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02/09/2014 1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA MBI 150 – Microbiologia do Solo INFLUÊNCIA DE FATORES FÍSICO-QUÍMICOS SOBRE A MICROBIOTA DO SOLO E ENZIMAS DO SOLO Material mineral e, ou superfície da terra que serve para o crescimento e desenvolvimento dos seres vivos. Manta ou camada de material rochoso intemperizado que, além de matéria orgânica, contém minerais e nutrientes capazes de sustentar o crescimento das plantas. Matéria mineral não consolidada, na superfície da terra que foi sujeita e influenciada por fatores genéticos e ambientais do material de origem e do clima, incluindo efeitos de umidade e temperatura, macro- e microrganismos e de topografia, todos atuando durante um período e produzindo um produto – o solo – que difere do material do qual deriva em muitas propriedades físicas, químicas, mineralógicas, morfológicas. O que é solo? O que é solo? • Agriculturalmente, o solo é a região que suporta a vida das plantas e da qual elas obtêm seu suporte mecânico e muitos de seus nutrientes. • Quimicamente, o solo contém uma grande variedade de substâncias orgânicas as quais não são encontradas nas camadas inferiores. Para o microbiologista, o solo é um ambiente considerado único por vários motivos: Contém um vasto número de bactérias, actinomicetos, fungos, algas e protozoários; É um dos mais dinâmicos sítios de interações biológicas na natureza; É a região em que ocorre muitas das reações bioquímicas concernentes com a destruição da matéria orgânica; com a decomposição de rochas, e com a nutrição das culturas agronômicas. Descrição do solo • Solo orgânico (>20% de C orgânico) – Solos orgânicos: somente 0,9% de solos do mundo – Solos minerais: 99,1% • Horizontes • Textura classe textural • Estrutura • Densidade (real e aparente) porosidade, CC • Características químicas do solo – Nutrientes, pH, CTC, etc. 02/09/2014 2 Composição volumétrica do solo Horizontes: Horizonte O: formado pela deposição de materiais orgânicos, tais como folhas, galhos, resíduos animais Horizonte A: primeiro horizonte mineral, rico em matéria orgânica, concentra grande parte da atividade microbiana; Horizonte B: segundo horizonte mineral, chamado, também de zona de iluviação em função do aporte minerais e nutrientes; Horizonte C: zona de material de origem não consolidado; Distribuição de microrganismos no perfil do solo •Condições físico-químicas •Disponibilidade de matéria orgânica •Transporte de microrganismos •Água da chuva ou irrigação •Raízes •Aração e gradagem •Interação com a fauna do solo •Motilidade Distribuição de microrganismos no perfil do solo (no 103 g-1) Profundidade Bactérias aeróbicas Bactérias anaeróbicas Actinomicetos Fungos Algas 3-8 7800 1950 2080 119 25 20-25 1800 379 245 50 5 35-40 472 96 49 14 0,5 65-75 10 1 5 6 0,1 135-145 1 0,40 - - - 02/09/2014 3 Triângulo Textural http://nowlin.css.msu.edu/software/triangle_form_pt.html Classificação das partículas do solo pelo sistema do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, e pelo Sistema Internacional (Atterberg) NOME DA FRAÇÃO SISTEMA NORTE AMERICANO NOME DA FRAÇÃO SISTEMA INTERNACIONAL DIÂMETRO (mm) Areia muito grossa 2,00 - 1,00 Areia grossa 1,00 - 0,50 I 2,00 - 0,20 Areia média 0,50 - 0,25 Areia fina 0,25 - 0,10 II 0,20 - 0,02 Areia muito fina 0,10 - 0,05 Limo ou Silte 0,05 - 0,002 III 0,02 - 0,002 Argila 0,002 IV 0,002 Tamanho e área da superfície das partículas do solo NOME DA FRAÇÃO DIÂMETRO (mm) NÚMERO DE PARTÍCULAS (nº/g)* ÁREA DA SUPERFÍCIE cm2/grama Areia muito grossa 2,00 - 1,00 90 11 Areia grossa 1,00 - 0,50 720 23 Areia média 0,50 - 0,25 5.700 45 Areia fina 0,25 - 0,10 46.000 91 Areia muito fina 0,10 - 0,05 722.000 227 Limo ou Silte 0,05 - 0,002 5.780.000 454 Argila < 0,002 90.300.000.000 8.000.000 As partículas são consideradas como esféricas e o cálculo foi baseado pelo diâmetro máximo da partícula. CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA 02/09/2014 4 POROSIDADE DO SOLO Tamanho dos poros • Depende da textura, estrutura e densidade do solo • Tem efeito sobre o movimento do ar e da água Macroporos > 75 µm Mesoporos Entre 30 µm e 75 µm Microporos Entre 5 µm e 30 µm Ultramicroporos Entre 0,1 µm e 5 µm Criptoporos < 0,1 µm • Poros grandes movimento rápido de gases e água no solo • Solos arenosos < espaço poroso total, maioria macroporos drenagem rápida, EP= 35 a 50% (maioria macroporos) • Solos argilosos maior número total de poros, muitos microporos drenagem lenta, EP = 40 a 60% (maioria microporos) Estrutura do solo Agregação de partículas primárias do solo em unidades compostas ou agrupamento de partículas primárias, que são separadas de agregados adjacentes por superfícies de baixa resistência. 02/09/2014 5 Agregação do solo • Papel das hifas fúngicas • Exopolissacarídeos • Síntese de húmus • Fungos micorrízicos arbusculares: glomalina Solo cultivado com planta colonizada com FMAs Solo cultivado com planta não- colonizada com FMAs Glomalina = proteína secretada pelas hifas de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs); funciona como uma “super-cola”, unindo as partículas do solo em agregados. Glomalina = proteína secretada pelas hifas de fungos micorrízicos arbusculares; funciona como uma “super-cola”, unindo as partículas do solo em agregados. Raízes e hifas Agregado 02/09/2014 6 Influência da microbiota sobre a percentagem de agregados estáveis em solo tratado com lodo de esgoto e agentes biocidas (Levanon e Mingelgrin, 1987) Radiação - UV 200 a 300 nm (pode ser letal) - visível 380 a 860 nm (fotossíntese) Microrg. Temp. ótima (oC) Faixa de temp. (oC) Observação Psicrófilos 15 a 20 -7 a 30 . capazes de crescer a 0oC ou menos . não são comuns no solo Mesófilos 25 a 35 25 a 40 Termófilos 45 a 65 25 a 75 .termófilas facultativas ou euritermófilas: crescem à temperatura dos mesófilos, algumas não crescem à temperatura acima de 40oC .estenotermófilo: temperatura ótima acima de 60oC e não crescem na faixa do mesófilo Classificação de microrganismos quanto a temperatura de crescimento Temperatura 02/09/2014 7 Temperatura - Afeta a velocidade dos processos bioquímicos - Aumento da temperatura desnatura proteínas membrana celular material genético - Eubactéria termófila aumenta a concentração de ácidos graxos satirados na membrana que permanecem estáveis mesmo com a elevação da temperatura. - Proteínas de termófilas possuem pontes de sais (cátions que ligam cargas entre os resíduos de aminoácidos) que ajudam a manter a integridade mesmo a altas temperaturas. - Membrana de termófilos extremos maioria Archaebacteria possui membrana composta de repetidas unidades de isopreno composto de 5 compostos que estão ligados ao glicerol-P. - DNA ligado a proteínas que faz arranjo do DNA seja globular, tornando-o mais resistente à degradação. Temperatura Divulgação Científica Micróbios que vivem a 121 graus Celsius Dupla de cientistas da Universidade de Massachusetts identifica arqueobactéria em fossas hidrotérmicas nas profundezas do Oceano Pacífico. Nunca um microrganismo foi encontrado em temperaturas tão elevadas AGÊNCIA FAPESP Boletim produzido pela Agência de Notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo 25/08/2003 Temperatura Meio-dia Agosto – ano1 Meio-dia Agosto – ano3 Meio-dia Agosto – ano2 0 20 40 (Wild et al., 1988) superfície 5 cm 10 cm 20 cm Umidade Ψ π potencial osmótico Ψ m Potencial mátrico Ψg potencial gravitacionalPotencial de água Ou pressão de água MPa = N m-2 kPa = 100 bar Mpa= 0.1bar -1 bar = -100 kPa = -0,1 MPa AwAtividade de água Pressão de vapor na solução ---------------------------------- Pressão de vapor da água pura 02/09/2014 8 Água gravitacional Partícul a do solo Água higroscópica Água aproveitada pela planta Água capilar Película de água retido por coesão CC Relação entre o potencial de água e conteúdo de água entre solos argilosos, siltosos e arenosos. Solo arenoso Solo siltoso Solo argiloso 0,1 0,3 0,5 10 30 50 0 -0,5 -1,0 -1,5 -2,0 Pressão osmótica (MPa) Tolerância dos microrganismos ao potencial mátrico controlado pelo estresse de água pF (MPa) Aw Espessura do filme de água Atividade microbiana limitada (exemplo) -0,03 -0,10 -0,50 -1,50 -4,00 -10,00 -40,00 0,999 0,999 0,996 0,990 0,970 0,930 0,750 4,0 µm 1,5 µm 0,5 µm 3.0 nm ≤3,0 nm ≤1,5 nm ≤0,9nm Movimento de protozoário, zoósporo e bactérias Nitrificacao; oxidacao de S Crescimento bacteriano (Bacillus) Crescimento fúngico (Fusarium) Crescimento fúngico (Penicillium) Oxigenação/ Aeração - A maioria dos microrganismos do solo é aeróbio -Aeróbios -Anaeróbios -Anaeróbios facultativos - Respiração x fermentação - Aeração x coloração x potencial redox 02/09/2014 9 Potencial Redox dos aceptores de elétrons mais comumente funcionando nos sistemas biológicos dos solos Pares redox E0 (volts) O2/H2O Fe3+/ Fe2+ NO3- / NO2- Citocromo e Oxidado /Reduzido Acetaldeído/Etanol Citocromo b Oxidado/Reduzido SO42- /S2- NAD+ /NADH CO2 / CH4 H+ / H2 0,82 0,77 0,42 0,25 0,20 0,07 -0,22 -0,32 -0,35 -0,42 2H2O + O2 Catalase O2- + O2- + 2H+ 2 H2O2 + O2 SOD H2O2 + NADH + H+ H2O2 + O2 Peroxidase H2O2 + H2O2 Salinidade - Evapotranspiração > transpiração - Elevação da pressão osmótica - Sais de sódio NaHCO3 pH > 9,0 defloculação de colóides e húmus e dispersão das argilas - Halotorerantes (muitas bactérias, alguns fungos e algumas algas): - ex.: Halobacterium e Haloanaerobium - Mais específicos para altas concentrações de Na+ - Balanceamento de soluto: K+ para bactérias glicerol para eucariotos Salinidade - Proteínas são ácidas e tipicamente têm baixa proporção de aminoácidos não polares necessita, portanto, de altas concentrações de sal para balanceamento de suas cargas e acidez assim, a maioria é halotolerante obrigatório. - Evita desidratação osmótica e mantém a turgidez ótima pelo acúmulo de íons K+ ou compostos orgânicos de baixo peso molecular como as letaínas, trealose e glicerol sob estresse osmótico. - Outras adaptações a ambientes salinos incluem mudanças na composição de fosfolipídeo da parede celular e no acúmulo de betaínas que estabilizam a conformação molecular de várias enzimas. - As argilas minerais podem parcialmente proteger os microrganismo contra estresse osmótico. 02/09/2014 10 Toxidez de alumínio e manganês - Densidade atômica > 6g/cm3 : Ar, Cd, Co, Cr, Cu, Pb, Hg, Mo, Ni, se e Zn. - Fortemente adsorvidos aos componentes - Acumulam no solo - Aumentam a concentração com a cadeia trófica - Pode servir como micronutriente - Resistência a metais pesados plasmídeos Metais pesados Efeito do pH sobre os microrganismos do solo pH do solo Número Bactérias (106 g-1) Fungos(103 g-1) 7,5 7,2 6,9 4,7 3,7 3,4 95 58 57 41 3 1 18 19 24 97 28 20 pH pH do solo e ocorrência de cianobactérias pH 0 20 40 60 80 100 <5,0 5 a 6 6 a 7 7 a 8 8 a 9 pH do solo S o l o s c o m c i a n o b a c t é r i a s ( % ) pH Batatas com Sarna (%) Crescimento relativo de Streptomyces scabies 100 75 25 50 100 75 25 50 00 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 Crescimento de Streptomyces scabies e incidência da doença influenciada pelo pH do solo. Crescimento de Streptomyces Incidência da doença 02/09/2014 11 Matéria Orgânica Fungos Bactérias Aumento (%) Palha de alfafa Palha de trigo 241 168 748 306 Qualidade da matéria orgânica x população microbiana Matéria orgânica Matéria orgânica Cultivo mínimo x Convencional Características do solo Relação cultivo mínimo:cultivo convencional a duas profundidades do solo* A. Propriedades físicas e químicas (0 a 7,5 cm) (7,5 a 15,0 cm) Matéria orgânica total N total Densidade Espaço poroso cheio de água 1,41 1,29 1,04 1,28 0,99 1,01 1,05 1,11 B. Grupo microbiano Total de aeróbios Bactérias Fungos Anaeróbios facultativos Total de anaeróbios 1,35 1,41 1,35 1,31 1,27 0,66 0,68 0,55 0,96 1,05 *relação >1 valor para cultivo mínimo foi maior que o convencional. Manejo agrícola trevo vermelho trevo branco e pensacola aveia/feijao/aveia 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1 2 3 4 0 2 4 6 8 10 12 1 2 3 4 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1 2 3 4 Actinomicetos Bactérias Fungos Testemunha Mineral Orgomineral Orgânica 44 02/09/2014 12 45 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA MBI 150 – Microbiologia do Solo Enzimas do solo 46 Enzimas no solo Enzimas medeiam as transformações biológicas da matéria orgânica e de minerais do solo; A atividade enzimática representa a velocidade de ocorrência de processos biológicos no solo; A atividade enzimática nem sempre se correlaciona com a respiração, biomassa ou densidade populacional microbiana do solo; 47 Razões: Heterogeneidade do solo; Reação ocorre em microssítios, não tendo a célula microbiana acesso ao produtos; Enzimas extracelulares estão dissociadas da célula; a atividade nem sempre beneficia a célula que as produziu. 48 Avaliação das propriedades básicas das enzimas no solo; Atividade enzimática como medida da fertilidade do solo; Atividade enzimática como medida indireta da biomassa microbiana; Indicadores da capacidade de condução dos ciclos biogequímicos Enzimas como preditoras da biorremediação e do potencial de sucesso; Atividade enzimática como medida da fertilidade do solo; BASES TEÓRICAS PARA O ESTUDO DAS ENZIMAS DO SOLO Indicadores dos efeitos negativos de poluentes; 02/09/2014 13 49 Para que a atividade enzimática possa refletir o nível no qual um processo biológico ocorre no solo, os seguintes critérios devem ser observados: A atividade enzimática deve estar associada a células vivas; A enzima deve participar de reação biológica essencial ao processo de interesse; A atividade medida deve ser proporcional à quantidade de enzima presente; A atividade enzimática deve ser essencial ao processo de interesse, sem maiores contribuições de outras reações bióticas ou abióticas alternativas. 50 Enzima proteína que funciona como catalisador de reações químicas. Os catalisadores reduzem a energia de ativação de uma reação química, permitindo que esta ocorra sob condições de temperatura e pressão desfavoráveis. Energia de ativação é a energia requerida para desestabilizar as ligações químicas de um composto, permitindo a sua transformação em outro produto, ou Energia necessária para que os reagentes sejam aproximados para que a reação ocorra. 51 Energia de ativação (Ea) Energia de ativação (Ea) + enzima Ener. livre (G) Diagrama esquemático de reação catalisada por uma enzima 52 Reação catalisada por uma enzima S + E ES E + P Onde: S = substrato E = enzima ES = complexo enzima-substrato P = produto 02/09/2014 14 53 Velocidade da reação enzimática (Vmax) (S) Km + S v = Onde: V = velocidade da reação enzimática Vmax = velocidade máxima da reação enzimática Km = constante de Michaelis, equivalente à concentração do substrato quando v = Vmax/2 S = concentração do substrato 54 Cinética de Michaelis-Menten: efeito da concentração do substrato sobre a velocidade da reação Região de cinética de primeira ordem Região de cinética de ordem zero (S>>>>Km) V = Vmax (S<<Km) V = (Vmax/Km)(S) 55 Tipo Reação catalisada 1. Oxirredutases XH2 + Y X + YH2 2. Transferases X-R + Y Y-R + X 3. Hidrolases X-Y + H2O X-H + Y-OH 4. Liases X-Y X + Y 5. Isomerases X-R-Y-S X-S-Y-R 6. Ligases X + Y + ATP X-Y + ADP + Pi (ou AMP + Ppi) Principais tipos de enzimas encontradas no solo 56 Atividade de fosfatase em solos alcalinos e ácidos 02/09/2014 15 57Atividade da urease em três solos diferentes 58 Mineral de argila Conteúdo de argila (mg) Km (mM) Vmax (g PNP mL-1 h-1) Controle 0 4,3 255 Caolinita 50 4,6 244 100 5,2 250 150 6,0 247 Ilita 50 4,0 175 100 5,5 164 150 3,9 98 Montmorilonita 50 5,7 275 100 7,1 281 150 7,9 279 Constantes cinéticas da fosfatase alcalina na presença de minerais de argila PNP = paranitrofenol. Quando as fosfatases alcalinas hidrolisam o substrato paranitrofenol-fosfato, no ensaio enzimático, o paranitrofenol é liberado. Em pH alcalino esse composto é amarelo, podendo ser quantificado colorimetricamente. 59 Enzima Invertase -amilase -amilase % da atividade original Muscovita 33 96 1 Ilita 9 27 1 Montmorilonita 0 4 0 Caolinita 45 1 0 Influência de minerais de argila sobre a atividade enzimática 250 mg de argila em um volume final de 3 mL foram adicionados ao meio das enzimas. Atividades foram medidas em uma hora. 60 Relação entre atividade da desidrogenase e o potencial redox em solos inundados 02/09/2014 16 61 Enzimas intracelulares, enzimas extracelulares Enzimas periplasmáticas Enzimas aderidas à superfície externa da membrana celular ou da membrana externa Enzimas de células não-proliferativas (esporos, cistos, sementes, endosporos) Enzimas aderidas à células mortas Enzimas secretadas de células intactas ou liberadas de células lisadas Enzimas temporariamente constituintes dos complexos enzima-substrato Enzimas adsorvidas à superfície de minerais de argila Enzimas complexadas com colóides húmicos LOCALIZAÇÃO DE ENZIMAS NO SOLO 62 Glicosidase Urease Amilase Celobiose Glicose Uréia NH4+ Amido Maltose Célula Célula Célula Exemplo de enzimas imobilizadas no solo •Proteção contra a ação de proteases; •Maior resistência à desnaturação. 63 Enzima Ciclo Valor médio para amostras de solo úmido Desidrogenase Oxigênio 337 mg TPF Kg-1 24 h-1 -glicosidase Carbono 148 mg pNF Kg-1 h-1 Urease Nitrogênio 220 mg N-NH4+ Kg-1 2 h-1 Amidase Nitrogênio 175 mg N-NH4+ Kg-1 2 h-1 Fosfatase ácida Fósforo 617 mg pNF Kg-1 h-1 Fosfatase alcalina Fósforo 122 mg pNF Kg-1 h-1 Arilsulfatase Enxofre 80 mg pNF Kg-1 h-1 Hidrólise do DAF Heterotrofia 61 mg fluoresceína kg h-1 Valores médios para atividade de algumas enzimas (Dick et al., 1996) DAF= diacetato de fluoresceína; pNF = paranitrofenol; TPF = trifenilformazan 64 APLICAÇÃO Indicadores de qualidade do solo a. Índice biológico de fertilidade: DH + KCA 2 IBF = DH e Ca = atividades da desidrogenase e da catalase, respectivamente. K = constante Correlaciona-se diretamente com o C, N e P total do solo. 02/09/2014 17 65 APLICAÇÃO Indicadores de qualidade do solo b. Índice de atividade enzimática (IAE): 0,2 (DH + CA/10 + PA/40 + PR/2 + AM/20)IAE = DH, CA, PA, PR e AM = atividades da desidrogenase, catalase, fosfatase alcalina, protease e amilase, respectivamente. Correlaciona-se com o carbono da biomassa; Valores de 1 a 4 para solos cultivado. Valores de 2 a 8 para pastagens e florestas. 66 APLICAÇÃO Indicadores de qualidade do solo c. Coeficiente de hidrólise (CH) do diacetato de fluoresceína (DAF) DAFhidrolisado/DAF adicionadoCH = Correlaciona-se com a atividade biológica e a transformação de resíduos no solo. Valores de 0 a 1,0 67 MONITORAMENTO DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADAS Área amostrada Fosfatase ácida Urease DAF g pNF g-1 h-1 g de N-NH4+ g-1 h-1 g F g-1 dia-1 Mata nativa original 906 13 474 Eucalipto com 15 anos 897 16 399 Bracatinga com 10 anos 981 18 387 Espécies nativas com 10 anos 873 11 469 Braquiária e guandu com 2 anos 952 5 146 Recém-minerada sem vegetação 11 3 44 Atividade enzimática em uma cronoseqüência de reabilitação de solo de mineração de bauxita em Poços de Caldas – MG (Carneiro, 2000) 68 Atividade da desidrogenase, -glicosidase, urease, fosfatase ácida, arilsulfatase e biomassa microbiana em solos contaminados por diferentes concentrações de metais pesados (1X corresponde a 300, 100, 50, 50 e 3 g g-1 para Zn, Cu, Ni, V e Cd, respectivamente) (Adaptado de Kandeler et al., 1996) Qual enzima pode ser utilizado como indicadora? Aquela que mostra sensibilidade às alterações. 02/09/2014 18 69 Aumento na eficiência de uso da uréia • CO(NH2)2 ( NH4)2CO3 NH4+ 2H2O; urease Uréia Carbonato de amônio Amônio Alternativas para reduzir as perdas de amônia quando se aplica uréia: a) Incorporação; b) Uso de fertilizantes de liberação lenta c) Uso de inibidores de urease (ditiocarbonatos, ác. fosfórico, sais solúveis de Ca e Mg, compostos contendo boro. APLICAÇÃO
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