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4ª produção textual interdisciplinar GESTÃO DE PESSOAS DIREITO EMPRESARIAL E DO TRABALHO E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

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SISTEMA DE ENSINO pRESENCIAL CONECTADO 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
“ o contexto da gestão de pessoas, do direito empresarial e do trabalho e da responsabilidade social e ambiental dentro da terceirização do trabalho ”.
	
Sete Lagoas - MG
2016
 
 “ o contexto da gestão de pessoas, do direito empresarial e do trabalho e da responsabilidade social e ambiental dentro da terceirização do trabalho ”.
Trabalho apresentado ao Curso Bacharelado em Administração de Empresas da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Direito Empresarial e do Trabalho, Gestão de Pessoas, Responsabilidade Social e Ambiental e Seminário Interdisciplinar IV.
Professores Janaina Testa, Natalia Branco, Aleksander Roncon, Elisete Alice Zanpronio de Oliveira, Indiara Beltrame Brancher, Leonardo Antônio Silvano Ferreira e Elias Barreiros.
Sete Lagoas – MG
2016
“O contexto da Gestão de Pessoas, do Direito Empresarial e do Trabalho e da Responsabilidade Social e Ambiental dentro da Terceirização do Trabalho”.
RESUMO
Abordamos a Terceirização do trabalho como uma forma de trabalho utilizada como uma importante ferramenta de gestão administrativa, enfatizando sua atuação dentro de um contexto organizacional e qual a influência que a Gestão de Pessoas, Responsabilidade Social e Ambiental e o Direito Empresarial e do Trabalho, exercem sobre a mesma. Em Gestão de Pessoas há a necessidade da adequação das políticas e práticas de gestão de pessoas para o planejamento correto e um projeto consistente quanto à Terceirização do Trabalho, com o objetivo de reduzir as desvantagens e potencializar as vantagens desta forma de trabalho. No No Direito do trabalho deve-se ter cuidado na forma do tratamento dado aos terceirizados, sob pena de enquadramento na CLT. As Responsabilidades Sociais sintetiza-se no compromisso que as empresas devem ter para com a sociedade, “expresso por meio de atos” e atitudes que a afetem positivamente e a responsabilidade Ambiental deverá estar contemplada no planejamento das ações da empresa prestadoras dos serviços, sob pena de corresponsabilidade da empresa tomadora do serviço no caso de descumprimento das Leis Ambientais. É nesse contexto que buscamos compreender através desse estudo, enriquecido paralelamente com idéias de outros pesquisadores, como a gestão de pessoas, o direito empresarial e do trabalho e a responsabilidade social e ambiental, fazem parte e atuam como processo administrativos de extrema importância dentro da “terceirização do trabalho”.
Palavra-chave: Terceirização, Gestão, Direito, Trabalhista, sustentabilidade.
1 INTRODUÇÃO
Cada vez mais ouvimos falar em “Terceirização do Trabalho”, apesar de ser um processo de gestão com mais de 80 anos, ainda há muitas especulações de qual lado pesa mais, suas vantagens ou desvantagens. Propomos então, um estudo do contexto do processo de Gestão de Pessoas, dos impactos trabalhistas e dos relacionamentos sociais e ambientais da “Terceirização” nas organizações nos dias atuais, através da análise das idéias de alguns pesquisadores e fazer um paralelo com a realidade observada.
O processo de Terceirização do trabalho surgiu nos EUA no início da Segunda Guerra Mundial, a partir da necessidade das indústrias de armamentos em concentrar seus esforços no desenvolvimento destes e repassar as outras atividades secundárias a serem realizadas a outras empresas, como limpeza, manutenção, etc, mediante contratações. Na década de 80, surgiram muitas mudanças nos mercados, sendo que o cliente passou a ser o centro das atenções das empresas, onde antes as empresas tinham as rédeas do mercado empurrando seu produto ou serviço. E as pequenas e médias empresas rapidamente perceberam esta mudança e aproveitaram o momento.
Entretanto para as grandes corporações se ajustarem a essas novas formas de negócios e se manterem no mercado, as estruturas das empresas sofreram grandes mudanças, sendo o downzising uma delas, com o objetivo de diminuir os níveis hierárquicos, enxugando assim o organograma das empresas, tornando as decisões mais ágeis. Durante esse processo as empresas se depararam com um paradigma, agilizar os processos as atividades secundárias internas eram um obstáculo a ser transposto, portanto, havia a necessidade de rever algumas etapas da produção e redefinir a verdadeira missão da empresa. Com isso, o repasse destas atividades-meio a outras empresas, surgiu como um processo estratégico de gestão para, então, a organização se concentrar nos seus esforços na sua atividade principal.
 	Aqui no Brasil, a recessão como situação plena, fizeram as empresas utilizarem novas abordagens para a diminuição das perdas, e o modelo adotado em outros países serviu de exemplo e foi acolhido aqui, porque a situação era propícia. Paralelamente outras situações foram proporcionadas pela Terceirização como o incentivo para a abertura de novas empresas, a oportunidade de oferta de mão-de-obra, restringindo assim, de certa forma, as consequências sociais da recessão e do desemprego.
O setor de Gestão de Pessoas, nos dias atuais, deixou de ter uma função burocrática, para ser uma área estratégica das organizações, e o planejamento estratégico nessa área refere-se a maneira de como a função de gerenciamento pode contribuir para alcançar os objetivos organizacionais. 
A Terceirização do trabalho dentro de uma organização passa pelo planejamento estratégico de pessoal adotado pelo setor de Gestão de Pessoas alinhado as demandas de linha da organização, e as empresas prestadoras de serviços precisam se especializar nos serviços prestados e serem cada dia mais flexíveis para atender as demandas dos contratantes. Os exemplos de terceirização mais comuns relacionam-se com a prestação de serviços específicos, tais como limpeza e segurança. Quando você vai ao banco, por exemplo, pode notar que os vigilantes não são empregados do próprio banco, mas de uma empresa especializada em. Com a Terceirização, o mercado se tornou mais competitivo, forçando-as a se especializarem e buscarem a excelência nas atividades as quais se propõem realizar. Vale lembrar que essa competitividade pode trazer mais um benefício para a contratante, que é o barateamento dos preços dos produtos ou serviços ofertados. 
A função da atual Gestão de Pessoas é administrar pessoas complexas em organizações complexas. Trata-se de um campo experimental que pode dar resultados desastrosos ou excepcionais. Não há receitas prontas, há técnicas e padrões que devem ser seguidos, orientados á política e a filosofia da organização. A gestão de pessoas tem o objetivo de proporcionar condições para que seus colaboradores tenham satisfação no trabalho e orgulho de realizar suas funções. A dificuldade está em atingir tais objetivos, pois cada empresa é única, assim como as pessoas que nela trabalham.
Sustentabilidade empresarial são ações que uma empresa toma visando a lucratividade mantendo à integridade e respeito a sociedade e ao meio ambiente, através do exercício de suas atividades adotando meios e práticas com objetivo econômico, por meios éticos, adotando as regras vigentes de respeito a legislação ambiental e trabalhista, colaborando com o desenvolvimento da sociedade. A Terceirização do Trabalho utilizada em muitas empresas faz parte de um processo de gestão estratégico essencial e está inteiramente ligada ao processo de desenvolvimento da sustentabilidade social, econômica e ambiental em muitas empresas nos dias atuais. Todavia, para o alcance desses resultados deve contar com profissionais treinados, qualificados e orientados para a realização das atividades fim que a empresa oferece como prestação de serviço, possibilitando qualidade no atendimento, um bom retorno econômico, e satisfação da empresa contratante, enfim, a especialização propicia o atendimento e realização a tempo, hora e qualidade necessáriasdas atividades-meio para que foram contratadas propiciando o atendimento esperado pela empresa contratante.	
No que tange, o Direito Empresarial e do Trabalho sobre a Terceirização, visualizamos as normas jurídicas vigentes sobre o assunto que é a Lei nº 6.019/74 da Constituição Federal Brasileira que regula o trabalho temporário e a Súmula 331 do TST, considerando a terceirização, como a realização de trabalhos temporários e as atividades de conservação e limpeza, segurança e também as atividades-meio, ou seja, os trabalhadores terceirizados não podem realizar trabalhos que estejam ligadas diretamente as atividades fim da empresa, estando sujeita a vinculação a empresa tomadora de serviços, caso haja ocorra esta ligação do trabalho as atividades fim. Outro fator, importante é que a empresa tomadora de serviços é co-responsável nas responsabilidades trabalhistas, estando ela obrigada a combrança do cumprimento das obrigações legais trabalhistas das empresas prestadoras para com seus funcionários. Destacamos também a pessoalidade e subordinação direta que os funcionários da empresa terceirizada não devem ter com a empresa tomadora de serviços.
Abordamos como conhecimento, visando os diferentes meios de comunicação, com a ênfase em abranger os diferentes tipos de mercado atualmente no setor econômico, sendo como foco principal, gestão de pessoas, responsabilidade social e ambiental, direito empresarial e do trabalho, como primordial fator entre as empresas.
As ferramentas usadas foram dados secundários, qualitativos e exploratório, agregando o dia-a-dia atualmente no meio empresarial, havendo uma boa combinação entre esses métodos e as empresas, chega alcançar bons resultados tornando o setor econômico estável, tendo como uma carta na manga para dobrar as instabilidades, conciliando a crise financeira, e de uma certa forma alcançando as metas estabelecidas
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Gestão de Pessoas
A terceirização, em geral, é um processo em que as empresas transferem os serviços à outra instituição, sendo conhecido no mercado como terceirização de serviços. A empresa que contrata se concentra em seu negócio principal e, busca uma relação de parceria para realizar outras atividades temporárias ou de conservação e limpeza, segurança e outras atividades-meio, ou seja, trabalhos que não tem ligação direta com a atividade fim da empresa. Existem dois tipos de prestação de serviços, a primeira é realizada por pessoa física (profissional autônomo) e a segunda é jurídica (empresa especializada). Na maioria das vezes a contratação é realizada por uma empresa jurídica. O que caracteriza a terceirização é a não relação entre as atividades principais da empresa e aquelas que foram contratadas. Sem a existência de elementos que caracterizam a relação de emprego, como subordinação, salário e tempo da jornada de trabalho.
A terceirização das atividades pode acontecer em dois momentos, primeiramente, nas atividades primárias do processo produtivo como a compra e confecção de matéria prima. Outra forma de terceirizar é referente as atividades periféricas do processo produtivo como segurança, transporte, limpeza e manutenção. Um dos pontos fundamentais para a gestão de terceirizados é o comprometimento por meio de contratos de trabalhos bem detalhados, em que cada um têm suas responsabilidades estabelecidas e há uma organização do trabalho. 
As empresas contratantes buscam este tipo de serviços para reduzirem os custos e focar nas estratégias de crescimento. Muitas vezes, a empresa não avaliam adequadamente as conseqüências da terceirização, pois as pessoas contratadas não são funcionários diretos da empresa contratante e possuem cultura e valores diferentes do estabelecido, essas diferenças podem trazer conflito entre ambas as partes, gerando um clima desconfortável dentro da empresa, esse podendo se refletir negativamente nos resultados desejados pela empresa.
O maior desafio ao contratar uma empresa de terceirização é inserir no funcionário terceirizado a visão da empresa contratante, principalmente quando o funcionário ficar por um longo período de tempo. Uma má terceirização pode resultar em um processo desastroso para evitar que isso aconteça é preciso um planejamento bem feito, que deve focar em uma seleção criteriosa dos parceiros, bem como uma negociação adequada do propósito e dos níveis dos serviços a serem prestados e, principalmente, o modo de realizar o acompanhamento permanente do contratado.
Outros desafios são contratar uma equipe qualificada de terceiros, autônomos e demais prestadores de serviço; estabelecer um vinculo de tempo com os trabalhadores que apresentam melhor desempenho; obter compatibilidade do produto ou serviço aos padrões contratados; conseguir comprometimento dos terceirizados; estabelecer relacionamento de confiança e relação de parceria entre a empresa central e os terceirizados; lidar com as diferenças culturais entre os terceiros e os trabalhadores da empresa; implantar processos que garantam a seleção mais adequada do terceiro e acompanhar o nível de satisfação dos clientes com o trabalho dos terceiros. É preciso avaliar o grau de satisfação das pessoas das empresas terceirizadas, já que os resultados esperados só podem ser obtidos a partir da participação e do comprometimento de todos os trabalhadores, independentemente da empresa que os contrata.
Em busca de crescimento, empresas vêm adotando programas de gestão inovadores, com padrões de qualidade e custos competitivos, reduzindo investimentos nas atividades-meio, por isso há necessidade de contratação dos terceirizados, pois há uma crescente importância das pessoas para a construção e a manutenção de diferenciais competitivos para as empresas o que leva a repensar conceitos e ferramentas de gestão, buscando grandes mudanças na organização do trabalho, no relacionamento entre a contratante e a contratada e seus funcionários, no modo pelo qual os trabalhadores entendem sua relação com o trabalho, refletindo no comportamento no mercado de trabalho.
De acordo com Fernandes e Carvalho Neto (2005), a terceirização gera a otimização dos serviços que traz como benefícios o aumento da especialização do processo, possibilitando para a empresa contratante a avaliação do seu desempenho, além de um menor custo operacional fixo e uma melhor administração de seu tempo. Como aspecto negativo, ocorre a alteração na estrutura de poder e autoridade dos serviços, dificultando a administração da empresa e dos serviços prestados por parte da contratante. Ao optar pela terceirização de tarefas, operações ou serviços prestados a seus clientes, a empresa substitui a gestão interna dessas atividades pela administração dos contratos que fará com terceiros. Uma vez que um dos objetivos da terceirização, por parte de quem a contrata, é um menor custo operacional, está implícita nessa condição a contratação de uma mão de obra mais barata por parte do terceirizado. Para minimizar os riscos de uma terceirização, é necessário garantir a qualidade da contratação, que deve ser feita por meio da elaboração de um projeto de planejamento de terceirização.
No mercado mundial globalizado, ocorrem vários tipos de liderança, essas passam a exercer vários graus de supervisão, direta ou indiretamente, lidando com trabalhadores com vínculos de contrato diferenciados, sejam aqueles trabalhadores vinculados a empresa contratante ou mesmo os terceirizados jurídicos ou pessoas físicas. O maior desafio está em gerir pessoas sobre as quais não se tem o comando diretamente, neste caso os funcionários da empresa contratada não podem exercer características de pessoalidade e subordinação com a empresa contratante.
Como a qualidade dos serviços e produtos de uma empresa é influenciada diretamente pelo clima organizacional, e que as atividades-meio mesmo não sendo ou estando diretamente ligadas ao produto final das empresas, de certa forma e indiretamente elas influenciam o ambiente organizacional, ou seja, os vários processos adminstrativos e produtivos.Portanto, é extremamente importante a atenção para a necessidade da adequação das políticas e práticas de gestão de pessoas para o planejamento correto e um projeto consistente quanto à Terceirização do Trabalho, para potencializar as vantagens e identificar e corrigir quando possível, ou minimizar, os possíveis problemas e desvantagens desta forma de trabalho para as organizações.
 2.2 Direito Empresarial e do Trabalho
Para ter um melhor discernimento da Terceirização do Trabalho nos dias atuais, devemos voltar nos primórdios da Revolução Industrial, que foi quando surgiram os primeiros esboços do Direito do Trabalho. Foi durante a Revolução Industrial que o Estado percebeu a necessidade de intervir nas relações entre os trabalhadores e os empregadores, estabelecendo obrigações e direitos a ambas as partes, com o objetivo de resolver as desigualdades proporcionadas pelas novas formas de trabalho que surgiram a Revolução Industrial. Portanto podemos ver esta afirmação de acordo com os pesquisadores, Paulo Vicente e Marcelo Alexandrino: 
O surgimento do Direito do Trabalho decorreu de uma necessidade de intervenção do Estado nas relações entre trabalhadores e empregadores, visando compensar, mediante a criação de desigualdades jurídicas em favor dos primeiros, o enorme desnível econômico existente entre as partes da relação de trabalho. (VICENTE, ALEXANDRINO, 2002, p.8).
No Brasil, há algumas Normas Jurídicas que versam sobre as relações das empresas prestadoras de serviços e seus funcionários, bem como suas relações com as empresas contratantes. 
Para um melhor entendimento do conteúdo da Lei Trabalhista que rege sobre a Terceirização, veremos a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho divulgado em 31-05-2011:
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
  
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
  
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados a atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. 
  
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. 
  
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. 
  
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. 
Portanto, Terceirização é um procedimento administrativo que possibilita estabelecer um processo gerenciado de transferência, a terceiros, da atividade-meio de empresas, permitindo a esta concentrar-se na sua atividade principal. Continuando, será demonstrado que a terceirização forma uma relação de emprego entre o obreiro terceirizado e a empresa prestadora dos serviços, na medida em que se fazem presentes todos os requisitos necessários para a caracterização de uma relação de emprego, sendo esse fator extremamente importante ao trabalhador terceirizado, pois, formado o vínculo da relação de emprego, este gozará de uma tutela jurídica mais ampla em relação a um trabalhador que não tem relação de emprego formada. Em sendo o trabalho temporário uma situação-tipo da terceirização, necessária é a sua explicação, pois essa forma de labor é cada vez mais frequente no mundo empresarial. É regulada por legislação específica (6.019/74) e os direitos e garantias trabalhistas, assim como o salário equitativo abordados nessa lei, demonstram o avanço do legislador ao elaborar esta norma jurídica. Por falta de previsão específica, os direitos e garantias trazidos na lei de trabalho temporário são utilizados por analogia – principalmente o salário equitativo – em favor dos trabalhadores terceirizados em geral. O último tópico antes da abordagem das consequências da terceirização é o da responsabilidade trabalhista no caso da decretação de falência da empresa prestadora dos serviços. Tanto o ente privado como o ente público podem contratar empresas terceirizadas e, portanto, ambos podem ser responsabilizados pelas verbas trabalhistas que porventura surgirem. 
 	Ainda hoje em dia é um assunto que ainda gera restrições e discussões juridicas pelo seu entendimento, entre as empresas. Pelo motivo que engloba o direito do trabalho, a terceirização é uma situação muito polêmica, porque suas Leis e normas sempre quiseram privilegiar as relações diretas entre tomador e trabalhador, sem a interferência ou mediação de um intermediário. A Terceirização surgiu no Brasil como uma figura da intermediação do trabalho, que inicialmente era considerada fraudulenta era chamada locação, ou aluguel ou merchandising de mão de obra. Na década de 90 não se falava mais em intermediação, que passou a chamar-se terceirização do trabalho. Com a mudança da terminologia, mudou-se o enfoque e começou o surgimento de uma nova atividade empresarial autônoma que ao invés de produzir bens ou serviços e passou a fala-se que esta era usada por permitir uma maior flexibilização das regras do direito do trabalho.
Abordamos a flexibilização dos direitos trabalhistas, onde no Brasil houve a ênfase na reestruturação, com as grandes reformas implantadas no governo Collor, almejando a possibilidade de uma política econômica preconizada na globalização, que fizeram parte de um projeto neoliberal no país. Segundo Santos e Pochmann (1996, p. 208).
O amplo grupo de políticas de corte neoliberal (abertura comercial, privatização, liberalização e desregulamentação financeira, entre outras) inauguradas no início da década de 1990, tinham "a pretensão não somente de afirmá-las como um conjunto coerente de medidas que poderiam levar ao alcance da estabilidade monetária, como também de colocar o país no seleto grupo de países ricos do Primeiro Mundo.” Consulte-se ainda, a respeito, entre outros: Mattoso, 1996; Pochmann, 1998a, dedecca, 1998b.
Segundo Mauricio Godinho Delgado, na página 437 do seu “Curso de Direito do Trabalho”: Faltam, principalmente, ao ramo jus-trabalhista e seus operadores os instrumentos analíticos necessários para suplantar a perplexidade e submeter o processo sócio jurídico da terceirização às direções essenciais do Direito do Trabalho, de modo a não propiciar que ele se transforme na antítese dos princípios, institutos e regras que sempre foram a marca civilizatória e distintiva desse ramo jurídico no contexto da cultura ocidental. 
Todavia, mesmo que tenha ocorrido nos últimos anos uma evolução contínua dos textos legais a respeito da terceirização, principalmente pelo colendo Tribunal Superior do Trabalho, os legisladores brasileiros precisam evoluir ainda mais, a fim de delegar com mais segurança aos que utilizam esta forma de trabalho.
2.3 Responsabilidade Social e Ambiental
 No início do século XXI, surgiu o conceito de Sustentabilidade, e no âmbito dos negócios ela tem como pressuposto o desenvolvimento de atividades com objetivo econômico mas que abrangem o respeito ao Meio Ambiente e a Responsabilidade Social mais ampla e benéfica. Quantomais profissionais, treinados e aptos a dar resultados mais rápidos e modificadores, a terceirização se apresenta mais satisfatoriamente viável, como foco específico, sem descentralizar o verdadeiro objetivo da empresa contratante. Com isso a empresa apresenta sua verdadeira função agindo em favor do Meio Ambiente e a Sociedade de uma forma geral.
Embora a empresa se responsabilize socialmente, para alguns consumidores e para a sociedade, essas ações não passam de um plano de marketing, fazendo com que não tenham o mesmo impacto, podendo causar certa rejeição da empresa. Entretanto é importante salientar a transparência da empresa, quanto a sua real preocupação com o socioambiental, assumindo o seu impacto e de certa forma procurando meios de amenizá-lo. 
A missão da empresa assume importância na questão social na medida em que norteia a atuação da empresa, pois expressa formalmente as crenças e os valores dos proprietários. Como já mencionado anteriormente, a prática da responsabilidade social empresarial não se resume em ações sociais isoladas e eventuais, sendo a sua consolidação feita ao longo de vários anos. Para tal, é necessário que a responsabilidade social conste na missão da empresa e, assim, faça parte do seu dia-a-dia e não se altere no curto prazo, adquirindo um caráter de longo prazo. 
Assim, a missão da empresa constitui-se num alicerce da responsabilidade social, uma vez que todas as suas ações e decisões são orientadas nessa declaração, propiciando uma integração de toda a empresa. A inclusão da responsabilidade na missão da empresa faz com ela integre a estratégia de sua atuação, afirmando a preocupação com a questão social em suas ações e decisões estratégicas. 
É nessa procura pela agilidade, especialização e resultados satisfatórios a um custo menor, que entram as empresas prestadoras de serviços neste setor. Vale salientar que ao terceirizar serviços que por ventura seja feita fora de suas propriedades, à empresa contratante tem responsabilidades pelos possíveis danos ao ambiente, já que é um bem comum de todos as presentes e futuras gerações, mesmo com previsão contratual a esse quesito.
	No entanto, toda empresa deve ter cautela no instante em que optar por terceirizar atividades que possam gerar algum tipo de risco ao meio ambiente, estabelecendo um planejamento estratégico, consistente e que contemple as ações a serem realizadas pelas empresas prestadoras de serviço e suas possíveis consequências, podendo a empresa contratante vir a arcar com pagamentos de multas, indenizações, entre outros encargos devidos as ações e serviços prestados por esses terceiros, além de correr o risco de delimitar a liberdade de seus representantes. Como trabalhadores terceirizados, destacam-se os autônomos e os terceirizados que são contratados via empresa interposta ou mesmo a prestação de serviços por empresa, sendo seu sócio o próprio prestador de serviços. Assim, dentro de uma mesma organização pode-se encontrar terceirizados autônomos, terceirizados via empresa interposta que contrata o efetivo prestador de serviços, ou mesmo uma empresa em que o próprio sócio executa os serviços. É necessário, portanto, demonstrar a diferença que há, de acordo com a legislação pertinente, na prestação de serviços entre trabalhadores empregados e trabalhadores terceirizados. 
Requisitos para a relação de empregados:
	Relação de emprego direto
	Relação de Emprego Terceiros
	Pessoalidade
	Impessoalidade
	Subordinação
	Autonomia (Atividades previstas contrato)
	Onerosidade
	Onerosidade conforme contrato Prest. Serv.
	Não eventualidade
	Eventualidade (trabalho temporário)
Quadro 1: Diferenças Empregado direto e Terceirizado.
Fonte: Elaborado pelos autores do artigo.
Como pode ver no Quadro 1, as diferenças entre os funcionários terceirizados e empregados diretos, são demonstradas três variáveis: a pessoalidade, a não-eventualidade e a subordinação, sendo esta última a que mais importa para a configuração ou não de uma relação de emprego. A onerosidade é uma variável comum ao empregado direto e ao empregado terceirizado, entretanto, em relação ao empregado direto, a onerosidade está prevista conforme a Consolidação das Leis do Trabalho, à medida que ao empregado terceirizado a onerosidade é o custo do contrato de prestação de serviços firmado entre a empresa contratante e a empresa contratada, ficando esta última responsável por arcar com todas as despesas de pagamento dos funcionários.
O Instituto Ethos (2008) defende que o relacionamento com terceiros, do ponto de vista da responsabilidade social, deve observar os seguintes aspectos: 
Uma iniciativa importante para a empresa é buscar disseminar seus valores pela cadeia de fornecedores, empresas parceiras e terceirizadas. Desta forma, deve exigir para os trabalhadores terceirizados condições semelhantes às de seus próprios empregados. Cabe à empresa evitar que ocorram terceirizações em que a redução de custos seja conseguida pela degradação das condições de trabalho e das relações com os trabalhadores (ETHOS, 2008).
Todos os investimentos em práticas de responsabilidade social empresarial não trazem retorno imediato. Essas mudanças de paradigma não ocorrem de maneira rápida, porém quando incorporadas à estratégia da empresa adquirem caráter de longo prazo, gerando expectativas de benefícios futuros. Salienta-se que a prática de ações sociais gera um impacto positivo na comunidade na qual está inserida. Porém, o impacto negativo, quando a empresa deixa de praticar tais ações, é maior do que o positivo. E é nesse sentido que a empresa deve ter presente que as práticas de ações sociais tenham um caráter contínuo e permanente, de forma planejada em longo prazo.
 A responsabilidade social sintetiza-se, segundo Ashley (2002, p. 6-7), no compromisso que as empresas devem ter para com a sociedade, “expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico, agindo de modo proativo e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas para com ela”. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos dias atuais, as transformações constantes nas organizações principalmente no que tange os meios produtivos, economizar e aproveitar melhor os recursos, com o objetivo de aumentar a competitividade nas mesmas, é que surgem as estratégias de gestão, como a Terceirização, implementadas nos mais diversos tipos de organizações e setores da economia mundo afora. 
A terceirização está hoje inserida nos conceitos da Administração, sendo uma importante forma de trabalho, e faz parte da gestão estratégica dentro do planejamento de muitas organizações fazendo parte do processo de busca na redução de despesas, especialmente da mão de obra especializada e para atividades-meio, onde é possível a substituição pela de terceiros. 
o campo da Gestão de Pessoas nos dias atuais as empresas estão buscando novos meios e alternativas produtivos, com um planejamento estratégico que contemple as formas de trabalho e exigindo tomadas de decisões mais coerentes para a sobrevivência de suas empresas em um mercado cada vez mais competitivo. Portanto a especialização das atividades, a entrega do produto, tudo isso são consequências positivas de um planejamento bem elaborado para a utilização da mão de obra de terceiros. Sugerimos que a escolha dos fornecedores da mão obra deve ser baseada em levantamento de informações, com uma avaliação da capacidade técnica da empresa a ser contratada, o cumprimento das obrigações trabalhistas, o custos dos serviços a serem prestados e referências com outras empresas sobre a empresa a ser contratada.
O Direito do Trabalho dentro do contexto da Terceirização, há uma preocupação ainda em relação aos cuidados que a empresa tomadora deve ter com os terceirizados, principalmente para não caracterizar a pessoalidade e subordinação, sob pena, em caso de ação trabalhista, enquadramento dos funcionários terceirizados como trabalhadoresdiretos, sob o ponto de vista jurídico. Deve-se ainda haver um maior estudo das relações de Terceirização do Trabalho pelos juristas para um melhor entendimento destas, prevenindo prejuízos aos trabalhadores terceirizados, e os próprios tomadores de serviços terceirizados.
Zelar pelo ambiente e pela sociedade é obrigação de todos. Portanto para uma empresa ser competitiva precisa acima de tudo ser sustentável e adotar políticas de gestão ambiental, atendendo a legislação do setor, sempre se responsabilizando pelos parâmetros ambientais. Para aperfeiçoar os resultados, muitas empresas buscam por empresas terceirizadas, devido agilidade, baixo custo, maior lucratividade e foco na atividade oferecida com capacidade em trazer resultados acelerados e satisfatórios. Todavia, não se deve contratar uma terceirizada apenas como meio comercial e financeiro, a preocupação com a responsabilidade ambiental e social também devem ser levados em conta, já que qualquer falha ou dano impactante no meio ambiente, a empresa contratante será considerada corresponsável, e sujeita as penalidades da lei, entretanto, no tange o lado social, as empresas devem procurar.Portanto, devem-se realizar constantes consultas de toda documentação da empresa, avaliar. Identifica-se que não existe uma sugestão segura de como ser socialmente justo e responsável sem correr os riscos de aumentar o passivo trabalhista na empresa, devido à tentativa de nivelar os benefícios entre os empregados diretos e terceirizados. Consoante, se a empresa quiser ser considerada socialmente responsável estará correndo sérios riscos de ver seu passivo aumentar porque estará dando as mesmas condições aos trabalhadores diretos e terceirizados. 
REFERÊNCIAS
MARTINS, Sérgio Pinto. A Terceirização e o direito do trabalho. São Paulo: Atlas, 2001. 
FERNANDES, Maria Elizabeth Rezende; CARVALHO NETO, Antônio Moreira de. Gestão dos múltiplos vínculos contratuais nas grandes empresas brasileiras. Rev. adm. empres. [online]. 2005, vol.45, n.spe, pp.48-59.
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