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* UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA Profa. Nara Amélia Farias 2016 Giardia * INTRODUÇÃO G. duodenalis = G. lamblia = G. intestinalis 1º protozoário intestinal conhecido (1681 – “animalúnculos móveis” nas próprias fezes) Anthon van Leeuwenhock patogenicidade reconhecida só nos anos 70 giardíase – maior causa de diarréia não bacteriana em humanos e animais em todo o mundo * INTRODUÇÃO cosmopolita e em todas as classes econômicas crianças e imunocomprometidos – enterite grave mais de 280 milhões de novos casos humanos /ano (OMS) crianças (21% no Brasil) – 6 meses a 8 anos - solo, imunidade * cães, gatos e bovinos cães jovens, abandonados ou que vivem em abrigos públicos, são as maiores vítimas cães – 30 a 80% - prevalência varia entre regiões diarréia em animais jovens potencial zoonótico transmissão fecal – oral INTRODUÇÃO * cães e gatos de todas as idades quadro mais severo em filhotes maior ocorrência - agrupados em canis e gatis - práticas sanitárias deficientes - população de rua - jovens INTRODUÇÃO * REINO: Protista SUB-REINO: Protozoa FILO: Sarcomastigophora ORDEM: Diplomonadida FAMÍLIA: Hexamitidae GÊNERO: Giardia ESPÉCIES: G. duodenalis (G. intestinalis , G. lamblia) (mamíferos) G. agilis (anfíbios) G. muris (roedores) G. psittaci (aves) G. ardeae (aves) TAXONOMIA * Giardia duodenalis GGenotipagem por PCR e potencial zoonótico TAXONOMIA * Giardia – genotipagem por PCR TAXONOMIA * * zoonóticos TAXONOMIA * Transmissão favorecida pela relação próxima humano/animal * (20 x 10 µm) piriforme simetria bilateral disco suctorial corpos medianos núcleos axóstilos flagelos (4 pares) Trofozoíto MORFOLOGIA * Flagelos MORFOLOGIA * Trofozoítos corados MORFOLOGIA * proteínas contráteis * (12 x 8 µm) ovalado 2 a 4 núcleos axóstilos corpos medianos parede Cisto MORFOLOGIA * Cistos em exame de fezes MORFOLOGIA * Habitat : duodeno e início do jejuno Ciclo: CISTO TROFOZOÍTO CISTO Forma infectante: cisto BIOLOGIA * Reprodução: assexuada (fissão binária longitudinal) * Transmissão - direta - por ingestão de água e alimentos com cistos Resistência cisto no ambiente: 60 dias BIOLOGIA * BIOLOGIA * Divisão núcleos flagelos disco adesivo citoplasma BIOLOGIA * - Excistamento 5-10´em meio ácido divisão 30´ após - Encistamento sais biliares + pH 7,8 + redução água BIOLOGIA * Excreção intermitente de cistos Resistem até 60 dias no ambiente Crianças de 6 meses a 12 anos BIOLOGIA * TRANSMISSÃO BIOLOGIA * Infecção dos cães Ingestão de cistos fecais água alimentos pelagem * parques, praças, passeios pela rua, banho e tosa, hotéis * EPIDEMIOLOGIA infecção pela ingestão de cistos portadores assintomáticos – maior fonte de infecção infectado pode eliminar até 900 milhões de cistos/dia dose infectante – a partir de 10 cistos cisto resiste 60 dias no ambiente e vários sob as unhas * cloração da água não inativa cistos – surtos (filtros de areia) transmissão entre homossexuais masculinos – fecal-oral alta incidência em ambientes coletivos – creches, internatos, etc. e também em canis EPIDEMIOLOGIA * PATOGENIA fixação dos trofozoítos à mucosa intestinal Irritação da mucosa pelo disco suctorial * ”forração” da mucosa intestinal pelos trofozoítos PATOGENIA * IRRITAÇÃO REDUÇÃO DA ÁREA DE ABSORÇÃO AUMENTO DA MOTILIDADE INTESTINAL + DIARRÉIA E MÁ ABSORÇÃO DOS NUTRIENTES PATOGENIA * Fixação dos trofozoítos na mucosa reação inflamatória local (irritação mecânica e química - ↓ absorção) encurtamento ou atrofia das microvilosidades atapetamento em altas infecções redução da atividade de enzimas digestivas e da absorção de gorduras, vitaminas lipo-solúveis - KADE - vit B12, ácido fólico Fe e proteínas aumento do peristaltismo – mastócitos e monócitos, prostaglandinas aumento da permeabilidade epitelial – lesão celular PATOGENIA * Resposta Inflamatória Local ação mecânica do disco suctorial ação química do parasito – glicoproteases afetam células intestinais consequência da resposta - linfócitos intra-epiteliais capacidade de absorção PATOGENIA * DIARRÉIA PATOGENIA * PATOGENIA Patogenia ligada a : - número de parasitos aderidos à mucosa intestinal - cepa do parasito - sinergismo com bactérias e fungos do intestino - fatores do hospedeiro – deficiência de IgA e IgE na mucosa * PATOGENIA Quadros clínicos mais graves - desnutrição - imunodeficiências - fibrose cística ( > muco no duodeno, proteção do parasito) * ESTEATORRÉIA + CÓLICA = GIARDÍASE SINAIS CLÍNICOS fezes moles e fétidas esteatorréia diarréia intermitente ou aguda dores abdominais desidratação vômitos enfraquecimento, perda de peso retardo de crescimento * assintomático (grande maioria) diarréia aguda não imunes primoinfecção – crianças e viajantes imunocomprometidos diarréia crônica, persistente (má absorção, perda de peso) parasito x hospedeiro SINAIS CLÍNICOS * Imunidade protetora ainda não esclarecida, mas evidenciada por: a infecção ser auto-limitante indivíduos infectados terem Ac anti-Giardia no soro > suscetibilidade de crianças, filhotes e imunocomprometidos suscetibilidade de moradores de áreas endêmicas em comparação a visitantes IgA secretória na mucosa intestinal – reduz a capacidade de adesão do trofozoíto à mucosa * maioria assintomática exame de fezes formadas (cistos) – Faust (concentração) diarreicas (trofozoítos) – direto (sol. salina ou lugol) repetir 3x – período negativo – dias alternados ou seguidos DIAGNÓSTICO * ELISA e Imunofluorescência Direta – Kits comerciais - alta sensibili- dade, com Ac monoclonais, detectam coproantígenos PCR DIAGNÓSTICO * DIAGNÓSTICO Sempre levar em conta: consistência das fezes exame negativo não significa ausência de infecção número de amostras examinadas conservantes desobrigam exame imediato efeito de antibióticos, antiácidos, laxantes e enemas * - INDIRETO (não usado) RIFI e ELISA - persistência de Ac por longos períodos - baixa sensibilidade - baixa especificidade ELISA para pesquisa de IgM - atual e promissor DIAGNÓSTICO * NÃO HÁ DROGA 100% EFICAZ CONTRA Giardia recidivas 30 – 60 dias tinidazol, metronidazol e outros - 7 a 10 dias (via oral) * educação sanitária e higiene pessoal (mãos, unhas) tratamento da água (areia, fervura) proteção de alimentos (combate a artrópodes) destino adequado às fezes (fossas e esgotos) diagnóstico e tratamento precoces buscar e tratar a fonte de infecção- assintomático (babá, cozinheira, irmão maior, pais, funcionária ou outras crianças de creche ou escolinha, cão) *Tratar antes de ministrar imunodepressor ou com diagnóstico de AIDS PROFILAXIA * Diagnóstico e tratamento precoces - buscar a fonte da infecção Tratar sempre que for provocada imunodepressão, ou diagnosticada AIDS PROFILAXIA * PROFILAXIA * Desinfecção dos animais Desinfecção do meio ambiente Prevenção da reinfecção PROFILAXIA * Desinfecção dos animais tratar portadores e doentes – fontes de infecção banho com xampu no início e no fim do tratamento (cistos aderidos ao pelo) um positivo, tratar todos da casa, canil ou gatil PROFILAXIA * remoção diária das fezes (não jogar água sobre) limpeza rigorosa desinfecção (deixar 30 a 40’ antes do enxágue) secar bem sol !!! se defecar na rua, coletar Desinfecção do meio ambiente PROFILAXIA * Prevenção da reinfecção sempre ter água limpa à disposição exames parasitológicos periódicos recém-chegados: separar, banhar e tratar PROFILAXIA * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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