmo horário 
da ingestão do 
Armazenar em TA. 
18 
 
medicamento 
até o término 
do tratamento. 
Gefitinib Mergulhar os comprimidos 
em 4 a 8 colheres de água 
e agitar durante cerca de 
15 minutos; Beber 
imediatamente; Enxágue o 
recipiente com outras 4 a 8 
colheres de água e beba 
imediatamente. 
Água. Tomar com ou 
sem alimentos. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar à TA, 
protegido da luz e 
umidade. 
Imatinibe Para pacientes que não 
conseguem deglutir os 
comprimidos revestidos, 
pode dissolvê-los em um 
copo de água ou suco de 
maçã. (cerca de 50 mL 
para cada 100 mg); 
misturar até a dissolução e 
utilizar imediatamente. 
Água. Tomar durante 
uma refeição. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar à TA, 
protegido da luz e 
umidade. 
Lepatinib Os comprimidos devem ser 
ingeridos inteiros, não 
podendo ser partidos ou 
mastigados. 
Água. Tomar com 
estômago vazio, 
pelo menos 1 
hora antes ou 1 
hora após as 
refeições, de 
preferência em 
jejum. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar em TA. 
Letrozol Não pode ser partido ou 
mastigado. 
Água. Administrar junto 
ou longe das 
refeições. 
Tomar assim 
que lembrar, 
mas se já 
estiver próximo 
Armazenar à TA. 
19 
 
ao horário da 
dose seguinte, 
não tomar. 
Megestrol Podem ser triturados. Água, suco 
de laranja, 
suco de 
maçã, ou 
suplementos 
nutricionais 
lácteos. 
Tomar junto com 
as refeições. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar em TA. 
Melfalano Não. Água. Administrar com 
estômago vazio. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Conservar sob 
refrigeração, 
protegido da luz. 
Mercaptoputina Diluição (preparações 
extemporâneas): uma 
suspensão oral de 50 
mg/mL pode ser preparada 
macerando 30 
comprimidos de 50 mg em 
um gral e, em seguida, 
misturando-se com uma 
pequena quantidade de 
veículo (combinação 1:1 
de metilcelulose a 1% e 
xarope) para produzir uma 
pasta uniforme. Adicionar 
quantidade suficiente para 
produzir 30 mL de 
suspensão. No rótulo, 
escrever “agitar bem”. 
Água. Tomar de 
preferência com o 
estômago vazio. 
Tomara dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar em TA. 
Proteger contra a 
umidade. As 
preparações 
contemporâneas são 
estáveis por 14 dias 
em TA. 
20 
 
Metotrexato Para a administração via 
sonda, o comprimido deve 
ser misturado com água e 
administrado 
imediatamente. 
Água. É recomendada a 
administração de 
metotrexato com 
estômago vazio/ 
jejum. Para o 
caso de náusea, 
vômito e diarreia, 
metotrexato oral 
pode ser 
administrado com 
alimento à noite. 
Tomar assim 
que lembrar ao 
menos que já 
esteja perto da 
próxima dose. 
Manter em TA (15°C 
a 30°C ), protegido 
da luz e umidade. 
Mitotano Não Água. Em jejum. Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Temperatura 
ambiente. 
Nilotinibe Para pacientes com 
dificuldade de deglutição, o 
conteúdo de cada cápsula 
deve ser disperso em 1 
colher de sopa de suco de 
maçã e deve ser ingerido 
imediatamente. 
Água/ suco 
de maçã. 
Tomar com 
estômago vazio, 
no mínimo 1 hora 
antes ou 2 horas 
depois da 
alimentação. 
Tomar a dose 
do dia 
normalmente. 
Não dobre a 
dose. 
Armazenar em TA. 
Pazopanibe Não macerar/ triturar os 
comprimidos devido ao 
potencial de aumento da 
taxa de absorção que pode 
afetar a exposição 
sistêmica. 
 
Água. Os comprimidos 
devem ser 
administrados em 
jejum. 
Não 
administrar se 
o horário da 
próxima dose 
for inferior a 12 
horas. 
 
Armazenar em TA. 
Sorafenibe Os comprimidos devem ser 
ingeridos inteiros, não 
Água. Administrar com o 
estômago vazio 
Não 
administrar se 
Armazenar em TA. 
 
21 
 
podendo ser partidos ou 
mastigados. 
(de 1 a 2 horas 
antes das 
refeições). 
 
o horário da 
próxima dose 
for inferior a 12 
horas. 
Sunitinibe Os comprimidos devem ser 
ingeridos inteiros. 
Água . Tomar com ou 
sem alimentos. 
Não 
administrar se 
o horário da 
próxima dose 
for inferior a 12 
horas. 
Armazenar em TA. 
Tamoxifeno Este medicamento não 
pode ser partido ou 
mastigado. Doses maiores 
que 20 mg/dia devem ser 
dadas em doses divididas. 
 Água. Tomar de 
preferência no 
mesmo horário 
todos os dias. 
Não 
administrar se 
o horário da 
próxima dose 
for inferior a 12 
horas. 
Conservar em TA. 
Em solução, 
armazenar em TA ou 
menor, não refrigerar 
nem congelar. 
Proteger da luz. Usar 
dentro de 3 meses 
depois de aberto. 
Tegafur e Uracila Os comprimidos devem ser 
ingeridos inteiros. 
Água. Administrar com o 
estômago vazio 1 
hora antes ou 
após as refeições. 
 
Se uma dose 
for esquecida, 
não 
administrar se 
o horário da 
próxima dose 
for inferior a 12 
horas 
 Armazenar em TA. 
Temozolamida As cápsulas não devem 
ser abertas ou mastigadas 
Água. Administrar com 
estômago vazio 
para reduzir 
náuseas e 
vômitos. 
Tomar assim 
que lembrar ao 
menos que já 
esteja perto da 
próxima dose. 
Armazenar em TA. 
22 
 
Tioguanina Os comprimidos devem ser 
ingeridos inteiros, não 
podendo ser partidos ou 
mastigados. 
Água. Tomar com o 
estômago vazio, 
mas não há 
impedimento de 
tomar às 
refeições (se 
necessário). 
Tomar assim 
que lembrar, 
mas se estiver 
próximo da 
dose seguinte, 
pular a 
esquecida e 
tomar a do 
horário normal. 
Armazenar os 
comprimidos em TA. 
Topotecano Não mastigue, esmague 
ou divida as cápsulas 
Água. Tomar com ou 
sem alimentos. 
 
Tomar assim 
que lembrar, 
mas se estiver 
próximo da 
dose seguinte, 
pular a 
esquecida e 
tomar a do 
horário normal.
 
Armazenar em TA. 
Tretinoina Não macerar/ triturar as 
cápsulas. 
Água. Administrar com 
alimentos. 
Tomar assim 
que lembrar ao 
menos que já 
esteja perto da 
próxima dose. 
TA sob proteção 
contra a luz. 
 
Vemurafenib Não deve ser mastigado ou 
esmagado. 
Água. Tomar com ou 
sem alimentos. 
No caso de 
esquecimento 
da dose, esta 
deverá ser 
administrada 
em até 4 horas 
antes da 
próxima dose. 
Temperatura 
ambiente. 
23 
 
Observação: os resultados foram obtidos através dos sites: Micromedex, Bulario eletrônico da Anvisa, Manual de Oncologia Clínica do Brasil (MOC 
Brasil), GUIA DE PROTOCOLOS E MEDICAMENTOS para Tratamento em Oncologia e Hematologia do Hospital Einsten (2013) e o livro Medicamentos 
na prática da farmácia clínica (2013). 
Vinorelbina As cápsulas não devem 
ser mastigadas ou 
chupadas. 
Água. A administração 
das cápsulas 
deve ser 
acompanhada 
com alimento. 
Tomar assim 
que lembrar ao 
menos que já 
esteja perto da 
próxima dose. 
Temperatura 
ambiente. 
24 
 
Foram analisados 33 quimioterápicos e a maioria tem interação 
medicamentosa grave com os seguintes fármacos: varfarina, amiodarona, 
rifampicina, metronidazol, cetoconazol, itraconazol, assim como com alguns 
anticonvulsivantes como carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, com os 
antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina e nortriptilina, com os inibidores 
da bomba de prótons, com os macrolídeos como a azitromicina, eritromicina e 
com as quinolonas orais como o ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino. 
Estas interações, nos mostram a necessidade da atuação do farmacêutico 
clínico que é o responsável por avaliar as prescrições médicas evitando desta 
forma que haja grande parte das interações medicamentosas entre os 
medicamentos que o paciente faz uso concomitantemente (SANTOS, et al 
2013). 
Segundo os mesmos autores, o farmacêutico clínico além de avaliar as 
prescrições, é responsável por monitorar a resposta terapêutica dos pacientes, 
realizar a atenção farmacêutica, orientando o paciente sobre o uso correto do 
medicamento, acompanhando as reações adversas e interações, diminuindo 
riscos de erros e descontinuidade do tratamento. 
Já os principais efeitos adversos que ocorem com os pacientes que fazem 
o uso da quimioterapia oral são: alopécia, náusea, vômito, fadiga, estomatite, 
anemia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, fraqueza, dispneia, tosse, 
cefaléia, constipação, edema e hipertensão, segundo (Micromedex, Bulário 
eletrônico da Anvisa, MOC Brasil, NETO et al, (2013) e SANTOS et al (2013). 
Segundo Neto et al (2013), para alguns destes efeitos adversos deve-se 
seguir uma conduta nutricional diferenciada, como no caso de náuseas e vômitos 
deve-se evitar consumir líquidos durante as refeições; não ficar próximo da área 
do preparo de alimentos; preferir alimentos gelados ou em temperatura ambiente 
e de fácil digestão. Já para a estomatite, evitar consumir os alimentos ácidos, 
picantes, crocantes, duros, ou que possam machucar a mucosa. Para diarréia 
evitar consumir leites e derivados, frutas e sucos laxativos. Para anemia 
consumir alimentos de origem animal, fontes de ferro e vegetais cor verde 
escuro, consumir alimentos ricos em vitamina C. No caso de constipação 
consumir alimentos ricos em fibrase neutropenia redobrar a atenção à 
higienização e no preparo dos alimentos para evitar infecções, dentre outros 
cuidados. 
25 
 
O farmacêutico é o profissional responsável por orientar o paciente sobre 
os efeitos adversos que ocorrem durante o seu tratamento, orientando-os para 
não parar o mesmo por causa do desconforto dos efeitos colaterais, sendo esta 
uma das maiores causas de não adesão ao tratamento (Santos, et al 2013). Além 
de orientar os pacientes sobre o uso de pré medicação para a prevenção de 
nâusea, vômito, diarréia ( NETO et al 2013). 
Dos quimioterápicos analisados 26 não podem triturados, macerados ou 
partidos, devem ser ingeridos inteiros, e 30 destes devem ser ingeridos apenas 
com água. Segundo o Manual de Oncologia Clínica do Brasil e Neto et al (2013), 
o nilotinibe pode ser ingerido também comsuco de maçã, o megestrol, com suco 
de laranja, maçã ou suplementos nutricionais lácteos e a flutamina não é 
recomendado misturar com bebida, sendo que as cápsulas podem ser abertas e 
misturadas com molho de maçã, pudim ou outros alimentos macios. 
A maioria dos medicamentos podem ser utilizados com água pela via oral. 
Mas muitos pacientes ficam debilitados devido ao seu estado de saúde e acabam 
necessitando a utilização de sonda para a alimentação e medicação. Nestes 
casos, o farmacêutico é responsável por orientar os familiares ou cuidador sobre 
a forma adequada do manuseio e preparo do medicamento para evitar 
obstruções ou alteração das propriedades farmacocinéticas dos medicamentos 
(Santos, et al 2013). 
Segundo Gorzoni et al (2010), alguns medicamentos não podem ser 
triturados, macerados ou partidos devido a sua estrutura química como os 
comprimidos, podem promover a obstruções na sonda, necessitando a troca, 
aumentando custos e o desconforto dos pacientes. Já cápsulas e drágeas, 
devido ao tipo de conteúdo (líquido, gelatinoso ou pó) sofrem o risco de serem 
diluídas incorretamente ou absorvidas em segmentos gastrintestinais diferentes. 
Nestes casos, o farmacêutico deve sugerir ao médico prescritor a troca destes 
quimioterápicos por outros. Caso não seja possível orientar os familiares e 
cuidadores sobre o cuidado ao realizar as diluições destes medicamentos. 
O melhor horário para realizar a administração dos quimioterápicos orais 
pesquisados é administrar junto com as refeições. Caso houver o esquecimento 
de uma dose, o paciente é orientado a tomar a dose do dia normalmente e não 
tomar a dose esquecida. Já quanto ao armazenamento correto, a maioria dos 
quimioterápicos analisados no estudo, devem ser armazenados em temperatura 
26 
 
ambiente, segundo Micromedex, Bulário eletrônico da Anvisa, MOC Brasil, 
NETO et al, (2013) e SANTOS et al (2013). 
Segundo o Manual de Oncologia Clínica do Brasil, alguns antineoplásicos 
podem ser utilizados durante as refeições para evitar distrúbios gastrointesinais. 
O farmacêutico clínico é o responsável por fornecer estas e outras informações 
ao paciente. No estudo realizado por Camargo e Cordeiro (2015), em Centro de 
Oncologia de Santa Catarina foi desenvolvido o sistema de fracionamento das 
doses dos quimioterápicos dispensados. Os quimioterápicos são colocados em 
maletas identificadas, com o nome do pacientes e dos medicamentos, turno de 
administração para os medicamentos que devem ser administrados 2 vezes ao 
dia. Na primeira vez que o paciente ou seu responsável se encaminham ao 
Centro de Oncologia para a retirada do seu medicamento é realizada a 
orientação pela farmacêutica responsável, recebem diversas informações 
importantes relacionadas: a indicação, temperatura e local correto de 
armazenamento,administração, dose prescrita e quais os horários das tomadas, 
reações adversas, interações medicamentosas, cuidados durante o preparo e 
manipulação do mesmo. Além das orientações verbais fornecidas, é entregue 
um manual explicativo que contém diversas informações sobre o tratamento 
oncológico. 
Segundo os mesmos autores, a dispensação em doses fracionadas, com 
a quantidade de comprimidos correta para a administração no horário previsto 
facilita muito ao paciente ou seu cuidador, diminuindo as dúvidas relacionadas 
a: “tomei a dose correta?” ou “já tomei a dose do horário da manhã? “ou da 
noite?”. Além disso, através dos relatos dos pacientes e seus familiares, a 
dispensação em doses fracionadas auxilia na adesão e adequação ao 
tratamento e o retorno dos envelopes vazios também auxilia na verificação do 
uso correto. 
 
 
 
 
 
27 
 
CONCLUSÃO 
 O uso dos quimioterápicos orais, aumenta a melhoria da qualidade de vida 
dos pacientes, já que o tratamento pode ser realizado no domicílio junto à família, 
sem a necessidade de o paciente dispender horas, ou até mesmo dias, para 
administração da quimioterapia no hospital. 
 Desta forma, o farmacêutico desempenha um papel importante na equipe 
multidisciplinar pois é o responsável por assegurar que a terapêutica de escolha 
seja a mais adequada, segura e efetiva sendo administrada na posologia, 
horário, com o líquido correto e ter o cuidado de interações medicamentosas com 
outros medicamentos do paciente de acordo com a prescrição médica. 
Além disso, cada quimioterápico apresenta as sua particularidades, assim 
como cada paciente e tipo de neoplasia, mostrando a necessidade de avaliação 
e acompanhamento destes pacientes por farmacêutico, visando otimizar a 
terapia medicamentosa, com mais efetividade e segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
BRASIL, Lei nº 12.880, de 12 de novembro de 2013. Disponível 
em<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato20112014/2013/Lei/L12880.htm
> acesso dia 30-07-2016. 
 Bulário eletrônico da ANVISA. Disponível 
em:<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/index.asp#> Acesso janeiro de 
2017. 
Gorzoni,M.L; Torre, A. D; Pires, S. L. Medicamentos e sondas de nutrição. 
Revista Associação Médica Brasileira. v.56, n.1, p 17-21, 2010. 
HARDMAN, J.G; LIMBIRD, L.E; GILMAN, A.G. GOODMAN & GILMAN: As 
bases farmacológicas da terapêutica. 12ºedição, 2012. 
Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2016: Incidência de câncer no 
Brasil. Rio de Janeiro – RJ. Disponível em: 
<http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322>acesso dia 24/07/2016. 
LUNARDI, D; ZART, D; FASOLIN, T; GONÇALVES, C.B. Atenção Farmacêutica 
para pacientes em uso de Capecitabina. Revista Brasileira de Farmácia. v.90, 
n.3, p.250-257, 2009. 
MARQUES,P. A; PIERIN, A. M.G.Fatores que influenciam a adesão de pacientes 
com câncer à terapia antineoplásica oral. Acta Paulista de Enfermagem.v.21, 
n.2, p.323-329, 2008. 
MICROMEDEX SOLUTIONS, Comparação entre medicamentos. Disponível 
em:< http://www-micromedexsolutions-
com.ez115.periodicos.capes.gov.br/micromedex2/librarian/CS/F3C9EB/ND_PR
/evidencexpert/ND_P/evidencexpert/DUPLICATIONSHIELDSYNC/C35309/ND_
PG/evidencexpert/ND_B/evidencexpert/ND_AppProduct/evidencexpert/ND_T/e
videncexpert/PFActionId/evidencexpert.CompareDrugs?navitem=topCompariso
n&isToolPage=true> acesso Janeiro 2017. 
 Manual de Oncologia Clínica do Brasil (MOC Brasil). Disponível 
em:<https://mocbrasil.com/moc-drogas/agentes-oncologicos/1-agentes-
oncologicos/> acesso Janeiro 2017. 
Neto, M., C. et al: Guia de Protocolos e Medicamentos para Tratamento em 
Oncologia e Hematologia. 1ª edição, São Paulo, Hospital Albert Einstein, 2013, 
516p. Disponível em:< https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/guias-e-
29 
 
protocolos/Documents/Guia_Oncologia_Einstein_2013.pdf> acesso janeiro de 
2017. 
OLIVEIRA, R. S; MENEZES, J.T.L; GONÇALVES, M.L. Adesão à Terapia 
Hormonal Adjuvante Oral em Pacientes com Câncer de Mama. Revista 
Brasileira de Cancerologia. v.58, n.4, p. 593-601, 2012. 
SANTOS, L; TORRIANI, M.S; BARROS, E. (Org.). Medicamentos na prática 
da farmácia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2013. 
ZORDAN, G; CORDEIRO, F. R. Atenção farmacêutica na dispensação de 
medicamentos quimioterápicos orais: Relato de experiência. Disponível em:< 
http://www.crfsc.gov.br/wpcontent/2015/PDFs/premio/trabalho_graziela_zordan.
pdf> acesso fevereiro 2017.

Continue navegando