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Ação Anulatória de Negócio Jurídico

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1 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA MERITÍSSIMA ___ VARA CIVEL 
DE VITÓRIA DA CONQUISTA – ES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerson , brasileiro, solteiro , medico, portador do CPF nº 000.000.000-00, identidade 
nº 0.000.000, SSP/ES residente em Vitoria/ES, por seu advogado, com endereço profissional 
(endereço completo), para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor 
 
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURIDICO 
 
em face de Bernardo, brasileiro, solteiro, portador do CPF nº 000.000.000-00, 
identidade nº 0.000.000, SSP/ES residente em Vitoria/ES, utilizando, para tanto, dos seguintes 
argumentos fáticos e jurídicos: 
 
1. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 
Requer o Autor a concessão dos benefícios da justiça gratuita, pois não podem, na 
forma da lei, demandar sem prejuízo do sustento próprio e da sua família com base na Lei nº 
1.060/50 em seu artigo 4º, que “a parte gozará da assistência judiciária, mediante a simples 
afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar às custas do 
processo e os honorários do advogado, sem prejuízo próprio e de sua família”. 
Ademais, o § 1º dispõe ainda que “Presume-se pobre, até prova em contrário, quem 
afirmar essa condição, nos termos da lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas 
judiciais”. 
De sorte que o Autor, que se declara pobre e requer a isenção de pagamento das 
custas processuais e a concessão da gratuidade da Justiça, ficando assim isento das eventuais 
despesas que lhes incumbir. 
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela 
Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes. 
2 
 
2. DOS FATOS 
 
O AUTOR é credor de Bernardo, viúvo, residente em Salvador /BA, conforme nota 
promissória no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), já vencida em 10/10/2016. Ocorre que, 
Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação, de seus 
dois imóveis, um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no 
Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em 
Macaé /RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto vitalício em seu favor do próprio Bernardo, 
além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. 
Cumpre salientar que as dívidas de Bernardo ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, 
sendo certo que o imóvel doado para sua filha está alugado para terceiros. 
 
3. DO DIREITO 
 
Diante do que foi relatado, temos uma clara incidência de má fé do réu, sendo assunto 
tratado nos artigos do Código Civil, in verbis: 
 
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do 
devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou 
houver motivo para ser conhecida do outro contratante. 
 
Não resta dúvidas que o negócio jurídico celebrado em epigrafe somente foi feito para 
o réu se desfazer dos seus bens e assim corroborar a impossibilidade de saldar sua dívida firmada 
com o autor. 
Perante tal situação, resta clara a inevitável a anulação do negócio jurídico (doação) 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
anulável o negócio jurídico: 
(...) 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, 
lesão ou fraude contra credores. 
 
Não havendo, portanto, um dos requisitos principais do negócio jurídico: 
 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados 
3 
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. 
 
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser 
intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele 
celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros 
adquirentes que hajam procedido de má-fé. 
 
 
4. DOS PEDIDOS 
 
Por tudo o que foi exposto, é a presente para, respeitosamente, 
requerer a V. Ex.ª: 
 
I – A citação do Réu por meio postal, nos termos do art. 
246, inciso I, do CPC/2015; 
II – A designação de audiência prévia de conciliação, nos 
termos do art. 319, VII, do CPC/2015; 
III – Incluir na esperada condenação do Réu, a incidência de 
juros e correção monetária na forma da lei em vigor, desde sua citação; 
 
IV – Seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio 
jurídico; 
V – Condenação do réu ao pagamento dos honorários 
sucumbência. 
 
Dá à causa, o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
 
 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
Aracaju, 29 de abril de 2018. 
 
 
 
Carlos Alberto Príncipe 
OAB / SE 00000

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