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Mariana de Sousa Machado Neris Coordenadora-Geral dos Serviços de Acolhimento Secretaria Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Brasília, 08/12/2011 Oficina 23: O SUAS e o Acolhimento Institucional MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SUAS: RECONSTRUINDO HISTÓRIA, CULTURA, IDENTIDADE E PRÁTICAS ü A assistência social como política pública ü Foco na família ü Reconstrução do conceito de família üCompetências definidas ü Tipificação nacional dos serviços socioassistenciais ü definição de equipes de referência ü Profissionalização do trabalho üIncompletude institucional üArticulação intersetorial e interinstitucional ACOLHIDA Provisão das necessidades humanas desde à alimentação, vestuário, abrigo e outras, próprias à vida humana em sociedade SOBREVIVÊNCIA (RENDIMENTO/ AUTONOMIA), garantia pecuniária para assegurar a subsistência, em um padrão digno e cidadão CONVÍVIO OU VIVÊNCIA FAMILIAR com estratégias de resgate ou reconstrução de vínculos Realizam-se por meio de: BENEFÍCIOS PROGRAMA S PROJETOS SERVIÇOS SEGURANÇAS AFIANÇADAS PELO SUAS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME PSB Prevenção: fortalecimento das ações preventivas e da capacidade protetiva da família e da comunidade. Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. PSE – MC Acompanhame nto Psicossocial Especializado; Fortalecimento da articulação em rede. PSE – AC Acolhimento Personalizado e Individualizado. Resgate do convívio familiar e comunitário. Organização e Oferta da Proteção Social da Assistência Social por níveis R is co s e vu ln er ab ili da de s MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Ø Cultura de institucionalização: está presente na sociedade e nos governos ØModelo tradicional: grandes instituições totais, atendimento massificado , entidades de longa permanência, desqualificação das famílias, aceito socialmente como “solução para o problema das crianças pobres”: • Não respeita a individualidade nem a história do usuário • Não se insere na comunidade, não preserva os laços familiares e comunitários • Revitimiza, ao invés de reparar • Viola direitos, ao invés de proteger CONTEXTO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME A CRIANÇA E O ADOLESCENTE COMO SUJEITOS DE DIREITOS A evolução do direito é reveladora da maneira da sociedade pensar e se relacionar com a criança e o adolescente. MARCOS LEGAIS E REGULATÓRIOS: Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959); Constituição Federal (1988) Estatuto da Criança e do Adolescente (1990); Convenção sobre os Direitos da Criança – ONU (1990); Lei Orgânica de Assistência Social (1993); Política Nacional de Assistência Social (2004); Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária (2006) Diretrizes Internacionais - crianças privadas de cuidados parentais (2006) Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes (2009) Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009) Lei 12.010/2009 Elaborado pela equipe do DPSE/SNAS/MDS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Lei 12.010 Art 1º - Apresenta a lei como aperfeiçoamento da sistemática para garantia da convivência familiar e comunitária. ü Obrigatoriedade de elaboração do PIA – Plano Individual de Atendimento ü Reavaliação, em no máximo 6 meses, da situação das crianças e adolescentes que estão em serviços de acolhimento (institucional ou familiar) ü Permanência dos serviços de acolhimento não ultrapassará 2 anos, salvo... Cultura da Institucionalização Garantia de Direitos Resposta às situações de vulnerabilidades e risco: institucionalização Resposta: apoio sócio-familiar e inclusão nas políticas públicas O abrigo como o “Internato do Pobre” (Fonseca, 1995); O abrigo como medida protetiva, de caráter excepcional; Longa permanência Provisoriedade do atendimento; Despotencialização das famílias: “solução para educar adequadamente as crianças pobres”; Potencialização das famílias: promoção da reintegração familiar e, excepcionalmente, adoção; Cuidados massificados Respeito a individualidade e à história do usuário; Isolamento e segregação Inserção na comunidade e preservação de vínculos; Revitimização Reparação; Violação de direitos Proteção e Defesa MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Reordenamento dos Serviços de Acolhimento Ø A Proteção Social Especial de Alta Complexidade: Tem como o objetivo ofertar serviços especializados com vistas a afiançar segurança de acolhida a indivíduos e/ou famílias afastados temporariamente do núcleo familiar e/ou comunitários de origem LEI 12.010/2009 ü Elaboração do PIA _ Plano Individual de Atendimento ü Reavaliação, em no máximo 6 meses, da situação das crianças e adolescentes que estão em serviços de acolhimento (institucional ou familiar) ü Permanência dos serviços de acolhimento não ultrapassará 2 anos, salvo... ü Manutenção ou reintegração da criança à sua família terá preferência. Orientações Técnicas - Serviço de Acolhimento para Crianças e Adolescentes: estabelece parâmetros de funcionamento e oferece orientações metodológicas para que os serviços de acolhimento possam cumprir com sua função protetiva e favoreça o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Elabor ado pela equip e do DPSE/ CONANDA CNASMDS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME PRINCÍPIOS • Excepcionalidade do Afastamento do Convívio Familiar • Provisoriedade do Afastamento do Convívio Familiar • Preservação e Fortalecimento dos Vínculos Familiares e Comunitários • Garantia de Acesso e Respeito à Diversidade e Não- Discriminação • Oferta de Atendimento Personalizado e Individualizado • Garantia de Liberdade de Crença e Religião • Respeito à Autonomia da Criança, do Adolescente e do Jovem Serviços de Acolhimento Institucional para crianças e adolescentes: Abrigos Institucionais e Casas-Lares • Serviço que oferece acolhimento provisório para crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo (ECA, Art. 101), em função de abandono ou cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta. • O serviço deve ter aspecto semelhante ao de uma residência e estar inserido na comunidade, em áreas residenciais, sem identificação do serviço, oferecendo ambiente acolhedor e condições institucionais para o atendimento com padrões de dignidade. Não deve distanciar geográfica e socioeconomicamente da realidade das crianças e adolescentes acolhidos. • O serviço deve ofertar atendimento personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário das crianças e adolescentes atendidos, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Abrigo Institucional Casa-Lar Até 20 criança/adolescente. Até 10 criança/adolescente. Equipe Mínima: 1 Coordenador, 2 profissionais de nível superior para cada 20 criança/ adolescentes. Equipe Mínima: 1 Coordenador, 2 profissional denível superior para cada 20 criança/ adol em até 3 casas-lares. 1 educador/cuidador e 1 auxiliar para cada 10 crianças/ adolescentes, devendo ser aumentada no caso de demandas específicas. 1 educador/cuidador residente e 1 auxiliar para cada 10 crianças/ adolescentes, devendo ser aumentada no caso de demandas específicas. Inserido na comunidade, em área residencial. Educador/cuidador preferencialmente em turnos fixos, evitando plantões. Deve-se evitar a estrutura de diversas casas em terreno comum. Priorizar a inserção de casas na comunidade, em área residencial. Educador/cuidador residente (“mãe social”) REGIONALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO Excepcionalmente pode ser justificável a regionalização do atendimento nos serviços de acolhimento de crianças e adolescentes: municípios de pequeno porte - cuja pequena demanda e condições de gestão dificultem a implantação de serviços locais. COMPARTILHAMENTO DE EQUIPE: • estruturação de Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora ou Casas-lares, com compartilhamento de equipe (coordenador e equipe técnica), que atenderá a mais de um município. • o ambiente de acolhimento (casa-lar ou residência da família acolhedora) deverá estar localizado no município de moradia habitual da criança/adolescente acolhido e sua família. • previsão de veículos e combustível suficientes, de modo a permitir o deslocamento da equipe técnica do município-sede para os demais os municípios atendidos, com periodicidade mínima semanal. • O compartilhamento dessa equipe constitui estratégia para assegurar o atendimento da criança e do adolescente próximo à sua comunidade de origem, de modo a evitar seu acolhimento em serviços localizados nas capitais dos estados ou em municípios muito distantes de seu contexto de moradia e de sua família. CASA-LAR REGIONALIZADA • recorrer a esta alternativa apenas quando nenhuma outra for de possível implantação. • assegurar condições para o deslocamento semanal, tanto das famílias para o município onde se localizar a Casa-lar, quanto das crianças e adolescentes para o município de residência da família de origem, de modo a favorecer o processo de reintegração familiar. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO ARTICULAÇÃO EM REDE SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO CRAS CREAS, Sistema de Justiça, CT, SAÙDE, EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Articulação Intersetorial Capítulo II - Orientações Metodológicas Os Serviços de Acolhimento integram o SUAS Necessidade de articulação / referência e contra-referência Incompletude institucional – complementaridade de ações Fundamental articulação com: • Demais serviços do SUAS • SUS • Sistema Educacional • Sistema de Justiça • Conselho Tutelar • Segurança pública • Conselhos de direito • Cultura / Esporte / Lazer • Dentre outros MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME ‘As responsabilidades deverão ser definidos a partir de acordos formais firmados entre os órgãos envolvidos considerando a realidade, os recursos existentes e o respeito às competências de cada órgão da rede’ Orientações Técnicas – Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL TECENDO POSSIBILIDADES üDefinição do papel dos atores; üDesenho da rede local – recursos do território; üIdentificação: possibilidades e dificuldades üDesenho da articulação, fluxos üPactuação üAcompanhamento üAvaliação e Revisão MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Articulação no Âmbito do SUAS Capítulo II - Orientações Metodológicas O Órgão Gestor da Assistência Social tem a responsabilidade de apoiar, supervisionar, acompanhar e monitorar a rede de serviços de acolhimento, incluindo a rede governamental e não governamental. Equipe de Supervisão e Apoio aos Serviços de Acolhimento: Em municípios de médio e grande porte e metrópoles - e nos demais quando a demanda justificar - o órgão gestor da Assistência Social deverá manter equipe profissional especializada de referência, para supervisão e apoio aos serviços de Acolhimento. Atribuições Mínimas: - Mapeamento da rede e fortalecimento da articulação dos serviços de acolhimento com os demais serviços / atores; - Monitoramento das vagas na rede de acolhimento, indicando o serviço que melhor atenda às necessidades específicas de cada caso; - Supervisão e suporte técnico aos serviços de acolhimento; - Apoio às equipes técnicas dos serviços no acompanhamento das famílias de origem dos acolhidos; - Monitoramento da situação das crianças e adolescentes acolhidas e de suas famílias. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME • Sempre que a necessidade de acolhimento de um indivíduo ou família for resultante de situação de violência, deverá ser realizado encaminhamento simultâneo do caso ao CREAS. As equipes do CREAS e do Serviço de Acolhimento deverão ter reuniões periódicas para elaboração/aprimoramento dos Planos de Atendimento Individual, avaliação do desdobramento dos casos e definição conjunta da indicação de desligamento do serviço de acolhimento. • À equipe do Serviço de Acolhimento cabe a aproximação entre o acolhido e sua família, para o fortalecimento de vínculos com vistas à reintegração. Serviços de Acolhimento X CREAS Situação de violência CREAS Serviço de Acolhimento PSB / PSE Outras Outras Políticas Públicas JUSTIÇA / JUSTIÇA / MP / CT MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Acompanhamento Pós-Acolhimento • No período inicial após a reintegração familiar, a família necessita ser acompanhada e apoiada de perto. • Após a reintegração familiar, é importante que o período de adaptação mútua entre criança/adolescente e família seja realizado por pelo menos seis meses, após esse período, deve-se avaliar a necessidade de sua continuidade. Família c/ situação de violência Demais Demais famílias CREAS PAIF/CRAS PAIF/CRAS Reordenamento OFERECER AMBIENTE DE QUALIDADE: • Atendimento personalizado em pequenos grupos • Que favoreça o processo de desenvolvimento da criança/adolescente. • Auxiliar a criança/adolescente a reparar vivências de separação / violência e se apropriar de sua história; • Potencializar a capacidade de manter/construir vínculos; • Família como foco das ações; • Próximo à sua família e comunidade de origem • Elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA): Visa orientar o trabalho de intervenção durante o período de acolhimento. Definição de estratégias para contribuir com a superação dos motivos do acolhimento. GARANTIR DIREITOS: à convivência familiar e comunitária, à proteção integral. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Reordenamento A implantação, qualificação e reordenamento dos serviços de acolhimento deve constar dos Planos de Assistência Social, e basear-se em um diagnóstico local que busque identificar a existência ou não de demanda por tais serviços nos municípios, quais modalidades são mais adequados, e quais serviços preexistentes estão em desacordo com as normativas e precisam ser reordenados. Nos municípios de grande porte e metrópoles deve haver diversificação na oferta de diferentes modalidades de atendimento, de modo a atender de forma qualificada à diversidade de situações apresentadas. Nenhum novo serviço de acolhimento deverá ser criado sem atender aos parâmetros vigentes e, gradativamente, a infra-estrutura e a oferta dos serviços já existentes deverá ser adequada para o cumprimento dessas exigências, até 2015, prazo máximo estipulado pelo Plano Decenal de Assistência Social. É imprescindível que todos os usuáriosdos serviços de acolhimento e suas famílias sejam cadastrados no CadÚnico. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Levantamento Nacional de Crianças e Adolescentes em Acolhimento (2009-2010) • Promovido pelo MDS e realizado em parceria com a FIOCRUZ • Contou com o apoio do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e do Conselho nacional de Justiça (CNJ) • É uma ação prevista no Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária - PNCFC O LEVANTAMENTO VISOU: • Identificar e caracterizar a rede de serviços de acolhimento para crianças e adolescentes existentes no país (Acolhimento Institucional e Programas de Famílias Acolhedoras) • Visitar todas estas instituições/programas, realizando a identificação e caracterização do serviço e das crianças e adolescentes neles atendidos. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Levantamento Nacional de Crianças e Adolescentes em Acolhimento (2009-2010) • 38.000 crianças e adolescentes acolhidos em 1.228 municípios. • Destas, 36929 crianças e adolescentes acolhidos em 2.624 Serviços de Acolhimento Institucional em 1.157 municípios ; • Motivos de acolhimento: carência de recursos materiais (9,7%), negligência (37,6%), pais dependentes químicos/alcoolista (20,1%), abandono pelos pais (19%), trajetória de rua (10,1%). • 52% dos abrigos sem equipe técnica para a efetivação da garantia à convivência familiar e comunitária • Baixa cobertura de serviços no Norte (3% das unidades), Nordeste (10%) e Centro-Oeste (7%) MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Levantamento Nacional Serviços de acolhimento institucional e número de crianças e adolescentes acolhidos. Região SAI Nº de crianças/ adolescentes Centro Oeste 180 2114 Nordeste 264 3710 Norte 97 1051 Sudeste 1419 21730 Sul 664 8324 Total 2624 36929 Nota: Dados de MG cedidos pela SEDESE-MG/FJP MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Levantamento Nacional Distribuição dos SAI quanto à natureza, governamental e não governamental. Região Instituição privada Instituição pública Total % % % Unidades Centro- Oeste 55,6 44,4 100 180 Nordeste 84,8 15,2 100 264 Norte 42,3 57,7 100 97 Sudeste 69,6 30,4 100 1074 Sul 56,8 43,2 100 664 Total 65,3 34,7 100 2279 Nota: Excludente MG. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Levantamento Nacional SAI Quantidade de crianças e adolescentes acolhidos na unidade Região 0 a 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40 41 a 60 Mais de 60 Sem informação Total % % % % % % % % Unidades Centro- Oeste 60,6 20,6 10,6 5,6 1,7 1,1 - 100 180 Nordeste 47,7 32,2 8,3 5,7 3,4 2,7 - 100 264 Norte 63,9 16,5 14,4 3,1 1 1 - 100 97 Sudeste 40,2 34,9 15,3 4,4 3,5 1,5 0,3 100 1419 Sul 58 24,8 9,9 2,9 3,2 1,2 - 100 664 Total 47,8 30,4 12,9 4,2 3,2 1,5 0,2 100 2624 Nota: Dados de MG cedidos pela SEDESE-MG/FJP. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Levantamento Nacional Quantidade de crianças e adolescentes encaminhadas por outro município acolhidos na unidade Nota: Dados de MG cedidos pela SEDESE-MG/FJP. Região Unidades Unidades (respostas válidas) Média Total de crianças (soma) Centro-Oeste 180 175 2 324 Nordeste 264 263 3 868 Norte 97 97 3 283 Sudeste 1419 1232 2 3008 Sul 664 663 2 1644 Total 2624 2430 3 6127 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Levantamento Nacional Tempo % Até 6 meses 35,0% Entre 7 meses a 1 ano (até 23 meses) 32,6% Entre 2 anos e 5 anos 21,8% Entre 6 anos e 10 anos 6,6% Mais de 10 anos 2,5% Total Válido 98,6% Sem Informação 1,4% Total 100,0 Tempo de acolhimento da criança/adolescente na unidade atual de acolhimento (meses) - Brasil MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Comparação de alguns dados Levantamento MDS / FIOCRUZ (2009/2010) O Levantamento realizado pelo MDS em parceria com a FIOCRUZ teve como universo pesquisado os serviços de acolhimento institucional e Programas de Família Acolhedora para crianças e adolescentes identificados em todo o território nacional por meio de informações das Secretarias Municipais de Assistência Social e do Conselho Nacional de Justiça. Foram pesquisados 2.624 serviços de acolhimento institucional e 144 Programas de Famílias Acolhedoras. Levantamento IPEA (2003) A pesquisa realizada pelo IPEA teve como universo pesquisado os serviços de acolhimento institucional para crianças e adolescentes que, naquele momento, recebiam recursos da então Secretaria Nacional de Assistência Social. Foram pesquisados 589 serviços de acolhimento institucional. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Tempo de Acolhimento Levantamento MDS / FIOCRUZ Levantamento IPEA Mais de 2 anos 30,9% 52,6% Mais de 6 anos 9,1% 19,7% Tempo de Permanência no Serviço de Acolhimento Institucional* *Percentual de crianças e adolescentes acolhidas há mais de 2 anos e há mais de 6 anos, sobre o total de crianças e adolescentes nos serviços de acolhimento institucional pesquisados. • diminuição do tempo de permanência das crianças e adolescentes nos serviços de acolhimento institucional. • nova redação dada ao Estatuto da Criança e do Adolescente pela Lei 12.010/2009: “a permanência máxima da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária”. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Número de Crianças e Adolescentes Atendidos por Serviço de Acolhimento institucional Levantamento MDS / FIOCRUZ · 78,2% dos serviços de acolhimento pesquisados atendem grupos de até 20 crianças e adolescentes. · 1,5% dos serviços de acolhimento pesquisados atendem grupos de mais de 60 crianças e adolescentes. Levantamento IPEA · 56,7% dos serviços de acolhimento pesquisados atendem grupos de até 25 crianças e adolescentes. · 7,7% dos serviços de acolhimento pesquisados atendem grupos de mais de 76 crianças e adolescentes. • As pesquisas apresentam diferentes formas de apresentação dos dados, não sendo possível uniformizar os números de corte. • a comparação dos dados indica um aumento substancial do percentual de serviços de acolhimento com atendimento a pequenos grupos, em atendimento ao estabelecido nas “Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes”: número máximo de crianças e adolescentes acolhidos em um mesmo serviço de acolhimento institucional e de 20 crianças e adolescentes. Previsões para 2012-2014 • Orientações técnicas para os serviços de acolhimento para pessoas em situação de rua, pessoas com deficiência (Residências Inclusivas) e pessoas idosas; • Regulação do Serviço de Proteção em Situação de Calamidades Públicas e Emergências; • Elaboração e distribuição de material de apoio ao reordenamento de Serviços de Acolhimento para crianças e adolescentes; • Acompanhamento e apoio aos Estados e DF para supervisão do processo de reordenamento; • Capacitação continuada (Política de Capacitação); • Censo do Acolhimento; • Expansão da cobertura do cofinanciamento federal para os serviços de acolhimento. Até o momento, temos 2 Planos... Meta: Expandir o cofinanciamento para mais 16.100 novas vagas em serviços de acolhimento para pessoas adultas em situação de rua, alcançando a cobertura de 30 mil vagas cofinanciadas com recursos federais Previsto no Eixo Inclusão Social Meta:Reordenamento dos serviços de acolhimento para pessoas com deficiência, por meio da implantação de 200 Residências Inclusivas Serviços de acolhimento institucional em RESIDÊNCIAS INCLUSIVAS: Proteção Social Especial de Alta Complexidade • Por meio de metodologia específica, utiliza-se de tecnologias assistivas para incentivar o desenvolvimento do protagonismo e de capacidades para a realização de atividades da vida diária e desenvolvimento de condições para independência e autocuidado. • Promove acesso a renda, ao tempo em que estimula a convivência mista entre os residentes de diversos graus de dependência Residência Inclusiva é a modalidade de serviço de acolhimento institucional que oferta apoio ao desenvolvimento pessoal a pessoas com deficiência com alto grau de dependência. Finalidade: favorecer a construção progressiva da autonomia, da inclusão social e comunitária e do desenvolvimento de capacidades adaptativas para a vida diária. Elaboração: Coordenação-Geral dos Serviços de Acolhimento/DPSE/SNAS/MDS “Viver! E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz... Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será…” E será!!! Obrigada! protecaosocialespecial@mds.gov.br Como já cantava Gonzaguinha...