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Júnior Teixeira – PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS PACIENTES ESPECIAIS Terminologia Handicapped Excepcionais Portadores de deficiencia Portadores de necessidades especiais Pessoa com deficiencia Terminologia Utilizada A partir da constituicao federao- Art. s 203- 208- 227- 244, eh uma pessoa portadora de deficiência Convencao de Guatemala Homologada pelo governo brasileiro, através do decreto n3956/01, pessoa com necessidade especial Alguns dados (IBGE) apontam que aproximadamente 24,5 milhoes de pessoas, ou 14%da população geral, apresentam algum tipo de incapacidade ou deficiência ODONTOLOGIA PARA PACIENTES ESPECIAIS Não eh um conjunto de técnicas e conhecimentos das estruturas bucais Eh preciso praticar a teitegracao do individuo a sociedade e evitar seu isolamento TIPOS DE DEFICIENCIA Para facilitar o entendimento e troca de informações entre profissionais, as deficiências foram classificadas, como: 1. Deficiência física seqüela de paralisia cerebral (PC), acidente, vascular encefálico (AVE), miastenia gravis (MG); 2. Distúrbios comportamentais autismo, bulimia, anorexia, medo, timidez, agressividade 3. Condições e doenças sistêmicas gravidez, pacientes irradiados em região de cabeça e pescoço, pacientes transplantados, pacientes imunossuprimidos, diabetes mellitus, cardiopatias, doenças hematológicas, transtornos convulsivos, insuficiência renal crônica, doenças auto-imunes 4. Deficiência mental comprometimento intelectual devido a fatores pré-natais, perinatais e pós-natais, de origem genética, ambiental ou desconhecida; 5. Distúrbios sensoriais de comunicações Deficiência auditiva e visual; 6. Transtornos psiquiátricos depressão, esquizofrenia, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo, neurose, psicose 7. Doenças infectocontagiosas Pacientes soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, tuberculose; 8. Síndromes e deformidades craniofaciais Síndrome de Down, entre outras. 9. Condicoes Sistemicas Irradiados de cabeça e pescoço Transplantados de órgãos Imunossuprimidos por medicamentos MANEJO ODONTOLOGICO DO PACIENTE ESPECIAL Paciente Revisão de historia medica Anamnese dirigida para assuntos relevados Identificação de medicamentos sendo usados Ou que forma usam Examine o paciente avaliando sinais e sintomas de doença, assim, como a avaliação de sinais vitais Reveja/ obtenha exames recentes Contato com o medico caso o paciente esteja descompensado, sem diagnostico preciso ou não tenha informações suficientes sobre sua condição POSSIVEIS PROBLEMAS DE INTERESSE DO PACIENTE ESPECIAL A Antibióticos Esta tomando antibiótico? Sera necessário profilaxia ou terapia? Analgésicos Esta tomando algum analgésico ou AINEs? Sera necessário o uso? Anestesia Problemas relacionados ao uso de vasocontritores? Alergias Apresenta alergia a algum medicamento usado ou possivelmente prescrito? Ansiedade Sera necessário o uso de ansiolíticos? B Sangrameto Normal/ hemorrágico? Pressão arterial Esta controlada? Existe a possibilidade de aumentar ou diminuir durante o tratamento? C Cadeira O paciente suporta a posição supina? Pode haver alterações em função da mudança brusca da posição? D Drogas Existe alguma interação, efeito adverso ou alergia que pode ser associada aos medicamentos que o paciente faz uso ou sera prescrito? Dispositivos O paciente apresenta algum dispositivo proteticoou terapêutico que requer consederacoes especificas? Próteses ortopédicas, válvula cardíaca artificial ou marcapasso E Equipamentos Existe algum problema na utilização de equipamentos odontológicos? Como por exemplo, bisturi elétrico, localizador apical, raio x, ultrassom A monitoração sera necessária? Emergencia Existe alguma situação de emergência que pode ser prevenida? F Acompanhamento clinico O acompanhamento pos- operatório eh indicado? Sera necessário intervenção? A Associacao americana de Anestesiologia, a fins de classificar os pacientes sistemicamente comprometidos, os classifica em ASA 1 Paciente hígido, sem nenhum problema medico. Não necessita de atendimento especial ASA 2 Paciente com leve alteração sistêmica, compensado Não necessita de cuidados especiais ASA 3 Pacientes com alterações sistêmicas severas, compensados. Necessitam de atendimento especial ASA 4 Paciente com alteração sistêmica severa, corre risco de vida ASA 5 Paciente moribundo, sem expectativa de vida nas próximas 24 horas ASA6 Pacientes com morte cerebral e/ ou doadores de órgãos Ateh o ASA 3 podemos atender no consultório ASA 4 atender em ambiente hospitalar ATENDIMENTO ODONTOLOGICO AO CARDIOPATA Anamnese Serve não somente para o CD chegar ao diagnostico clinico, mas também conhecer o perfil de saúde do paciente, que estará sob sua responsabilidade profissional Avaliar o risco/ beneficio do atendimento de urgência e eletivo Atenção aos medicamentos prescritos pelo medico e dentista Cuidados odontológicos Consultas breves e rápidas Controle adequado de dor e ansiedade Paciente com risco de endocardite bacteriana, instituir a profilaxia antibiótica Risco/ beneficio do uso da epinefrina Valores de RNI ate 3 são seguros para procedimentos cruentos (usando medidas locais de hemostasia) DOENCAS CARDIVASCULARES DE INTERESSE ODONTOLOGICO Hipertensao Doencas cardiacas isquemicas (angina e infarto) Insuficiência cardíaca congestiva VALORES SECRETADOS PELA MEDULA ADRENAL Adrenalina (Ug/Min) Noradrenalina Adulto normal 7 1,5 Adulto estressado 280 56 Um tubete com epinefrina 1: 50.000 <1* POSSO USAR EPINEFRINA EM PACIENTES COM ALTERACOES CARDIOVASCULARES? Concentração máxima de epinefrina que pode ser administrada com segurança em pacientes com doença cardiovascular controlada 0,04mg por sessão de atendimento. Cuidados redobrados para técnicas anestésicas, por causa de injeção intravascular, por que se for no vaso, 1 tubete de anestesia pode fazer um malzao para o paciente CLASSIFICACAO DA HIPERTENSAO PRESSAO ARTERIAL SISTOLICA PRESSAO ARTERIAL DIASTOLICA Ótima <120 <80 Pre- hipertensão <130- 139 <85-89 Hipertensão estagio 1 140- 159 90-99 Hipertensão estagio 2 160- 179 100-109 H estagio 3/ crise hipertensiva >180 >110 O paciente em crise hipertensiva ou em estagio 3, já vai ser considerado uma emergência medica. Isso significa que esse paciente esta em risco eminente de morte. Frente esse paciente, sabendo de farmacologia podemos utilizar métodos farmacológicos para melhorar esse paciente, porem, eu a gente não faz o tratamento hipertensivo, soh usa fármacos para manter a vida do paciente, muitos autores são contra, mas tudo necessário para salvar a vida do paciente pode ser feito Um paciente chegou para fazer uma extração, e por medo, ele chegou com a pressão 180/110, ele pede um captopril para fazer a cirurgia, neste caso não podemos receitar o remédio, apenas se correr risco de morte esse paciente temos que encaminhar para um medico ( ligar para o SAMU vir buscar o paciente,, pois se liberar o paciente sem acompanhamento, e ele passar mal em algum lugar, a responsabilidade cai sobre o CD) De maneira geral, tratamentos eletivos, a gente pode fazer ate o estagio 1 de hipertensão. Então paciente chega no consultório com 158 por 95, e vai fazer uma extração de dente eletiva, ele pode fazer essa extração, desde que se limite o estresse e limite a utilização de anestesia com vaso constritor. A cirurgia deve ser rápida, o menos cruenta possível. Em urgência, URGENCIA, até o estágio 2 a gente ainda pode atender no consultório, controlando a ansiedade e controlando o uso de vaso constritor. Paciente em estagio 2, tem que ir para o hospital, para tomar algum medicamento com o objetivo de diminuir pelo menos um pouco essa pressão, para que se possa realizar algum procedimento. Consideramos esse paciente como um ASA IV. HIPERTENCAOARTERIAL Definicao Elevação persistente da pressal arterial Ideal: Sistólica <120mmHg Diastólica <80mmHg Hipertensao Sistólica >140mmHg Diastolica > 90mmHg Ela dobra o risco de doenças cardiovasculares Classificação da HAS Sistolica Diastolica OTIMA <120 <80 PRE- HIPERTENSIVO <130- 139 <85- 89 HIPERTENCAO ESTAGIO 1 140- 159 90- 99 ESTAGIO 2 160- 179 100- 109 ESTAGIO 3 OU CRISE HIPERTENSIVA >180 >110 HIPERTENCAO PRIMARIA Sem causa conhecida, também conhecida como idiopática HIPERTENCAO SECUNDARIA Hipertencao por causa de alterações renais, endocrinológicas, e uso de certos medicamentos e drogas. TRATAMENTO ODONTOLOGICO AO HIPERTENSO Intervenções cirúrgicas invasivas não devem ser realizadas no consultório em pacientes com estagio 2 de hipertensão Obs: em pacientes com hipertensão não controlada a cirurgia dental pode ser acompanhada de sangramento abundante Urgência odontológica: apenas se a pressão estiver abaixo de 180/110 Acima de 180/110: procedimentos odontológicos contra indicados Sintomático (cefaleia, alterações visual, sangramento nasal ou gengival espontâneo, dificuldade respiratória Emergência medica !!! (SAMU) Muitos pacientes têm sua PA reduzida após a simples anestesia local. A pressão arterial pode ser de fato uma bomba relógio. O uso de vasoconstritor não eh contraindicado, desde que a gente use em pouco volume Lidocaína 2% c/ epinefrina (1:100.000 ou 1:200.000) Pequenos volumes Aspiração previa Volume máximo: 2 tubetes (1:100.000 ou 4 de 1:200.000) Procedimentos que não exigem hemostasia (3 tubetes máximos) Prilocaina 3% c/ felipressina (0,03UI) ou mepivacaina 3% s/ vaso Diabéticos, gestantes entram tudo nessa mesma ordem Prescrição medicamentosa: evitar AINEs HIPOTENSAO ORTOSTATICA Você ta la na academia, bombando, fazendo leg press, com 300kg, dae vc termina de fazer o exercício e levanta duma vez, vai ficar tonto. Isso porque o sangue estava todo no musculo, então vai faltar sangue no cérebro, e voce tende a ficar com a vista preta. Para evitar, quando estiver atendendo um paciente hipertenso, você senta o paciente na cadeira um pouco antes de pedir para ele levantar. DOENCAS CARDIACAS ISQUEMICAS OU DENCA ARTERIAL CORONARIAS (DAC) O coração, apesar de bombear sangue par ao corpo todo, o musculo cardíaco, por ter essa função tao importante, não eh tao irrigado assim, o sangue que irriga ele são as artérias e veias coronárias, e não o sangue dentro dele Quando você tem obstrução das artérias ou veias coronárias, você tem um infarto cardíaco, que eh quando você impede a chegada de sangue no tecido. Essa doença tem um fator muito importante, que eh o acumulo de placa de gordura dentro das veias e artérias (ateroma), que se acumula da própria circulação. Quando você come comida gordurosa, ela eh absorvida, passada pelo fígado, se transforma em colesterol e depois vira um rolao todo la que não tem importância de eu fala. Ela se acumula nas paredes dos vasos, podendo, desde não causar nada, ou diminuir a luz do vaso, como também pode acumular na parede do vaso e obliterar a parede do vaso, fazendo com que ele tenha a menor capacidade de circular sangue, ela pode endurecer o vaso, impedindo sua vasodilatação, ou ainda pode formar trombos, que sera visto como corpo estranho, dae quando o sangue passa e não encontra endotélio ( gordura) a tendência do nosso sangue eh fazer uma reação hemostática local (agregação de plaqueta e formação de tampão de plaquetario ) quando isso se forma eh chamado de embolo, esse embolo pode obliterar esse vaso, se fechar essa artéria no coração, dae faz um enfarto cardíaco, se fo a artéria que vai pro pulmão, vai causar uma embolia pulmonar, e se for no cérebro, vai ter um acidente vascular cerebral. Essa doença eh praticamente sempre causada por placas de gordura, e acontece duma hora pra outra (o sinal), porem, antes disso o paciente apresenta sinais e sintomas da doença cardíaca sistêmica que eh a angina. Aquela dor que a gente tem quando ta correndo, perto da barriga, que a gente fala que o baco esta doendo, também conhecida como dor de viado, kk, não eh a dor de viado ou de baco, mais eh a angina, eh o coração pedindo um tempo pra dar uma acalmada, essa eh a dor que o paciente pre infartado esta. Essa dor no peito, que eh o sintoma mais clássico da doencia cardíaca isquêmica, vai para o braço esquerdo, tórax e em alguns casos ela eh irradiada, indefinida, difusa e pode dar dor cervical, mandibular e dor na ATM. Etiologia Obstrução gradual das artérias coronárias (ateroma) Quando transitória Angina de peito (estável e instável) Necrose de parte do coração: infarto do miocárdio Paciente que tem angina ou risco para DAC, o tratamento básico eh: tomar medicamentos que impedem a agregação de gordura nas artérias (estatinas) alteração de dieta para diminuir o deposito de gordura nas artérias utilização de medicamentos para diminuir a formação do coagulo dentro do ateroma, por isso muitas vezes o paciente toma a aspirina colocação de stend na artéria que pode ter calcificação. Cirurgia de revascularização Ponte safena Tratamento medico Medicamentos vasodilatadores (isordil) Stands Cirurgias de revascularização (ponte safena, ponte mamaria) Antiagregantes plaquetarios e anticoagulantes Tratamento odontológico para doença cardíaca isquêmica Controle adequado de dor e ansiedade Esse cara se ficar nervoso vai liberar 280 Ug de adrenalina por minuto, e isso vai dar problema Se você injetar meio tubete na veia, ele vai ter problema serio Restrição de vasoconstritores e evitar AINEs Pode usar, mais no jeito correto O anti-inflamatório age com o anti-hipertensivo e com, a varfaria, deslocando a proteína que a varfarina está ligada, pode dar hemorragia Monitoração da pressão arterial Avaliar a pressão antes da cirurgia, depois da anestesia, e acompanhando o tempo todo para ir reaferindo a pressão durante o atendimento. 4- 6 semanas pos- infarto eh o período mias critico Por que, como teve necrose, tem que esperar a vascularização voltar ao normal. Pode ter endoarterite, que eh a artéria ficar inflamada ou infeccionada. Se puder evitar atender o paciente nesse primeiro mês pos infarto, eh interessante, ainda mais por que nesse mês esta sendo ajustada as doses dos medicamentos controlados do paciente. Mais eu disse evitar e não , não atender. Contato medico Tempo de recuperação e o risco de cada paciente varia de situação para situação Profilaxia vasodilatadora (quando em uso desses medicamentos) Profilaxia antibiótica para endoarterite (primeiros 30 dias após a colocação do stents) Depois que passou o primeiro mês, não precisa mais da profilaxia antibiótica Uso de antiagregantes plaquetarios e anticoagulantes podem trazer o risco de hemorragia Então, esses cuidados com esse tipo de pacientes são importantes. INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA DEFINICAO: Redução na capidade de ejecao do coração Etiologia: hipertensão persistente, doenças valvares, doenças cardíacas isquêmicas, doença de chagas etc. A hipertensão persistente vai causar uma hipertrofia do ventrículo esquerdo, que causa a dificuldade do coração em bombear o sangue As doenças de válvulas (relacionadas a endocardite bacteriana são as principais ) se essa válvula não fecha direito na hora que o coração contrai, e o sangue arterial e venoso se misturam, o coração perde forca, e causa a insuficiência cardíaca. Sinais e sintomas: dispneia, distensão das grandes veias do pescoço, edema de quadril e pés, limitação de atividades físicas As veias do pescoço distendem por que o coração não consegue bombear o sangue para os tecidos, então vai se acumular no leito vascular, causando essa distensão Edema de quadril e pés acontece por que falta retorno venoso, então começa a acumular sangue, principalmente nas extremidades. Cuidados odontológicos: ICC estáveis ou instáveis Estável: eh aquela que eh tratada, e normalmente o grupo de medicamentos são os cardiotônicos( digoccina), medicamento de baixo nível terapêutico que aumenta o nível de contrações Instável: ela acontece principalmente em pacientes recém infartados, no qual o paciente tem limitação, principalmente por causa de coágulos no coração, além da angina, ela também atrapalha a capacidade de bombeamento do coração. Avaliação medica previa (fatores complicadores- doenças valvares, infarto, hipertensão Cadeira em posição semi- inclinada (dificuldade respiratória) Quando a gente trabalha em posição supina, o paciente vai ter dificuldade respiratória, isso por causa da dificuldade pulmonar, por causa da dispneia.... quando o paciente fica deitado por muito tempo, ele vai ter dificuldade respiratória Possibilidade de alteração na distribuição, metabolização e excreção de medicamentos Isso eh muito importante, as vezes quando tem problema na distribuição de sangue, também temos problemas com a distribuição do medicamento pelo o organismo.... por que imagina, você toma um remédio sabendo que uma certa quantia de sangue passa pelo coração para os tecidos por minutos, os remédios são preparados para isso, mais dae quando o cara tem essa insuficiencia, o sangue vai passar mais demoradamente pelo coração, vai passar menos sanguem por minuto, então, dose que são consideradas terapêuticas para pacientes normais, podem causar superdosagem nesse tipo de paciente. A insuficiência cardíaca congestiva eh um paciente que já apresenta outras doenças de base, ele não eh assim, eu tenho insuficiência e ponto... NAAAO, ele eh um paciente no caso, infartado, e esse infarto gerou a insuficiência cardíaca congestiva Se o coração perder a capacidade, entre aspas, de bombeamento, começa a ter acumulo de sangue em tecidos que não deveriam ter acumulo d sangue. Então esse sangue que era pra ser distribuído com forca, distribuído pelos tecidos, ele não consegue chegar nas regiões periféricas, e o sangue vai ficar muitas vezes preso num tecido. Obs: ver na net por que o coração hipertrofiado não eh bom... ARRITIMIAS CARDIACAS Definição: alteração no ritmo cardíaco Atinge grande parcela da população, podendo ter implicações clinicas variadas (avaliação medica indispensável) Sinais e sintomas: palpitações, fadiga, sincope e até parada cardíaca Tratamento: medicamentoso (bloqueadores de canais de cálcio que estão relacionados a condução do impulso nervoso, então eles tentam modular a condução do nódulo sinoatrial, mais esses medicamentos podem gerar quadros de hiperplasia gengival), cirurgia e instalação de desfibrilador e marca-passo As arritmias podem ser bem simples, que nem precisam de tratamentos (grande parte da população tem) que nem geram implicações maiores; mais as arritmias têm implicações clinicas bem variadas, e o paciente pode ter sinais e sintomas variados também, alguns tipos, levam os pacientes até ao desmaio Cuidados odontológicos Indagar o paciente quanto as suas atividades diárias se não houver limitações seguir o mesmo cuidado do paciente portador de ICC ou DAC Ou seja, se tem arritmia, perguntar se já tomou anestesia, se já fez vários outros procedimentos, pode fazer o tratamento numa boa. Evite epinefrina: bloqueio atrioventricular, arritmias severas, arritmias assintomáticas e supraventricular Evitar principalmente em casos de arritmias mais graves, é uma das principais contraindicações da epinefrina, pois ela age em beta 1 que aumenta forca e velocidade de contração. Portadores de marca passo: bisturi elétrico, localizador apical e estimulador elétrico transcutaneo não recomendado (ultrassom pode ser usado) Bradicardia sinusal com FC < 40 bpm: Emergência medica (SAMU) Taquicardia sinusal com > (aumento) FC com ritmo irregular não faça nada (aguarde melhora, caso necessário, chame o serviço de emergência) Uma normal eh 80, ateh 100 da pra considerar, mais se tiver a cima de 100, com ritmo irregular, a gente não faz nada, nada, nada... Taquicardia sinusal com > FC com ritmo regular. Se perdurar acima de 2- 3 min: estimulo vagal. O nervo vago ele faz o estimulo parassimpático, para fazer ess estimulo, a gente estimula o nervo vago estimulando a artéria carótida, pedindo para o paciente tomar agua bem gelada, ou fazer o paciente vomitar. DOENCAS VALVARES Coração possui 4 valvas: aórtica, pulmonar e duas atrioventriculares (direita e esquerda) Etiologia: distúrbios congênitos e adquiridos Todas as válvas podem apresentar anormalidades, principalmente a estenose (incapacidade de se abrir totalmente) e a insuficiência ou regurgitação (incapacidade de se fechar totalmente) Implicações clinicas: insuficiência cardíaca, sincope (< súbita do fluxo sanguíneo cerebral) e risco de endocardite baquiteriana. Se uma das valvas não abrir totalmente, vai sobrar sangue no átrio, e se ela não fechar totalmente, na hora que o ventrículo comprimir, vai vazar sangue Quando começa a ter algum problema na válvula, começa a formar um turbilhão de sangue naquela região, vai virar um ‘’’jato de sangue’’ que vai lesionar o endotélio, isso vai fazer uma agregação plaquetaria, formação de coagulo e começa a sequencia, por isso que pode ter endocardite, atigamente a bactéria não conseguia ficar, agora tem esse coagulo formado onde a bactéria pode colonizar. ENDOCARDITE BACTERIANA Eh uma infecção seria das válvulas cardíacas ou das superfícies do coração, que pode inclusive levar o paciente a morte MANIFESTACOES CLINICAS O período médio de incubação é de 5 a 7 dias Sinais e sintomas aparecem em média depois de 2 semanas: febre baixa, sopro cardíaco, dores nas articulações, fadiga, sudorese e perda de peso. INDICACOES DE PROFILAIA ANTIBIOTICA- ENDOCARDITE CONDICOES DE ALTO RISCO Válvulas cardíacas protéticas condutos pulmonares sistêmicos construídos cirurgicamente Endocardite bacteriana previa Doencas cardíacas congênitas cianóticas complexas CONDICOES DE RISCOS MODERADO Maioria das malformações cardíacas congênitas Cardiomiopatia hipertrófica Disfunção valvar adquirida Prolapso de valva mitral com regurgitação valvar e/ ou espessamento dos folhetos valvares PROTOCOLOS PARA CONTROLE DA INFECCAO EM ODONTOLOGICA Protocolo padrão Amoxicilina Alergicos a penicilina Adultos- 2g Crianças- 50 mg/ kg Via oral, 1h antes do procedimento Clindamicina Adultos- 600mg Crianças- 20 mg/ kg Via oral, 1h antes do procedimento Ou azitromicina ou claritromicina TRATAMENTO ODONTOLOGICO EM PACIENTES QUE UTILIZAM TERAPIA ANTIAGREGANTE OU ANTICOAGULANTE Hemostasia sanguínea A perda de sangue pelo organismo eh vista como uma ameaça,, sendo assim, o organismo faz de tudo para conter essa perda de sangue, a isso damos o nome de hemostasia. As plaquetas quem são as resposaveis Recebe influencia de varias substancias existentes no plasma e no tecido A hemostasia eh dividida em Primaria Ocorre a vasoconstricao, tornando menor o fluxo sanguíneo, as plaquetas se agregam num local que tem sangramento, formando um tampão Secundaria Envolve varias reações enzimáticas , comencando com a formação da tomboplastina (fatores do plasma, das plaquetas ou do tecido) Conversão da protrombina em trombina, que transforma o fibrinogênio em fibrina, e esta forma uma rede de filamentos. A fibrina fica presa na extremidade lesada, e com isso vai se formando um tampão, chamado de trombo, que obtrui o vaso lesado e estanca o sangramento Terciaria ocorre a fibrinolise, ou seja, a dissolução da fibrina pelo fluxo sanguíneo As 4 etapas resumidas de hemostasia resumidamente são vasocontricao: menor fluxo e pressão dentro do vaso bloqueio temporário por plaquetas tampão coagulação para vedar o local do reparo fibrolise que eh a remocao do coagulo O que limita a coagulação? Inibição de plaquetas Inibição da cascata de coagulação e produção de fibrina Em condições normais, as plaquenas não aderem ao endotélio, porem, após lesões vasculares são capazes de responder rapidamente as propriedades trombogênicas ds células endoteliais para que ocorraa formaçãodo trombo plaquetario. ADESAO PLAQUETARIA Estimulada pela lesão do endotélio do vaso, que expõe o colágeno subedotelial as plaquetas circulantes AGREGACAO PLAQUETARIA Parace depender do aumento da liberação de cálcio citoplasmático plaquetario mediado por 3 processos Liberação de ADP Liberação de A2 (TXA) Estimulacao das plaquetas por fatores extrínsecos: AD (eritrócitos) fator de ativação plaquetario COAGULACAO Exposicao de fator tecidual Cascata de coagulação formação de trombina fibrinogênio fibrina CASCATA DE COAGULACAO Serie de reações protetoras: Fator de coagulação sofre protolise tornando- se uma protease atia Proteínas participam ddois processos diferentes elacionados Via instrinseca eh inicada pelo contato do sangue com a superfícies de cargas elétricas negativas, tal como o colágeno subenditelial (todos os fatores necessários estao no snague) Via extrínseca Componentes do fluido tissular Eh iniciada pelo fator tecidual, que eh uma lipoproteína presenta nas células endoteliais Via final Comum para ambas ativações do fator X e termina com a formação de fibrina Curiosidade: esse fator X eh aquele negocio que expliquei antes, na hora da conversão da protrombina e trombina, esse fator X que faz isso, converte fator II (protrombina), em fator IIa (trobina). Se tiver pouca hemostasia, leva para um sangramento excessivo Se tiver muita hemostasia, vai formar trombos/ coágulos sanguíneos, e este vai se aderir a parede de um vaso não danificado, e pode fazer o bloqueio do vaso PACIENTES QUE FAZEM USO DE ANTIAGREGANTES/ ANTICOAGULANTES Prevencao de trombo- embolismo venoso (TVE) Acidente vascular cerebral Trombose (membros, principalmente inferiores) Embolia pulmonar Cardiopatias Fibrilação arterial Doenças isquêmicas coronárias Próteses valvares Tratamento odontológico A terapia pode aumentar o tempo de sangramento e provocar hemorragias A interrupção da terapia pode gerar trombo embolismo venoso Os dentistas não tem autonomia e competência para alterarem a terapia instituída pelo medico Exames para avaliação da hemostasia Coagulograma Tempo de sangramento, Tempo de coagulação, e prova de laco Contagem de plaquetas TP (extrinsica) e TTA (instrinceca) RNI (Tp paciente/ TP normal) TERAPIA MEDICAMENTOSA Antiagregantes plaquetarios Acido acetilsalicílico Clopidogrel Dipiridamol Agentes fibrinolíticos Estreptoquinose Alteplase Duteplase Anticoagulantes orais Compostos cumarinicos (varfarina) COMPOSTOS INDANDIONICOS Anticoagulantes injetáveis Heparina sódica Inibidores de trombina (mais recente) CUIDADOS GERAIS ODONTOLOGICOS Identificação do problema primário Por que o paciente faz o uso de terapa antiagregante/ anticoagulante Avaliar a extensão do procedimento cirúrgico/ grau de sangramento De maneira geral, pacientes que fazem uso de antiagregantes tem tempo de sangramento maiores, mas medidaslocais de hemostasia bastam para conter o sangramento Pacientes em uso de anticoagulantes orais devem ser monitorados quanto aos valores de RNI e apresentam maior risco de hemorragias trans e pos operatórias Interações medicamentosas Em alguns casos, o tratamento odontológico devera ser realizado em ambiente hospitalar INTERACOES MEDICAMENTOSAS Medicamentos de uso odontológicos que podem potencializar os efeitos da varfarina e aumentar o RNI com risco de hemorragia Analgésicos e anti inflamatórios: AAS, paracetamol, AINEs e corticosteroides MAIS POR QUE NÃO PODE DAR AINES Os AINEs possuem alto grau de ligações com as proteínas plasmáticas, e competem com a varfarina por essa ligação, deslocando- a e potencializando seus efeitos- com anticoagulantes plaquetarios no caso (varfarina) Também inibem as sínteses de tromboxanos das plaquetas, o que diminui a agregação plaquetaria, isso com os antiagregantes plaquetarios NÃO USAR COM PARACETAMOL Também potencializa o efeito da varfarina, pois o paracetamol interfera no sistema de enzimas hepáticas que metabolizam a varfarina, aumentando sua concentração plasmática Antibióticos: metronidazol, eritromicina, cefalosporina, azitromicina, tetraciclinas e cipraflorxina Aumentam o efeito da varfarina O ponto chave, eh uma dose única de antibióticas, que não ira acarretar em maiores implicaccoes No caso de doses continuas, avaliar o RNI após 2- 3 dias PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ODONTOLOGICO EM PACIENTES QUE USAM ANTICOAGULANTES Continuidade da terapia anticoagulante Quando o RNI for <3,5 não eh necessário alterar a dosagem ou suspender o uso do antiagregante caso no caso de procedimentos cirúrgicos mais simples Quando o RNI dor maior ou igual a 3,5 e um procedimento cirúrgico mais compleo esta no planejamento, eh imprescindível a troca de informações com o medico, para se avaliar o risco/ beneficio da alteração da terapia anticoagulante Nas cirurgias eletivas de pacientes com baixo risco de tromboembolismo venoso eh possível o medico suspender ou substituir a varfarina pela heparina sodica, a 4 ou 5 dias antes do procedimento cirúrgico, mantendo a profilaxia antibiótica com a heparina nas primeiras 24 horas do período pos operatório, para depois retornar ao uso da varfarina USO DE ANTIBIOTICO Em pacientes portadores de próteses valvares cardíacas ou de outras condições d risco para endocardite bacterina, o emprego de um única dose profilática de amoxicilina ou clindamicina não requer alterações na terapia anticoagulante Pacientes que requerem mais de uma dose de antibióticos devem ter o RNI avaliado após 2- 3 dias Se possível, evitar o uso de metronidazol e da eritromicina CUIDADOS PRE- OPERATORIOS Obter informações sobre o estado geral de saúde do paciente Avaliar histórico medico completo, para saber se a condição esta estável Avaliar a presença de cormobidades como doenças hepáticas ou renal, distúrbios da medula óssea, etc... Em pacientes que apresentam RNIs estáveis, eh aceitável que o RNI seva avbaliado 72 horas antes das cirurgias bucais. Caso contrario, o RNI deve ser avaliado no mesmo dia da intervenção Se possível, agendar as cirurgias para o período da manha Nas urgenciias odontológicas, quando a expectativa eh de que a intervenção poderá gerar sangremanto excessivo, o atendimento devera ser realizado em ambiente hospitalar MEDIDAS TRANS OPERATORIAS Empregar soluções anestésicas local com vasoconstritor Evitar os bloqueios regionais Na mandíbula, preferir técnica infiltrativa ou intraóssea com articaina Evitar traumatismos físicos desnecessários Restringir a instrumentação periodontal e cirurgias de acesso para areas menores Quando houver indicação para exodontias múltiplas, realiza- las em varias sessões As suturas devem ser oclusais Aplicar pressão no alvéolo por meio de compressas de gaze por uns 15 a 30 minutos OBS: nos cuidadoos pre- operatórios, alguns autores dizem que em pacientes estáveis, o RNI pode ser dos últimos 15 dias (dependendo do procedimento). Nas medidas transoperatórias dependendo do grau de hemostasia, bloqueios anestésicos podem causar hematomas e hemorragias MEDIDAS LOCAIS DE HEMOSTASIA Compressa de gaze Sutura compressiva Esponja de gelatina liofilizada Selantes de fibrina Antifibrinoliticos (tópicos) Acido tranexomico Bochecho com colutorios- 10ml 3 a 4 vezes ao dia comprimidos macerados e dissolvidos em soro fisiológico sobre a ferida CUIDADOS POS OPERATORIOS Considerar o uso de esponjas hemostáticas de gelatina liofilizada completamente reabsorvível pelo organismo Prescrever soluções de acido tramexano 4,8% para a realização de bochechos por um período de 48 horas Remover as suturas nao reabsorvíveis em 4 a 7 dias Para controle de dor pos operatória, não prescrever aspirina (AAS) e nem AINEs Optar pela dipirona Considerar o uso de corticosteroides em dose uica após troca de informações com o medico Não prescrever ou aplicar medicamentos pela via intramuscular Pelo risco de hemorragias e formação de equimoses ou hematomas Manutenção da higiene oral Dieta liquida e fria por 48 horas Não realizar bochechos,apenas enxagues CARTA DE ENCAMINHAMENTO Eh uma troca de informações entre os profissionais da saúde, não eh uma autorização de tratamento, cada profissional sabe das suas limitações Definir para quem eh a carta Ginecologista, cardiologista etc... ‘’ encaminho o senhor Lucifer DellDeablo para a avaliação cardiológica...’’ Definir qual eh o problema Odontologico Medico Junior Teixeira- Cirurgia dentista CRO: 311.600 Com localização no endereço talz Telefone talz Encaminho Lucifer DellDeablo para avaliação cardiológica, pois precisa passar um uma cirurgia odontológica simples, onde sera utilizado anestesia local (lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000). O paciente apresenta 190/ 110 mmHg de pressão cardíaca, e afirma não tomar controladamente seus remédios anti- hipertensivos. Necessito de informações sobre o risco de endocardite bacteriana, pois o procedimento vai causar uma bacteremia transitória, sendo este um risco para a endocardite. Necessito também de considerações sobre o risco cirúrgico. Desde já, agradeço. Dourados, 04 de abril de 2016 Juninho Teixeira Juninho Teixeira Cirurgiao dentista CRO 311.600
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