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Direito Civil IV casos 1 ao 9


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Direito Civil IV – Caso Concreto I 
1-a)A responsabilidade pelas cotas condominiais tem natureza jurídica de obrigação propter 
REM, obrigação de caráter pecuniário que o individuo é titular em função de ser titular de um 
direito real pré existente. 
b)No Código Civil tem o artigo 1345 c/ o artigo 1245, que afirma que o adquirente da unidade 
responde pelos débitos do alienante em relação ao condomínio, mas só com o registro que a 
propriedade será transferida junto com o débitos que a acompanham para o adquirente. No 
caso em questão não ocorreu o registro da escritura junto ao cartório do registro de imóveis, 
portanto não houve transferência da propriedade para Antonio, continuando assim, Ricardo 
(promitente vendedor) como proprietário, devendo a ação ser ajuizada em face de Ricardo. 
c)Na hipótese narrada não houve transferência da propriedade do imóvel, porque não ocorreu 
o registro da escritura junto ao cartório de registro de imóveis, e de acordo com o artigo 1245 
do Código Civil, só ocorre a transferência de propriedade entre vivos mediante registro da 
escritura junto ao registro de imóveis. 
Caso Concreto 2 
1-A classificação da posse de Sandra antes de Mariana pedir o imóvel de volta é direta já que 
ela tem o contato imediato, físico com a coisa; derivada, pois ocorreu o fenômeno da 
transmissão de posse, Sandra recebeu a posse de Mariana; justa, pois não apresenta nenhum 
dos vícios objetivos, como violência, ser clandestina ou precária; boa-fé o possuidor ignora os 
vícios ou obstáculos que impede a aquisição da coisa, mas é necessário que essa ignorância, 
desconhecimento seja escusável/tolerável, para que o legislador entenda que o individua agiu 
de boa-fé, que no caso Sandra não tem para onde ir se sair do imóvel de mariana. 
Caso Concreto 3 
1-Como advogada de Rodrigo , sustentaria que o Rodrigo tem o direito de permanecer na 
propriedade, porque ocorreu usucapião e ele preencheu todos os requisitos necessários que 
são o prazo, a posse ad usocapionem que é a nítida e clara intenção de adquirir a propriedade, 
objeto licito, posse ininterrupta , art. 1238 do Código Civil. No caso também ocorreu sucessio 
possessionis admitida no artigo 1243 do Código Civil, Ricardo recebe a posse por força do óbito 
e poderá somar a sua posse a do antecessor falecido para efeito de usucapião. 
2- Sem discutir a questão da usucapião, Emerson não terá direito a posse do bem, porque não 
obtêm escritura publica do imóvel registrada em seu nome, e de acordo com o artigo 1245 do 
código civil, só ocorre a transferência de propriedade em ação entre vivos por meio do registro 
junto ao registro de imóveis. Não sendo Emerson o legitimado para propor a ação 
reivindicatória de posse, já que o requisito para propor essa ação é a prova da propriedade. 
3- Por ser possuídos de boa-fé terá direito a indenização e retenção (é o direito de ficar na 
coisa até ser indenizado) das benfeitorias necessárias e úteis. Quanto às voluptuárias, terá o 
possuidor de boa-fé a opção de levantá-las desde que não prejudique a coisa. Em relação ao 
direito de retenção, não tem como objetivo o de afastar o direito de aquisição da coisa 
daquele que detém o titulo, mas sim de postergar a devolução do bem, sendo um meio de 
defesa daquele que realizou as benfeitorias. 
4- Quantos aos frutos o possuidor terá direito aos frutos colhidos e restituição com direito a 
devolução de despesas. 
Caso Concreto 4 
1-a)Ana Paula não continua sendo proprietária do imóvel que ocupa, pois ocorreu o registro da 
escritura junto ao cartório de registros de imóveis e de acordo com o artigo 1245 do Código 
Civil a propriedade é transferida mediante registro, sendo Sérgio o atual proprietário do 
imóvel, 
b)Ana Paula continua sendo possuidora, já ela ainda detém a posse direta do bem, o contato 
físico com o imóvel. 
d)Muito embora a melhor opção fosse a de reintegração de posse, Sérgio não terá outra opção 
senão a de formular a ação reivindicatória, já que nunca teve a posse direta do bem, com 
fundamento na sua qualidade proprietário, comprovando com escritura registrada, como 
titular de um direito real requererá ao juiz que determine a entrega da posse. 
Caso Concreto 5 
1-a)O atual proprietário do bem é o Jonas sob o fundamento de que a propriedade é adquirida 
por meio do registro da escritura como afirma o artigo 1245 do Código Civil, que foi o que 
ocorreu no caso. 
b)Está correta a ação proposta por Jonas, já que ele nunca teve a posse plena do bem e em 
posição de proprietário só lhe resta formular a ação reivindicatória de posse. 
c)Jonas não poderias ingressar com ação reintegração de posse, porque a propositura desta 
ação está unicamente condicionada a prova da posse, que no caso Jonas nunca obteve a posse 
direta, ele nunca exerceu. 
d)A função social poderá levar a perda ou a restrição do direito real toda real vez que se 
entender que aquele direito real desrespeita a titularidade de um direito real. Alguns exemplos 
de efeitos da aplicação social são: a redução dos prazos de usucapião artigo 138 do Código 
Civil, a acessão invertida prevista no artigo 1255,§ único do Código Civil, outro exemplo é 
artigo 1258 do Código Civil desapropriação privada, todos esses efeitos tem como justificativa 
a função social. 
Caso Concreto 6 
1-O leito do córrego seco será incorporado ao terreno de Júlio, pois ocorreu o fenômeno da 
aluvião que de acordo com o artigo 1250 do Código Civil, os acréscimos formados pelos devios 
das águas pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização. 
Questão Objetiva 
Letra d 
Caso Concreto 7 
1-Gustavo não conseguirá obter em juízo seu direito á metade do apartamento, pois ocorreu 
usucapião entre cônjuges, Gustavo abandonou o lar, deixando de prestar assistência material 
moral, Rodolfo continuou no imóvel utilizando-o para a sua moradia, ele também é dono da 
metade do imóvel, o prazo nesse caso é dois anos, Gustavo perdeu esse prazo já que se 
passaram 4 anos, todos os requisitos presentes no artigo 1240-A do Código Civil estão 
preenchidos. 
Caso Concreto 8 
1-O caso apresentado é de profunda discussão entre os doutrinadores, porém seguindo a letra 
da lei trata-se de usucapião extraordinário, porque mesmo ele sabendo a origem do carro e 
contribuindo no crime, ele cumpre os requisitos do artigo 1261 do Código Civil que afirma que 
independente do titulo ou da boa-fé, se a posse da coisa móvel se prolongar por cincos anos, 
produzirá usucapião. 
 Sobre o assunto Cristiano Chaves e Nelson Roselvand: 
 “Controversa, todavia, é a possibilidade de o próprio autor do crime contra o 
patrimônio usucapir o veículo subtraído (furto ou roubo). A princípio, repugna ao estudioso tal 
possibilidade, eis que a má-fé não gera direito a favor de ninguém Todavia, duas razoes 
sustentam a admissibilidade da usucapião pelo ladrão: a) a usucapião extraordinária de bens 
imóveis e móveis não pede o requisito da boa-fé. Assim, mesmo aquele que sabe que a coisa 
pertence a outrem, pode usucapir no prazo longo de cinco anos; b) o usucapião proveniente de 
aquisição violenta da posse é viável no tocante aos bens imóveis e o termo inicial da prescrição 
aquisitiva é o instante da cessação da violência (art. 1.208, CC). Assim, também terminará a 
violência no momento posterior à prática do ilícito de subtração do veículo, daí iniciada a 
contagem do lustro legal.” 
 
Caso Concreto 9 
 
1-Pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção, porque houve uma justa posição de 
uma coisa sobre a outra, no caso a etiqueta sobre os produtos.