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Redação para AV1

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Redação
Tipos e Gêneros Textuais:
Dissertar é defender um ponto de vista
Descrever é dar os detalhes. A descrição apresenta funções diversas e sempre surge nos vários tipos de textos como um tipo auxiliar a serviço deles, sobretudo na narração. A descrição suspende o curso do tempo e contribui para estender a narração, dando-lhe movimento e auxiliando-a na função persuasiva. Na descrição não há uma progressão temporal como no texto narrativo, a ordenação das situações se dá em uma relação de simultaneidade. No texto descritivo, as propriedades, os aspectos de um dado objeto, pessoa, cena descritos inserem-se em certo momento único do tempo.
Narrar é contar o fato. A narração reproduz, dentro da sequência temporal do texto, a sucessão temporal dos fatos ou acontecimentos do mundo real, havendo, pois, uma sequência de situações que se encadeiam em direção a um fim ou resultado.
Elementos: 
O quê – fato/ação. 
Quem – partes envolvidas: autor e réu. 
Como – modo como o fato/ação é desenvolvida 
Onde – momento em que o fato ocorreu 
Por quê – motivo dos acontecimentos
Organização 
Seleção dos fatos 
Fatos juridicamente relevantes – exprimem o direito que pensa ter o autor 
Fatos secundários – compõe o fato jurídico ou auxiliam a comprovação de sua existência 
Ordenação dos fatos lógica – linear 
a) Sequência de fatos relacionados entre si – da causa à consequência.
b) Ordem temporal cronológica – indicação do transcurso do tempo.
A narrativa jurídica deve expor todos os fatos juridicamente importantes do caso concreto, em ordem rigorosamente linear, partindo sempre da causa mais remota (nascedouro da relação jurídica) para a causa mais próxima de pedir(não cumprimento da obrigação), utilizando-se das formas verbais no passado - de preferência no pretérito perfeito (por ser ação acabada, concluída)-, na pessoa do singular, a fim de que o juiz possa tomar ciência da lide, de forma clara e coesa, e julgar o pedido do autor. O aluno - futuro advogado- não pode se esquecer também, em momento algum, de que a função da narrativa não é apenas o de expor (narrar) o que aconteceu, dentro do que é juridicamente relevante, mas também persuadir a respeito da “verdade”. Narram-se somente os fatos imprescindíveis para a qualificação jurídica do fato de forma sucinta (objetiva).
DISCURSOS JURÍDICO
Todo o discurso jurídico comporta necessariamente três valências, a saber: a descritiva (exposição dos fatos), a valorativa (qualificação dos fatos) (fatos transformados em argumentos por meio da interpretação) e a normativa (aplicação do Direito).
Polifonia
Emprega-se o termo polifonia para caracterizar um certo tipo de texto, em que se deixam entrever muitas vozes, por oposição aos textos monofônicos, que silenciam os diálogos que os constituem. Assim, na polifonia trata-se da existência de vozes de enunciadores diferentes ou pontos de vista diferentes.
Na linguística, a polifonia textual é uma característica dos textos em que estão presentes diversas vozes. O termo polifonia é formado pelos vocábulos “poli” (muitos) e “fonia” (relativo ao som, voz). Em outras palavras, a polifonia aponta a presença de obras ou referências que aparecem dentro de outra.
Intertextualidade
Trata-se da relação estabelecida entre dois textos, cuja criação de um novo texto ocorre mediante um conteúdo textual já existente. É muito comum que os autores façam uso desses conteúdos existentes e reconhecidos com a finalidade de embasar melhor um tema, oferecer mais informações aos leitores, defender uma ideia etc. 
Três Tipos de Discursos
Nos textos narrativos, é através da voz do narrador que conhecemos o desenrolar da história e as ações das personagens, mas é através da voz das personagens que conhecemos as suas ideias, opiniões e sentimentos. A forma como a voz das personagens é introduzida na voz do narrador é chamada de discurso.
Existem três tipos de discurso, ou seja, três formas de introdução das falas das personagens na narrativa: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.
Discurso Direto: Nesse tipo de discurso os sujeitos/personagens literários ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das partes/personagens literários sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das partes. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das partes sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral. Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas. Podem ser mantidas interjeições, frases de tipo exclamativo, vocativos, uso afetivo dos determinantes, vocabulário e frases próprias da oralidade. 
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das partes/ personagens por meio da paráfrase, usando as formas verbais, na terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras próprias para reproduzir aquilo que foi dito pela parte/ personagem literário. Esse tipo de discurso indireto que deve ser priorizado na narrativa jurídica.
Discurso indireto livre
O discurso indireto livre é o mais difícil e o mais dinâmico dos tipos de discurso, visto as falas das personagens se encontrarem inseridas dentro do discurso do narrador. Podemos também verificar que as falas das personagens são narradas na 1.ª pessoa enquanto o discurso do narrador se encontra na 3.ª pessoa narrativa.
RELATÓRIO JURÍDICO
Relatório Ju rídico 
 
1. O relatório é um texto de tipo narrativo;
1. O relatório é um texto de tipo narrativo;
2. Caracteriza-se por ser uma narrative simples, sem valoração. Sempre que possível, Aponte as alegações de ambas as partes.
3. Todos os fatores relevantes do caso concreto devem ser nerrados no pretérito e na 3° pessoa;
4. O que não existir no relatório não pode figurar como argumento na fundamentação;
5. A organização dos eventos deve seguir a ordem cronológica;
6. O primeiro parágrafo deve indicar o fato gerador da demanda e os sujeitos envolvidos;
7. O texto não pode deixar de responder às seguintes indagações: qual o fato gerador do conflito? Quem são os envolvidos na lide? Onde e quando os fatos ocorreram? Como se desenvolveu o conflito? Por que ocorreu o conflito de interesses? Quais as consequências dos fatos narrados?
8. Sugere-se, para iniciar o primeiroparágrafo, a redação “Trata-se de questão sobre...”;
9. A paragrafação deve seguir as orientações tradicionais de um texto redigido em norma culta;
10. Cada parágrafo deve receber um recuo inicial;
11. Não há limite mínimo ou máximo de linhas, mas sua narração deve ser clara e consisa;
12. Recorra à polifonia;
13. Terminando o relatório, na linha abaixo, use a expressão “eis o relatório”.
;2. Caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possível, aponte as 
alegações de ambas as partes; 
3. Todos os fatos relevantes do caso concreto devem ser narrados no pretérito e na 3ª pessoa; 
4. O que não existir no relatório não pode figurar como argumento na fundamentação; 
5. A organização dos eventos deve seguir a ord em cronológica; 
2. Caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possível, aponte as 
alegações de ambas as partes; 
3. Todos os fatos relevantes do caso concreto devem ser narrados no pretérito e na 3ª pessoa; 
4. O que não existir no relatório não pode figurar como argumento na fundamentação; 
5. A organização dos eventos deve seguir a ord em cronológica; 
2. Caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possível, aponte as 
alegações de ambas as partes; 
Caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possível, aponte as 
alegações de ambas as partes;
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Avaliando aprendizado (resposta em negrito)
Os ELEMENTOS CONSTITUTIVOS da narrativa, como O QUÊ e ONDE, auxiliam, 
predominantemente, no levantamento dos pontos importantesdo caso concreto. 
A Constituição é muito clara quando diz que a vida é um bem inviolável. Uma sociedade democrática defende esse direito e recorre a todos os meios disponíveis para que a vida seja sempre preservada e para que qualquer atentado a esse direito seja severamente punido. No caso em questão, Tereza foi atacada de maneira covarde e violenta, porque não dispunha de meios para ao menos tentar preservar sua vida. Portanto o réu desrespeitou a Constituição Brasileira e incorreu no crime de homicídio doloso previsto no artigo 121 do Código Penal Brasileiro. Autoridade. 
 
Identifique a tipologia do texto abaixo: O Senhor José dos Anjos, Lavrador de 58 anos, residente da cidade de Planaltina deve ser inocentado da acusação de crime ambiental, previsto na Lei 9.605/98. Tese. 
 
Sobre os tipos de argumentos utilizados na redação jurídica, identifique a opção 
incorreta: O argumento A Fortiori Apresentação de algo numa escala pequena para depois projetá-la numa escala maior. Trata-se, em geral, de um argumento não muito eficaz, visto que seu arcabouço lógico é contestável. 
Assinale a alternativa correta relativamente ao seguinte parágrafo jurídico contido em petição escrita por procurador, em nome da parte, ao Juiz: “Vossa Excelência indeferiu meu pedido porque não aceitou a minha tese argumentativa”: o uso da terceira pessoa seria o adequado 
Sobre polifonia e intertextualidade, qual a análise incorreta? Na intertextualidade a citação direta é uma ocorrência predominante na fundamentação do argumento. 
 Identifique o tipo de argumento utilizado no parágrafo abaixo: O rápido crescimento demográfico e a falta de planejamento levaram algumas de nossas cidades a uma infraestrutura totalmente desorganizada. Isso é fácil de notar em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde bairro com grandes mansões convivem com grandes favelas. Essa aproximação dos contrários aumenta as diferenças e reforça o sentimento de exclusão. Causa e Efeito.
No direito, adotam-se os raciocínios dedutivo, indutivo e dialético. Modernamente, busca-se alcançar, por meio da ponderação dos fatos, das provas e das fontes do direito, uma tese justa. Marque a alternativa CORRETA 
A lógica do razoável se sobrepõe à lógica formal nas decisões em que se busca 
fazer justiça. 
 
"O requerente comprou um automóvel da marca Fiat, ano 2013, em 21 de março de 2014. No dia anterior havia retirado da poupança o valor necessário para a compra. Isso porque, no mês de janeiro do mesmo ano, vendeu o seu carro, já bem rodado, e 
precisava do dinheiro para complementar o valor pago pelo carro novo." I - A sequência cronológica linear foi seguida. II - O texto possui cronologia. III - O elemento "onde" foi identificado no texto. IV - A polifonia não foi adotada. V - Esse trecho poderia constar em uma petição inicial. 
 Somente estão corretas as afirmativas II, IV e V.
 
Sabemos que em um texto podem coexistir mais de uma tipologia, entretanto uma 
predominará. Para reconhecê-la, é importante identificar o objetivo do texto. Leia o 
trecho e marque a tipologia nele predominante: Conforme Maria de Lurdes, quando ia saindo do supermercado, lhe foi exigido que abrisse sua bolsa na frente dos demais consumidores e tirasse tudo o que havia no seu interior. Em seguida, após constararem que não havia subtraído nada, pediram-lhe desculpas. Acrescentou que se sentiu constrangida com essa exigência. Narração. 
A argumentação é um dos elementos mais importantes da Ciência Jurídica, pois praticamente todas as atividades dos operadores do Direito envolvem de fundamentar, justificar, convencer persuadir o auditório de aquilo se afirma é válido e verdadeiro. 
1-E 
2-A
3-C
4-B
5-C
6-A
7-D
8-A
9-D
10-E
11-D
12-B
13-C
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