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Resumo Av. 1 - Livro Fredie Didier

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TEORIA DO PROCESSO
RESUMO – Livro Fredie Didier Jr.
CAPÍTULO 1 
2. Processo é o método de produção de normas jurídicas. É um ato jurídico complexo.
3. A TGP é uma disciplina jurídica dedicada à elaboração,à organização e à articulação dos conceitos jurídicos fundamentais (lógico-jurídicos) processuais.
- Seus conceitos jurídicos fundamentais (lógico-jurídicos) processuais, que compõe o seu conteúdo, têm pretensão universal.
4. O processo é método de exercício de jurisdição. Ou seja, é um método de tutelar as situações jurídicas, concretamente afirmadas em um processo.
- Todo processo traz a afirmação de ao menos uma situação jurídica carecedora de tutela jurisdicional.
6. O processo passou por três fases em sua história: a) praxismo; b) processualismo; e c) instrumentalismo (atual fase).
- Instrumentalismo: Fase em que se reconhecem as diferenças funcionais entre direito material e processual, porém se estabelece entre eles uma relação de interdependência. Nessa fase, há uma preocupação maior com a efetividade dos processos.
7.2. Os princípios exercem, enfim, uma função bloqueadora: servem para justificar a não-aplicação de textos expressamente previstos que sejam incompatíveis com o estado de coisas que se busca promover. Assim, por exemplo, o principio do devido processo legal serve para fundamentar a não-aplicação de dispositivos normativos que permitam uma decisão judicial sem motivação.
7.3. O direito processual foi redesenhado por uma nova feição dada a atividade jurisdicional.
- Essa nova feição se dá pela presença de certos elementos: sistema de precedentes, criatividade judicial e cláusulas gerais processuais.
- A clausula geral é uma especie de texto normativo, cujo antecedente (hipótese fática) é composto por termos vagos e o consequente (efeito jurídico) é indeterminado.
- Uma das principais características dos sistemas jurídicos contemporâneos é exatamente a harmonização de enunciados normativos de ambas as espécies: sistema estruturado em clausulas gerais em concordância com as regras casuísticas.
- A existência de várias cláusulas gerais rompe com o tradicional modelo de tipicidade estrita que estruturava o processo até meados do século XX.
7.4. É necessário encarar o direito fundamental como norma jurídica (dimensão objetiva) ou como situação jurídica (dimensão subjetiva).
8. Há direitos processuais: direitos subjetivos processuais e direitos potestativos processuais – direito ao recurso, direito de produzir uma prova, etc. O direito processual é uma situação jurídica ativa. Uma vez adquirido pelo sujeito, o direito processual ganhar proteção constitucional e não poderá ser prejudicado por lei. Lei nova não pode atingir direito adquirido, mesmo se for um direito adquirido processual.
CAPITULO 2
2.1. Principio do devido processo legal
2.1.1. Principio o qual confere a todo sujeito de direito, no Brasil, o direito fundamental a um processo devido (justo,equitativo,etc.). É uma garantia contra o exercício abusivo do poder.
2.1.2. O texto constitucional que consagra o devido processo legal é uma clausula geral.
- Tem a função de criar os elementos necessários à promoção do ideal de protetividade. Trata-se da função integrativa dos princípios.
- Para ser devido, o processo precisa ser adequado, leal e efetivo.
2.1.3. O devido processo legal pode ser entendido em duas dimensões:
I) Devido processo legal formal ou procedimental – Composto pelas garantias processuais (direito ao contraditório, ao juiz natural, a um processo com duração razoável, etc.)
II) Devido processo legal substancial – É aquele processo que gera decisões jurídicas substancialmente devidas.
2.2. Princípio da dignidade da pessoa humana
- Aqui o Estado tem a função de resguardar a dignidade da pessoa humana, no sentido de, aplicar corretamente a norma jurídica “proteção da dignidade da pessoa humana” e, de outro lado, não violar a dignidade.
- Dar um tratamento processual digno é garantir o contraditório, a produção de provas, o direito ao recurso, o juiz imparcial, a proibição de prova ilícita, a exigência de motivação, a lealdade processual, a publicidade, etc. Enfim, a dignidade da pessoa humana, no processo, é o devido processo legal.
2.3. Princípio da legalidade
- Observar a legalidade é decidir em conformidade com o Direito, compreendido como conjunto de normas jurídicas positivadas em um dado ordenamento.
2.4. Principio do contraditório
2.4.1. É baseado em duas garantias: participação (audiência, comunicação, ciência) e possibilidade de influência na decisão. A garantia de participação é a dimensão formal do princípio do contraditório, é a garantia de ser ouvido. E tem ainda a dimensão substancial que é o “poder de influência”, onde busca-se que a parte seja ouvida, em condições de poder influenciar a decisão do órgão judicial.
2.4.2. É preciso que as partes possam exercer o contraditório em condições iguais. O órgão julgador pode intervir no processo para promovet o efetivo contraditório, e por consequencia, a igualdade processual.
2.5. Princípio da ampla defesa
-Previsto pelo art. 5º, LV, CF/88. É ligado a ampla defesa, de forma que não há contraditório sem defesa, igualmente é licito dizer que não há defesa sem contraditório. 
- “O contraditório é o instrumento de atuação do direito de defesa, ou seja, esta se realiza através do contraditório.”
2.6. Princípio da publicidade
- Processo devido é o processo público. Os atos processuais hão de ser publicos. Busca – se aqui a transparencia dos atos processuais e a garantia do direito de acesso a informação.
- Podem ser ainda vista de duas dimensões: I) interna – publicidade para as partes e II) externa – publicidade para os terceiros (podendo ser restringida, essa última).
- A publicidade é restringida a terceiros quando se trata de segredo de justiça.
- O processo arbitral pode ser sigiloso.
2.7. Principio da duração razoável do processo
- Presente no art. 8, I do Pacto de São José da Costa Rica (tratato internacional, recebido pelo ordenamento brasileiro), no art 5º, LXXVIII da CF/88, no art. 4º do CPC e no art. 139 do CPC.
- São critérios para observância da duração razoável do processo: a) a complexidade do assunto; b) o comportamento dos litigantes; c) a atuação do órgão jurisdicional. Sendo ainda plausível, em plano nacional, acrescentar o criterio da analise da estrutura do órgão judiciário.
2.8. Principio da igualdade processual (paridade das normas)
- É encontrado no art. 7º do CPC: todas as partes devem ser tratadas com igualdade.
- Aqui deve-se observar quatro aspectos: I) imparcialidade do juiz; II) igualdade no acesso à justiça, sem discrimanação; III) redução daas desigualdades que dificultem o acesso à justica; e IV) igualdade no acesso às informações necessárias ao exercicio do contraditório.
2.9. Princípio da eficiência
- É um dos corolários da cláusula geral do devido processo legal. Encontrado no art. 8º do CPC.
- Em relação a esse principio, aplicado ao Poder Judiciário, pode ser analisado em duas dimensões:
 a) Administração Judiciária: É norma de direito administrativo. Não sendo analisado aqui.
 b) Sobre a gestão de um determinado processo: É norma de direito processual. Esse é o que importa.
2.10. Principio da boa-fé processual
2.10.1. Se extrai do art. 5º do CPC. Os sujeitos processuais deve comportar-se de acordo com a boa-fé, com uma norma de conduta imoposta.
- É uma clausula geral processual.
- Serve à proteção dos direitos subjetivos dos litigantes.
2.10.2. Para ser justo, o processo deve ser pautado em comportamentos éticos e leais.
2.10.4. Para a concretização desse principio são utlizados quatro casos de aplicação:
 a) Proibição de criar dolosamente posições processuais, ou seja, proibição de agir de má-fé.
 b) Proibição de venire contra factum proprium. Trata-se da proibição do exercicio de uma situação juridica em desconformidade com um comportamento anterior que gerou uma expectativa legitima de manutenção da coerência.c) Proibição de abuso de direitos processuais.
d) Suppressio – Perda de poderes processuais em razão do seu não exercicio por tempo suficiente para incurtir no outro sujeitar a confiança legitima de que esse poder não mais seria exercido.
2.11. Princípio da efetividade
- Além de reconhecidos, os direitos devem ser também efetivados.
2.12. Princípio da adequeação (legal,jurisdicional e negocial) do processo
2.12.1. Pode ser visto em três dimensões: I) legislativa; II) jurisdicional; III) negocial
 - A adequação é a imposição do direito fundamental à efetividade
2.12.2. A adequação pode ser vista sob três aspectos:
 a) subjetiva– as regras processuais devem ser adqueadas àqueles que vão participar do processo.
 b) teleológica – utiliza essa adequação de acordo com os objetivos pretendidos que se visa alcançar.
 c) objetiva -
2.12.3. A adequeação jurisdicional é dever do órgão jurisdicional, que deve observar os mesmos critérios da adequação.
- Se a adequação do procedimento é um direito fundamental, cabe ao órgão jurisdicional efetivá-lo, diante de uma regra procedimental inadequada, que impede a efetivação de um direito fundamental.
- A adequação jurisdicional do processo deve ser precedida de uma intimação às partes, para preservar o contraditório e respeitar o modelo cooperativo de processo. As partes não podem ser surpreendidas.
2.12.4. A adequação negocial do processo deriva de negócios processuais celebrados pelos sujeitos processuais, ora as partes apenas, ora incluinodo o órgão jurisdicional.
2.13. Princípio da cooperação e o modelo de processo civil brasileiro
2.13.1. A doutrina costuma identificar dois modelos de estruturação do processo: o modelo dispositivo e o modelo inquisitivo. O autor identifica mais um modelo: o processo cooperativo.
2.13.2. Modelo adversarial/dispositivo: Assume forma de competição ou disputa, desenvolvendo-se como a busca da decisão de um conflito entre dois adversários perante um órgão jurisdicional. Aqui prepondera o princípio dispositivo, que ocorre quando o legislador atribui às partes as principais tarfeas relacionadas à condução e à instrução do processo. Relacionado à regimes não autoritários, intervencionistas, politicamente mais liberais.
- Modelo inquisitorial: Aqui o órgão jurisdicional é o grande protagonista do processo. Aqui prepondera o princípio inquisitivo, o qual tem ocorrência quando a maior parte dos poderes forem atribuidos ao magistrado, na relação processual. Relacionado a regimes autoritários, intervencionistas.
- Não há sistemas totalmente dispositivos ou inquisitivos: os procedimentos são construídos a partir de várias combinações de elementos adversariais e inquisitoriais.
- Visto isso, entende-se que o direito brasileiro é cooperativo.
2.13.3. Princípio da cooperação --> Junção dos principios do devido processo legal, da boa-fé processual, do contraditório e do respeito ao autorregramento da vontade no processo. Art. 6º do CPC.
- Aqui há uma relação de paridade na condução do processo, porem assimétrico no momento de decisão. Na decisão não há paridade, é função exclusiva do juiz.
- É considaderado o modelo processual civil adequado à clausula do devido processo legal e ao regime democrático.
- Torna devidos os comportamentos necessarios à obtencao de um processo legal e cooperativo.
- Os deveres de cooperação são dividios em: a) de esclarecimento; b) de lealdade; c) de proteção.
- A concretizaçao do principio da cooperação é tambem a concretizaçao do principio do contraditorio.

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