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RESUMO: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Supremacia da Constituição assegura o respeito à ordem jurídica e proporciona a efetivação valores sociais. Em razão da supremacia constitucional, todas as normas jurídicas devem compatibilizar-se, formal e materialmente, com a Constituição. Caso contrário, a norma lesiva a preceito Constitucional, através do controle de constitucionalidade, é invalidada e afastada do sistema jurídico positivado, como meio de assegurar a sua supremacia do texto magno.
O controle de constitucionalidade é uma importante garantia da supremacia da Constituição.
Em suma, o controle de constitucionalidade consiste numa atividade de verificação da conformidade ou adequação da lei ou do ato do poder público com a Constituição.
Pressupostos do controle da constitucionalidade:
1. Existência de uma Constituição formal
2. A compreensão da Constituição como norma jurídica fundamental
3. Instituição de, pelo menos, um órgão com competência para o exercício dessa atividade de controle.
Constituição Formal: o controle da constitucionalidade demanda um conjunto normativo de princípios e regras escritas, plasmados num texto jurídico supremo.
A chamada Constituição costumeira ou histórica (não escrita, por ser juridicamente) uma
Constituição flexível, não dispões de um controle de constitucionalidade.
A Constituição como norma jurídica fundamental, rígida e suprema: a rigidez constitucional decorre exatamente da previsão de um processo especial e agravado reservado para a alteração das normas constitucionais. Essa diferença de regime confere à constituição o status de norma jurídica fundamental suprema em relação a todos as outras.
O controle de constitucionalidade só se manifesta nos lugares que adotam constituições rígidas.
A inconstitucionalidade formal pode se verificar em face de uma Constituição flexível, uma vez que, fixada nesta um procedimento para e laboração das leis, qualquer violação desse procedimento consistirá em inconstitucionalidade contudo não é cogitável a inconstitucionalidade material perante as constituições flexíveis.
São pressupostos indeclináveis para o controle de constitucionalidade formal e material:
•Rigidez constitucional: distinção entre as leis constitucionais e as leis comuns
•Supremacia Constitucional: relação de hierarquia entre normas.
Toda lei ordinária contrária a Constituição não pode ter validez, é radicalmente nula, é inconstitucional, devendo ser expulsa do sistema jurídico.
CUNHA JR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 4 ed. Salvador, BA: Juspodivm, 2010. 
Previsão de um órgão competente: O controle de constitucionalidade somente existirá se a própria
Constituição previr, expressa ou implicitamente, um ou mais órgãos com competência para realizá-lo. Esse órgão tanto pode exercer função jurisdicional como política. O importante é que tenha competência para exercer o controle da constitucionalidade dos atos do poder público.
Cumpre ao poder judiciário o exercício do controle de constitucionalidade das leis e dos atos do
poder público. Aos poderes legislativo e executivo de desempenharem, em situações excepcionais, o controle preventivo e repressivo da constitucionalidade de certos atos e projetos legislativos.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
 Em suma, o controle de constitucionalidade no Brasil compreende:
 1. Controle difuso-incidental, provocado por via de exceção ou defesa em um caso concreto, perante qualquer juízo ou tribunal, e 
 2. Controle concentrado-principal, provocado por via das seguintes ações direitas, perante o STF
 a) Ação Direta de Inconstitucionalidade (ação/omissão) - ADIN
 b) Ação Direita de Inconstitucionalidade Interventiva – ADIN INTERVENTIVA
 c) Ação Declaratória de Constitucionalidade - ADC ou ADECON
 d) Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF
Todo e qualquer órgão do poder judiciário pode exercer o controle de constitucionalidade
Somente o controle de constitucionalidade pela via principal ou abstrata é exclusiva do Supremo
Tribuna l Federal (Constituição Federal) ou dos Tribunais Estaduais (Constituição do Estado).
MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Quanto ao parâmetro do controle: A fiscalização ou controle da constitucionalidade das leis e dos
atos do poder público pode ter como parâmetro:
•Toda a Constituição formal, incluindo os princípios e regras implícitos
•Apenas alguns dispositivos da Constituição
•Um bloco formado pela Constituição formal mais os princípios superiores definidos como
direito supralegal.
No direito brasileiro o parâmetro utilizado é toda a Constituição formal
No direito brasileiro o parâmetro utilizado é toda a Constituição formal
•Toda a Constituição formal, incluindo os princípios e regras implícitos
•Apenas alguns dispositivos da Constituição
•Um bloco formado pela Constituição formal mais os princípios 
No direito brasileiro o parâmetro utilizado é toda a Constituição formal
CUNHA JR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 4 ed. Salvador, BA: Juspodivm, 2010.
Quanto ao objeto de controle: As constituições organizam seus sistemas de defesa adotando o controle da constitucionalidade dos atos normativos do poder público. Contudo, no Brasil, com a
ADPF já se admite, o controle concentrado de atos concretos do poder público.
Ademais, há países, como o Brasil, que acolhem também o controle da constitucionalidade das omissões indevidas do poder público.
Quanto ao momento da realização do controle: Controle preventivo (a priori) e controle repressivo (a posteriori). 
Controle Preventivo
Ocorre durante o processo de elaboração do ato
Através dos pareceres das Comissões de Constituição e Justiça das casas legislativas (CCJ).
Veto jurídico -constitucional por motivo de inconstitucionalidade pelos chefes do executivo.
Controle Repressivo
Ocorre após a conclusão do processo de elaboração do ato
No direito brasileiro, o controle judicial de constitucionalidade é, em regra, sucessivo ou 
repressivo, podendo ser preventivo em sede concreta, por provocação de parlamentares em ação ou 
mandado de segurança.
1. Nem sempre há duplo controle preventivo
2. Controle preventivo de natureza jurisdicional é a exceção.
Quanto à natureza do órgão com competência para o controle: pode ser Político (não – judicial)
e Judicial (jurisdicional). No Brasil o controle é jurisdicional, pois só o poder judiciário foi autorizado a declarar a inconstitucionalidade. 
A despeito da prevalência do controle jurisdicional, tem-se admitido um tipo de controle político exercido nas hipóteses do controle preventivo.
Quanto ao número de órgãos com competência para controle: 
1. O controle difuso: pluralidade de órgãos – qualquer órgão do poder judiciário.
2. O controle concentrado: um órgão - STF ou Tribunais dos Estados.
No Brasil o controle poder ser simultaneamente difuso e concentrado.
Quanto ao modo de manifestação do controle:
1. Por via incidental (exceção ou defesa)
2. Por via principal (ação direta)
3. Abstrato ou em tese
 4. Concreto
O controle incidental é sempre concreto, por envolver a resolução de um litígio ou de uma controvérsia real entre partes.
Na via incidental a inconstitucionalidade não é o pedido ou objeto da demanda, mas sua causa de pedir, seu fundamento jurídico. Nessa via, o órgão competente será provocado por meio de exceção ou de defesa. Permite-se, até, que o juiz, de ofício, conheça eacolha a inconstitucionalidade.
O controle abstrato relaciona-se com o controle concentrado e principal, pois nele a impugnação da constitucionalidade do comportamento do poder público é feita independentemente de qualquer litígio concreto.
O controle é principal, quando a inconstitucionalidade figura como o próprio pedido ou objeto da ação. No Brasil, o controle de sua constitucionalidade por via principal, salvo poucas hipóteses é sempre abstrato ou em tese.
No Brasil o controle difuso é desencadeado sempre incidentalmente, à vista de um caso concreto e o controle concentrado é provocado por via de ação direta (principal)
Quanto a finalidade do controle: 
1. Subjetivo: defesa de um direito ou interesse subjetivo da parte
2. Objetivo: defesa objetiva da constituição
No Brasil, o controle incidental é sempre um controle subjetivo, enquanto o controle principal, é, em princípio, objetivo.
O CONTROLE DIFUSO DE CONSITUCIONALIDADE
•Origem no caso Marbury v. Madison julgado pela Suprema Corte norte – americana em 
1803, a partir da argumentação do Justice John Marshall a respeito da supremacia da 
constituição em fase das leis em geral.
•Judicial review of legislation necessidade de garantir o texto constitucional por meio de um 
controle atribuído aos órgãos do poder judiciário.
•Esse modelo de controle foi consagrado, pela primeira vez, no Brasil na Constituição de
1891
. Hoje seu fundamento é encontrado no artigo 102, III, da CF 88.
O controle de constitucionalidade dos atos ou do poder público é realizado, no decurso da demanda judicial concreta, e como incidente dela, por qualquer juiz ou tribunal, Daí afirma-se que , o controle difuso é um controle incidental.
No controle difuso, a questão constitucional, consistente na inconstitucionalidade dos atos
ou omissões do Estado, ostenta a natureza de questão prejudicial, na medida em que deve ser
decidida pelo juiz ou tribunal antes de julgar a própria controvérsia. É um antecedente lógico e um
conditio sine qua non da resolução do conflito.
Controle Difuso
 A provocação do controle Pelo autor: na inicial de qualquer ação, qualquer que seja o tipo de processo e procedimento
Pelo réu: nos atos de resposta ou ações incidentais de contra-ataque.
As partes em qualquer demanda
A legitimidade para provocar Os terceiros intervenientes
O Ministério Público
O juiz ou Tribunal de ofício, exceto no recurso extraordinário.
Qualquer juiz ou tribunal com competência para processar
e julgar a causa
A competência para realizar O tribunal tanto originalmente quanto em grau de recurso
Quando o tribunal for o órgão exercente do controle
incidirá a regra obrigatória do art, 97 da CF 88.
O procedimento Perante o juiz, não há procedimento específico
Perante Tribunal observar o CPC além do seu regimento
interno.
Efeitos da decisão Inconstitucionalidade inter partes da lei ou do ato
Retroatividade da decisão que pronuncia a nulidade
(efeitos ex tunc ) da lei ou do ato (ressalvada a hipótese de
limitação dos efeitos com base nas leis 9868 e 9882/99) 
O CONTROLE DIFUSO E A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DO ATO PELO SENADO
FEDERAL.
•Art. 52, X
•Cabe ao STF proced er a comunicação, após transitar em julgado a decisão que declarou, em
sede de controle incidental, a inconstitucionalidade do ato impugnado ao Senado Federal;
•A competência do Senado limita-se à declaração de inconstitucionalidade proferida e m
controle incidental.
•O Senado poder suspender a execução de qualquer ato normativo declarado inconstitucional
pelo STF, sej a ele federal, estadual, distrital ou municipal.
CUNHA JR, Dirle y da. Curso de Direito Constitucional. 4 ed. Salvador, BA: Juspodivm, 2010.
•A Constituição não prevê prazo para o exercício dessa competência, de modo que ela pode
ser exercida a qualquer tempo.
•A resolução suspensiva do Senado é irrevogável.
•O Senado tem competência par suspender a execução no todo ou em parte, do ato dec larado
inconstitucional por decisão definitiva do STF.
•Segundo decisão do STF a suspensão da vigência da lei por inconstitucionalidade torna sem
efeito todos os atos praticados sob o império da lei inconstitucionalidade (ex tunc)
. A deliberação do senado é essencialmente política e discricionária. 
CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE 
1. Provocado por via principal
2. Propositura de uma ação direta
3. Antinomia entre uma norma infraconstitucional e uma norma constitucional 
4. Sem análise de um caso concreto
A inconstitucionalidade se caracteriza pe la violação da nor ma constitucional. Haverá
inconstitucionalidade tanto em face de u m ato praticado contra uma norma constitucional como em
razão da inércia do poder público. Esse comportamento estatal pode ser normativo ou não
normativo, geral ou individual, abstrato ou concreto.
Inconstitucionalidade: desconformidade direta e imediata do comportamento estatal com a
constituição.
Tipos de inconstitucionalidade:
•Formal e material 
•Total e parcial
•Originária e superveniente
•Antecedente e consequente 
•Progressiva
Formal: decorre do vício de incompetência do órgão de onde provém o ato normativo
(inconstitucionalidade orgânica). A inconstitucionalidade for mal (propriamente dita) decorre da
inobservância do procedimento legislativo fixado na Constituição.
Material: refere-se ao conteúdo do ato nor mativo. É materialmente inconstitucional todo ato
normativo que não se ajusta ao conteúdo dos princípios e regras constitucionais.
Total: quando o vício contamina todo o ato normativo.
•A deliberação do Senado é essencialmente política e discricionária
•Hoje seu fundamento é encontrado no art.102, III, CF 88.
O controle de constitucionalidade dos atos ou omissões do poder público é realizado no curso da
demanda judicial concreta, e como incidente dela, por qualquer juiz ou tribunal. Daí afirma-se que
o controle difuso é um controle incidentaTotal: quando o vício contamina todo o ato normativo.
Parcial: quando a mácula atinge o ato apenas em partes.
Originária: quando a inconstitucionalidade surge com o simples nascimento do ato,
comprometendo-se desde a origem.
Superveniente: quando se manifesta pos teriormente em face de uma alteração constitucional, de
uma renova interpretação da Constituição, ou ainda, em virtude de mudanças nas circunstâncias
fáticas.
Antecedente ou imediata: decorre da direta e imediata violação de uma norma constitucional.
Consequente ou derivada: decorre de um efeito reflexo da inconstitucionalidade imediata.
Inconstitucionalidade por arrastamento ou por atração.
Progressiva: ocorre quando uma lei ou nor ma, ainda const itucional, transita progressivamente para
o terreno da inconstitucionalidade, em razão da superveniente modificação de determinado estado
fático ou jurídico.
A provocação do controle concentrado – principal
1. Ação direta de inconstitucionalidade por ação (ADIN por ação)
2. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADIN por omissão)
3. Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADIN Interventiva)
4. Ação declaratória de constitucionalidade
5. Arguição de descumprimento de preceito fundamental.
Controle concentrado – principal de constitucionalidade/Ações Diretas
1. Só pode ser exercido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelos Tribunais de Justiça dos
Estados
2. Propositura de ações especiais e diretas
3. Veiculam as questõesconstitucionais como o próprio objeto ou pedido principal da
demanda.
4. Uma fiscalização abstrata ou em tese da validade das leis
5. Ação objetiva e um processo objetivo
6. Não há partes ou tutela de direitos subjetivos
7. Defesa objetiva da supremacia da Constituição
	
8. Uma vez proposta a ação direta não se admitirá desistência 
9. Não se per mitindo, intervenção de terceiros, por qualquer de suas modalidades (exceto amicus curiae)
10. Não comporta ação rescisória
11. O órgão competente encontra-se condicionado pelo pedido
12. O órgão competente não s e encontra condicionado a causa de pedir, tendo em vista que nas
ações diretas é aberta.
13. As ações diretas tem natureza dúplice.
ADIN por ação busca-se eliminar do sistema um ato normativo em contraste com a Constituição.
Na ação declaratória procura-se preservação de um ato normativo feder al. Na ADIN por omissão
busca suprir a ausência da norma ou medida necessária para tornar efetiva nor ma constitucional.
ADIN interventiva preordenar-se a sancionar politicamente o Estado com a intervenção federal pela
não observância dos princípios sensíveis. ADPF caráter subsidiário limita-se à defesa das normas
constitucionais que se qualificam com preceitos fundamentais.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
•Ação de controle concentrado - principal
•Defesa genérica/ação genérica
•Fiscalização abstrata no Supremo Tribunal Federal 
•Não há lide, nem partes confrontantes
•Processo objetivo.
Legitimidade ad causam
Os legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade não são considerados
partes, pelo menos do ponto de vista material. Pode-se dizer, apenas, que esses legitimados são
partes meramente formais, por encontrarem-se incumbidos pela ordem j urídica da responsabilidade
de arguirem judicialmente a inconstitucionalidade dos leis ou atos normativos do poder público.
Não podem ser consideradas partes passivas os responsáveis pela elaboração do ato questionado.
Legitimados art. 103 CF/88
Em razão da orientação jurisprudencial do STF há dois tipos de legitimados para propositura da
ADIN.
1. Os legitimados universais que não precisam satisfazer o requisito da pertinência temática,
são eles: o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos
Deputados, o Procurador – Geral da República, o Conselho Federal da OAB e o Partido
Político com representação no Congresso Nacional
2. Os legitimados não universais ou especiais que necessitam demonstrar interesse de agir, ou
seja, adequação temática, são eles: Governador do Estado, Mesa da Assembleia Legislativa,
Confederação Sindical e das Entidades de Classe de âmbito nacional.
Competência
No Brasil, a competência para exercer a jurisdição constitucional no controle abstrato ou
concentrado – principal é exclusiva do Supre mo Tribunal Federal ou dos Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal.
Entretanto, quando as leis ou atos normativos estaduais forem contestados em face da
Constituição F ederal, a competência para apreciá-los será exclusiva mente do STF, já quando
contestados da Constituição do Estado, a competência será dos tribunais de justiça.
Parâmetro e objeto 
A ADIN tem como parâmetro toda a Constituição. Dispõe o art. 102, I, a, da Cons tituição
Federal, que a ADIN e a ADC serão propostas contra lei ou “ato normativo”.
A Carta Magna não distingue entre leis formais de efeitos abstratos e de efeitos concretos, de
modo que, cuidando-se de leis formais, todas elas expõem-se a fiscalização abstrata.
Esses atos normativos precisam existir formalmente, ou seja, necessitam encontrar-se
promulgados e publicados, mesmo que ainda não vigentes.
Segundo STF não é possível o controle abstrato preventivo da constitucionalidade
Ainda segundo o STF, a não recepção de uma norma pela Constituição não traduz a sua
inconstitucionalidade superveniente e sim a sua revogação.
Os atos que admitem controle abstrato por via de ADIN, são todos aqueles previstos no art.
59 da CF.
Decisão e efeitos
A decisão final do Supremo Tribunal Federal que declara a inconst itucionalidade ou
constitucionalidade da lei ou do ato normativo impugnado ou questionado tem eficácia contra todos
(efeitos erga omnes) e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário é a
Administração Pública Federal, Estadual, e Municipal.
A declaração de inconstitucionalidade proferida no controle concentrado – principal implica
na pronúncia da nulidade ab initio da lei ou ato normativo atacado.
Dai sustentar-se, perfeitamente, que essa decisão produz efeitos ex tunc
Reconhece-se que a decisão que declara a inconstitucionalidade produz efeitos
repristinatórios, ou seja, restabelece a legislação anterior revogada pela lei declara nula. Atualmente, a lei 9868/99, pelo seu art. 27, per mite ao STF, ao declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, desde que se pronuncie por maioria de dois terços de seus membros,
deliberar que a decisão só opere efeitos a a partir de seu trânsito em julgado (ex nunc) ou a partir de
outro momento.
A decisão declaratória de inconstitucionalidade deve respeito à coisa julgada
Para rescindir-se o julgado, exige-se ação rescisória. E ação direta de inconstitucionalidade,
já decidiu o supremo, não é sucedâneo de ação rescisória.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
•EC Nº 03/93 (nova redação art. 102, I, a, CF 88 e inseriu o § 2º ao art. 102 da Constituição)
•Consiste em s olucionar definitivamente, a dúvida ou incerteza existente a respeito da
constitucionalidade da lei ou do ato normativo federal, surgida e m grave controvérsia
judicial travada e m sede de controle inc idental, mas visando a confirmação da lei ou do ato
questionado e a declaração de sua constitucionalidade.
Pressuposto de admissibilidade: existência de efetiva controvérsia judicial em torno da
legitimidade constitucional de determinada lei ou ato normativo federal
Legitimidade ad causam
A legitimidade atua da ADC é idêntica e comum à legitimidade da A DIN.
 Na A DC não tem legitimado passivo.
Competência
É de competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal (art. 102. I, a, Constituição
Federal)
As constituições estaduais podem prever a ação declaratória de constitucionalidade, de
competência dos tribunais de justiça e tendo por objeto lei ou ato normativo estadual ou municipal
questionado em face da carta estadual.
Parâmetro e objeto 
Tem por parâmetro todas as normas constitucionais e por obj eto as leis ou os atos
normativos federal.
Decisão e efeitos
A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato
normativo federal em ação declaratória de constitucionalidade é irrecorrível, ressalvada a
interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente ser objetos de ação rescisória.
Essa decisão tem eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do poder
judiciário e à administraçãopública federal, estadual e municipal.
Esclarece-se que a decisão que acolhe a ação declaratória e reconhece a constitucionalidade
da lei ou do ato normativo federal produz eficácia ex tunc, no entanto o STF pode restringir os
efeitos da declaração, modulando a eficácia temporal do referido decisum, em conformidade com o
art. 27.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
Lei nº 9882/99 dispõe sobre o processo e julgamento da arguição de descumprimento de
preceito fundamental, nos termos do §1º do art. 102 da CF.
Possibilitou um controle concentrado- incidental junto ao STF e também permitiu o controle
abstrato de atos infralegais e concretos de quaisquer das entidades políticas.
A arguição de descu mprimento de preceito fundamental consiste em uma ação
constitucional especialmente destinada a provocar a jurisdição constitucional concentrada do
Supremo Tribunal Federal para a tutela da supremacia dos preceitos mais i mportantes da
constituição.
Preceitos fundamentais merecedores da tutela pela via da arguição:
1. Princípios fundamentais que fixam as estruturas básicas de configuração pol ítica do Estado
(art. 1º ao 4º)
2. Os direitos e garantias fundamentais
3. Os princípios constitucionais sensíveis (art.34, VII)
4. As cláusulas pétreas.
Legitimidade 
Os legitimados para o ajuizamento da ação direta de arguição de descumprimento são os
mesmos legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade.
Já os legitimados passivos da arguição são as autoridades, órgãos ou entidades responsáveis
pela prática do ato questionado ou pela omissão censurada.
Competência
ADPF decorrente da Constituição Federal será julgada pelo STF.
As constituições estaduais que acolheram o instituto da arguição a competência para julgá-la
caberá aos tribunais de justiça.
Decisão e efeitos
•A despeito da o missão deve-se entender que o quórum para o julgamento da arguição será
de maioria absoluta, a teor do art. 97.
•A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do
Poder Público.
•Procedente a arguição, declara a inconstitucionalidade do ato normativa atacado implica na
pronúncia de sua nulidade ab initio
•O referido decisum produz efeitos ex tunc
•O Supremo pode limitar a eficácia erga omnes da decisão para exc luir certas situações e
deliberar que a decisão só opere efeitos a partir do seu trânsito em j ulgado ( ex nunc) ou em
outro momento.