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Socialização na Infância e Adolescência

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Introdução:
 A socialização é um processo que começa a ter desenvolvimento na infância e permanece na adolescência, isso se dá, através das experiências vividas, os ambientes frequentados, sejam estes familiares, escolares, religiosos, etc. Claro que para esse processo ter êxito é necessária uma participação ativa do indivíduo em questão. 
Desenvolvimento:
 Experiências vividas, refere-se à influência da globalização e com ela este acervo tecnológico que é disponibilizado, o poder da Mídia, e tantas outros fragmentos da modernidade, tornando crianças e adolescentes evoluídos intelectualmente e subverte a relação tradicional entre o adulto que sabe e a criança que não sabe. 
 Então, na verdade as experiências vividas e os ambientes e/ou instituições influenciam e são influenciados por estes indivíduos citados, que formam suas personalidades e caráteres através desta troca. Também outros fatores são considerados, as classes sociais, o acesso à tecnologia, o bairro e cidade de moradia, ou seja, a sociedade em questão.
 Com tantas mudanças, ao longo dos tempos, a sociedade contemporânea mostra uma realidade em que mulheres têm uma representatividade maior no Mercado de trabalho, há uma significativa alteração na estrutura familiar, as mídias de massa, etc. Isso tudo afeta o indivíduo e quem está próximo.
 O artigo trata de um assunto bem mais amplo, as “Relações das crianças e as mídias”, tendo como eixo teórico o papel desempenhado pelas diferentes mídias no processo de socialização. Corsaro um dos autores mais conhecidos desta crítica, almeja substituir o conceito de Socialização por “Reprodução Interpretativa”. Pois ele diz que as crianças se apropriam das informações passados pelos adultos, para assim criar suas próprias culturas de pares. A mídia não substitui a intersubjetividade da criança, mas sim dá ferramentas para a mesma criar tais culturas de pares, que são fundamentais e formam as estruturas de consciência.
 Para a Sociologia, a Socialização é um processo de reprodução das estruturas sociais, matérias e simbólicas. Para a criança, Socialização é um processo de apropriação e construção, em que ela é ativa, age e interage com todos os elementos do seu universo.
 A Socialização na contemporaneidade constitui-se de elementos culturais, econômicos e políticos. Para que a criança interaja, ela se apropria de símbolos, linguagens/mensagens, valores, normas, conhecimentos diversos, criando assim seus vínculos e ideais. 
 O processo de Socialização evolui através dos momentos históricos, das mudanças sociais e do surgimento da infância como categoria social. A socialização como categoria Sociológica básica, destaca um duplo aspecto, a ação da sociedade sobre a criança e a apropriação do universo de Socialização pela ação das crianças.
 Para Émile Durkheim, o indivíduo é produto das influências múltiplas da sociedade. E a Educação é uma ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não amadureceram para a vida social. Ele compreende a Socialização como um processo de desenvolvimento da consciência coletiva no jovem exercendo sobre ele, uma coerção, os fenômenos sociais.
 Durkheim ainda vê o indivíduo como humano ou social, quando interiorizam os saberes, os sentimentos e as normas sociais, pois em sua concepção não existe sociedade sem consciência coletiva, e é necessário a mesma estar em consenso. O mais importante de ser aprendido neste contexto com Durkheim é o fato de que a sociedade necessita que os indivíduos sejam semelhantes, e tal semelhanças construídas através da ação sistemática das instituições socializadoras e aceitação de normas como legítimas pelos indivíduos.
 Parsons além de construir uma teoria da ação, compreendendo as bases da ação social, também propõe uma noção conformista do processo, ele propõe um processo de socialização que preenche quatro funções interdependentes: Função de latência, a socialização deve assegurar a estabilidade das normas de modo a fornecer um quadro previsível para a ação dos indivíduos. Função de integração, a socialização deve propiciar a coordenação das ações dos indivíduos. Função de atingimento de metas, a socialização deve permitir a definição e a realização de metas de ação. E função de adaptação, a socialização deve possibilitar a adaptação dos meios aos fins, ou seja, a adaptação dos indivíduos a seu meio ambiente natural e social.
 Mead insiste particularmente na importância do jogo neste processo, que passa por três momentos fortes, reveladores da importância da socialização na infância: na primeira infância, a socialização se traduz em aprendizagens que desenvolvem a observação do outro. Na segunda infância, a socialização vai tornar a criança capaz de se integrar num jogo enquadrado por regras exteriores e explícitas. Na última etapa, a adolescência, o indivíduo é formado como ser social, o processo de socialização se termina pela apropriação subjetiva do espírito da sociedade.
 Berger tem a teoria do grupo de referência. Segundo ele, na socialização, o universo social é interiorizado pela criança. O mesmo processo se repete, em grau sem dúvida mais fraco, cada vez que um adulto é introduzido em um novo grupo social.
 A contribuição de Bourdieu aborda e se situa, na tradição das concepções deterministas que consideram que a ação da sociedade modela os indivíduos, seja a tradição funcionalista durkheimiana ou norte-americana, seja o estruturalismo marxista. A posição social, definida pelo grupo social de origem da criança, leva a um determinado tipo de socialização e, por consequência, à transmissão de um hábito específico.
 Habermas tem com sua teoria da ação comunicativa, que oferece uma outra interpretação da modernidade, como projeto inacabado, ao qual faltaria uma mudança radical de paradigma que levasse à substituição da ação instrumental ou estratégica, voltada para o sucesso, dominante nas sociedades modernas, por uma ação comunicativa, fundada na intersubjetividade e na intercompreensão. Propõe uma visão da sociedade composta por três mundos interconectados pela ação dos atores sociais: um mundo objetivo, da natureza externa, um mundo social, da sociedade, que corresponde às normas que o indivíduo deve conhecer e aceitar (ou não) como justas, e um mundo subjetivo, que corresponde à natureza interna do indivíduo e cujos critérios de validade estão ligados à sinceridade e à autenticidade.
Conclusão:
 Para concluir, o indivíduo moderno, livre, emancipado, não pode existir sem a sociedade moderna, da qual ele é o fragmento mais peculiar. Importante destacar que autonomia individual é talvez uma das principais normas do mundo atual, extremamente funcional ao mercado de trabalho, e à sociedade de consumo. Apesar da força das determinações sociais, existe sempre a possibilidade de mudança, pois os processos sociais são dinâmicos e contraditórios, pois é através daí que a história é feita.
 Dentre todas as propostas faladas no desenvolvimento, procuram conceituar a Socialização que começa na infância e a compreensão dessa fase como uma categoria social relevante, decorrente do fato de que as crianças são atores sociais e participantes ativos na sociedade. A Sociologia da Infância pode significar uma grande contribuição para a compreensão das relações entre a infância e a sociedade.
				
UNIVERSIDADE ANHANGUERA PELOTAS 
CURSO: PSICOLOGIA
DICIPLINA: PSICOLOGIA SOCIAL
RESUMO: “INFÃNCIA, MÍDIAS E EDUCAÇÃO- REVISANDO O CONCEITO DE SOCIALIZAÇÃO.”
 
MARILISA MARTINS RODRIGUES
 
PELOTAS, 05 DE OUTUBRO DE 2017.

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