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* * DIREITO EMPRESARIAL IV PROFESSOR DENNYS LOBO DOS REIS Rio de Janeiro, 2018-1 * * Recuperação Judicial Recuperação Judicial é uma medida jurídica legal utilizada para tentar evitar a falência de uma empresa. Quando uma determinada companhia enfrenta dificuldades para pagar suas dívidas, ela pode recorrer ao pedido de recuperação judicial junto à justiça, visando garantir a reestruturação dos negócios e redefinir um plano de resgate financeiro da instituição. Ela foi proposta como substituição da concordata, que é também uma medida de acordo entre a empresa devedora e seus credores, para restabelecer sua receita e com isto, não decretar a falência da empresa. * * Requisitos para pedir a recuperação Judicial Art. 2 LRF Quem pode requer a recuperação Judicial? Art. 48 da LRF Quem é o juízo competente? Art. 3 da LRF Quais créditos? Art. 49 da LRF Fora da RJ Art. 49 par 3 da LRF e Crédito tributário (faz parcelamento ICMS ,Imposto de Renda). Recuperação Judicial Art. 47 LRF Vide – Art. 1º * * Como pedir a recuperação judicial? Art. 51 LRF O que deve conter na Petição Inicial? Art. 51 da LRF Faltando algum documento da PI conseqüências? Tudo ok o Juiz deferirá o processamento Art. 52 da LRF * * Da decisão que deferiu o Processamento da Recuperação judicial cabe? Art. 17 e 59 par 2 e 100 LRF Vide Art. 1015 NCPC ( AI ou MS) Questão controvertida. * * Com o deferimento do processamento o que acarreta? Art. 52 da LRF Principais : I, III, V, par 1º e ss. Publicou a decisão Art. 52, par 1 LRF Art. 7par 1 LRF começa prazo de 15 dias ( após publicação do edital) Vide Art. 10 LRF Começa prazo de 60 dias para entregar o plano de Recuperação judicial Art. 53 LRF. (após publicação do edital) O que alegar no plano RJ Art. 50 LRF O devedor entregou tempestivamente e foi aceito. * * MANIFESTAÇÃO DO CREDOR - PRAZO qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da relação de credores. Art. 7 par 2 da LRF ou 53 pú da mesma lei Houve impugnação do plano aplica o Art. 56 e ss da LRF Marca assembléia Art. 56 par 1. * * Não aprovado falência Art. 73 ss LRF Aprovado o plano de recuperação Art. 58 LRF Entra período crítico de 2 anos art. 61 LRF Cumprir exigências do Art. 54 LRF Depois de 2 anos ( credores quem decide) PI Art. 51 Análise formal Pode pedir para emendar Despacho de processamento Art. 52 Capacidade Art. 2º Competência Art. 3ª Suspende Execução 180 dias Art. 6 Par. 4 Nomeia o adm. Judicial Art. 21. Pessoa física que fiscaliza os administradores da empresa; Convocação de assembléia Art. 35 e ss; Comitê de credores composto por 4 pessoas Art. 26 e ss, com representação das classes Plano de recuperação 60 dias para apresentar o plano de recuperação. Não apresentando o plano o juiz convola em falência Art. 53 e ss. Conteúdo do plano de recuperação Art. 50 60 dias Após publicação deferimento do processamento 30 dias Para impugnar Art. 55 Credores Habilita ou acusa Divergência dos créditos em 15 dias Art. 7 par 1. Depois da alteração publica Art. 7 par 2. Prazo para impugnar credores 10 dias. Credores impugnados contestar em 5 dias. Art. 11. Pedir recuperação judicial Art. 48 O empresário; - A sociedade empresária; - O cônjuge sobrevivente; - Os herdeiros; - O inventariante; - O sócio remanescente. Agravo de instrumento Art. 59 par 2, concede ou MS. Houve impugnação do credor Art. 56 Juiz convocará assembléia geral para deliberar sobre o plano de recuperação Prazo para marcar a assembléia Não superior a 150 dias, contados do deferimento do processamento Da recuperação judicial. Art. 56 par. 1 150 dias Aprovado o plano de recuperação judicial Art. 58 Não aprovado o plano de recuperação judicial pelos credores o juiz decreta a falência Art. 56 par 4 LFR Período de dois anos o juiz pode decretar falência período crítico Art. 61 (decretação falência automática) Os credores podem pedir para modificar e tem que aceitar sob pena de falência Cumprir exigências do art. 54 Artigo 54 da Lei nº 11.101 de 09 de Fevereiro de 2005Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial. Parágrafo único. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial. Sem prazo, quem decide são os credores Descumprimento do Art. 54 o juiz decreta a falência Após os dois anos O descumprimento é facultado ao credor executar a dívida ou pedir falência Antes de dois anos Depois de dois anos Classificação dos créditos ( Arts. 83 e 84) RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL Acordo prévio entre o devedor e os credores. 100% de adesão não precisa homologar para produzir efeitos; 3/5 de cada classe dos credores precisa de homologação do judiciário e prevalece ao demais; NÃO pode abranger credores trabalhistas e de acidente de trabalho; Pode alienar bens e não suspende a ação e falência com a distribuição; Despacho de processamento não há suspensão de execuções, ações e prescrições; RECUPERAÇÃO JUDICIAL Novo pedido de recuperação judicial tem que esperar 5 anos; Para pedir recuperação extrajudicial esperar apenas 2 anos; Pode abranger credores trabalhistas e de acidente de trabalho; Não pode vender bens e com a distribuição suspende ação de falência, venda com a autorização do juiz; Despacho de processamento suspende as execuções, ação e prescrições por 180 dias RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL O plano de recuperação prevendo venda do estabelecimento empresarial (trespasse), responde pelas dívidas; O juiz não homologando o plano de recuperação judicial, ele não decreta a falência; Decisão que homologa ou não o plano de recuperação judicial, cabe apelação; Após homologado o plano de recuperação judicial a empresa quebra, não cancela novação; Antes da homologação cancela novação RECUPERAÇÃO JUDICIAL O plano de recuperação prevendo alienação (trespasse), o adquirente não responde pelas dívidas; O juiz rejeitou o plano de recuperação decreta falência de ofício; Concedido ou negado o despacho de processamento cabe agravo de instrumento; Concedida a recuperação judicial e com a falência posterior a novação é cancelada Art. 62 par 2. depósito elisivo Contestação Divergentemente com o estabelecido pelo Código de Ritos Civil, a Lei 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, dispõe, com clareza solar, em seu artigo 98, caput, que “citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias”. Ultrapassadas as arguições preliminares, poderá o devedor adentrar nas questões de mérito, na qual arguirá matéria relevante e que, se provada, evitará a decretação da falência. Preleciona o artigo 96 da Lei 11.101/05 que não será decretada a falência requerida com base na impontualidade injustificada do devedor que, não tendo pago, no vencimento, obrigação líquida fundada em título(s) executivo(s) protestado(s), cuja soma ultrapasse o quantum de 40 (quarenta) salários mínimos na data do pedido da falência, se o requerido provar: I – falsidade do título; II – prescrição; III – Nulidade de obrigação ou de título; IV – Pagamento da dívida; V – Qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título; VI – Vício em protesto ou em seu instrumento; VII – Apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observador os requisitos próprios, especificados no art. 51 da LRE; VIII – Cessação das atividades empresariais por maisde 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contraprova de exercício posterior ao ato registrado. Não podemos olvidar que tal rol é meramente exemplificativo, posto que o inciso V do artigo 96 permite a arguição de qualquer outro fato que extinga ou suspenda a obrigação ou não legitime a cobrança de título. A falência e suas características O termo “falência” vem do latim, fallere que significa faltar. Como sinônimo de falência, costumeiramente é utilizada a expressão “quebra”, uma vez que, a banca dos devedores era quebrada pelos credores. Considerava-se a falência como o descumprimento da obrigação assumida ou a tentativa do devedor ludibriar o credor com o inadimplemento da obrigação vencida, ou com a impossibilidade de adimplir dívida prestes a vencer. “Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”. *
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