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Slides de Aula II alfabetização e Letramento

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Unidade II
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Profa. Eliana Delchiaro
Para começar a reflexão...
 Ler e escrever é mais que codificar e decodificar textos.
Conteúdo da Unidade II
 O fim das cartilhas em sala de aula.
 A concepção piagetiana de criança.
 Comunicação e linguagem.
 Sondagem da escrita infantil.
 Ao desenhar, a criança escreve.
 Concepções que a criança adquire sobre os símbolos 
linguísticos antes da alfabetização.
 A novidade na alfabetização com Emilia Ferreiro.
 A linguagem escrita.
 Textos e jogos.
O fim das cartilhas em sala de aula
 Os primeiros trabalhos escolares de alfabetização, na época 
do Brasil Colônia, foram realizados com cartilha, quando 
ainda se aprendia latim na escola (influência religiosa).
 No século XIX, as cartilhas vinham de Portugal, pois no Brasil 
não havia permissão para publicação.
Como era
 Em torno da década de 1950, os professores tinham o
hábito de produzir seus próprios materiais para suas aulas 
de alfabetização (surgimento dos testes ABC) com o método 
alfabético: era utilizado o processo de soletração para decifrar 
a palavra – bola: be-o-bo, l-a-la.
 O método fônico enfatizava a menor unidade da fala – o 
fonema – e sua representação na escrita, ensinando as
formas e os sons das vogais, depois as consoantes e
vogais, estabelecendo relação entre estas. 
Como era
Lembramos, assim, que tempos atrás era normal alfabetizar-se
a partir da memorização das sílabas “ba – be – bi – bo – bu”, e 
só quando os alunos conseguiam memorizar todas as sílabas 
dava-se início à leitura de pequenas frases como:
“Ivo viu a uva.”
“A baba e o bebê.” 
 Frases que nem sempre tinham sentido, mas que 
comprovavam a memorização das sílabas e entendia-se, 
a partir disso, que a criança já estava alfabetizada.
Você reconhece 
esses materiais?
Método Castilho
 Antonio Feliciano de Castilho. 2ª edição.
 Lisboa: Imprensa Nacional, 1853.
 A 1ª edição é, provavelmente, de 1850. Em 1855, 
Antonio de Castilho veio ao Brasil divulgar seu 
“método” de alfabetização.
Fonte: http://temposescolares.blogspot.com.br/2010/05/o-poder-na-alfabetizacao.html
Você reconhece 
esses materiais?
Caminho suave: 1º livro.
 Branca Alves de Lima.
 Leitura intermediária.
 Ilustrações de Flavius.
Fonte: https://muzeez.com.br/historias/cartilha-caminho-suave/gdXfvb8MrSbd7zPLM
1948 – 1ª ed. 1965 – 68ª ed. 1980 foi modificada. 
Fenômeno de vendas no Brasil – 40 milhões de 
exemplares.
Você reconhece 
esses materiais?
No reino da alegria.
 Doracy de Almeida.
 São Paulo: IBEP (Instituto Brasileiro de Edições 
Pedagógicas), 1974.
 Ela tem formato bem maior que suas antecessoras.
Fonte: 
http://slideplayer.com.br/slide/350027/2/images/28/No+Reino+da+Alegria+Doracy+de
+Almeida.+S%C3%A3o+Paulo:+IBEP,+s.d..jpg
Recordemos
O macaco e vovô 
vovô é o macaco de boneca. 
A boneca menina: 
- Vovô, menina a boneca. 
O macaco vovô a boneca. 
Menina dá boneca a vovô. 
(de uma aluna da 1ª série, São Paulo) 
(GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 2003)
Antes
 É importante entender que, se a concepção de criança era de 
que ela não pensava, não tinha nenhum saber sobre escrita no 
período anterior à alfabetização...
 era simplesmente o treino de habilidades, pois
se acreditava na necessidade de prepará-la para
a escrita, a famosa prontidão.
Atualmente, o conceito de criança mudou,
e também os livros
 O Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) mostra que 
os professores ainda escolhem os livros tradicionais 
para uso em sala (são encaminhados por editoras e, 
depois de votados, são adquiridos pelo governo 
para entregar às crianças). 
 Fato explicado pela realidade de que muitos professores 
esperam encontrar nos livros de alfabetização a 
permanência de procedimentos sistemáticos 
(sílabas) para ensinar a ler e escrever.
Pense um pouco sobre...
 A cartilha é o ideal para ensinar uma criança nos dias de hoje?
 Quais práticas são possíveis?
 Qual é a verdadeira finalidade da escola hoje?
 Quais formas de acesso as crianças têm ao mundo letrado
em nossa cultura?
Sugestão: listas que fazem a diferença
 Uma forma de criar um ambiente que estimule a leitura e 
escrita é ter dispostas na sala de aula listas com o nome 
dos alunos ou, ainda, mostrar títulos de várias histórias e 
depois de contá-las e também criar cartazes que tenham 
essas listas dispostas na classe.
 Vamos criar um ambiente alfabetizador?
A escola e as práticas sociais
 As práticas escolares devem ter enfoque no desenvolvimento 
e na construção da linguagem, do gesto, de sons, da imagem, 
da fala e da escrita, por meio de jogos e atividades que 
permitam à criança pensar e dialogar sobre essa linguagem.
 A criança precisa ser entendida como ser humano, que tem 
direito a um espaço para aprender e entender, para ampliar 
seu universo de descobertas, despertar seus interesses, 
conhecer o mundo e os caminhos a fim de buscar 
informações na construção do seu conhecimento.
Desenvolvimento e aprendizagem
 Piaget elucidou duas situações: a do desenvolvimento e a 
da aprendizagem.
 O desenvolvimento do conhecimento é um processo 
espontâneo, diz respeito ao desenvolvimento do corpo, ao 
desenvolvimento do sistema nervoso e das funções mentais.
A partir desse ponto de vista, quando se fala em 
desenvolvimento, não se trata, somente, do aumento 
quantitativo das qualidades humanas que estariam dadas 
como potenciais em cada criança, mas também da formação e 
desenvolvimento das qualidades humanas (valores, atitudes e 
comportamentos), que não são inerentes ao nascimento das 
crianças e que precisam ser aprendidas nas relações que as 
crianças estabelecem.
Desenvolvimento e aprendizagem
 A aprendizagem deve ser provocada por situações, ou seja, 
por um experimentador psicológico, um educador, aliado a 
uma situação externa. Ela é provocada. Assim, não acontece 
naturalmente, é oposta ao que é espontâneo. 
1stcousinswithpuppy.jpg. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/>
Interatividade
Qual será uma das razões por se condenar o uso da cartilha nos 
dias de hoje?
a) Sua linguagem é irreal.
b) Sua abordagem é didática.
c) Suas letras mudaram no alfabeto.
d) Seus textos são expressivos.
e) Sua lógica é muito infantil.
A concepção piagetiana de criança
 A criança inicia seu processo de alfabetização/letramento 
desde o nascimento. Desde então, pode-se dizer que tem 
vida e, portanto, história, nome e significado social. 
 Nas etapas iniciais do seu desenvolvimento, desenvolve sua 
coordenação da visão, movimento de mãos, agarra seus 
brinquedos e os mantêm presos entre os dedos por 
algum tempo.
A concepção piagetiana de criança
 Os progressos nas coordenações intersensoriais vão lhe 
permitir balançar brinquedos dependurados no berço, 
levar a chupeta até a boca. 
 Essas coordenações demonstram um aspecto interno ligado 
à organização intelectual e a um aspecto externo, que se 
observa no plano das condutas, enquanto possibilidade 
de combinar sistemas.
A concepção piagetiana de criança
 A criança começa a alfabetizar-se a partir do nascimento.
Embubbles.jpg. Disponível em:<http://www.morguefile.com/archive/display/89760>.
A concepção piagetiana de criança
 No segundo ano de vida, a criança é capaz de executar uma 
série de ações que evidenciam seu progresso ao controlar 
movimentos; com uma organização interna mais ampla, é 
capaz de empilhar objetos, encaixá-los, deslocar-se para 
pegar brinquedos, fingir realizar ações do mundo adulto, 
como pentear cabelo, embalar aboneca como um bebê, 
“dar comidinha”. 
 Porém, esse desenvolvimento motor ainda não lhe permite 
o domínio das relações entre lápis e papel. 
A concepção piagetiana de criança
 As relações evoluem no decorrer do terceiro ano de vida. 
No início da atividade de escrita, seu prazer se dá no ato puro 
e simples de rabiscar, de exercitar motoramente marcas no 
papel. Pouco a pouco, o controle dos movimentos do 
braço e mãos aumenta.
 A criança atribui significado ao que produz.
Keeping the book.jpg. Disponível em: 
<http://www.morguefile.com/
archive/display/622652>
A concepção piagetiana de criança
 Aos quatro anos, a criança atribui significado a tudo que 
registra no papel. 
 Sua pressão sobre um papel deixa marcas, com traçados 
diferentes e em todas as direções. 
 Essa conquista se dá porque seu pensamento está evoluindo, 
de modo que suas primeiras figuras apareçam. O desenho 
e a escrita evolvem a capacidade de representação, e assim 
também é com a oralidade, o faz de conta, a modelagem, 
o movimento etc.
Concepção linguística de alfabetização – Vygotsky
 A criança precisa da intervenção do adulto para buscar 
semelhanças entre o que produz e o objeto representado e de 
ser estimulada a desenvolver de maneira criativa formas 
distintas para registrar o que deseja.
JGS_mF_CurrentEvents.jpg. Disponível em: 
<http://www.morguefile.com/archive/display/150538>.
A criança aprende a refletir sobre o que faz e diz
 Aos seis anos os avanços na capacidade representativa 
são grandes. O objeto internamente representado tem 
certa correspondência com o real, o que facilita ao adulto 
identificar a intenção da criança que, neste momento de sua 
vida, apresenta maior capacidade de manter a interpretação.
Schoolsign.jpg. Disponível em: 
<http://www.morguefile.com/archive/display/16178>
Concepção linguística de alfabetização
 O educador deve incitar as crianças com questões formuladas 
a partir de suas respostas, para que elas aprendam a 
refletir sobre o que fazem e dizem, sobre suas próprias ações.
 À medida que suas reflexões avançam, as respostas infantis 
se modificam. Como consequência, a abordagem do educador 
se transforma e este propõe desafios maiores, o que faz 
com que desenvolvimento da criança avance.
 Cabe ao educador aproveitar essas situações de conflitos 
e interpretações para ajudar a criança a elaborar 
conceitos sobre a escrita.
Vivemos numa cultura letrada
 Placas, jornais, revistas, rótulos, tudo o que, aos poucos, 
transforma a escrita em objeto de reflexão e questionamentos 
para a criança. 
 É preciso pensar sobre o modo como a criança pensa. 
As palavras escritas apresentam contrastes que vão desde 
o formato de letras, combinações entre letras e sílabas, 
até o modo como as sílabas se ordenam, significados
distintos, formas e sons.
 Aprender a compreender o mundo é um processo lento e 
gradual, no qual a criança tenta integrar novas observações 
àquilo que já sabe ou àquilo que pensa compreender 
sobre a realidade.
Aprender a compreender o mundo
é um processo lento e gradual
A escola precisa apoiar a criança por meio:
 da organização de um ambiente e de rotinas destinadas à 
aprendizagem pela ação;
 do estabelecimento de um clima de interação social positivo;
 do encorajamento de ações intencionais, de resolução de 
problemas e da reflexão verbal por parte das crianças;
 do planejamento de experiências que tenham alicerce nas 
ações e interesses da criança;
 de assegurar o primeiro contato com a escola, que deve 
se constituir em uma combinação de atividades 
prazerosas e estimulantes.
Comunicação e linguagem
 Para falar sobre o letramento, vamos usar como referência a 
teórica Magda Soares.
 Você conhece a pesquisa dessa autora sobre letramento?
Letramento
 O resultado da ação de ensinar é aprender as práticas sociais 
de leitura e de escrita. É o estado ou a condição que adquire 
um grupo social, ou um indivíduo, como consequência 
de ter se apropriado da escrita e de suas práticas sociais.
 Apropriar-se da escrita é torná-la própria, ou seja, 
assumi-la como propriedade. Um indivíduo alfabetizado 
não é necessariamente um indivíduo letrado, pois ser
letrado implica usar socialmente a leitura e a escritura 
e responder às demandas sociais de leitura e de escrita.
Letramento
 Letramento envolve leitura. Ler é um conjunto de habilidades, 
de comportamentos e conhecimentos. Escrever também 
é um conjunto de habilidades e de comportamentos, de 
conhecimentos que compõem o processo de produção
do conhecimento. 
 Nessa perspectiva, há diferentes tipos e níveis de letramento, 
dependendo das necessidades, das demandas, do indivíduo, 
do seu meio, do contexto social e cultural.
Práticas pedagógicas que favorecem a alfabetização
 Promover práticas de oralidade e de escrita integradas, 
favorecendo a identificação das relações estabelecidas 
entre a fala e a escrita.
 Desenvolver habilidades de uso da língua escrita em 
situações discursivas, estimulando a leitura de textos de 
diferentes tipos e funções.
 Produzir textos para diferentes interlocutores, em diferentes 
situações e condições de produção.
 Desenvolver habilidades de ouvir textos orais e de diferentes 
gêneros, com diferentes funções.
Sondagem da escrita infantil
O percurso que a criança faz quando é alfabetizada é o mesmo 
do homem ao longo da história da humanidade:
 Pictórico: desenho.
U_005a.jpg. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/>.
114302007017.jpg. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/>
Simbólico: reconstrução do código linguístico
 Ao longo de muitos anos, os sinais passaram a representar 
sons e, assim, foram sendo criados alfabetos. 
 Alfabeto é um conjunto de letras usadas para escrever 
palavras que exprimem significado.
Fonte: CÓCCO, M. F.; HAILER, M. A. Didática de alfabetização: decifrar o mundo –
alfabetização e socioconstrutivismo. São Paulo: FTD, 1996, p. 18.
Ao desenhar, a criança escreve
 Primeiramente, a criança faz isso de memória: não desenha o 
que vê, mas o que conhece de sua realidade. Ela percebe que 
alguns traços podem até lembrar o objeto que desenhou, mas 
não o percebe como símbolo.
 Com o tempo, a criança desenha a sua realidade, 
representa suas observações e expressões por
meio de representações de sinais simbólicos abstratos. 
 Toda essa vivência contribui para o desenvolvimento da 
escrita da criança. Segundo Cócco e Hailer (1996), o desenho 
acompanha a frase, e a fala permeia o desenho.
Atenção às hipóteses das crianças –
veja aqui as concepções de Ferreiro
 A criança percorre o mesmo caminho que a humanidade ao 
desenvolver seu conhecimento da escrita. Inicialmente, 
desenha de memória, depois substitui traços que lembram o 
objeto desenhado por sinais indicativos ou figuras e, por 
último, utiliza os signos. Como a humanidade, parte do 
desenho (pictórico) para a simbologia (alfabeto).
 Antes de passar pela alfabetização propriamente dita,
a criança apresenta hipóteses sobre a leitura, observa,
pensa e adquire concepções individuais acerca dos
símbolos linguísticos.
Interatividade
Uma prática pedagógica que seja relevante para assegurar o 
processo de ensino/aprendizagem deve:
a) trabalhar somente com livro didático, já que este traz leituras 
pertinentes à faixa etária trabalhada.
b) estar focado apenas na leitura escolhida pelo professor, já 
que este é o detentor do saber.
c) proporcionar à criança o contato com diversos portadores 
textuais, tais como: livros literários, revistas, jogos, jornais, 
internet e textos variados.
d) apresentar textos pequenos, que identifiquemsímbolos, 
palavras e letras.
e) apresentar textos curtos, com palavras simples e que 
não causem conflito para a criança.
Consciência fonológica
 Quando o aluno faz uso das habilidades metalinguísticas, 
busca compreender a palavra como um todo, fazendo 
associações com conhecimentos prévios que já tem da língua 
escrita. Da mesma maneira acontece com a reflexão 
fonológica, em que se busca semelhanças com sons iniciais 
ou finais, por exemplo, e se permite que ele compreenda o uso 
repetido dos grafemas para a representação também 
repetida de um fonema.
Consciência fonológica
 A reflexão fonológica pode acontecer de maneira lúdica, 
cognitiva, induzida ou natural, de acordo com os autores 
citados, mas o fato é que todos concordam com a 
necessidade dessa reflexão para que o processo de leitura 
seja satisfatório ao final do processo de ensino-aprendizagem.
 Algumas atividades em sala de aula podem promover a 
reflexão sobre as partes orais e partes escritas das palavras. 
Morais (2012) nos apresenta duas possibilidades: os textos 
da tradição oral e os jogos.
Consciência fonológica
 A exploração de textos poéticos da tradição oral (cantigas, 
parlendas, quadrinhas etc.) são propostas que as crianças 
aprendem com facilidade e fazem parte da cultura infantil do 
brincar, favorecem a exploração dos efeitos sonoros 
acompanhada da escrita das palavras.
 Os jogos com palavras e situações lúdicas permitem a 
ludicidade, a exploração com a sonoridade e o texto escrito, 
provocando reflexões sem conduzir os alfabetizandos 
a treinos cansativos.
Jogos que contribuem para compreender o SEA
Disponível em: <http://oficinasdealfabetizacao.blogspot.com.br/2010/11/caixa-letrada.html>
Concepções que a criança adquire 
sobre os símbolos linguísticos antes
da alfabetização (Cócco e Hailer,1996) 
 Tem consciência da diferença entre a leitura silenciosa e a 
leitura em voz alta.
 Reconhece que a leitura de histórias é feita em livros e as 
notícias são lidas em jornais.
 Percebe que a leitura de uma bula tem a função de orientar o 
uso do remédio.
 Sabe que as receitas podem ser lidas, compreendidas e 
utilizadas em algo concreto.
Concepções que a criança adquire 
sobre os símbolos linguísticos antes
da alfabetização (Cócco e Hailer,1996) 
 Compreende que os manuais de brinquedos e jogos
servem para orientar o modo como estes devem ser
montados e usados.
 Verifica que as palavras têm quantidade, que apresentam 
letras diferentes umas das outras.
 Percebe que a leitura pode ser feita de cima para baixo e da 
esquerda para a direita.
Realismo nominal
Sapo ou Formiga
 E quem tem o maior nome????
Disponível em: <http://www.edupic.net/sci_gr.htm#new>.
Quais seriam as intervenções
frente ao realismo nominal?
 Situações como brincadeiras de “faz de conta”, em que um 
brinquedo representa determinado objeto.
 Atividades de adivinhação que utilizem mímica, desenhos, 
para representar o que pensamos.
 Registros de atividades planejadas com o intuito de não 
esquecermos compromissos agendados.
 Anotações por representações da rotina da sala etc.
Leitura por preditibilidade
Fonte: 
http://www.aerotexextintores.com.br/advertencia-e-proibicoes/44-placa-proibido-fumar-14cm-x-19cm-p1-ps215
https://corporativo.nestle.com.br/asset-library/PublishingImages/logo%20nescau%2021.09.png
Lembre-se
 O professor deve conhecer seus alunos, saber o que eles 
trazem de conhecimento.
 Ele pode utilizar-se da sondagem de seus alunos, a fim 
de refletir, planejar atividades e intervir em suas vidas.
A novidade na alfabetização com Emilia Ferreiro
Segundo Ferreiro (1996), leitura e escrita são sistemas que 
podem ser paulatinamente construídos pela criança:
 “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, 
em um ambiente social. Mas as práticas sociais, assim como 
as informações sociais, não são recebidas passivamente 
pelas crianças” (FERREIRO, 1996, p. 24). 
A novidade na alfabetização com Emilia Ferreiro
 O entendimento das fases da escrita da teoria da psicogênese 
devem desencadear uma didática da alfabetização, ou seja, o 
como intervir, como propor desafios à criança.
 Soares (2003) afirma que, dentre as falsas inferências ou os 
equívocos cometidos com a adoção da perspectiva 
cognitivista da psicogênese da escrita, podem ser destacadas 
duas: o obscurecimento da faceta linguística fonológica da 
alfabetização e o sentido negativo atribuído à adoção de 
métodos de alfabetização. 
A novidade na alfabetização com Emilia Ferreiro
1. A faceta linguística fonológica da alfabetização  a escrita, 
enquanto objeto de conhecimento em construção, é um 
objeto linguístico constituído por relações convencionais e 
arbitrárias entre fonemas e grafemas.
2. A concepção cognitivista transformou os problemas da 
aprendizagem da leitura e da escrita em problemas sobretudo 
metodológicos. 
 De acordo com Soares (2003, p.16), “para a prática de 
alfabetização, tinha-se, anteriormente, um método e nenhuma 
teoria; com a mudança de concepção sobre o processo de 
aprendizagem da língua escrita, passou-se a ter uma teoria, 
e nenhum método”.
Língua é cultura
 Para Ferreiro (1996), a língua é um patrimônio de uma cultura, 
e sua representação gráfica faz parte dessa cultura. Por outro 
lado, não se deve partir do princípio que todas as crianças, 
desde a pré-escola, podem produzir e interpretar a escrita. 
 A interpretação está diretamente relacionada ao 
desenvolvimento da compreensão do mundo da criança, 
e isto é um processo individual no desenvolvimento.
Ler e escrever fazem parte de um processo
 É necessário que se permita e se estimule que a criança tenha 
interação com a língua escrita, nos mais variados contextos, 
permitindo, assim, junto com a alfabetização, um processo 
de letramento, ou seja, de familiaridade com a própria escrita.
 Ferreiro (1999, p. 47) afirma que “a alfabetização não é um 
estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é, 
na maioria dos casos, anterior à escola e que não termina
ao finalizar a escola primária”.
Aprendizagem
 O desenvolvimento linguístico avança à medida que a criança 
apreende a forma como a linguagem escrita é elaborada. 
 Os princípios relacionais são aprendidos à medida que a 
criança resolve o problema de como a linguagem escrita 
é significativa para esta cultura. 
 Assim, a criança começa a compreender, com a linguagem 
escrita, a representação das ideias e os conceitos que as 
pessoas, os objetos no mundo real e a linguagem 
oral possuem.
Nenhuma prática pedagógica é neutra
 Segundo Ferreiro (2000, p. 30), um método nada mais é do que 
a forma de se conhecer um sistema, pois a conexão entre as 
informações, além dos próprios elementos formadores das 
informações, precisam ser aprendidas porque, de outra forma, 
não será transformada em conhecimento operante.
 Isto quer dizer que temos de aceitar métodos para conhecer 
as coisas, pois são sugestões que indicam um caminho 
para se alcançar um objetivo. 
Interatividade
O termo consciência fonológica refere-se a:
a) um conjunto de habilidades relacionadas à capacidade 
de a criança refletir e analisar a língua oral, capacidade essa 
que será desenvolvida ao longo do processo de aquisição 
do sistema de escrita.
b) como uma novidade em nossa língua, e surgiu com a autora 
Mary Kato em 1986, sendo em seguida usado em diversos 
livros, muitos de educação.
c) a uma interpretação literal do termo para abarcar valores
e sentidos das palavras.
d) ao resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais 
de leitura e de escrita.
e) a operarcom signos e significados dentro de um mundo pleno de 
valores, e é dessa experiência que decorre a autonomia de ler.
Entenda a representação
 A escrita é uma representação da linguagem, que opera 
como um sistema notacional para a transcrição gráfica 
das unidades sonoras. 
 Quando a escrita é simplesmente apresentada como um 
código de transição entre fonemas e sinais, sua aquisição se 
organiza enquanto técnica. Por outro lado, se ela é aprendida 
enquanto um sistema de representação, ela se torna 
instrumento de representação e interpretação do mundo.
 Neste momento, o conhecimento deixa de ser apenas um 
objeto externo à criança e passa a ser uma forma de 
perceber a realidade. 
As mudanças continuam
 A invenção da escrita foi um processo histórico no qual
foram experimentados muitos sistemas de representação 
da oralidade até que chegamos ao nosso atual alfabeto. 
 Nada assegura que este sistema de representação não 
evolua e venha ser substituído no futuro. Portanto, 
considerar a escrita uma codificação imutável se 
constitui num erro de percepção.
A criança cria seus significados
 Nossa escrita alfabética, enquanto representação 
grafonômica, tem como motivo primeiro representar as 
diferenças entre os significantes.
Dsc01889_c.jpg. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/200657>
Assim, a criança:
 opera com signos e significados dentro de um mundo pleno 
de valores, sentidos e significados socialmente marcados,
e é dessa experiência que decorre a autonomia de ler e grafar;
 antecipar o ensino das letras, em vez de trazer o debate 
da cultura escrita no cotidiano, é inverter o processo 
e aumentar a diferença.
Alfabetização, um processo complexo
 Se pensamos a língua escrita como uma práxis de 
compreensão de um modo de construção de um sistema 
de representação, muda-se a forma de ensinar. 
 O importante passa a ser controlar as discriminações 
perceptivas (ver, ouvir e falar), que são necessárias, mas 
que precisam articular-se para que a criança aprenda a se 
expressar e a buscar formas de expressão da realidade. 
 A partir daí, temos de compreender a natureza deste 
complexo sistema de representação do mundo.
Alfabetização
 Longo processo circunscrito entre duas vertentes 
indissociáveis: a aquisição do sistema de escrita
e a efetiva possibilidade de uso no contexto social. 
“Mais do que conhecer as letras, as regras ortográficas, 
sintáticas ou gramaticais, o ensino da língua escrita requer 
a assimilação das práticas sociais de uso, contribuindo 
assim para a conquista de um novo status na sociedade”
(SOARES, 1998).
A linguagem escrita
Cócco e Hailer (1996) propõem dois eixos no trabalho de 
alfabetização da criança:
1. o trabalho textual, porque permite à criança 
compreender como funciona a escrita e como 
pode ser empregada socialmente; 
2. a análise linguística, porque embasa a aquisição do valor 
sonoro convencional à criança e a ajuda na reconstrução 
do código linguístico.
Escrita e conhecimento
 O que deve estar em foco, na ação pedagógica, é a ideia de 
que o conhecimento da escrita não se faz pela codificação 
e decodificação de mensagens.
 O princípio que orienta a ação educativa é o da vivência no 
universo cultural, incluindo a oralidade espontânea e as 
expressões características do discurso de escrita.
Morais (2012, p.51) traz as propriedades 
do SEA que o aprendiz deverá reconstruir 
para se tornar alfabetizado: 
1. escreve-se com letras que não podem ser inventadas, que 
têm repertório finito e que são diferentes de números 
e de outros símbolos; 
2. as letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem 
mudanças em sua identidade (p, q, b, d), embora uma letra 
possa assumir formatos variados (P, p, P, p);
3. a ordem das letras no interior das palavras não pode 
ser mudada; 
4. uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em 
diferentes palavras, ao mesmo tempo que palavras distintas 
compartilham as mesmas letras; 
Morais (2012, p.51) traz as propriedades 
do SEA que o aprendiz deverá reconstruir 
para se tornar alfabetizado: 
5. nem todas as letras podem ocupar certas posições no
interior das palavras e nem todas as letras podem vir
juntas de quaisquer outras; 
6. as letras notam ou substituem a pauta sonora das 
palavras que pronunciamos e nunca levam em conta 
as características físicas ou funcionais dos referentes 
que os substituem; 
7. as letras notam segmentos sonoros menores que as 
sílabas orais que pronunciamos; 
Morais (2012, p.51) traz as propriedades 
do SEA que o aprendiz deverá reconstruir 
para se tornar alfabetizado: 
8. as letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem 
mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados 
com mais de uma letra; 
9. além de letras, na escrita de palavras são usadas, também, 
algumas marcas (acentos) que podem modificar a tonicidade 
ou o som das letras ou sílabas onde aparecem; 
10. as sílabas podem variar quanto às combinações entre 
consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VCC, CCVCC...), 
mas a estrutura predominante no português é a sílaba CV 
(consoante – vogal), e todas as sílabas do português 
contêm, ao menos, uma vogal.
Para Morais (2012) 
 O conjunto de regras sobre o sistema alfabético é automático 
para o adulto alfabetizado, uma vez que ele nem pensa sobre 
o sistema, é um conhecimento apreendido de tal forma que 
se torna automático. 
 Mas para a criança esse conjunto de regras somente será 
internalizada se ela tiver a oportunidade de refletir sobre 
ele por meio de situações planejadas para isto.
Textos e jogos
 A maioria das crianças chega à escola com pouca
experiência em leitura de textos diversos. Portanto,
podemos dizer, sem dúvida, que esse trabalho é
ponto central de uma proposta alfabetizadora.
 A sala de aula deve conter grande quantidade e variedade 
de material escrito, como livros, jornais, gibis, revistas 
e cartazes que estimulem a leitura da criança. 
Projetos nota 10
Nome do projeto:
Placas novas para o hortifrúti do bairro.
 Etapas
1. Escrever uma autorização.
2. Listar os alimentos.
3. Pesquisar as qualidades.
4. Escrever em duplas.
5. Montar as placas.
Fonte: Revista Nova Escola. Ed. dez/2013 – jan/2014.
Práticas significativas
 RANA, Débora. AUGUSTO, Silvana. Língua Portuguesa: 
soluções para dez desafios do professor – 1º ao 3º ano do 
ensino fundamental. São Paulo: Ática Educadores, 2011.
Interatividade
Por que a leitura e a escrita são considerados os conteúdos 
centrais da escola?
a) Porque têm a função de incorporar a criança à cultura 
do grupo em que ela vive.
b) Porque são considerados assuntos a serem abordados 
por todos os parentes das crianças.
c) Porque os professores vivem discutindo essas questões 
e nunca conseguem chegar a um objetivo.
d) Porque não há em nenhuma escola brasileira uma ideia
formada a esse respeito.
e) Porque nós, alunos, precisamos saber o que não 
devemos falar em uma situação escolar.
ATÉ A PRÓXIMA!

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