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Resumo Código Criminal de 1830

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Resenha do Código Criminal de 1830
O código criminal de 1830, foi o primeiro código penal brasileiro. Aprovado alguns meses antes da renúncia de D. Pedro I, vigorando de 1831 a 1891, sendo substítuido pelo Código Penal dos Estados Unidos.
O Brasil passava por transformações nesse período que antencenderia o código criminal. Com o regresso da família Real a Lisboa. Dom Pedro foi principe regente e as cortes exigiam o retorno. Dom Pedro organiza um novo ministerio e escolhe José Bonifacio e o principe decidiu se rebelar contra a constituição, diversos problemas aconteceram entre os conservadores e os liberais um grupo defendia que os poderes deveriam ser limitados. Dom Pedro não abriria mão do direito de dissolver a camara quando achasse necessário diante das divergências e ele disssolveu a assembléia. Em 1824 em seu artigo 179, a Carta alterou algumas materias penais contidas nas ordenações Filipinas, abolindo a pena de morte, as torturas, açoites e estabeleceu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei. Contudo, essas foram as únicas mudanças na legislação penal no imediato pós-independência, porém as Ordenações Filipinas – leis penais portuguesas, datadas do início do século XVII - continuaram vigorando até 1830, quando foi promulgado o Código Criminal do Império, que anulava a legislação penal colonial e mudava as concepções de crimes e penas no Brasil. Entretanto, a pena capital voltava a ser admitida legalmente no país.
A primeira vez em que o tema da feitura de um Código Criminal para o Brasil, surgiu, no Parlamento, foi no ano de 1826, e as discussões se arrastaram morosamente até o final de 1830, quando este diploma foi, finalmente, outorgado. Quando ele foi aprovado por uma comissão, composta por deputados e senadores, o seu texto trazia a regulamentação da ordem social. A justiça dirigia-se á sociedade como um todo: população livre ou escrava. O modelo iluminista estava. O direito teria que ser mais claro e a lei geral mais forte que a jurisprudência. Eram trabalhadas penas mais fortes, o código de 1830 traz uma grande transformação em alguns aspectos importantes do Direito Penal - a pena de morte é aplicada. Já a prisão tinha a ver com as propostas liberais e com a igreja, pois acreditava-se que a pessoa presa, refletiria sobre os seu atos e tinha maiores chances de se arrepender, voltar a razão, isso para o liberalismo era fundamental, com base na proposta iluminista que veio da Europa. O código manteve a lógica escravocrata e regulava as penas para cada tipo de crime. Com a intenção de assegurar a ordem social do país, o Código vigorou por 60 anos, alcaçando os primeiros anos republicanos - tratava dos crimes e dos delitos e, consequentemente das penas a serem aplicadas.
Estabelecia três tipos de crimes: os públicos, entendidos como aqueles contra a ordem politica instiuida, o Império e o imperador - dependendo da abrangência, seriam chamados de revoltas, rebeliões e insurreições; os crimes particulares, praticados contra a propriedade ou contra o individuo; e, ainda, os policiais, contra a civilidade e os bons costumes. Nestes últimos incluiam- se os vadios, os capoeiras, as sociedades secretas e a prostituição. O crime de imprensa era também considerado policial. Em todos esses casos, o governo imperial poderia agir aplicando as penas que constavam no Código - como prisão perpétua ou temporária, com ou sem trabalhos forçados, banimento ou condenação á morte.
O código Criminal pretendia reprimie os levantes da "malta urbana", colocar um fim ás lutas pela posse da terra, combater as insurreições dos escravos e destruir os quilombos, além de procurar conhecer a população do Império, sua distribuição e ocupação, vigiando os que eram vistos como vadios e desordeiros.
O historiador Américo Jacobina Lacombe resume: " Foi o primeiro código penal autônomo na América Latina e sua influência sobre o que seguiram é incontestável."

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