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. Resumo Transporte Vesicular Luan Matos de Menezes As células estão constantemente excretando, absorvendo, degradando e transportando substâncias. Esses processos na sua imensa maioria das vezes é mediado por vesículas transportadoras,que carregam consigo uma carga (seria o conteúdo transportado). Levando em conta que existem mais de dez estruturas membranares por onde as vesículas podem ser transportadas, como as mesmas conseguem se manter específicas? Temos que tomar por conta que cada estrutura membranar contém receptores expostos para o lado citosólico que mediam essas ligações. As vesículas são formadas através de revestimentos específicos, que criam interações moleculares para que a vesícula possa se formar. Baseado nisso, tem os três tipos epeciais de revestimento. Clatrina, COPI e COPII. Outra função do revestimento é concentrar receptores específicos das cargas que tem que ser transportadas. COPII é do transporte do RE para o CG. COPI é da comunicação entre o CG. Clatrina é comunicação da membrana celular com CG ou com citosol. As maiorias dos revestimentos formam estruturas semelhantes a cestas na formação da vesícula. A formação de uma vesícula de clatrina é composta pela própria clatrina, uma proteína com três estruturas semelhantes chamadas juntas de trisquélion. Porém, para que as mesmas se grudem a vesícula, é necesária a presença de proteínas adaptadoras, as adaptinas. Existe uma vesícula especial, que brota de outras vesículas que não tem o formato de cesto que é o retrômero. São pequenas vesículas que fazem o movimento retrogrado, devolvendo receptores que não poderiam, por exemplo, serem degradados. Para a existência do retrômero, é necessário que a vesícula seja circular, tenha marcadores de phospatidilinositol e tenha os receptores de carga com algum domínio exposto ao citosol. Os fosfatidilinositidios são moléculas altamente variáveis devido ao seu grande número de possibilidades de se ligar a grupos fosfatos. Com isso, ele funciona como se fosse um código de barra, onde sua presença de uma forma em uma região da célula pode atrair vesículas x, assim como sua presença de outra forma em outro sítio celular, atrairiam vesículas y. A célula tem uma série de enzimas que alteram essas conformações phosphato dessas moléculas fazendo com que eles possam dinamizar o controle do processo de endereçamento celular. Existe uma proteína citoplasmática chamada de dinamina que mdeia a separação finl da vesícula de sua membrana de origem. Ela se entrelaça na parte final a separação da vesícula, se encurta, diminui ao máximo a relação entre vesícula e membrana até que a mesma se solte. Sobre as adaptinas, elas são proteínas GTPase, ou seja funcionam como um interuptor, onde, quando estão ligadas, elas permitem a fixação das proteínas de revestimento, ao passo que auqando estão desligadas fazem com que o revestimento se solte da vesícula. As mais conhecidas adaptinas que temos hoje são as Arf ( COPI e clatriana) e as Sar1 ( COPII). Nem todas as vesículas de transporte são esféricas. Muitas delas se unem entre si, formando estruturas cilíndricas, que não podem produzir retromeros. As vesículas ssão guiadas para a membrana destino por uma proteína RAB. Existe uma família extensa de proteínas Rab diferentes. Na membrana destino, existe a proteína efetora Rab, que faz o reconhecimenmto e aproximação primária da vesícula. Existem duas proteínas, as v-snare e as t- snare, geralmente uma v-snare se enrola com mais ou menos 2 ou 3 t-snares, essas proteínas snares é quem vão fazer a junção final das membranas. As Anare tem seu número reguladas o tempo todo dentro da célula, pois uma produção não regulada de t-snare poderia favorecer a entrega de vesículas para compartimentos incorretos. Alguns vírus simulam o mecanismo das proteínas snare como o epistein bar e o HIV. O transporte de vesículas que parte do RE para o CG é medeado por vesículas cobertas por COPII. Com o tempo algumas proteínas que deveriam ser residentes do RE passam para o CG, mas são devolvidas por vesículas para o RE. Os sinais que levam as proteínas do RE para o CG não são bem conhecidos. Porém sabemos que esse processo funciona baseado na produção de algumas lecitinas, e que a proteínas ERGCI53 também tem papel nesse processo, transportando fatores regulação. A ausência desta proteína leva a sangramento excessivo. Somente poteínas dobradas corretamente passam para o CG, sendo o processo de conferencia medeado por chaperonas cálcio dependente, e chaperonas Bip. A maior parte das vesiculas que passam par ao CG, saídas do RE, são cilíndricas. Junções entre vesículas de mesma natureza são homotípicas, enquanto de natureza diferenciada são heterotípicas. A via de recuperação de proteínas do CG para o RE usa seqüências sinal típicas. Sinais de recuperação do RE seguem a sequência KDEL, que direciona proteínas em vesículas de volta para o RE, evitando assim que vesículas residentes do RE sejam exportadas. Essa seqüência é captada por um receptor de KDEL, que é ativo no CG, porém é inativo no RE. Existe um mecanismo para evitar a saída das proteínas dos compartimentos onde são funcionais que se chama reconhecimento de parentes, onde várias proteínas semelhantes se agrupam, diminuindo a chance de uma vesícula se formar e transportá-las. O Complexo de golgi é uma organela achatada, cheia de cisternas, cujas funções é controlar o transporte de proteínas por vesiculas que devem deixar a célula, formarem os lisossomos, glicosilar e endereçar poteínas. Ele vai ser composto por cinco partes. Rede cis de golgi, cisterna cis, cisterna medial, cisterna trans de golgi, rede trans de golgi. A rede cis de golgi é a que está virada para o RE, e a rede trans virada para a membrana plasmática. As cadeias de oligossacarídeos que foram colocadas nas proteínas no RE são processadas agora no complexo de golgi. Existem dois resíduos principais de açúcar que compões as proteínas. Oligossacarídeos complexos e oligossacarídeos ricos em manose. Os oligossacarídeos complexos costumam sofrer adição e resíduos glicosilados, ao passo que resíduos de Manose sofrem quebra. Existe uma classe especial de proteínas, os proteoglicanos, que são formados no RE. Quando os mesmos são formados, os resíduos de açúcar são ligados em algum grupo oh de aminoácidos polares da cadeia protéica, fazem a glicosilação- O-ligada. É importante glicosilar proteínas, pois assim você evita que elas se dobrem, pois o açúcar diminui a elasticidade da proteína, e ao mesmo tempo afasta as proteínas umas das outras, impedindo que enzimas proteolíticas se aproximem. Existem duas teorias para explicar o transporte das proteínas pelo complexo de golgi. A primeira é o transporte vesicular, onde vesículas transportam as proteínas de uma cisterna para a outra. A Segunda é que uma cisterna amadurece e da origem a próxima cisterna, deixando uma porção pra trás que da origem a uma nova cisterna anterior. Essas teorias não são mutualmente exclusivas, mas sim complementares. Os lisossomos são os principais sítios de digestão intracelular. Eles contem uma série de mais de 40 hidrolases ácidas no seu interior. O lisossomo mantém seu ph ácido através de uma bomba v de prótons. Eles são organelas heterogêneas, se apresentam comolisossomo, endolisossomo e endolisossomo tardio, que depende somente da forma como ele está ligado a vesículas. Três principais vias levam vesículas para se fundir aos lisossomos. Fagocitose, pinocitose e autofagia. Na produção do lisossomo, para que somente proteínas pertencentes aos lisossomos sejam empacotadas nos mesmos, temos receptores especiais que tem uma dinâmica dependente do pH. Os receptores manose-6-fosfato que se ligam as enzimas dos lisossomos inicialmente. As proteínas não lisossomais são separadas por retrossomos. Depois com a queda do ph, elas soltam as enzimas que ficam ativas, e os receptores voltam para o CG através de retrossomos. Quando ocorrem defeitos genéticos e a célula humana não produz alguma hidrolase ácida, é passível de ocorrer alguma doença de acumulo lisossômico como a doença de Hurler. Nessas doenças, temos vários lisossomos preenchidos na célula, que não são desfeitos e acabam se acumulando, até que uma hora os mesmos acabam lisando as células. Na doença da inclusão celular, todas as enzimas estão ausentes e o feto já nasce morto. A endocitose é o processo pelo qual a célula coloca substância para o seu interior através de vesículas. Pode ser dividida em fagocitose e pinocitose. A fagocitose é eita para nutrição em baterias e protozoários. Em mamíferos são realizados por células especializadas como macrófagos e neutrófilos. Substâncias indigeríveis pelos lisossomos formam os corpos residuiais, que podem ser exocitados ou não. A fagocitose é um processo mediado, ou seja, é necessário que ocorra sinalização celular para que a mesma ocorra. Sabe-se que para a formação dos pseudopodes e para que haja toda a movimentação para a fagocitose, é importante o acionamento e uma Rho GTPase, uma enzima que ativa moléculas de miosina V que fazem movimentação do citoesqueleto de actina no córtex celular. A pinocitose ocorre através da fossas pinociticas, que são invaginações na membrana plasmática. Todas as células do corpo fazem pinocitose e grande parte do material que entra na célula é automaticamente excretado. São formadas fossas revestidas de clatriana e então ocorre a pinocitose, também chamada de endocitose de fase fluida. Nem todas as vesículas de endocitose são revestidas de clatrina. Existe um revestimento especial chamado de caveolina, que formaram caveolos, que um avez soltos das membranas, são chamados de caveossomos. Eles são práticos pois se montam mais rapidamente e são úteis em processos como transcitose, onde a vesícula não sofrera ação de processos celulares. Existem receptores para macromoléculas selecionadas que são usados para endocitose, que é o caso dos receptores de LDL e ferritina. Uma vez que são endocitados, os receptores voltam à membrana através de endossomos de reciclagem. Deficiências nos receptores de LDL geram hipercolesteromia familiar, e deficiência de ferritina gera anemia ferropriva que não pode ser tratada com suplementação. Todo o material endocitado que não volta a membrana, termina sendo degradado nos lisossomos. Endossomos de reciclagem também agem na trancitose, processo onde uma proteína é transportada por vesícula de um domínio a outro de alguma célula polarizada, como a do intestino. Um acumulo de lisossomos e vesículas velhas nas células podem se juntar formando o corpos multivesiculares, que podem ser degradados em algum lisossomo mais jovem. A exocitose é o processo onde a célula elimina substâncias através de vesículas. A eliminação de metabólitos não necessários é a clasmocitose, que é realizada numa via chamada de via constitutiva. Células especializadas em secreção fazem a via regulada. Existe uma terceira via que é a via-padrão, que se trata de uma via onde proteínas e lipídios são exportados do CG direto para a membrana plasmática da célula. Lembrando que vesículas secretoras brotam direto da rede trans de golgi. Vesiculas secretora se localizam próximo a membrana plasmática, esperando algum sinal químico (influxo de Ca) ou de sinalização celular (degranulação de mastócitos) para liberarem seus grânulos. É importante lembrar que células polarizadas com domínios especiais direcionam as vesículas para os domínios corretos num sistema de tentativa e sorte. Se a proteína não pertencer ao domínio, ela volta pro CG e é redistribuída. Existe uma situação especial na fenda sináptica onde o axônio pré-sináptico recicla as vesículas transportadoras de neutransmissor. Isso é um mecanismo inteligente, pois aumenta a velocidade da sinapse visto que demora um tempo considerável para a vesícula ser transportada do núcleo do neurônio para o seu axônio.
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