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L E U C O P L A S I A & C A R C I N O M A Acadêmicos: Felipe Goulart Luciana Pires PATOLOGIAS DA PREGA VOCAL: LEUCOPLASIA E CARCINOMA Prof. Fga. Eda Mariza Franco Canoas, 2018 Curso de Fonoaudiologia Fundamentos de Voz L E U C O P L A S I A P R E G A S VO C A I S LEUCOPLASIA • Manchas esbranquiçadas na mucosa da prega vocal, brilhosa, semelhante a camadas de gesso, geralmente rasas; • Diagnóstico: Laringoscopia. • Uni ou bilateral, pontos isolados, áreas esparramadas, múltiplas localizações, pode comprometer toda a área fonatória da prega vocal; • A partir dos 40 anos de idade, prevalência em homens; • Tabagismo: pré-maligna ou maligno; • Alcoolismo, deficiências nutricionais e infecções nasVAS. • Comportamento de voz aterado; LEUCOPLASIA CARACTERÍSTICAS VOCAIS • Lesões afetam a cobertura: + massa e rigidez; • Ataque vocal soproso, ou brusco, na tentativa de vencer a rigidez dos tecidos; • Frequência tende a se deslocar para os agudos; • Compensação nasal, fadiga vocal, falta de resistência; • Ressonância inferior. CARACTERÍSTICAS VOCAIS CONDUTA • Lesões podem ou não regredir com o tratamento clínico; • Conduta cirúrgica: tratamento não foi eficaz; • Fonoterapia: quando há alteração vocal; • Estimular as características vibratórias das pregas vocais: técnicas de vibração, sons nasais e fricativos sonoros. • 4% das leucoplasias bucais tornam-se carcinomas de células escamosas após o diagnóstico, de acordo com os exames de acompanhamentos. C A R C I N O M A L A R I N G E CARCINOMA DE LARINGE • O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas; • Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na PV verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica. FATORES DE RISCO PARA CÂNCER DE LARINGE • Tabagismo e Alcoolismo; • Nutrição; • Infecção pelo Vírus do HPV; • Síndromes Genéticas; • Exposição Ocupacional; • Gênero; Idade; Raça; • Refluxo Gastroesofágico. SINAIS E SINTOMAS Os sintomas variam de acordo com a localização e tamanho do tumor. • Na altura das PPVV, os glóticos, se manifestam por rouquidão; • Acima da glote são mais agressivos e por meio de odinofagia e disfagia, nódulo cervical ou otalgia em casos mais avançados; • Abaixo das PPVV são mais raros e causam dispneia e estridor. Os sintomas podem incluir: • Tosse persistente; • Dor e dificuldade para engolir; • Dor de ouvido; • Dificuldade para respirar; • Ferida na garganta que não cicatriza. SINAIS E SINTOMAS ESTADIAMENTO • O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo; • Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e no prognóstico do paciente. SISTEMA DE ESTADIAMENTO TNM O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de laringe é o sistema TNM, onde: • T: Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas. • N: Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais ou se há evidência de metástases em trânsito. • M: Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo. TRATAMENTO Laringectomia: procedimento no qual toda ou parte da laringe é removida. A principal indicação é a presença de tumor maligno primário ou tumores originados de estruturas adjacentes que acometem a laringe total ou parcialmente, que tem impacto sobre a voz. • Parciais: originam vozes alteradas, principalmente na frequência e na tonalidade; • Totais: ocasionam perda da voz completa, até que algum método de reabilitação seja estabelecido, natural ou protético. • Laringectomia subtotal com cricohioidopexia: Indicada para tumores de glote com extensão a ventrículo e falsa PV; • Cordectomia: Remoção de tumor restrito ao terço médio das PPVV que não comprometa o ventrículo e não apresente diminuição de mobilidade; • Hemilarigectomia: É removida apenas a PV acometida, juntamente com aritenóide ipsilateral e a metade da cartilagem tireóidea. Indicada para tumores T1 ou T2; • Radioterapia: Incluem todos os casos de T4, extensão além da laringe. TRATAMENTO COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIA • Infecção da ferida operatória; • Hemorragia pós operatória; • Deiscência de sutura. PROTOCOLO DE PRESERVAÇÃO DE ÓRGÃOS • Melhorar a sobrevida é meta principal do tratamento de pacientes em estágio avançado; • Preservar a função da laringe no intuito de melhorar a qualidade de vida desses pacientes. PROGNÓSTICO Depende de vários fatores: • Estádio T; Estádio N; • Idade, local do tumor, grupo étnico; • Comprometimento de cápsulas nos linfonodos metastáticos; • Margens cirúrgicas; • Tipo de esvaziamento paratraqueal; • Traqueostomia prévia; • Presença de embolização vascular; • Grau de diferenciação histológica. REABILITAÇÃO 1. Nos casos de laringectomia parcial a abordagem dependerá do tipo de cirurgia realizada; 2. Na laringectomia total cabe informar sobre: • Mecanismos de produção da voz; • Disfunções do olfato e paladar; • Dificuldade em levantar peso; • Tosse e muco iniciais; • Reabilitação; • Preparo para o pós operatório imediato. • Realizar anamnese e observar as habilidades de comunicação; • Orientações quanto ao pré-operatório; • Correção de hábitos; • Permitir tempo para perguntas e discutir as opções de reabilitação; • Pós operatório: avaliar as condições anatômicas e funcionais do paciente: deglutição, voz e fala; • Fonoaudiólogo: deve traçar um plano de terapia adequado. REABILITAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA CONCLUSÃO • Leucoplasias são lesões brancas da mucosa que podem acometer qualquer região da laringe: mais frequente nas PPVV; • São consideradas pré-malignas, embora a presença de tumor ocorra em menos de 20% dos casos; • Câncer de laringe: mais comum a atingir a região da cabeça e pescoço, • Fadiga: comum entre os pacientes laringectomizados - relacionada a fatores psicológicos; • Álcool e cigarro: grande causador destas patologias; • Suporte familiar: extrema importância no enfrentamento tanto no pré- operatório, como no pós-operatório imediato ou tardio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ANGELIS, Elisabete C., FURIA, Cristina L. M., MOURÃO, Lucia F., KOWALSKI, Luiz P., A Atuação da Fonoaudiologia no Câncer de cabeça e Pescoço. São Paulo: Lovise, 2000. • BEHLAU, Mara. Voz: O livro do especialista. São Paulo: Revinter, 2013. • PINHO, Silvia M.R, Fundamentos em Fonoaudiologia: Tratando os Distúrbios da Voz. São Paulo: Guanabara, 2003. • Câncer de laringe (garganta), disponível em <http://www.otorrinosbg.com.br/cancer-de-garganta- e-laringe.html>Acesso em 10/04/2018. • Sinais e Sintomas do Câncer de Laringe e Hipofaringe, disponível em <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-laringe-e- hipofaringe/2183/213/> Acesso em 12/04/2018. • Câncer de laringe: diagnóstico e tratamento, disponível em <http://www.profala.com/arttf25.htm> Acesso em 11/04/2018. OBRIGADO! FONOAUDIOLOGIA ULBRA
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