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apresentamumpadrãodepareamentoespe- cíficodeformaqueumapurinaestásempre pareadacomumapirimidina.Assim,estão semprepareadasaadeninacomatiminaea guaninacoma citosina.Os doisfIlamentos dahélicedeDNA separam-sequandoaspon- tesdehidrogêniosãorompidas.Issopodeser obtidoatravésdoaquecimentodasoluçãode DNA, oupelaadiçãodeácidoouálcalipara ionizarsuasbases.O desenrolamentodadu- plahéliceéchamadodedissociação,oufusão (doinglêsmelting)eocorreabruptamenteem umadeterminadatemperatura.A temperatura dedissociação(Tm- doinglêstemperatureof melting)é definidacomoa temperaturana qualmetadedaestruturadeduplahélicedo DNA é desfeita.Essatemperaturadepende da composiçãode basesda cadeiajá que moléculasdeDNA ricasemparesdebaseG- C temumaT maisalta.m Uma característicamarcantedasmolé- culasdeDNA deocorrêncianaturaléo seu comprimento.As moléculasdeDNA devem sermuitolongasparacodificarograndenú- merode proteínaspresentesnum organis- mo,mesmonascélulasmaissimples.A repli- caçãodo DNA é feitapor uma interação complexaecoordenadademaisde20proteí- nas.Dentreessas,tempapelfundamentala DNA polimerasequecatalisaa adiçãogra- , dualdeunidadesdedesoxirribonucleotídeos à cadeiade DNA. A replicaçãodo DNA é semiconservativa.Umanovacadeiaéforma- daàpartirdeumfIlamentodamoléculaori- ginal,o qualservedemoldeparaa síntese deumnovofragmento. O DNA nos cromossomoseucarióticos estáfortementeligadoapequenasproteínas básicaschamadashistonas.Essasproteínas constituemcercade metadeda massados cromossomoseucarióticos,sendoa outra metadedeDNA. O materialcromossômico nucleoprotéicoé chamadode cromatina. Esta é constituídade unidadesrepetidas, cadaumacontendoaproximadamente200 pb (paresdebases)deDNA associadosàs histonas.Porsuavez,essasunidadesrepeti- dassãodenominadasnucleossomos.A maior partedoDNA cromossômicoenvolveexter- namenteum cernedehistonas,enquantoo restante,denominadoligante,unenucleosso- mosadjacentesecontribuiparaaflexibilida- dedafibradecromatina.Assim,umafibrade cromatinaéumacadeiaflexíveldenucleosso- mos,quelembraadisposiçãodascontasde um colar(Figura12.1). Histona 2A, 26 3 e 4 Histona H1 - - Figuro 12. 1. Gemede8 moléculasde Histona Esquemadeumaregiãodocromatinaconten- do umnucleossomo.A duplohélicede DNA lemazul)estáenrolado00 redordooctômero de histonas.A histona1 ligo-seà parteexter- nodestapartículae 00 DNA ligante. O enrolamentodo DNA aoredordeum nucleossomocontribuiparasuacompactação, diminuindosuaextensãolinear.A taxade compactaçãodonucleossomoédecercade sete,no entanto,oscromossomosmetafási- cosdosmamíferosapresentamumataxade compactaçãode 104queé obtidapelafor- maçãodeumadisposiçãohelicoidal.O dobra- mentoemalçaforneceacompactaçãoadicio- nal.Oscromossomoseucarióticossãomaio- rese têmum graumaiscomplexodeorga- nizaçãoestruturaldoqueosprocaríóticos.Os 263 genomasdasleveduras,moscasdasfrutase bovinoscontêmcercadequatro,quarentae milvezesmaisDNA, respectivamente,queo genomadeEscherichiacoli.Essaabundância dotaos eucariontesde potencialidadesque estãoausentesnos procariontese adiciona desafiosà replicaçãoeà expressão. MétodosUtilizadosno Mapeamento dosGenes Um mapagenômicodescreveaordeme o espaçamentodemarcadoresdeDNA (ge- neseseqüênciasidentificáveisdeDNA) en- tresi,emcadacromossomoepodeapresen- tardiferentesníveisderesolução.Numare- soluçãomaisbaixa,temoso mapadeliga- çãoquedescreveaslocalizaçõescromossô- ricas relativasdemarcadorespor meiode seuspadrõesdeherança.Qualquercaracte- rísticafísicaoumolecularcomherançamen- delianaequesejadiscriminávelentreindiví- duospodeserconsideradoummarcadorge- néticoempotencial.Marcadorespodemser produtodeexpressãodegenesousegmentos deDNA não-codoficante,mascujopadrão deherançapodeserdefinido.As diferenças emseqüênciasdeDNA sãomarcadoreses- pecialmenteúteisporseremabundantes,de caracterizaçãoprecisae relativamentefácil. Quanto maisvariáveis(polimórficos)os marcadores,maisúteisnomapeamento.Em outraspalavras,formasalternativastêmque existirentreindivíduosde modoqueesses possamserdiscriminadosentrediferentes membrosdeumgrupoestudado,oqualpode serumafamília,população,raçaoumesmo umaespécie. O mapadeligaçãodeumaespécieécons- truídoatravésdaobservaçãodequãofreqüen- tementedoismarcadoressãoherdadosjuntos. Doismarcadoreslocalizadospróximosumao outro,no mesmocromossomo,temgrande probabilidadedeserempassadosjuntosdepai parafilho. No entanto,ocasionalmenteos cromossomosdeumparsubmetem-seaum processodenominadorecombinação(doin- glêscrossing-over).Quandoissoocorre,mes- momarcadoresrelativamentepróximospo- demserseparados.A probabilidadedeque issoocorraémaiornaproporçãoemqueos doismarcadoresestejammaisdistantesno cromossomo.No mapagenéticoasdistâncias entreos marcadoressãomedidasemcenti- morgans'(cM). Dois marcadoressãoditos separadospor 1cM quandoataxaderecom- binaçãoéde 1%.Umadistânciagenéticade 1cM éaproximadamenteigualaumadistân- ciafísicade 1milhãodepb (1 Mb). Existemdiferentestiposdemapasfísicos, variandono seugrauderesolução.O mapa cromossômico,tambémdenominadocitoge- nético(Figura12.2),ébaseadono distinto padrãodebandasobservadasno microscó- pioóticodecromossomoscorados.Diferen- tesestratégiastêmsidoempregadasutilizan- dotécnicasdebiologiamolecularbuscando mapascomumaresoluçãomaisfma.O mapa físicodemaisaltaresoluçãoconsistenose- quenciamentocompletodasbasesquecom- põem cadacromossomodeum genoma. Outroaspectobastanteinteressanteéque o mapeamentodeváriosgenesemdiferentes espéciestemreveladoaexistênciaderegiões dehomologiamuitoconservadasdurantea escalaevolutiva.O cromossomoX dosmamí- ferosé altamenteconservadoentreasespé- cies,permitindomapearregiõesporhomolo- gia.O mapeamentodegenesautossomosho- mólogosderatosehomemtemtambémreve- ladoconservaçãodessessegmentosemrela- çãoa outrasespécies,aindaqueemmenor graudoqueocorrecomo cromossomoX. MarcadoresMoleculares O conhecimentodavariabilidadegené- ticatemumpapelfundamentalemnossa * unidadede recambinaçãocujonomeé homenagemaogeneticistaamericanoThomasHuntMorgan. 264 A c Figura12.2. 'I I II 6 1,1 8 I. 13 II -3-~ " 4 'i ! II 3 I:' 4 II ! Cariótipode fêmeabovina- Bostaurus2n=60IA),Javali- Susscrofascrofa2n =36(B),híbridoJavali x Suínodoméstico-Susscrofascrofax Susscrofadomestica2n=371c)e cariótipodo suínodoméstico - Susscrofadomestica2n=38IDI.O javalié umanimalnativodaÁsia,Áfricae Europae quevemsendo utilizadocomoalimentohámuitotempo.Suacarneé consideradanobree apresentabaixopercentual degordura.Na Américado Sulfoi introduzidonoUruguaie naArgentinaondeocorreramcruzamentos livrescomosuínosdomésticosresultandoemanimaishíbridosqueapresentamcaracterísticasdasduas espéciesparentais.Na Américado Norte,o javalifoicruzadopropositalmentecomo porco-do-mato, produzindoo Varão-selvagem.O JavaliSelvagemda EuropaContinentalapresentaumcariótipocom- postopor 36 cromossomosenquantoo suínodomésticoapresenta38. Os animaishíbridospodem ápresentarcariótiposcom37 ou 38 cromossomos.Estacaracterísticatemsidomuitoutilizadaparadi- ferenciarosJavalislegítimosde seushíbridos,vistoquea discriminaçãopelofenótiponemsempreé possível.-FotografiasgentilmentecedidaspelosDrs.JoséCarlasF.Moraes- EMBRAPA- PecuáriaSul (cariótipobovino!eThalesRenatoO. Freitas- DepartamentodeGenética- UFRGS,Mana daSilva- Citocel- Laboratóriode Genética(demaisfiguras).Reproduçãoautorizada. compreensãosobrea evoluçãodasespécies e dos processos envolvidos no desenvolvi- mento normal e patológico. As freqüências dos alelos para marcadores genéticos nu- cleares "clássicos" (grupos sangüíneos e proteínas) são conhecidos em milhares de populações e espécies. Qualquer característicadeterminadapor um genesimplesque exibevariabilidadege- néticadiscretaconstituium polimorfismo,o 265 II 11 1I I. li II % 3 4 ! I % 11 II I,. 7 6 7 '.I I; -. Aa II 11 .'1. 10 11 U xx 8 . 'A .. I <aa ., ..14 I! 16 " 18 14 D IIII I % II II 6 7 II u 8 . 18 ., 13 14 B ,. " !I I.!10 11 1% xv _I t !te16 17 18 a' -' ..1 I. 10 11 12 xv li . 8<ft .." 18 qualmarcaum segmentocromossômico.A rigor,considera-sepolimórficooloconoqual oalelomaisfreqüentepossuiumafreqüência igualou inferiora 99 %. Se genesafetando umacaracterísticaquantitativa(QTL) ou qualitativaestiveremnumsegmentocromos- sômicopróximoàquelemarcador,omonito- ramentodasegregaçãodopolimorfismopode permitirumainferênciaindiretadapresença do QTL eo valorfenotípicoa seresperado paraacaracterísticaquantitativadevidoa li- gação.A certezadessainferênciadependerá daproximidadedomarcadorao QTL queé medidopelafreqüênciaderecombinação.O valordomarcadordependerádamagnitude enaturezadosefeitosquantitativos. Grupos Sanguíneos e Polimorfismos Protéicos Os estudoscomgrupossangüíneosani- maisforaminiciadosno anode 1900por P. EhrlicheJ. Morgenroth,períodoemquetam- bémforamdescritososprimeirosgrupossan- guíneosemhumanospor K. Landsteiner (Hines,1999).Seguiram-seavançosdastéc- nicasdeimunizaçãocomaconseqüentede- tecçãode grupossangüíneosemdiferentes espéciese já emmeadosda décadade 30 surgemosprimeirosrelatosdesuautilização emtestesdepaternidadeemespéciesdeani- maisdomésticos(eqüinos).Nadécadade50, como surgimentodastécnicasdeinsemina- çãoartificial,houveumredobradointeresse na utilizaçãode técnicasde imunogenética nãosomenteparaa identificaçãoanimale controledepaternidade,mascomoumafer- ramentaaserutilizadaemestudosdegenéti- cadepopulaçõesebuscademarcadorespara genesquecodificamcaracterísticasde inte- resseeconômico.Atualmente,embovinossão reconhecidos11sistemasdegrupossangüí- neosou antígenoseritrocitários,denomina- dosA, B,C, F, J, L, M, S,Z, R', eT'. O sis- temaB caracteriza-sepor suacomplexidade 266 ímparentretodososmamíferos,estimando- sequepossuamaisde1000alelosoufeno- grupos.Todososgrupossanguíneosdebo- vinosjá têmsualocalizaçãocromossômica conhecida(Nicholas,1987;Hines,1999). O desenvolvimentodastécnicasdeele- troforese(Hunter& Markert,1957)deu acessoaumanovacategoriadepolimorfis- mos,os polimorfismosprotéicQs.Basica- mentea técnicaconsistenaseparaçãode moléculas,porsuacargaelétrica,tamanho e forma,atravésdamigraçãoemummeio desuporteetampõesadequadossobain- fluênciadeumcampoelétrico.A eletrofore- sedezonaconstituiatécnicamaisutilizada, freqüentementeassociadaà aplicaçãode métodoshistoquímicosparalocalizaraszo- nasdeatividadeenzimáticadiretamenteno meiodesuporte(Smithies,1955).Embo- vinos,ospolimorfismosprotéicosconsistem normalmentedevariaçõesobservadasem proteínasdosangue(plasma/soro,eritróci- toseleucócitos)edoleite. A técnicaconvencionaldeeletroforesepos- sui a limitaçãode detectarapenascercade 30%davariaçãogenéticaprotéica,poisape- nasessepercentualdemutaçõeséquealtera acargaelétricadasproteínas.Não obstante, estudosdavariabilidadeeletroforéticadaspro- teínaspermitiramaidentificaçãodeumgran- denúmerodepolimorfismosemdiferenteses- pécies,possibilitandoaavaliaçãodeparâme- trosdadiversidadegenéticadosorganismos, taiscomoopercentualdelocospolimórficos eaheterozigosidademédiapor loco. As principaisutilizaçõesdestacategoria demarcadoresestãorelacionadascom: a. controledepaternidade; b. caracterizaçãodepopulaçõesnaturais, visandoestabelecerasrelaçõesfIlogené- ticasentreosdiferentesníveishierárqui- cos(gêneros,espécies,raças)afimdees- clarecerahistóriaevolutivadaspopula- çõese estabelecercritériosadequados parasuapreservaçãoe/ouutilização; c. caracterizaçãodepopulaçõesdeani- maisdomésticos,visandoestabelecer a influênciadoambientee processos deseleçãoartificialsobresuacompo- siçãogenética,bemcomodeterminar asrespectivasdistânciasgenéticaspara permitiraotimizaçãodosprocessosde cruzamentobaseadosnaexploração daheterose;~ d.diagnósticoecontrolededoençasgené- ticas,comoerrosinatosdometabolis- moeoutrasmutaçõesquecausemdefi- ciênciasquantitativasou qualitativas nasproteínascomousematividadeen- zimática.Ex:DeficiênciadeFatorVIII (=hemofilia)ea-manosidose; e.discriminaçãoentreosdiferentestipos degêmeos.Apesardapossíveltrocade sangueentregêmeosfraternos,autili- zaçãoconjuntadegrupossanguíneos epolimorfismosprotéicospodemfazer adiscriminaçãoentreindivíduosdizigó- ticosemonozigóticoscomumaeficiên- ciamuitopróximaa 100%. Atualmenteexistemrelatosdaexistência depolimorfismoem13proteínasplasmáti- cas,12proteínaseritrocitárias,noveproteí- nasleucocitáriase 6 proteínasdo leite,a grandemaioriajápossuindosualocalização cromossômicaconhecida(Hines,1999). Polimorfismosde DNA A descobertadaestruturadoDNA em 1957tevecomoconseqüênciaestudosenvol- vendoasvariaçõesnaturaisemsuaestrutura. Numprimeiromomento,ospesquisadores enfrentavamo problemadetrabalharcom quantidadeslimitadasdeDNA,todaelaori- gináriadaextraçãoefetuadaapartirdecélu- Iasbemconservadas.Essepanoramamudou radicalmenteapartirdadécadade80com a descriçãodeumatécnicarevolucionária, denominadareaçãodepolimeraseemcadeia (Mullis& Faloona,1987)ouPCR(doinglês Polymerasechain reaction),como émaisco- mumenteconhecida. APCR (Figura12.3)éumatécnicalabora- torialquereproduzartificialmentea forma comoo DNA éreplicadonanatureza.Apre- sentadaàcomunidadecientíficanumencon- tro em1984,a PCR foi adotadacomouma ferramentadepesquisaessencialdadosua potencialidadedeutilizaçãonaáreadebiolo- giamolecular.A técnicadePCR temsidouti- lizadacomosmaisdiferentespropósitosque vãodesdeaidentificaçãodeindivíduosapar- tir de restosmortaisde guerra,análisede DNA pré-histórico,diagnósticodedoenças, auxílioeminvestigaçõespoliciais,determina- çõesdepaternidade,entreoutrasaplicações. A PCR éummétodorápidoeversátilpara aamplificaçãodesegmentosdeDNA epode serimplementadoapartirdeumafonteque contenhaapenasumamolécula.Usualmen- te,ométodoérealizadodeformaapermitir umaamplificaçãoseletivadeumaseqüência alvoespecíficadentrodeumacoleçãohete- rogêneadeDNA (p.ex.DNA genômicoto- tal ou populaçãocomplexadeDNA). Para permitirtalamplificaçãoseletiva,énecessá- ria algumainformaçãopréviada seqüência alvoparaquesepossaconstruirduaspeque- nasseqüências(15-30 pb) deoligonucleo- tídeosiniciadores(doinglêsprimers).Quan- doadicionadosaoDNA genômicodesnatu- rado,essesiniciadoresligam-seespecifica- menteàs suasseqüênciascomplementares de DNA queflanqueiama regiãoalvode- sejada.Essasseqüênciassãodesenvolvidas de formaque,empresençade uma DNA polimerasetermoestávele precursoresde DNA (osquatrosdeoxinucleotídeostrifos- fatados),inicie-seasíntesedenovascadeias quesãocomplementaresdacadeiadoDNA alvo.A técnicade PCR é umareaçãoem cadeiaporqueoDNA sintetizadoemumci- clo inicialpassaa sero moldeparaasínte- seposteriordeDNA nosciclossubseqüen- %7 Mistura Pl ~ 111111111111111I1111I111I111111111111 DNAAlvo aTaq P2 Iii;y +DNTPs Desnaturação ~';'IIIIIIIIIIIII'IIIIIIIIIIIIII alii;y'"""""""'"""'"""""""1 94°C Anelamento III!l"1111111111111111111I~a 1"1"'"""'""'"""'"" 55°C o o "[5 o.... 'ã5 E o;:: CL ~ J!WIIIII"'~'I""'I""'I""'I ~"IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII' Extensão alii;y J!!!IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII.IUIIIIII ~a 72°C alii;y '11'!llllllllllllllllllllllIllliifliiii ~a Desnaturação ~'II"""I"""""""""""'" 1"11"""""'11"11"""11"11'11"a alii;y ~a """"""""""'""""~I~ .IWI'I"'I"""'I""I"""II""" !II!IIIIII""~"""II""""'II" UJIIIIIII_'~""I"'I"""'I"" ~"IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII' .lllflllflllllllllllllllllllliifliiii o .~ o o "O c::J O> Q) cnAnelamento Extensão !!WIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIJI.IIIII 11111111111111111111111111111111111111' Figura12.3. Diagramailustrandoas diferentesetapasdurantea amplificaçãode DNA utilizandoa técnicade PCR. tesoApós aproximadamente30ciclosdesín- teseosprodutosde PCR deverãoincluir, alémdo DNA original,aproximadamente 105cópiasda seqüênciaalvo.Essaquanti- dadepodeserfacilmentevisualizadacomo umabandadiscretade tamanhoespecífi- coquandosubmetidaà eletroforeseemgeldeagarose.A reaçãoenvolveciclosseqüen- ciaiscompletoscompreendendotrêsetapas básicas: a. Desnaturação- compreendea disso- ciaçãodasligaçõesquemantêmunida aduplafitadeDNA. Issoéobtidotipi- camentepelautilizaçãodetemperatu- rasentre93-95°C; 268 'I1m1l11ll111l11ll11l111l111l11l111l1' mnlllllllllllllllllllllllllllllllll b.Reanelamento- Ligaçãodasseqüên- ciasiniciadorascoma seqüênciaalvo. Essepassonormalmenteutilizatempe- raturasentre50e70°Cdependendoda Tmdoduplexesperado.A temperatura deanelamentoétipicamente5°Cabai- xo da Tmcalculada.Temperaturasde anelamentomaiselevadasaumentama especificidadedareação. c. Síntesedo DNA - A partirdosinicia- doresjá ligadosà seqüênciaalvo,co- meçaa síntesedeumanovaseqüência complementar.As temperaturasque conferemmaioreficiêncianessaetapa estãoentre70-75°C. A DNApolimerasetermoestáveltemsido obtidadeorganismoscujohabitatnatural ocorreemfontestermais.Porexemplo,aTaq polimerasevastamenteutilizadaé obtidaa partirdo Thermophilusaquaticuse é ter- moestávelaté94°C,comumatemperatura ótimadefuncionamentode80°C. Astécnicasmod~nasdebiologiamole- cularfacilitarama detecçãodepolimorfis- mosgenéticosdiretamentenoDNA.Osmar- cadoresde DNA alémde apresentarem maioresníveisdepolimorfismosqueospro- téicos,permitemtambémaobtençãodeda- dosderegiõesnãotranscritase identifica- çãodemutaçõessilenciosas.Contamainda comafacilidadedemanipulaçãoeamaior estabilidadedoDNA,oqueosestátransfor- mandoemmaterialdeeleiçãoparacompa- raçõesbiológicasetambémcomomarcado- resparacaracteresdeprodução. PolimorfismosdeComprimentode FragmentosdeRestrição Opolimorfismodecomprimentodefrag- mentosderestrição(RFLP)édemonstrado pelafragmentaçãodoDNA atravésdouso deenzimasderestriçãoqueo cortamem regiõesespecíficas,resultandoemfragmen- tosdediferentestamanhos,osquaisvariam deacordocomalocalizaçãodosítiodere- conhecimento.Essasenzimassãoendonu- cleasesproduzidasoriginalmenteporbacté- riascomoummecanismodedefesaquevisa destruiroDNAdeagentesinvasores.Como asenzimasderestriçãotêmseqüênciasde reconhecimentoespecíficas,mutaçõesque acarretamacriaçãooueliminaçãodesítios declivagem(corte)alteramo tamanhodos fragmentosdeDNA.Essesmarcadoresfo- ramidentificadospelaprimeiravezhámais de20anosemumexperimentodestinadoà detecçãodemutaçõesemDNA devírus (Grodzickeretal.,1975). O produtodeclivagempodeserobser- vadopor hibridizaçãodessesfragmentos comseqüênciashomólogasdeDNAmarca- do radiativamenteouporcompostosque desencadeiamluminescência.Esseproces- so,noentanto,ébastantelaboriosoeapes- quisademarcadoresnumgenomacomple- topodetornar-seextremamentecomplexae atémesmoinviável,dopontodevistapráti- co.Umaalternativaparaa caracterização dessesmarcadoreséadigestãodefragmen- tosmenoresrealizadaapósa amplificação porPCR. Entretanto,comoosRFLPssão codominantese dialélicos,possuembaixo conteúdodeinformaçãodepolimorfismo (doinglêspolymorphisminformationcon- tent,PIC). Exemplificando:seduascópias daregiãocromossômicaemquestãonão podemserdistinguidas(homozigotaspara aqueleloco),nãoserápossíveldeterminar qualcópiafoiherdadajuntocomumdeter- minadotraçoquantitativoenenhumainfor- maçãodeligaçãopodeserobtida.Dessa forma,somentequandoos indivíduossão heterozigotosparao loco,épossíveldistin- guirqualaleloestáassociadoaumacarac- terísticaemquestão.A freqüênciadehete- rozigotosnapopulaçãoparaumdetermina- dosistemaé,portanto,deextremaimpor- tânciae diretamenteproporcionalàsfre- qüênciasalélicas. PolimorfismosdeDNA Amplificadoao Acaso A denominaçãodepolimorfismodeDNA amplificadoao acaso(do inglêsRandom Amplified PolymorphicDNA - RAPD) foi criadaporWilliamsetalo(1990)e,concomi- tantemente,Welsh & McClelland (1990) descreveramo métododenominadoderea- çãoemcadeiadapolimerasecominiciadores (primers)aleatóriosAP-PCR(doinglêsArbi- trarilyPrimed-PolymeraseChainReaction). Essa técnicaproduzmilhõesde cópiasde segmentosdeDNA, obtendo-seacaracteri- 269 zaçãodogenomaindividual,poismuitasban- daseletroforéticaspodemserdetectadasge- randoopadrãodeimpressõesdigitaisdeDNA (doinglêsDNA fingerprints).No entanto,es- sesmarcadoresapresentamalgumasdesvan- tagens.Entreelas,acomplexidadedopadrão resultante,a impossibilidadede diferenciar heterozigotose homozigotose o desconhe- cimentodopadrãodeherançadasbandas. Minissatélitese Microssatélites Boapartedogenomadoseucarioteséfor- madaporseqüênciasrepetitivasemtandem, denominadasdeDNA altamenterepetitivo,ou DNA satélite.Seqüênciascurtasrepetitivas foramanalogamentedenominadasdeminie microssatélitese estãodispersaspelogeno- ma.Apresentamumconteúdovariáveldeci- tosinaeguanina(CG) eaocontráriodoDNA satélite,nãoseconcentramemregiõeshete- rocromáticas(pararevisãoverTautz,1993; Strachan& Read,1996).A análisedesses marcadoresnuclearespodeserocomplemen- tonecessárioparaestudoscomoutrosmar- cadores,proporcionandoum quadromais completodaestruturagenéticadapopulação. Os minissatélitessão seqüênciascom unidadesderepetiçãoquevariamentrenove a 100pb,localizadospreferencialmenteem regiõesteloméricasesubteloméricas,sendo tambémdenominadasdenúmerovariávelde repetiçõesemtandem(do inglês- Variable NumberTandemRepeats- VNTR). Sãopo- limórficosereconhecidosportécnicassimi- laresàsdosRFLPs, porém,a sondautiliza- ~a paraasuadetecçãoéaprópriaregiãode repetiçãodo minissatélite.O primeiroloco hipervariáveldetectado,utilizandoumason- dadeDNA anônimo,foi descritoem 1980 por Wyman& White e, desdeentão,um grandenúmerodessespolimorfismosfoi descritoe caracterizado.Exemplificando, NakamuraetaI. (1987)analisaram372clo- nesdeDNA humanoe,desses,77apresen- tavampolimorfismosdo tipoVNTR, sendo que18possuíamumaheterozigosidadesu- periora 80%. A análisedessespolimorfismospodetam- bémserfeitaporPCR, constituindo-senuma metodologiarápidaeeconômica,porémcom limitações,já que quandoocorremalelos commaisde70pbemheterozigotos,verifi- ca-seamplificaçãopreferencialdealelosde menortamanhoemdetrimentodosmaiores. Osmicrossatélites(Figura12.4)consistem de unidadesderepetiçõespequenas,1 a 6 I CACACACA... .CACACACACA [ IGTGTGTGL. GTGTGTGTGT [ A [ ALELO (CA)112 [ 13' 15' 13' 15' I CACACACA... .CACACACACA [ IGTGTGTGT .GTGTGTGTGT IALELO (CA)112 [ Figura12.4.RepresentaçãoesquemáticadeumlocomicrossatélitecomrepetiçõesdedinucleotídeosCA EmA é apresentadoumindivíduohomozigotoe emBumindivíduoheterozigoto.Notarqueasdiferentesformas nãosediferenciampelaseqüênciade basesmassimpelonúmerode repetições. 270 ALELO (CA)118' 'CACACACA....CACACACACACACACA' , 3' , 'GTGTGTGL.GTGTGTGTGTGTGTGT' 15' B ALELO(CA)122I 'CACACACA...CACACACACACACACACACA' , 3' , 'GTGTGTGL.GTGTGTGTGTGTGTGTGTGT' ,5' pbecorrespondemamaisde20%dogeno- madosmamíferos.Sãoconhecidostambém comorepetiçõespequenasemtandem(do inglêsShortTandemRepeats- STR). Os mi- crossatélitesestãodistribuídosao acasono genomaesãomaisfreqüentesepolimórficos queos minissatélites.,Essasseqüênciassão caracterizadasapartirdebibliotecasgenômi- cashibridizadascomumasondacomrepeti- çõesdedi ou trinucleotídeoso quepermite identificarasregiõescontendomicrossaté- lites.A partirdoseqüenciamentodessasre- giões,sãodesenhadosiniciadoresparaasse- qüênciasúnicasqueflanqueiamomicrossa- télite.Posteriormente,comoauxíliodaPCR, pode-seentãoamplificaros fragmentos,o quepermiteidentificaravariabilidadeindivi- dualemcadaloco. Os marcadoresmolecularesdo tipomi- crossatélitesãoparticularmenteinteressantes devidoasuadistribuiçãoaleatóriaportodoo genoma,estimando-seseunúmerodelocos emaproximadamentelxl04-105.Alémdisso, comoos microssatélitesseguemos padrões deherançamendelianas,sãoadequadosaos estudosdeligaçãoedadinâmicagenéticadas populações.Inúmerosmicrossatélitestêm sidodescritosparaasprincipaisespéciesde interesseeconômico.O últimomapadeliga- çãopublicadoparaaespéciebovina,porexem- plo, reporta1250marcadorespolimórficos (1236microssatélitese14antígenosincluindo proteínaseritrocitáriaseséricas)distribuídosnos29autossomosenoparsexual(Kappes etaI., 1997).Essespolimorfismospermiti- ramaobtençãodeummapadogenomabo- vinodealtaresolução,cobrindoumtotalde 2990centimorgans,o quedemonstraa im- portânciadosmicrossatélitesemestudosde ligação.Adicionalmente,temaumentadosua utilizaçãoemanálisesdegenealogiasecon- troledefmação.Damesmaforma,váriosestu- dostêmbuscadomapeargenesparacaracte- rísticasquantitativas(QTLs), utilizandoesses polimorfismoscomresultadosanimadores. Emanálisespopulacionais,dadoscompa- rativosentremarcadoresprotéicosemicrossa- télitestambémtêmdemonstradoasuperiori- dadedessesúltimos.Arranzetalo(1996),por exemplo,compararamcincomicrossatélites equatorzeproteínas,verificandoqueo poli- morfismoexibidopelosmicrossatélitesfoi maior que dasproteínas;79 alelosforam observadosnosmicrossatélitescontra28nos protéicos,sendoa heterozigosidade,conse- qüentemente,bemmaiornosprimeiros.Nos últimosanos,devidoafatorescomoesses,os microssatélitestemtidoumautilizaçãomaciça nasavaliaçõesdevariabilidadegenéticadentro eentrerebanhos. Existemexperimentosquesugeremuma participaçãoimportantedesseslocosnaregu- laçãogênica(Schrothetal., 1992;Comings, 1998;Oliveira,2000).A partirdessesformu- laram-sehipótesessobreomododeinteração dosmicrossatélitescomaherançapoligênica. Foi sugeridoqueessasseqüênciasexercem algumefeitosobreaexpressãodosgenesaos quaisestãoassociadas.O efeitoseriadepen- dentedonúmeroderepetiçõesdoalelo.Isso sebaseiana observaçãodequeseqüências ricas empurinase pirimidinasalternadas, (CA)n,comoosmicrossatélites,apresentam a capacidadede formaro Z-DNA (Figura 12.5),emcondiçõesfisiológicas.Como háuma tendênciapara seqüênciasde Z-DNA se agregaremnasregiõesdeiniciaçãodatrans- criçãocomumaausênciavirtualdasmesmas emposiçõesintergênicasepseudogenes,os microssatélitesteriamumpapelpotencialna regulaçãogênica.Comings et aI. (1996) sugeremquea associaçãodeummicrossa- télitecomumdeterminadofenótipopoligê- niconãodependeriadeumaleio específico, masquehaveriaum limiarno tamanhoda repetiçãoqueinterferirianaregulaçãogêni- ca.Tantoalelosgrandescomopequenospo- deriaminterferir,concorrendotantoparaum aumentocomoparaumareduçãodaexpres- ?71 Figura12.5.Visãotridimensionalapresentandoasdife- rentespossibilidadesde conformaçãoda estruturadoDNA.B-DNAé supostamente a formade ocorrêncianaturalnacromati- na.O A-DNAocorreemsoluçõescomalta concentraçãodesaise o Z-DNAé uma formaalternativaqueocorrequandoexis- temseqüênciasricasemG-C. Adaptado de Reichertet01.2000. Reproduzidocom permissãodo autor. são.Assim,osgenótiposusualmentesão agrupadosdeacordocomotamanhodosale- losem:homozigotosparaaleloscurtos,ho- mozigotosparaaleIoslongoseheterozigo- tos(Comings,1998). Polimorfismodo DNA Mitocondrial Naavaliaçãogenéticadosanimaisdomés- ticos,comumenteutilizam-seteoriasbasea- dasnosgenesnucleares.Essatemsidoafonte dematerialnasanálisesdacomposiçãodahe- rançaemanimaisdomésticos.Contudo,exis- temoutrasorganelasdentrodascélulasque possuemseuprópriomaterialgenético,uma dasquaisé a mitocôndria.As mitocôndrias atuamnageraçãodeenergiapormeiodaoxi- 272 daçãofosforilativa.Estaconsistebasicamente numprocessoatravésdo qualo NADH e FADH2, produzidospelametabolizaçãodos nutrientes,sãooxidadoscomaconcomitante formaçãodeATP.Aproximadamente90%de todoo ATP dosmamíferoséproduzidonas ~ mitocôndrias(Voet& Voet,1995). O DNA mitocondrialé uma molécula fechadacomaproximadamente16.500nu- cleotídeos,cujaseqüênciacompletajáfoide- terminadaparadiversosmamíferos,incluin- dohumanos,bovinos,ovinos,camundongos eratos.O genomamitocondrialconsisteem doisrRNAs, 22tRNAs e 13genesparapro- teínas.A moléculatambémpossuiumare- giãonãocodificante,denominadaD-Loop, queéresponsávelpelocontroledareplicação edatranscrição(Wallace,1995). As variaçõesmolecularesno DNA mito- condrialtêmsidodemonstradasatravésde análisesdeRFLP ecomparaçãodeseqüências de nucleotídeos.Existemmuitostrabalhos associandodoençashumanasadiferençasnas seqüênciasdeDNA mitocondrial.A Síndrome deKeams-Sayres(KSS)eaNeuropatiaÓpti- caHereditáriadeLeber(LHON) sãoexem- plosdetaisdoenças(Wallace,1995;Gillham, 1994).Especificamente,a LHON demons- trouestarcorrelacionadacomumamutação simplesdogeneparaNADH Desidrogenase. Talsubstituiçãodenucleotídeospodepoten- cialmenteafetarcaracterísticasprodutivasou sanitáriasemanimaisdomésticos;entretanto, a influênciadospolimorfismosdo DNA mi- tocondrialnasaúdedosanimaisdomésticos aindafoipoucoinvestigada. A D-loop (Figura12.6)é a regiãomais variáveldo genomamitocondrial,masnão codificanenhumprodutogênicoconhecido. Portanto,o polimorfismodessasseqüências nãopodealterarnenhumacadeiaespecífica de subunidadeprotéica.Entretanto,como sãoresponsáveispelocontroledareplicação e transcrição,tais polimorfismospodem servirdemarcadoresparadiferençasemou- troslocaisdo genomamitocondrial. ACGT ACGT ACGT Figura 12.6. Seqüênciadebasesda regiãocontroladora ID-Ioop)do mtDNA de bovinos. Os genesmitocondriaistêmherança materna,oquesignificaquesãotransmitidos pelafêmeaparaambosossexosdaprogênie. O conhecimentodamagnitudedosefeitos citoplasmáticosoumitocondriaisé muito importanteparaqueasestimativasdacontri- buiçãomaternapossamserajustadasapro- priadamente.O estudodeassociaçõesentre variantesdomtDNAeaeficiênciaprodutiva emanimaisdomésticospodetrazergrandes contribuiçõesàspráticasseletivas,alémde fornecersubsídiosparaastécnicasdeclo- nagemeproduçãodeanimaistransgênicos. Empregode MarcadoresGenéticos no MelhoramentoAnimal A maioriadostraçosdeimportânciaeco- nômicaé multifatorial,o quesignificaque sãocontroladosporváriosgeneseafetados porfatoresambientais.Emrazãodisso,apre- sentambaixasestimativasdeherdabilidade (h2)e sãomenossensíveisà seleçãodireta. Setomarmoscomoexemplodecaracte- rísticamultifatorialaeficiênciareprodutiva, a prevalênciade interaçõesgenótipox am- bienteegenótipoxmanejosãoprovavelmen- te,responsáveispelasbaixasestimativasde h2« 0,15) quelhessãoatribuídas(Davis 1993;Kootsetal., 1994).A baixah2,asso- ciadaaoslongosperíodosdetemporeque- ridosparaamensuraçãodascaracterísticas reprodutivasnasfêmeas,limitaousodastéc- nicasdeseleçãotradicionaisemfunçãodo elevadocusto.A eficiênciadaspráticassele- tivaspodeserincrementada,sensivelmente, combinando-seaseleçãodiretaparaumade- terminadacaracterísticacomaseleçãopara umacaracterísticaassociadaou"marcador". Walkley& Smith(1980)compararamaefi- ciênciadaseleçãodireta,indiretaecombina- danaprolificidadeemovinos(h2=O,tO), observandoumincremento50%superiorda combinadaemcomparaçãocoma seleção diretasimples. O problemaconcentra-senaquestãode qualmarcadorutilizar.A princípio,pode-se considerara possibilidadedeutilizaçãode característicasfísicasemarcadoresmolecu- lares.Existeumasériedecaracteresfísicos quesãoutilizadoscomomarcadoresindire- tos,visandoaseleçãoparamelhoreficiência reprodutiva,aexemplodoperímetroescrotal. Contudo,apesardemuitostraçosfísicos apresentaremaltaherdabilidadee conse- qüentementeboarespostaàseleção,essetipo decaracterísticanormalmentetemsuaex- pressãoafetadapelainteraçãocomo am- bienteesistemasdemanejo. Devidoa seupadrãodeherançamono- gênica,autilizaçãodemarcadoresmolecu- larescomoferramentadeseleçãoéumaal- ternativainteressante.A co-segregaçãode umQTL commarcadorespróximospermi- tea utilizaçãodasvariaçõesnestesmarca- dores(polimorfismos)nosprogramasde 273
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