Buscar

MATERIAL DE APOIO PARA AVALIAÇÃO DE GESTÃO FIANACEIRA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATERIAL DE APOIO PARA AVALIAÇÃO DE GESTÃO FIANACEIRA
Prezado aluno, através deste material de apoio, teremos pontos focais para auxiliar no seu desempenho no processo avaliativo, vamos fazer uma pequena jornada dos tópicos predominantes. Vamos nós!
Do escambo à moeda:
Em seus primórdios, o homem não tinha residência fixa, ao contrário do que estamos acostumados, não haviam vilarejos permanentes nem grandes centros urbanos. A população ficava dispersa, mudando de lugar constantemente. As pessoas viviam da caça, pesca ou de atividades de pastoreio, para isto, migravam em busca de pasto para os animais ou de localidades com mais recursos.
Posteriormente, com a prática da agricultura, deu-se início ao sedentarismo, ou seja, em vez de mudar-se em busca de pasto ou alimentos, o homem passou a cultivar os itens para consumo próprio.
Eis que surge um dilema... convido você agora a listar mentalmente todos os alimentos que consome!
Imagine a dificuldade de você mesmo produzir estes itens com qualidade!
Impossível, não é mesmo?
	Para que os itens sejam produzidos com qualidade é necessário que o agricultor tenha uma especialidade, com isto, a agricultura de subsistência precisou de um incremento: o comércio. Isto mesmo, cada agricultor “escolheu” uma ou mais itens para cultivar garantindo assim sua sobrevivência. O excedente, ou seja, a sobra passou a ser comercializada através de escambo. 
	O escambo acontecia da seguinte forma, o agricultor que cultivava o feijão, por exemplo, não cultivava arroz. Como ambos os produtores precisam do feijão e do arroz, eles separavam o que sobrava e realizavam trocas. Assim o agricultor que cultivava o feijão poderia consumir o arroz e vice-versa
.
2. Moedas do Brasil
	No Brasil, o primeiro item de troca foi o pau-brasil, esta árvore nativa era bastante valorizada pelos portugueses pois a coloração avermelhada da madeira era utilizada para tingir tecidos e também para produzir tinta para pintura. Depois o algodão, açúcar e o fumo foram utilizados como moeda de troca entre os nativos. 
Posteriormente, o Brasil como colônia portuguesa, teve sua primeira moeda a partir da determinação de D. Sebastião. Na qual ordenou a moeda de Portugal passasse a ser utilizada na nova colônia. Tratava-se do Real Português, também chamado de “réis”, conforme figura mostrada abaixo:
Real Português ou “réis”
Finalmente chegamos à moeda que circula atualmente no nosso país, o Real. No ano de 1994, o governo do Itamar Franco foi criado o Plano Real, este foi liderado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Tratava-se de um plano voltado à estabilidade econômica cujo objetivo era pôr um fim à elevada inflação enfrentada pela moeda brasileira. 	
Destaca-se que nesta época os preços dos produtos aumentavam constantemente e o Cruzeiro valia muito pouco quando comparado ao dólar. Com isto, este período de nossa história ficou marcado pelas constantes remarcações dos preços nos supermercados.
	O Plano Real foi dividido em três fases: O Programa de Ação Imediata, a criação de uma URV (Unidade Real de Valor) e implementação da moeda. Vamos entender os principais pontos de cada fase a seguir.
Programa de Ação Imediata (PAI): Tratava-se de uma série de medidas de cunho econômico que foram elaboradas em 1993, um ano antes da implementação da nova moeda. Dentre as medidas, destaca-se o corte dos gastos públicos, maior controle dos gastos dos Estados e municípios, maior atuação do Banco Central em relação às irregularidades fiscais nos bancos e privatização de algumas empresas de setores estratégicos, tais como siderurgia e petroquímica.
Criação da Unidade Real de Valor (URV): esta etapa foi implementada no dia 27 de maio de 1994, sendo considerada pelos especialistas como a chave do sucesso da nova moeda. A URV era uma espécie de uma moeda “virtual” equiparada ao dólar que servia para converter o valor dos itens em um novo padrão monetário. 
Implementação do Real: A nova moeda passou a entrar em circulação com a Medida Provisória de número 434. Nela foi instituída a URV e definida o lançamento do Real.
Cédula de um Real
Matemática elementar: matemática financeira, juros simples, juros compostos
Juros simples
Caro aluno, acredito que chegamos ao ponto chave desta unidade. Trata-se do entendimento do conceito de juros.
Os juros se referem ao rendimento obtido mediante o empréstimo de dinheiro em um período específico. Para quem empresta o dinheiro, os juros são uma compensação pelo tempo em que ficará sem o dinheiro que foi emprestado, já quem toma o dinheiro emprestado, paga pelo crédito recebido.
Os juros simples recebem este nome pois a taxa de juros é definida a partir do valor inicial do empréstimo. O juro simples é calculado a partir da seguinte fórmula:
J = C . i . n
Em que:
J= valor dos juros
C = capital (valor inicial do empréstimo)
i= taxa de juros
n = período de tempo do empréstimo
	É importante destacar que quem toma dinheiro emprestado acaba devolvendo ao credor um valor maior do que o que pegou emprestado. Este valor final se chama montante e é calculado através da seguinte fórmula:
M = C + J
Em que:
M = montante
C = capital 
J = juros
Vamos praticar!
Pedro tomou R$ 2.000 emprestado. Este valor deve ser pago em 3 meses com uma taxa de juros simples de 8% ao mês. Quanto (em dinheiro) Pedro irá pagar pelo capital que tomou emprestado?
 
J = C . i . n
J = 2.000 x 0,08 x 3
J = 480
Encontramos o valor dos juros, agora precisamos somar este valor ao capital que Pedro tomou emprestado e assim encontramos o montante:
M = C + J
M = 2.000 + 480
M = 2.480
Juros compostos
Este é o regime de juros mais comum no sistema financeiro, nele os juros são gerados de forma acumulada. Assim, os juros gerados em cada período são incorporados ao capital principal para o cálculo dos juros do período seguinte. 
Este sistema possibilita maior rentabilidade quando comparado com o regime de juros simples no qual o rendimento aplica-se ao capital inicial.
Desta forma. O juro composto incide a cada mês no somatório acumulado do capital, ou seja, trata-se de juros sobre juros.
Vamos entender este conceito na prática:
Um empresário do ramo alimentício investiu R$ 1.000,00 em um banco no qual paga 2% de juros a cada mês. Ao final de quatro meses, qual será o valor final que o empresário receberá pela aplicação?
	
Mês
	
Capital
	
Juros
	Montante
(juros + capital)
	Janeiro
	1.000,00
	2% x 1.000 = 20
	1.020,00
	Fevereiro
	1.020,00
	2% x 1.020 = 20,40
	1.040,40
	Março
	1.040,40
	2% x 1.040,40 = 20,81
	1.061,21
	Abril
	1.061,21
	2% x 1.061,21 = 21,22
	1.082,43
Como pode ser visto, é que o percentual de 2% incide sobre o resultado dos juros e do capital do mês anterior.
A fórmula dos juros compostos é:
M = C x (1 + i)t
Onde:
M = montante
C = capital
i = taxa
t = tempo
	Vamos fazer o mesmo cálculo utilizando a fórmula:
M = C x (1 + i)t
M = 1.000 x (1 + 0,02)4
M = 1.000 x (1,02)4
M = 1.000 x 1,08
M = 1.082,43
	
Assim chegamos ao mesmo valor: R$ 1.082,43
	Logo, os R$ 1.000,00 aplicados ao longo de quatro meses renderão R$ 82,43.
2. Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é formado por instituições, cujo objetivo é transferir recursos dos agentes econômicos superavitários para os deficitários. O agente superavitário é aquele em que há um superávit, ou seja, aquele que tem o excedente, o lucro. Já o deficitário é o que apresenta um déficit de capital.
Agente deficitário
Agente superavitário
Instituição Financeira
De forma complementar, também podemos definir o Sistema Financeiro Nacional como o conjunto de instituições que se propõem a gerir a política monetária do Governo Federal. Veja abaixo o que a Constituição Federal do Brasil cita em relação ao Sistema Financeiro Nacional:
“Art. 192. O sistema financeironacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.”
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
	O Sistema Financeiro está divido em três níveis: órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores:
Órgão normativo
- Conselho Monetário Nacional (CMN): É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional e tem como responsabilidade formular a política da moeda e crédito do nosso país, buscando a estabilidade e o crescimento econômico da nação.
Caro aluno, vimos no guia da unidade anterior, a desvalorização da moeda fez com que houvesse sucessivas mudanças na nossa moeda e, apenas a partir do Plano Real foi possível alcançar um patamar de equilíbrio da nossa moeda, principalmente na sua equiparação com dólar.
Dentre as principais funções do Conselho Monetário Nacional podemos destacar:
a) Autorizar a emissão do papel moeda;
b) Fixar as diretrizes e normas da política cambial;
c) Regulamentar as operações de câmbio;
d) Acionar medidas de prevenção e correção de desequilíbrios.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é formado pelo Ministro da Fazenda, este é o Presidente do Conselho; pelo Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN).
Órgãos Supervisores:
- Banco Central (BACEN):
Foi criado em 1964 a partir da Lei 4.595 com a finalidade ser o principal executor das ações traçadas pelo Conselho Monetário Nacional. Dentre seus objetivos destacam-se:
Zelar pela liquidez da economia;
Manter as reservas internacionais em nível adequado;
Estimular que a população poupe dinheiro;
Zelar pela estabilidade do sistema financeiro.
Vamos “pincelar” alguns termos apresentados: 
A liquidez citada acima se refere à capacidade de um ativo se transformar em caixa. Vamos a um exemplo prático... O que é mais fácil de se vender, uma barra de ouro o prédio de uma fábrica? 
Você pode se dirigir a uma instituição que compre o ouro e fazer a transação de forma rápida, o mesmo não acontece com a venda de um prédio tendo em vista os trâmites burocráticos e legais da venda. Logo, o ouro tem maior liquidez que o prédio.
	A poupança é um importante instrumento financeiro a saber que, o dinheiro que as pessoas tomam emprestado dos bancos são oriundos do dinheiro depositados na poupança, ao estimular a poupança, o BACEN está possibilitando a solidez do sistema financeiro.
	Em linhas gerais, os objetivos do BACEN são manter a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido, eficiente e protegendo a sociedade dos altos níveis de inflação.
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM):
Trata-se de uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda cujo objetivo é disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários. Ela surgiu para defender os interesses do investidor e das instituições no processo de negociação dos seus títulos.
Vamos entender importância da Comissão de Valores Mobiliários na prática através do seguinte exemplo:
As empresas, visando a aquisição de capital com baixos juros, podem optar em “vender” partes de suas ações para terceiros, possibilitando assim uma capitalização. O processo de venda e aquisição de ações é regulamento pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Logo, as empresas podem optar em captar recursos para financiar suas atividades junto ao público, obter os recursos necessários para realizar suas atividades.
Uma dica: A principal função da Comissão de Valores Mobiliário é fiscalizar a emissão e negociação de títulos das empresas de capital aberto, protegendo os interesses dos investidores garantindo a estabilidade no mercado de ações.
É imprescindível que você conheça, ao menos dois títulos negociados no mercado de ações, tratam-se das ações e das debêntures.
As ações representam uma “fração” do capital social de uma empresa. Para que uma empresa venda suas ações para o público, é necessário que haja a autorização da Comissão de Valores Mobiliários e tornando-se assim uma companhia de capital aberto. Como a ação é uma “fração” do capital de uma empresa, o dono das ações é considerado sócio dela, podendo ter direito ao voto, participar dos lucros e também arcando com possíveis prejuízos da empresa.
Já as debêntures são dívidas, que podem ser de médio e longos prazos. São emitidos por empresas do tipo sociedade anônima que devem ser pagos pela empresa com juros e correção monetária.
Conceitos de Estrutura e Custo de capital
O primeiro passo para se abrir uma empresa é a necessidade de se constituir capital, ou seja, os proprietários da empresa necessitam de dinheiro para investir nas operações da empresa e montar a sua estrutura, assim como comprar máquinas, equipamentos, instalações, veículos, entre outros tipos de investimentos. Diante disso, eles captam recursos dos seus sócios ou acionistas que aparecem na demonstração contábil do Balanço Patrimonial, que como vimos anteriormente, apresenta todos os seus bens, direitos e obrigações de uma empresa de uma só vez. O dinheiro investido pelos proprietários da empresa aparecerá no Balanço Patrimonial no grupo de contas chamado de Patrimônio Líquido representado pela conta de Capital Social. O grupo de contas do patrimônio Líquido representa o chamado capital próprio da empresa, porque foi financiado pelos sócios ou acionistas da empresa.
Vamos dar um exemplo para demonstrar a situação acima. Suponha que você, jovem empreendedor, tem o sonho de abrir uma empresa de consultoria e seu amigo de faculdade também compartilha desse sonho, então, o primeiro passo que vocês vão precisar para abrir a empresa é de dinheiro para investir nesse negócio. Mas vocês não têm muitos recursos para investir, então, para resolver a situação, vocês sacaram todo dinheiro que estava investido nas suas contas no banco, venderam seus veículos e juntaram o valor. Cada um dos sócios investiu vinte e cinco mil reais. Com essa informação, vamos montar o balanço patrimonial dessa empresa de consultoria. Esse lançamento contábil pode ser demonstrado pelo balanço patrimonial apresentado a seguir:
	BALANÇO PATRIMONIAL – CONSULTORIA ABC LTDA. Em: 31/12/2013
	ATIVO
	R$ MIL
	PASSIVO
	R$ MIL
	CAIXA
	50
	
	
	
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	R$ MIL
	
	
	CAPITAL SOCIAL
	50
	TOTAL DO ATIVO
	50
	TOTAL DO PASSIVO
	50
De acordo com o balanço patrimonial acima, o dinheiro investido por cada um dos sócios totalizou o valor de cinquenta mil reais, que foi para conta de capital social, que faz parte do grupo de contas chamado de patrimônio líquido e, como tudo em contabilidade gera uma contrapartida, devido ao método das chamadas partidas dobradas, (um método que permite o equilíbrio patrimonial, onde o total do ativo sempre será igual ao total do passivo), a conta de contrapartida para essa ação tomada será a conta caixa, ou seja, os sócios investiram cinquenta mil reais no capital social que foi para conta caixa, que servirá para financiar as operações da empresa.
Observando o balanço acima, vemos que ele é financiado cem por cento por capital próprio, ou seja, por capital advindo dos sócios da empresa. Pois, o grupo de contas do patrimônio líquido representa o capital próprio no balanço patrimonial.
Como os recursos investidos pelos sócios foram poucos e a empresa de consultoria necessita de mais capital para financiar suas atividades iniciais, e como os sócios não dispõem de mais recursos para efetuar esse investimento, então o que resta de opção para os sócios? Certamente você deve ter pensado em empréstimos bancários, não foi? Muito bem! É isso mesmo, eles devem recorrer a empréstimos ou financiamentos bancários para conseguirem o capital de que necessitam.
Vamos supor que os sócios procuraramo Banco XYZ e fizeram um financiamento bancário de R$ 40.000,00 para comprar um veículo visando auxiliar os sócios em suas visitas aos clientes por um prazo de vinte e quatro meses para pagar. Vamos ver como ficará esse lançamento contábil no balanço patrimonial da Consultoria ABC LTDA.
	BALANÇO PATRIMONIAL – CONSULTORIA ABC LTDA. Em: 31/12/2013
	ATIVO
	R$ MIL
	PASSIVO
	R$ MIL
	ATIVO CIRCULANTE
	R$ 50 MIL
	PASSIVO CIRCULANTE
	R$ MIL
	CAIXA
	50
	
	
	
	
	
	
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	R$ 40 MIL
	PASSIVO NÃO CIRCU- LANTE
	R$ 40 MIL
	VEÍCULOS
	40
	FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
	40
	
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	R$ 50 MIL
	
	
	CAPITAL SOCIAL
	50
	TOTAL DO ATIVO
	90
	TOTAL DO PASSIVO
	90
O financiamento bancário feito pelos sócios no valor de quarenta mil reais foi para o grupo de contas do passivo não circulante, devido ao prazo de pagamento que é maior do que um exercício social, ou seja, maior do que um ano. E o veículo adquirido, como é um bem, que apresenta uma vida útil maior, foi para o grupo de contas do ativo não circulante, que é o grupo de contas onde estão registrados todos os bens e direitos que apresentam uma vida útil maior do que um exercício social da empresa ou maior do que um ano. E, como já foi explicado anteriormente, o total do ativo foi igual ao total do passivo devido ao método das partidas dobradas.
O grupo de contas do passivo é conhecido também como capital de terceiros, pois representa os recursos captados pela empresa advindo de terceiros, ou seja, advindos de pessoas que não fazem parte da empresa, como demonstrado no balanço patrimonial através do financiamento bancário adquirido pelos sócios da consultoria ABC Ltda. para compra do veículo da empresa. De acordo com o balanço patrimonial apresentado acima, podemos dizer que a empresa possui cinquenta mil reais de capital próprio que representa aproximadamente cinquenta e seis por cento (56%) do capital total investido na empresa e quarenta mil reais de capital de terceiros que representa aproximadamente quarenta e quatro por cento (44%) do capital total investido na empresa. Será que essa composição de capital é boa para a empresa?
Será que essa composição de capital está sendo rentável para empresa?
Prezado aluno, oriento que você leia as páginas 32, 33 e 34 do livro texto do autor Megliorini que está no seu ambiente virtual. 
Como você pode perceber, a decisão em relação às fontes do capital de uma empresa envolve um estudo em relação ao grau de endividamento nos casos de financiamento. Além disto, devem ser considerados os custos caso seja aplicado o capital próprio na organização. 
Além do capital próprio e do financiamento junto aos bancos, o gestor pode captar recursos de terceiros para financiar a operação da empresa. Como foi visto no tópico referente à Comissão de Valores Mobiliários, as empresas podem optar em fracionar o seu capital social e vende-los a terceiros em forma de ações.
Payback Simples ou Tempo de Retorno (TR)
O Payback Simples permite fazer uma análise do prazo de recuperação do capital investido, sem remuneração. Ou seja, ele calcula o prazo de retorno do investimento, permite-nos calcular em quanto tempo o investimento realizado será pago. Vamos ver como isso funciona na prática? Vamos calcular o payback simples dos fluxos de caixa
líquidos a seguir:
Logo, de acordo com o quadro acima, vemos que, de acordo com fluxo de caixa acu- mulado, o projeto começou a dar retorno entre o ano dois e três, vamos encontrar o prazo certo de retorno desse investimento.
Payback Simples = 2 anos e 50/400 = 0,125, ou seja, 2,125 anos.
Para transformarmos esse valor em meses e em dias, faremos uma regra de três sim- ples, pois essa fração de anos de 0,125 será multiplicada por 12, considerando que um ano tem doze meses, onde encontraremos 1,50 meses, e, para encontramos em dias, pegaremos a fração de 0,50 que sobrou e multiplicaremos por trinta, consideran- do que um mês tem trinta dias, logo o payback simples desse projeto é de 2 anos, um mês e quinze dias.
Pausa para revisão: Caro aluno, vimos na primeira unidade como fazer o cálculo da regra de três simples. Caso você tenha dificuldades, recomendo que você releia o primeiro guia no tópico que aborda a matemática elementar.
Payback Simples = 2 anos, 1 mês e 15 dias.
O Payback Simples apresenta como vantagens ser uma técnica fácil de entender, é conservador em favor da liquidez e leva em consideração a incerteza no tocante a pe- ríodos mais longínquos. Porém o Payback Simples apresenta, como desvantagens, o fato de não levar em consideração o custo do dinheiro no tempo, exige um período de retorno arbitrário para poder fazer a comparação para decidir, tende a rejeitar projetos de longo prazo de maturação e despreza o benefício dos fluxos de caixa posteriores. Essa técnica recebe muitas críticas, principalmente pelo fato de não levar em consi- deração o custo do dinheiro no tempo, ou seja, não foi utilizada nenhuma taxa mínima de atratividade para descontar o fluxo de caixa, por isso, para tentar corrigir essa dis- torção do payback simples, foi criado o payback descontado.
Payback Descontado
O Payback Descontado apresenta como vantagens o fato de procurar corrigir o efeito do custo do dinheiro no tempo, quando comparado ao payback simples, é conserva- dor em favor da liquidez e leva em consideração a incerteza no tocante a períodos mais longínquos. Porém o Payback Descontado apresenta como desvantagens o fato de exigir um período de retorno arbitrário para poder fazer a comparação ao decidir, tende a rejeitar projetos de longo prazo de maturação e despreza o benefício dos fluxo de caixa posteriores.
Para calcular o Payback Descontado, é necessário encontrar o valor presente de cada fluxo de caixa, de acordo com a taxa mínima de atratividade (TMA) do projeto. Para descontar o fluxo de caixa deveremos utilizar a fórmula do valor presente:
(Fórmula 2.3.2.1)
Onde:
VP = valor presente do fluxo de caixa de cada período descontado para a data do investimento inicial;
VF = valor futuro, que corresponde ao valor do fluxo de caixa de cada período; i = taxa mínima de atratividade ou taxa de desconto do projeto;
n = número de períodos do projeto.
Vamos continuar calculando o payback descontado do fluxo de caixa da sessão ante- rior e vamos considerar uma taxa mínima de atratividade de 10% ao ano.
Logo, de acordo com o quadro acima, vemos que segundo o fluxo de caixa acumula- do, o projeto começou a dar retorno entre o ano dois e três, vamos encontrar o prazo certo de retorno desse investimento.
Payback Descontado = 2 anos e 111,57/300,53 = 0,37, ou seja, 2,37 anos.
Para transformarmos esse valor em meses e em dias, faremos uma regra de três sim- ples, pois essa fração de anos de 0,37 será multiplicada por 12, considerando que um ano tem doze meses, onde encontraremos 4,44 meses, e, para encontramos em dias, pegaremos a fração de 0,44 que sobrou e multiplicaremos por trinta, considerando que um mês tem trinta dias, logo o payback descontado desse projeto é de 2 anos, quatro meses e treze dias.
Payback Descontado = 2 anos, 4 meses e 13 dias.
Com isso, vemos que o payback descontado apresentou um tempo de retorno maior do que o payback simples, porém, embora tenha corrigido a miopia financeira causa- da pelo payback simples que não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo, essa técnica ainda apresenta a desvantagem de não ter uma base de comparação para saber qual o tempo correto do projeto, além de punir projetos que apresentem um tempo de maturação maior e também não avalia o que ocorre depois que o inves- timento foi pago. Por isso, vamos continuar analisando outras técnicas que buscam corrigir essas distorções do payback e que são consistentes e mais bem vistas no mundo financeiro para avaliação de investimentos.
Valor Presente Líquido (VPL)
O Valor Presente Líquido (VPL) é o valor presente do fluxo de caixa livre do projeto,descontado ao custo de capital da empresa. O valor presente Líquido (VPL) é dado pela seguinte equação:
 (Fórmula 2.3.3.1)
Onde:
VPL = valor presente líquido;
I = investimento inicial realizado no ano zero; FCt = Fluxo de caixa líquido de cada período;
i = taxa mínima de atratividade ou taxa de desconto do projeto; t = número de períodos do projeto.
Os critérios de avaliação do Valor Presente Líquido (VPL) são: caso ele seja maior do que zero, o projeto é viável, pois apresenta um retorno maior do que o custo de capital; caso ele seja menor do que zero, o projeto é Inviável, pois apresenta um re- torno menor do que o custo de capital; e caso ele seja igual a zero é indiferente, pois ficará a critério do investidor a escolha, já que o projeto não apresenta nem lucro nem prejuízo.
Vamos calcular o valor presente líquido (VPL) do fluxo de caixa apresentado acima e verificar se o projeto é viável ou não. Para fazermos isso, vamos colocar os valores do fluxo de caixa na fórmula 2.3.3.1.
Logo, o projeto é viável, pois apresenta um valor presente líquido maior do que zero no valor de Cento e oitenta e oito reais e noventa e seis centavos (R$ 188,96). 
Administração de Estoques
Agora que você já leu as páginas recomendadas, você aprendeu sobre a administração de estoques. O estoque significa dinheiro parado, ou seja, capital “empatado” em produtos que poderiam ser utilizados para outras finalidades. Existem diversos tipos de estoques como: estoques de insumos ou matérias-primas, estoques de produtos em processo, estoques de produtos semiacabados, estoques de produtos acabados, estoques em trânsito (que ainda estão sendo transportados) e estoques em consignação (onde o fornecedor disponibiliza o produto e o cliente só pagará pelo produto quando efetuar a venda do mesmo na data acordada, caso não haja venda do produto, poderá devolvê-lo de acordo com o contrato firmado).
E qual a importância de administrar estoques? Pois, como vimos, o estoque representa uma parcela do capital da empresa que está parado com produtos estocados, por isso a posição do administrador financeiro sobre o nível de estoque é mantê-lo baixo para garantir que o dinheiro da empresa seja investido com sabedoria. Porém, existem algumas razões para manter estoques como: melhoram o nível de serviço, incentivam economias na produção, permitem economia de escala nas compras e no transporte, agem como proteção contra aumentos de preço, os estoques protegem a empresa contra incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento e servem como segurança contra contingências.
Claro que, para área de suprimentos e produção da empresa, é muito interessante manter altos níveis de estoques, pois protegem essas áreas contra eventuais incer- tezas e permite uma segurança maior para que o produto não falte no mercado e a empresa não perca vendas devido a essa falta de produto. Porém, para área de finan- ças, é bastante relevante analisar o custo de oportunidade para se comprar produtos para serem estocados ou ter o capital de giro da empresa disponível para investir em outras operações. 
Você se lembra do conceito de custo de oportunidade que analisamos na unidade dois? Não?
Relembrando: O custo de oportunidade pode ser definido como o custo que se tem após renunciar uma oportunidade.
Nesse caso, o custo de oportunidade vai servir de base para compararmos se é mais vantajoso fazer estoque ou investir o capital da empresa em outra operação. Vamos supor que a empresa M&M Company LTDA. tenha um capital disponível no valor de R$ 200.000,00. E aí você, administrador financeiro da empresa, terá que decidir entre as seguintes opções: Comprar farinha de trigo, que é a principal matéria-prima da sua empresa ou investir o capital da sua empresa no mercado. Sabendo que a farinha de trigo que antes custava R$ 50,00 (o saco) e agora está custando R$ 40,00 (o saco). Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês a juros simples, é preferível investir na compra de farinha ou investir o capital no mercado? Considere o período de um mês e considere que você deverá investir todo dinheiro em uma das opções.
E agora qual opção vai fazer com que seu dinheiro gere um retorno maior? Como faremos para resolver essa questão? Já faz ideia?
Vamos lá, primeiramente vamos analisar a opção de investir o dinheiro no mercado a juros simples. Com isso, teremos: 
J = 200.000,00 x 2% x 1 = R$ 4.000,00.
Ou seja, se investirmos o capital no mercado iremos ganhar quatro mil reais. Agora vamos analisar a opção de comprar farinha: antes a farinha custava R$ 50,00 o saco. Logo antes, compraríamos: 
Q = 200.000/50 = 4.000 sacos de farinha de trigo. 
E, agora, iremos comprar: 
Q = 200.000/40 = 5.000 sacos de farinha de trigo.
Portanto, estamos comprando 1.000 sacos a mais com esse novo preço da farinha, ou seja, estamos ganhando 1.000 sacos a mais e fazendo uma economia de R$ 10,00 por saco, logo estamos ganhando na compra da farinha um total de 1.000 x R$ 10,00 = R$ 10.000,00. E agora qual opção é mais vantajosa? Lógico que, nesse caso, a compra da farinha está dando um retorno maior do que investir o dinheiro no mercado, pois, com a compra da farinha, estamos ganhando dez mil reais e, se investirmos o dinheiro no mercado, ganharemos quatro mil reais.
Agora vamos analisar as técnicas mais comuns utilizadas pelas empresas para administrar os estoques.
Sistema ABC
Muitas empresas utilizam o sistema ABC de estoques para construir a chamada Curva ABC, que classifica seu estoque em três grupos, onde o grupo A compreende 20% dos itens mantidos em estoque, que requerem 80% dos investimentos, ou seja, os produtos que fazer parte do grupo A são os produtos de alto valor e que, por isso, devem ser mantidas menores quantidades em estoque. Existe o grupo B que inclui os itens que requerem o segundo maior investimento desse gênero e o grupo C consiste em grande número de itens que exigem um investimento relativamente pequeno, ou seja, são os produtos que são mantidos em maiores quantidades em estoque, devido ao baixo preço dos produtos desse grupo.
Modelo de Lote Econômico (LEQ):
Uma das técnicas mais comuns para determinar o tamanho ideal do pedido de itens em estoque é o modelo de lote econômico. Pois esse método considera diversos custos para determinar qual o volume de pedido que minimize o custo total de estoque. O LEC (Lote Econômico de Compra) supõe que os custos relevantes de estoque possam ser divididos em custos de pedido e custos de carregamento. Os custos de pedido incluem os custos administrativos fixos de colocação e recebimentos de pedidos como: o custo de preenchimento de uma ordem de compra, de processamento da documentação resultante, de recebimento de um pedido e de sua conferência com a fatura. 
E os custos de Carregamento ou custos de manutenção de pedidos são os custos variáveis unitários de manutenção de um item em estoque por um determinado prazo e correspondem aos custos de armazenagem, seguro, deterioração e obsoles- cência, além do custo de oportunidade de investir capital em estoque. Pois os custos de pedido diminuem conforme aumenta o tamanho do pedido, enquanto os custos de carregamento aumentam com o aumento do tamanho dos pedidos. Com isso, temos as seguintes equações para os custos de pedido e custos de carregamento, respec- tivamente.
Custo de Pedido = O x S/Q	(Fórmula 2.3.2.1)
Custo de Carregamento = C x Q/2	(Fórmula 2.3.2.2)
Onde:
S = consumo em unidades por período; O = custo de pedido, por pedido;
C = Custo de carregamento por unidade, por período; Q = número de unidades do pedido;
Logo, o custo total de estoque é dado pela soma do custo do pedido com o custo de carregamento ou custo de manutenção de pedidos. Para calcularmos o custo total do estoque utilizaremos a seguinte equação:
Custo Total = (O x S/Q) + (C x Q/2)	(Fórmula 2.3.2.3)
O Lote econômico de compra (LEC) é definidocomo a quantidade pedida que mi- nimize a função do custo total, ou seja, esse modelo analisa a compensação entre custos de pedido e custos de carregamento para determinar o tamanho do pedido que minimize o custo total de estoque. O Lote Econômico de Compra (LEC) pode ser calculado através da seguinte equação:
(Fórmula 2.3.2.4)
Depois que a empresa determinar o seu lote econômico de compra, ela precisa determinar o ponto de emissão de novo pedido, que é quando emitir esse pedido. Esse ponto reflete o número de dias necessários para se emitir e receber um pedido e a utilização diária do item em estoque. Logo, o ponto de emissão de novo pedido é dado pela seguinte equação:
Ponto de emissão de novo pedido = Dias de prazo X utilização diária (Fórmula 2.3.2.5)
Agora que já discutimos todos os conceitos sobre Lote Econômico de Compra e sobre Custo total de estoques, vamos aplicar esses conceitos numa questão prática: Suponha que a empresa M&M Company LTDA. utiliza 1.600 unidades de um item ao ano. Seus custos de pedido são de R$ 50,00 por pedido, e o custo de carregamento é de R$ 1,00 por unidade, por ano. Calcule o lote econômico de compra e o custo total para o LEC.
Vamos começar calculando o LEC através da equação 2.3.2.4, teremos:
Vamos calcular o custo total substituindo os valores na equação 2.3.2.3, com isso teremos:
Custo do pedido = R$ 50 x 1600/400 = 50 x 4 = R$ 200,00 Custo de Carregamento = (R$ 1 x 400)/2 = R$ 200,00
Logo, o custo total que é igual ao somatório do custo de pedido com o custo de carre- gamento, então o custo total da empresa M&M Company LTDA. é igual a:
Custo Total = R$ 200,00 + R$ 200,00 = R$ 400,00.
Agora, calcule o ponto de emissão do novo pedido, sabendo que são necessários 10 dias para emitir e receber um pedido, e a utilização anual é de 1.600 unidades por ano. Considere o ano de 360 dias.
Para encontrarmos o ponto de emissão do novo pedido, precisaremos, primeiramen- te, encontrar a utilização diária do produto que é de 4,444 (1.600/360 = 4,44 unidades/ dia) e agora para calcularmos o ponto de emissão do novo pedido vamos apenas substituir na equação 2.3.2.5, logo teremos:
Ponto de emissão do novo pedido = 10 x 4,44 = 44,44 ou 45 unidades.
Favor, revisar os vídeos a parte de liquidez e capital circulante liquido. 
Boa sorte!

Continue navegando