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1 - Língua Portuguesa Auxiliar

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Língua Portuguesa
1
Língua Portuguesa
Profesora Elaine Moreno Mendonça
Graduada em Letras - licenciatura plena inglês/português
Graduada em Relações Internacionais - Bacharel
Curso técnico de Hotelaria
Professora de inglês, português, espanhol
1. COMPREENSÃO 
E INTELECÇÃO DE TEXTOS.
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não apenas “passar 
os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, 
informativo, persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se 
na arte de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, primeiro, algumas definições
A dificuldade na compreensão e interpretação de textos deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da leitura. 
Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por mês. 
Mas algumas técnicas podem ajudar o candidato a ter um bom desempenho na prova e até mesmo compensar a pouca leitura 
durante a formação educacional.
“Não existe texto difícil, existe texto mal interpretado”, define Cláudia Beltrão, professora de português do curso preparatório de 
São Paulo Central de Concursos.
Segundo ela, apesar de muitos textos serem extraídos de jornais e revistas, no exame, o candidato, por mais que esteja habituado 
a ler artigos e reportagens, se sente pressionado para acertar a questão e acaba criando uma barreira que o impede de ver o texto como 
algo comum. Por isso, muitos ficam “apavorados” na hora da prova.
“O texto é como uma colcha de retalhos. Por isso, o candidato deve dividi-lo em partes, ver as ideias mais importantes em cada 
uma e enxergar a coerência entre elas”, diz Cláudia.
Outra técnica que ajuda, de acordo com a professora, é procurar dentro do texto as respostas para as expressões “o que”, 
“quem”, “quando”, “onde”, “por que”, “como”, “para que”, “para quem”, entre outras. “Essa busca por respostas é uma forma 
de o candidato conversar com o texto e deixar a leitura mais clara”.
Precisamos estar atentos ao título, uma vez que ele nos fornece pistas sobre o assunto que será tratado posteriormente. Logo após, 
surge o primeiro parágrafo que, dependendo do texto, revela os principais elementos contidos no assunto a ser discutido.
Geralmente, nos parágrafos seguintes, o emissor (a pessoa que escreve) costuma desenvolver toda a sua ideia de um modo mais 
detalhado e, ao final, faz um uma espécie de “resumo” sobre tudo o que foi dito, para não deixar que nada fique vago, sem sentido 
para o leitor.
Há também outro detalhe que não podemos nunca nos esquecer: a pontuação. Às vezes, uma vírgula pode mudar o sentido de 
uma frase, os pontos de interrogação e exclamação dizem tudo sobre as “intenções” do autor, ou seja, ele pode deixar uma pergunta 
para refletirmos, pode também elogiar ou fazer uma crítica, utilizando o ponto de exclamação, concorda?
No concurso, o candidato muitas vezes não consegue enxergar que na alternativa correta está escrito de forma diferente o mesmo 
conteúdo do texto.
Isso é decorrência da falta de hábito de leitura. Por isso, é fundamental que o candidato faça exercícios de interpretação todos os 
dias durante o estudo. Só errando é que ele vai aprender.
O treino, pode ser feito com livros e apostilas ou com provas anteriores, de preferência da mesma organizadora responsável pelo 
concurso que o candidato irá prestar.
 O candidato deve ficar atento ao enunciado das questões e à forma como devem ser respondidas. As questões de interpretação 
são de múltipla escolha ou de certo e errado. E no enunciado a organizadora pode pedir que seja assinalada a alternativa incor-
reta. “O candidato condicionado a procurar sempre a resposta certa acaba errando”.
Uma boa dica é ler as questões antes do texto, assim, fica definida uma linha de raciocínio e, à medida que lê o texto, o candidato 
já busca as respostas.
Os organizadores sabem que interpretação de texto é o ponto fraco de muitos candidatos. Por isso, quanto mais treino, melhor o 
candidato fica.
2
Língua Portuguesa
Alguns conceitos que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir INTE-
RAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com 
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome 
de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e 
analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse 
tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia prin-
cipal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclare-
cimento das questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, 
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras, mantendo seu sentido original.
INTERPRETAR x COMPREENDER 
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA
• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que...
• ,Entendimento, atenção ao que realmente está escrito. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirma-
ção... 
• O narrador AFIRMA...
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
a) Extrapolação (“viagem”): Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conheci-
mento prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, 
o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
c) Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, con-
sequentemente, errando a questão.
A Inferência
O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras linguagens, não só a escrita. Antigamente, aprendia-se 
a ler somente textos literários, não havendo a preocupação de como os textos não literários seriam lidos. 
Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são passos que auxiliam nessa tarefa. Entretanto, existe 
uma habilidade que merece destaque: a inferência. 
Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a partir de fatos, indícios; deduzir.
Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na interpretação? Ao ler um texto, as informações podem estar explícitas ou implí-
citas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas informações.
Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo. Leia a tirinha abaixo:3
Língua Portuguesa
Criada pelo cartunista Quino, Mafalda atravessa gerações com seus questionamentos.
Após uma leitura atenta de todos os quadrinhos, o que é possível concluir? Perceberam a profundidade da pergunta? O objetivo 
da interpretação não é simplesmente descrever os fatos, mas acrescentar sentido a eles.
Muitos estudantes param na superfície do texto. Por exemplo, na tirinha acima, muitos diriam: “Mafalda estava em sua casa, 
quando seu amigo chegou. Ela pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém doente. O amigo pensou que fosse um familiar, 
mas deparou-se com o mundo.” Qual sentido tem essa descrição? Nenhum, não é verdade?
Então, para encontrar a essência do texto, é preciso partir dos fatos e procurar o sentido que eles querem estabelecer.
O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, por isso precisa de cuidados. Isso é possível? Literalmente, não. Entretanto, 
se usarmos a linguagem conotativa, é possível inferir, ou seja, interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era chamar a atenção das 
pessoas para a “doença” do mundo. Em que aspectos? Os mais diversos: desigualdade social, fome, guerras, violência, poluição, 
preconceito, falta de amor etc. E agora, faz sentido? Então, só agora houve entendimento.
Coerência e Coesão
A coesão e a coerência são elementos fundamentais para que um texto fique bem articulado entre as partes e tenha um sentido 
amplo. Um falante possui a competência textual de identificar a coerência de um texto e de escrever outro texto utilizando os meios 
gramaticais. O texto produzido pode ser falado ou escrito constituído de significado contextual, caracterizado por contexto, inten-
cionalidade, informatividade, intertextualidade, aceitabilidade, situalidade, coesão e coerência.
Em alguns casos, o próprio autor deixa o texto incoerente propositalmente, pois visa causar certo espanto no leitor. A coerência 
estabelece um sentido de continuidade, para que se possa compreender o conteúdo do texto.
A Coesão textual presentes nas frases e nas orações é constituída por preposições, conjunções e pronomes que tem a 
função de criar um sistema de referências retomadas no interior do texto. Portanto, a coesão textual faz a ligação entres os 
elementos presentes no texto, produzindo sentido e coerência. 
A coerência textual é responsável por oferecer sentido ao texto, complementando ideias que já foram usadas e dando segmento 
a outras ideias que estão por vir. Em contrapartida, a coesão mantém a harmonia na estrutura do texto, ocasionando continuidade às 
frases e aos parágrafos por meios de elementos gramaticais e lexicais.
Leia o que você mais gosta. 
Veja algumas dicas:
1: Não se assuste com o tamanho do texto.
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando pas-
samos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não 
se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença.
3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente.
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso 
paciência para ler outras vezes. Antes de responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira leitura deve ser 
do tipo informativa, isto é, você deverá buscar as palavras mais importantes de cada parágrafo que constituem as palavras-chave do 
texto em torno das quais as outras se organizam para dar significação e produzirem sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpre-
tativa, você deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do texto.
4
Língua Portuguesa
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às vezes, a 
interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, 
a questão está voltada à ideia geral do texto.
6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as palavras desconhecidas do texto.
7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado das palavras que você sublinhou no texto.
8: Voltar ao texto quantas vezes precisar.
9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor.
10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para melhor compreensão.
11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente.
12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que 
aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu.
13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa.
14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva.
15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto.
16: Às vezes a semelhança das palavras denuncia a resposta.
17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem.
18: O autor defende ideias e você deve percebê-las.
19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto.
20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento, é fazer 
palavras cruzadas.
21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas.
A importância das informações implícitas para a interpretação de texto.
 
Inicialmente, precisamos entender que, na elaboração de uma mensagem, nem sempre aquilo que procuramos dizer está explíci-
to, ou seja, nem sempre é dito de forma direta ou objetiva.
Muitas vezes, para percebermos o que está implícito em um enunciado, precisamos lidar com conhecimento de mundo (cultura 
geral), com deslocamento contextual ou, até mesmo, com alguns indicadores linguísticos.
Observem a piada a seguir:
“Um louco pergunta para um outro:
- Você tem horas?
- Tenho.
O outro:
- Obrigado”.
Reparem que o enunciado “Você tem horas?” parte do princípio de que quem faz o questionamento deseja saber que horas são 
efetivamente, apesar de essa afirmação não estar explícita na pergunta. Como já estudamos, há uma quebra de expectativa do leitor 
(humor) entre as perguntas e suas respectivas respostas.
Vejam esse outro exemplo:
Na charge acima, há uma crítica em relação à falta de memória e de compromisso do cidadão em relação ao voto. Além disso, 
no segundo quadrinho, fica subentendido, ou seja, implícito que o político fez algo de errado em seu governo, porém não sofre 
retaliações por isso. Percebam que o conhecimento de mundo ajuda bastante na interpretação, além, claro, de uma observação dos 
elementos linguísticos envolvidos (jogo de palavras e desenho).
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Língua Portuguesa
 Conceitos importantes:
•	 POSTO E PRESSUPOSTO
Vejam a frase a seguir:
 O tempo continua nublado.
Podemos dizer que o posto é exatamente a informação explícita, que afirma que o tempo está, no momento da fala, nublado. O 
verbo “continuar”, entretanto, passa uma informação implícita de antes o tempo já estava nublado. A essa informação que passa a 
ser percebida pelo leitor, a partir do posto, damos o nome de pressuposto.
•	 IMPLÍCITO OU SUBENTENDIDO
Vejam a charge a seguir:
O subentendido do texto acima está no fato de o referido prefeito ter sido tão ausente em seu governo anterior que parecia ser 
sua primeira candidatura. A crítica está na sua péssima atuação como prefeito; é como se ele não tivesse feito nada representativo e 
importante para a cidade.
ATENÇÃO:
Muitas vezes, para que o subentendido seja compreendido pelo ouvinte ou pelo leitor, é preciso saber analisar as palavras fora de 
seusignificado literal. O contexto é fundamental para isso. Perceba a situação descrita abaixo:
Um jovem com um cigarro na mão dirige-se a outro e pergunta:
- Você tem fogo?
Notem que a pergunta feita subentende que o jovem está pedindo ao outro um isqueiro ou coisa parecida para acender o cigarro. 
Na realidade, está implícito o pedido: “Por favor, você poderia acender o meu cigarro?”
•	 INFERÊNCIA
Inferir é o mesmo que se chegar a conclusões a partir de fatos conhecidos posteriormente. Veja a imagem a seguir, divulgada 
num período em que a proliferação do mosquito causador da dengue (o Aedes aegypti) assustava os cidadãos cariocas:
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Língua Portuguesa
Reparem que, para demonstrar o pavor das pessoas diante da dengue (representada na imagem pelo mosquito), criou-se um diálogo 
com o famoso quadro expressionista “O Grito” de Edvard Munch. Para inferir isso, é preciso um conhecimento prévio da obra.
Produção de texto
Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração a questão de desenvolver e organizar as ideias. Prioriza-se, na produção de 
um texto, o conhecimento pré-existente. Esse conhecimento é construído por meio da capacidade que temos de questionar, repensar, 
refazer, reestruturar e aperfeiçoar nossas ideias.
É natural aprender a escrever, escrevendo. Por isso, antes de começar o texto, faça um esboço, mesmo com o intuito de que, 
inicialmente, ele terá a utilidade de um roteiro e que, durante a produção, poderá sofrer modificações.
Um método bastante simples de se estruturar as ideias se inicia com a anotação de todas elas, não se preocupando com uma se-
quência lógica. Tudo o que vier à mente dever ser escrito na folha, não importando a ordem ou os erros gramaticais. Apenas escreva. 
Essa técnica é conhecida como brainstorm, ou tempestade cerebral, e tem por objetivo registrar tudo sobre o assunto, para que mais 
tarde seja possível avaliar e organizar as ideias. Esse processo costuma gerar bons resultados.
É também necessário que haja a consciência de que pensar supõe diálogo e, quando escrevemos, é preciso sempre estar presente 
que o alvo e a meta a ser atingida são os leitores. Assim que se conhecem as expectativas do receptor, é possível compreender as 
principais informações que devem estar contidas no texto. Quando a transmissão é objetiva, pode-se chegar à organização ideal do 
texto. Atribuir a atenção devida ao leitor faz dimensionar o valor e dar destaque ao assunto mencionado no texto.
Uma elaboração prévia faz com que as informações menos importantes fiquem designadas a um segundo plano, ou mesmo des-
prezadas. Fique atento àquelas que são capazes de deixar o texto fluir; elas merecem um detalhamento maior. 
O controle das palavras é completamente possível quando se faz uma redação. O importante, para isso, é saber como fazer uma 
boa redação! É preciso, para isso, lê-las em voz alta, primeiro, e ouvir como soam aos seus ouvidos, perguntando se o contexto faz 
sentido. Também é possível pronunciá-las em baixo tom, perguntando se realmente transmitem o que deseja. Reescrevendo o que já 
escreveu, aparecem várias chances de acertar, antes de mandar a mensagem para o receptor.
Para escrever bem e de maneira simples, atribuindo qualidades à linguagem, alguns pontos devem ser levados em consideração. 
São eles: clareza, fluência, concisão, precisão, coesão e coerência.
7
Língua Portuguesa
Clareza
Numa primeira leitura, esse fator permite a compreensão. A clareza consiste na expressão exata de um pensamento. Para isso, 
recomenda-se o uso de períodos curtos, ausentes de adjetivação e rodeio de palavras, e que não contenham duplo sentido e quebra da 
ordem lógica. É importante não rabiscar a redação a ser entregue. Para isso, faça rascunhos. Mas, se isso não for possível, escreva, 
antes de mais nada, um esquema com todos os itens a serem desenvolvidos. Os parágrafos não devem ser muito grandes. Cada item 
deve ser desenvolvido em um parágrafo. 
Fluência
A leitura ininterrupta é proporcionada por esse fator. A fluência é característica das redações que não causam prejuízo da com-
preensão e necessidade de releitura. Exemplos de textos claros, fluentes e adequado aos seus leitores, são os jornalísticos e o dos 
livros didáticos. Geralmente, quando a ordem direta de um período é quebrada, intercalando-se ideias entre os termos integrantes da 
oração ou entre orações de um período, a fluência do texto acaba sendo prejudicada.
Concisão
Quando utilizado o mínimo de palavras para dizer o máximo possível de coisas, a concisão passa a ser uma qualidade do texto. 
Para isso, elimine a superficialidade de termos e expressões. A prolixidade é inimiga número um da concisão. 
Precisão
Quando uma palavra certa é utilizada para dizer exatamente o que se quer expressar, usamos a precisão. Esse fator é determinado 
pelo domínio do vocabulário que temos. O conhecimento de um grande número de palavras não é um determinante nesse caso. Logo, 
a expressão e a recepção da mensagem são facilitadas e abreviadas por um vocabulário preciso. 
Coesão
Para que esse fator exista, é necessária uma ligação lógica entre as palavras, orações, períodos e parágrafos. Para que isso ocorra, 
o autor não deve escrever palavras ou frases “soltas”. O uso correto de conectivos como mas, porém, contudo, todavia, o qual, cujo, 
quanto, que, onde, evita a repetição excessiva das mesmas palavras.
Coerência
A coerência aparece quando as ideias expostas estão relacionadas de tal maneira que a conexão é evidente, dando origem a uma 
linguagem lógica. Nos textos coerentes, não há nada destoante, ilógico, contraditório ou desconexo. 
As principais dicas de redação são:
→As palavras difíceis devem ser deixadas de lado, caso você tenha dúvidas quanto ao significado. Logo, nada de apenas causar 
uma boa impressão;
→Sempre que possível, evitar o uso de gírias. Por isso, sempre prefira recorrer à linguagem culta e formal;
→A boa imagem é causada quando a grafia é escrita corretamente. Evite palavras estrangeiras. Um exemplo é, ao invés de se 
escrever a palavra “hobby”, escrever “passatempo”;
→Sempre utilize o dicionário como um suporte para a elaboração de seus textos. Enquanto se escreve, é natural surgirem dúvi-
das quanto à grafia correta das palavras. Também, deve-se utilizar o dicionário para enriquecer o vocabulário nos textos. 
 
Exercícios
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
8
Língua Portuguesa
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno.
 Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.
1. O tema do texto é
a) A consciência súbita sobre o envelhecimento.
b) A decepção por encontrar-se já fragilizada.
c) A falta de alternativa face ao envelhecimento.
d) A recordação de uma época de juventude.
e) A revolta diante do espelho.
TEXTO I
“RIO – Com dois gols de um iluminado Robinho, que entrou na segunda etapa, o Real Madrid derrotou o Recreativo por 3 a 
2, fora de casa, em partida da 26ª rodada do Campeonato Espanhol. Raúl fez o outro gol do time de Madri, com Cáceres e Martins 
marcando para os anfitriões. O Real vinha de duas derrotas consecutivas na competição, justamente as partidas em que o craque 
brasileiro, machucado, esteve fora.”
(O Globo on line – 02/03/08)
1) Qual é o interlocutor preferencial e as informações que permitem você identificar o interlocutor preferencial do texto?
TEXTO II
“O cantor Jerry Adriani interpreta sucessos do disco Forza Sempre, além de versões em italiano de canções do grupo Legião 
Urbana e do cantor Raul Seixas. O show acontece hoje no palco da Sala Baden Powell.”
O Globo on line – 02/03/08
1)Qual é o interlocutor preferencial e as informações que permitem você identificar o interlocutor preferencial do texto?
TEXTO III
O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não habita 
uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são palavras de um renomado cientista 
americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da existência. O que chama-
mos orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a 
devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de 
progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muito tempo, uma autêntica 
guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).
1) Segundo o Texto III, o cientista americano está preocupado com:
(A) a vida neste planeta.
(B) a qualidade do espaço aéreo.
(C) o que pensam os extraterrestres.
(D) o seu prestígio no mundo.
(E) os seres de outro planeta.
2) Para o autor, a humanidade:
(A) demonstra ser muito inteligente.
(B) ouve as palavras do cientista.
(C) age contra sua própria existência.
(D) preserva os recursos naturais.
(E) valoriza a existência sadia.
9
Língua Portuguesa
3) Da maneira como o assunto é tratado no Texto III, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado porque:
(A) a destruição é inevitável.
(B) a civilização o está destruindo.
(C) a humanidade preserva sua existência.
(D) as guerras são o principal agente da destruição.
(E) os recursos para mantê-lo não são suficientes.
4) A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista americano.” (l. 4 – 5) quer dizer que o cientista é:
(A) inimigo.
(B) velho.
(C) estranho.
(D) famoso.
(E) desconhecido.
5) Se o homem cuidar da natureza _______ mais saúde. A forma verbal que completa corretamente a lacuna é:
(A) teve.
(B) tivera.
(C) têm.
(D) tinha.
(E) terá.
Leia o texto abaixo para responder as questões de 1 a 9 .
UMA ESTRATÉGIA PERIGOSA NAS REDES SOCIAIS
Tenho observado o caloroso e, às vezes, estremado debate que tem acontecido nas redes sociais em torno de homens e mulheres 
que se declaram gays. A própria existência do debate tão aberto mostra que nossa sociedade evoluiu, pois em outros tempos isso não 
seria concebível. Esse percurso dialético da sociedade humana, criada pelo homem e para o homem, é reflexo do próprio homem 
que vai evoluindo a cada geração. Todavia há um viés retrogrado nesse debate. Algo do qual ainda não conseguimos nos livrar e que 
funciona como uma erva daninha, ou fruta estragada - a intolerância.
Esse sentimento de não aceitar aquilo que difere de nossa verdade, tida por nós como absoluta, já gerou muitas injustiças nos 
passado. Quando fomentado por uma instituição que tem o poder de formar pensamentos como a igreja, seja ela a que religião per-
tença, o que seria opinião de um passa a valer como princípio a ser defendido de forma absoluta. Esse discurso da intolerância está 
sendo disseminado por várias pessoas, jovens ou não, na internet. 
Os defensores do deputado Marcos Feliciano tem apostado no jogo da injúria, calúnia e difamação contra outro deputado declarado 
gay. Essa infâmia estratégia de minar a todo e qualquer custo a imagem de um para fazer valer a do outro poderá trazer consequências 
históricas para nossa sociedade. A primeira dessas consequências é a institucionalização do pensamento de que qualquer pessoa 
declarada gay é perigosa e nociva para a sociedade, por isso deve ser combatida. Esse pensamento é perigoso, de um debate na 
internet pode transformar-se em conflitos de ruas como existem em países da Europa, os promovidos pelos Skin Head na Alemanha, 
por exemplo. Outra consequência nefasta é a descaracterização da doutrina cristã que se baseia no amor ao próximo «amar a quem 
nos tem ofendido». Esse princípio tem sido esquecido nos debates. Esse é o caminho pelo qual os lideres evangélicos precisam 
direcionar seus debates, penso eu.
(Gazetando – O Informativo da Educação http://aurismarqueiroz.blogspot.com.br/2013/04/a-intolerancia-com-os-gays-esta.
html)
01. Qual das opções abaixo corresponde ao tema tratado nesse texto?
a) Pessoas que se declaram gays.
b) A intolerância contra os gays.
c) Brigas de ruas.
d) A falta de amor.
e) O cristianismo.
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Língua Portuguesa
02. O autor projeta o texto para defender a seguinte tese:
a) A intolerância atrapalha o debate sobre a questão gay.
b) A sociedade humana já evoluiu plenamente e está madura para qualquer debate.
c) A nossa verdade tida por nós como absoluta gerou muitos conflitos no passado.
d) A igreja tem o poder de formar pensamentos.
e) A intolerância é algo perigoso porque pode gerar conflitos de ruas.
03. O autor conclui o texto mostrando um caminho a ser seguido para se resolver essa questão. Diga, com suas palavras, qual 
é esse caminho apontado pelo autor.
04. Qual seria o melhor sentido para a palavra retrógrado, que aparece no texto?
a) Que está evoluindo.
b) Atrasado.
c) Inovador.
d) Algo difícil de entender.
e) Atual.
05. Qual das ideias abaixo é defendida pelo autor no texto?
a) Nossa sociedade continua atrasada sem nenhuma evolução.
b) Aquilo que aceitamos como verdade tem que ter valor absoluto, por isso não devemos nunca aceitar a opinião dos outros.
c) Toda pessoa que se declara gay é perigosa.
d) Os Skin head é um importante grupo revolucionário da Alemanha.
e) O principio do amor ao próximo deve direcionar os debates a esse respeito.
06. Qual das ideias abaixo NÃO é defendida pelo autor no texto?
a) A existência do debate sobre a questão gay mostra que nossa sociedade evoluiu.
b) Em tempos atrás esse mesmo debate seria possível.
c) Os defensores do deputado Marcos Feliciano atacam com injúrias, calúnia e difamação outro deputado declarado gay.
d) Uma das consequências da intolerância com relação a essa questão pode ser a descaracterização da doutrina cristã que se 
baseia no amor.
e) A igreja é uma instituição que tem o poder de formar pensamentos.
07. Que outro título você daria a esse texto? Escreva abaixo. Lembre-se: o título tem que ser diferente do tema; deve des-
pertar a curiosidade para a leitura do texto.
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8. Qual a sua opinião com relação a esse assunto. Escreva em pelo menos cinco linhas. Procure ser claro e objetivo.
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09. Veja se nesse texto há alguma frase nominal (frase que não possui verbo). Se houver escreva-a abaixo.
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Respostas: 
1) A 
Texto I
1. Leitores que gostem de futebol.
A linguagem peculiar desse tipo de texto: partida, fora de casa, campeonato, rodada etc.Além dos nomes de times e o conhecimento sobre a estrutura de um campeonato.
Texto II
1. Fãs do cantor Jerry Adriani.
Ao interlocutor é necessário o conhecimento da carreira do cantor.
Texto III
1. A
2. C
3. B
4. D
5. E
Segundo o texto: “UMA ESTRATÉGIA PERIGOSA NAS REDES SOCIAIS”
1. B
2. A
3. O autor aponta o amor ao próximo como sendo o caminho a ser seguido nesses debates.
4. B
5. E
6. B
7. Pessoal
8. Pessoal
9. Não há no texto nenhuma frase nominal
2. TIPOLOGIA TEXTUAL.
1. Narração
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos persona-
gens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passa-
do. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos 
gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais uti-
lizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações 
ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer 
uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros 
tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter 
caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, ex-
plica e avalia idéias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, 
esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.
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Língua Portuguesa
3.1 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também per-
suade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem 
denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e 
revistas.
4. Injunção/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo im-
perativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; 
desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de 
orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
 
 
OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre os gramáticos. Muitos consideram também que o tipo Predição possui caracte-
rísticas suficientes para ser definido como tipo textual, e alguns outros possuem o mesmo entendimento para o tipo Dialogal.
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predomi-
nante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. 
6. Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.
Gêneros textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são social-
mente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas 
semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em 
nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e dife-
renciado dos demais através de suas características. Exemplos:
Carta: quando se trata de “carta aberta” ou “carta ao leitor”, tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem 
formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de “carta pessoal”, a presença de aspectos narrativos ou descri-
tivos e uma linguagem pessoal é mais comum.
Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando 
sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do 
mesmo.
Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informa-
ções necessárias para o correto uso do medicamento.
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descre-
vendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga 
corretamente as instruções.
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira 
simplificada, como fazer algo.
Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assun-
to, sem a obrigação da presença da objetividade.
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e 
em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos 
são, muitas vezes, minuciosamente descritos.
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Língua Portuguesa
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e 
levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta.
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevis-
tador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também 
aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode tam-
bém envolver aspectosnarrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica. 
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos 
diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de 
realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também 
podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, 
como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais 
frequentes neste gênero.
Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser con-
siderado como poético (até mesmo uma peça ou um filmepodem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada 
pela tipologia dialogal. 
Gêneros literários:
· Gênero Narrativo:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, 
o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de 
prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas 
possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? 
por quê? Vejamos a seguir:
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, 
guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus 
feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero.
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter mais verossímil. Também conta 
as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. 
Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido 
no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos 
de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. 
Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. 
Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo 
da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto 
popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; 
contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. 
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanos e a finalidade 
é transmitir alguma lição de moral.
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Língua Portuguesa
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou 
um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.. 
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos.
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas 
a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal 
e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em 
formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José 
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.
· Gênero Dramático:
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “acontece” 
no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era 
«uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, 
inspirando dó e terror”. Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no 
lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de 
processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações 
ridículas.
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às 
festas populares.
Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com 
o imaginário.
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos 
da sociedade e da realidade vivida por este povo.
· Gênero Lírico:
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas 
emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio 
da função emotiva da linguagem.
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor 
expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa, de 
william shakespeare.
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo 
de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher 
amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical;
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá 
ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que 
enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara);
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.
Acalanto: ou canção de ninar;
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Língua Portuguesa
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra 
ou frase;
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão 
vocal que se destinam à dança;
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical;
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio;
Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de três versos que somam 17 
sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-
b-a c-d-c d-c-d.
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto. 
Exercícios
1. Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:
a) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo
b) A postura do autor é de argumentador
c) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.
d) Não apresenta clímax em sua estrutura
e) O enredo é prioritário
2. O predomínio de adjetivações é comumente encontrado no texto:
a) Narrativo
b) Informativo
c) Descritivo
d) Dissertativo
e) Epistolar
3. Duas características são representativas do modo de organização dissertativa,assinale-as:
a) Introdução e clímax
b) Argumentação e sensação
c) Sequência de fatos e de aspectos
d) Verbos de ação e objetividade
e) Convencimento e descrição
4. Leia o texto a seguir:
Parceria Reeditada
“Viviane Pasmanter estreou na TV em 91, na novela “Felicidade”, de Manoel Calos, dirigida por Denise Saraceni. Ela deverá 
voltar a trabalhar com Denise em “Ciranda de pedra”, nova novela das 18h”.
O Globo 08/02/08
A opção que melhor justifica o título do texto é:
a) o fato de Viviane Pasmanter ter estreado na TV em 1991.
b) de a atriz ter sido dirigida por Denise Saraceni.
c) por ter trabalhado com Denise Saraceni na novela “Felicidade”
d) por ter trabalhado com Denise Saraceni em “Felicidade” e trabalhar novamente com ela em “Ciranda de pedra”.
e) Viviane Pasmanter trabalhar em uma novela de Manoel Carlos.
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Língua Portuguesa
5. O verbo estrear aparece conjugado no texto (estreou). Indique o modo e o tempo a que pertence este verbo.
a) indicativo / presente
b) subjuntivo / pretérito imperfeito
c) indicativo / pretérito imperfeito
d) indicativo / pretérito perfeito
e) imperativo / afirmativo
6. O uso das aspas em alguns vocábulos do texto é justificado por/pela:
a) sempre se usa com os substantivos.
b) participação de Viviane em novelas da TV Globo.
c) não estar empregada em seu sentido original
d) participar duas vezes de novelas dirigidas por Denise Saraceni.
e) ser o nome da novela, por isso o uso das aspas.
7. No segmento: “Ela deverá voltar a trabalhar...”. O elemento sublinhado é classificado morfologicamente por:
a) artigo
b) preposição
c) pronome
d) advérbio
e) substantivo
8. “Ela deverá voltar a trabalhar com Denise...” O segmento destacado é classificado sintaticamente como:
a) Adjunto adverbial de modo
b) Adjunto adverbial de companhia
c) Adjunto adverbial de lugar
d) Adjunto adverbial de negação
e) Adjunto adverbial de pessoa
9. “Ela deverá voltar...”. A locução verbal pode ser substituída, sem alteração semântica, por um verbo simples, assinale-o:
a) volta
b) voltaria
c) voltará
d) poderá voltar
e) voltou
10. “Viviane Pasmanter estreou na TV...”. Nesse período o verbo “estreou” concorda com seu sujeito “ Viviane Pasmanter”, 
marque a alternativa em que tal concordância NÃO ocorre:
a) A atriz se atrasou para a peça.
b) Roberto Carlos cantou no Canecão.
c) Dá-se aulas de Língua portuguesa.
d) Edson Celulari ainda é fiel a Claudia Raia.
e) Suzana Vieira desfilou no carnaval.
11. Leia o texto a seguir: 
Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não basta ter dinheiro na mão. É imprescindível que o comprador seja frio, 
calculista e bem informado. Na hora de comprar um imóvel, a emoção é um dos maiores inimigos de um bom negócio. Assim, por 
mais que se goste de uma casa, convém manter sempre um certo ar de contrariedade. Se o vendedor perceber qualquer sinal de 
emoção, isso poderá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra razão que quem compra para especular ou apenas para investir 
costuma conseguir um melhor negócio do que quem está à procura de um lugar para morar. 
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Língua Portuguesa
Segundo o texto:
a) Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os compradores, e vice-versa.
b) O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel quando o comprador não está bem informado sobre o mercado de valores.
c) O mercado imobiliário oferece bons investimentos apenas para quem pretende especular.
d) No ramo imobiliário, uma atitude que aparente indiferença pode propiciar negócio mais vantajoso para o comprador.
e) No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor negócio adquirindo uma propriedade de que não tenha gostado muito.
12. Segundo o mesmo texto:
a) Quanto maior a disponibilidade financeira do comprador, maior a probabilidade de sucesso no negócio imobiliário.
b) Disponibilidade econômica não é o único fator que possibilita a realização de um bom negócio.
c) O vendedor, por preferir negociar com investidores, desfavorece o comprador da casa própria.
d) Gostar de uma casa é psicologicamente importante em qualquer tipo de compra, seja ela para residência ou para investimento.
e) O mercado imobiliário oferece oportunidades mais seguras para o investidor que para o especulador.
Respostas: 1. E 2. C 3. D 4. D 5. D 6. E 7. B 8. B 9. C 10. C 11. D12. B
3. ORTOGRAFIA.
A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto “correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras da 
língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos (ligados aos 
fonemas representados).
Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Deve-se também criar o hábito 
de consultar constantemente um dicionário.
Desde o dia primeiro de Janeiro de 2009 está em vigor o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, por isso temos até 2012 
para nos “habituarmos” com as novas regras, pois somente em 2016 que a antiga será abolida.
Esse material já se encontra segundo o Novo Acordo Ortográfico. 
 Alfabeto
O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras “k”, “w” e “y” não eram consideradas integrantes do alfabeto (agora são). 
Essas letras são usadas em unidades de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, 
watt, playground, William, Kafka, kafkiano.
Vogais: a, e, i, o, u. 
Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,y,z.
Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z.
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da 
tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do latim hodie.
Emprega-se o H:
- Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, etc.
- Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boliche, telha, flecha companhia, etc.
- Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, etc.
- Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, heliporto, hematoma, hífen, 
hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, hera, húmus;
- Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, baianada, etc.
Não se usa H:
- No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua por 
via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eruditos, 
entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc.
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Língua Portuguesa
Emprego das letras E, I, O e U
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem 
as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.
Escrevem-se com a letra E:
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: continue, habitue, pontue, etc.
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: abençoe, magoe, perdoe, etc.
- As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior): antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc.
- Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemitério, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdício, Destilar, Di-
senteria, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico, Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, 
Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer.
Emprega-se a letra I: 
- Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc. 
- Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
- Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano,artifício, artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar, cria-
dor, criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio, feminino, Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualável, 
invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina, pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, 
Virgílio.
Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, botequim, bússola, chover, cobiça, concorrência, costume, en-
golir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa, nódoa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo.
Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chuviscar, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua, jabuti, 
jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, tonitruante, trégua, urtiga.
Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o 
significado dos seguintes:
área = superfície
ária = melodia, cantiga
arrear = pôr arreios, enfeitar
arriar = abaixar, pôr no chão, cair
comprido = longo
cumprido = particípio de cumprir
comprimento = extensão
cumprimento = saudação, ato de cumprir
costear = navegar ou passar junto à costa
custear = pagar as custas, financiar
deferir = conceder, atender
diferir = ser diferente, divergir
delatar = denunciar
dilatar = distender, aumentar
descrição = ato de descrever
discrição = qualidade de quem é discreto
emergir = vir à tona
imergir = mergulhar
emigrar = sair do país
imigrar = entrar num país estranho
emigrante = que ou quem emigra
imigrante = que ou quem imigra
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Língua Portuguesa
eminente = elevado, ilustre
iminente = que ameaça acontecer
recrear = divertir
recriar = criar novamente
soar = emitir som, ecoar, repercutir
suar = expelir suor pelos poros, transpirar
sortir = abastecer
surtir = produzir (efeito ou resultado)
sortido = abastecido, bem provido, variado
surtido = produzido, causado
vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vau
vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio
Emprego das letras G e J
Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Grafa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de acordo com 
a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do latim jactu) e jipe (do inglês jeep).
Escrevem-se com G:
- Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: garagem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem. 
Exceção: pajem
- As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio.
- Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso (de fer-
rugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria (de selvagem), etc.
- Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu, auge, estrangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gíria, giz, hegemonia, 
herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela.
Escrevem-se com J:
- Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), gorja 
(gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja (cerejeira).
- Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear (gorjeia), 
viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo).
- Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, rejeitar, 
sujeito, trajeto, trejeito).
- Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jiboia, 
jiló, jirau, pajé, etc.
- As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jericó, Jerônimo, jérsei, 
jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista.
- Atenção: Moji palavra de origem indígena, deve ser escrita com J. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia 
com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim.
Representação do fonema /S/
O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:
- C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, dança, dançar, contorção, exceção, endereço, Iguaçu, maçarico, 
maçaroca, maço, maciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paçoca, pança, pinça, Suíça, suíço, vicissitude.
- S: ânsia, ansiar, ansioso, ansiedade, cansar, cansado, descansar, descanso, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, pretensão, 
pretensioso, propensão, remorso, sebo, tenso, utensílio.
- SS: acesso, acessório, acessível, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, concessão, discussão, escassez, escasso, essencial, ex-
pressão, fracasso, impressão, massa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão, pêssego, procissão, profissão, profissional, 
ressurreição, sessenta, sossegar, sossego, submissão, sucessivo.
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Língua Portuguesa
- SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, consciente, crescer, cresço, descer, desço, desça, disciplina, discípulo, 
discernir, fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressuscitar, seiscentos, suscetível, suscetibilidade, suscitar, 
víscera.
- X: aproximar, auxiliar, auxílio, máximo, próximo, proximidade, trouxe, trouxer, trouxeram, etc.
- XC: exceção, excedente, exceder, excelência, excelente, excelso, excêntrico, excepcional, excesso, excessivo, exceto, excitar, 
etc.
Homônimos
acento = inflexão da voz, sinal gráfico
assento = lugar para sentar-se
acético = referente ao ácido acético (vinagre)
ascético = referente ao ascetismo, místico
cesta = utensílio de vime ou outro material
sexta = ordinal referente a seis
círio = grande vela de cera
sírio = natural da Síria
cismo = pensão
sismo = terremoto
empoçar = formar poça
empossar = dar posse a
incipiente = principiante
insipiente = ignorante
intercessão = ato de interceder
interseção = ponto em que duas linhas se cruzam
ruço = pardacento
russo = natural da Rússia
Emprego de S com valor de Z
- Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc.
- Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa, etc.
- Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, campone-
ses, freguês, freguesa, fregueses, etc.
- Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: analisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás), extasiar 
(de êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso), etc.
- Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pusemos, compôs, impuser, quis, quiseram, etc.
- Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Quei-
rós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês.
- Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês, ás, ases, através, avisar, besouro, colisão, convés, cortês, cortesia, 
defesa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, fase, frase, freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, 
manganês, mês, mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso, pêsames, pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, 
represa, requisito, rês, reses, retrós, revés, surpresa, tesoura, tesouro, três, usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita.
Emprego da letra Z
- Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc.
- Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc.
- Os verbos formados como sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização, etc.
- Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza 
(de limpo), frieza (de frio), etc.
- As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, aprazível, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, pre-
zar, prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez.
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Língua Portuguesa
Sufixo –ÊS e –EZ
- O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte), 
cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), francês (de França), chinês (de China), etc.
- O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez (de 
rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido), etc.
Sufixo –ESA e –EZA
Usa-se –esa (com s):
- Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despen-
der), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpreender), etc.
- Nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consu-
lesa, prioresa, etc.
- Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de cam-
ponês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc.
- Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc. 
Usa-se –eza (com z):
- Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotado qualidades, estado, condição: beleza (de belo), fran-
queza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc.
Verbos terminados em –ISAR e -IZAR
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se 
–izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar 
(improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa + ar), pisar, repisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), 
anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar), 
vulgarizar (vulgar + izar), motorizar (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize + izar), 
matizar (matiz + izar).
Emprego do X
- Esta letra representa os seguintes fonemas:
Ch – xarope, enxofre, vexame, etc.
CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc.
Z – exame, exílio, êxodo, etc.
SS – auxílio, máximo, próximo, etc.
S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc.
- Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, 
etc.
- Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, etc.
- Escreve-se x e não ch: Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Exce-
tuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, 
enxamear, enxagar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com 
ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez 
que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavante, caxambu, 
caxinguelê, orixá, maxixe, etc. Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, 
puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.
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Língua Portuguesa
Emprego do dígrafo CH
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, facha-
da, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.
Homônimos
Bucho = estômago
Buxo = espécie de arbusto
Cocha = recipiente de madeira
Coxa = capenga, manco
Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça larga e chata, caldeira.
Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa
Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá ou de outras plantas
Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã)
Cheque = ordem de pagamento
Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por uma peça adversária
Consoantes dobradas
- Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R, S.
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, 
facção, sucção, etc.
- Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: 
carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, pa-
lavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia, etc.
CÊ - cedilha
É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força, 
frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça.
Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus derivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção; torcer, 
torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
O Ç só é usado antes de A,O,U.
Emprego das iniciais maiúsculas
- A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos que 
não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.
- Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Bra-
sil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. 
- Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência 
do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
- Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc.
- Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.
- Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc: Rua do Ouvidor, Praça da Paz, Academia 
Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
- Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, 
Os Lusíadas, O Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.
- Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
- Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o país de norte a sul. 
O Sol nasce a leste.
- Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
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Língua Portuguesa
Emprego das iniciais minúsculas
- Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, 
ingleses, ave-maria, um havana, etc.
- Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam 
sua pátria.
- Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
- Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: “Qualdeles: o hortelão ou o advogado?”; “Chegam os magos 
do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra”.
- No interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial minúscula.
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar ou redigir 
português culto. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais palavras 
certas em situações apropriadas.
A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à Europa.
Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses.
“Procure o seu caminho
Eu aprendi a andar sozinho
Isto foi há muito tempo atrás
Mas ainda sei como se faz
Minhas mãos estão cansadas
Não tenho mais onde me agarrar.” 
(gravação: Nenhum de Nós)
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo.
Acerca de: equivale a (a respeito de): Falávamos acerca de uma solução melhor.
Há cerca de: equivale a (faz tempo). Há cerca de dias resolvemos este caso.
Ao encontro de: equivale (estar a favor de): Sua atitude vai ao encontro da verdade.
De encontro a: equivale a (oposição, choque): Minhas opiniões vão de encontro às suas.
A fim de: locução prepositiva que indica (finalidade): Vou a fim de visitá-la.
Afim: é um adjetivo e equivale a (igual, semelhante): Somos almas afins.
Ao invés de: equivale (ao contrário de): Ao invés de falar começou a chorar (oposição).
Em vez de: equivale a (no lugar de): Em vez de acompanhar-me, ficou só.´
Faça você a sua parte, ao invés de ficar me cobrando!
Quantas vezes usamos “ao invés de” quando queremos dizer “no lugar de”!
Contudo, esse emprego é equivocado, uma vez que “invés” significa “contrário”, “inverso”. Não que seja absurdamente errado 
escrever “ao invés de” em frases que expressam sentido de “em lugar de”, mas é preferível optar por “em vez de”.
Observe: Em vez de conversar, preferiu gritar para a escola inteira ouvir! (em lugar de) 
Ele pediu que fosse embora ao invés de ficar e discutir o caso. (ao contrário de)
Use “ao invés de” quando quiser o significado de “ao contrário de”, “em oposição a”, “avesso”, “inverso”.
Use “em vez de” quando quiser um sentido de “no lugar de” ou “em lugar de”. No entanto, pode assumir o significado de “ao 
invés de”, sem problemas. Porém, o que ocorre é justamente o contrário, coloca-se “ao invés de” onde não poderia.
A par: equivale a (bem informado, ciente): Estamos a par das boas notícias.
Ao par: indica relação (de igualdade ou equivalência entre valores financeiros – câmbio): O dólar e o euro estão ao par.
Aprender: tomar conhecimento de: O menino aprendeu a lição. 
Apreender: prender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. 
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Língua Portuguesa
À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a (inutilmente, sem razão): Andava à toa pela rua.
À toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale a (inútil, desprezível). Foi uma atitude à toa e precipitada. (até 01/01/2009 
era grafada: à-toa)
Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos supermerca-
dos. Vamos comemorar, pessoal!
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da 
gasolina.
Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor de vinho.
Bebedouro: é o aparelho que fornece água. Este bebedouro está funcionando bem.
Bem-Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem vindo aqui, jovem.
Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe.
Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente): Vivia na boêmia/boemia.
Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um botijão/bujão de gás.
Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem os vereadores, deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal.
Câmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma câmera japonesa.
Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/champanhe está bem gelado.
Cessão: equivale ao ato de doar, doação: Foi confirmada a cessão do terreno.
Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A sessão do filme durou duas horas.
Seção/Secção: repartição pública, departamento: Visitei hoje a seção de esportes.
Demais: é advérbio de intensidade, equivale a muito, aparece intensificando verbos, adjetivos ou o próprio advérbio. Vocês falam 
demais, caras!
Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo, equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais 
devem aguardar.
De mais: é locução prepositiva, opõe-se a de menos, refere-se sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais 
em sua decisão.
Dia a dia: é um substantivo, equivale a cotidiano, diário, que faz ou acontece todo dia. Meu dia a dia é cheio de surpresas. (até 
01/01/2009, era grafado dia-a-dia)
Dia a dia: é uma expressão adverbial, equivale a diariamente. O álcool aumenta dia a dia. Pode isso?
Descriminar: equivale a (inocentar, absolver de crime). O réu foi descriminado; pra sorte dele.
Discriminar: equivale a (diferençar, distinguir, separar). Era impossível discriminar os caracteres do documento. Cumpre discri-
minar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda são discriminados.
Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi perfeita.
Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto, reservado: Você foi muito discreto.
Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em domicílio.
Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as compras a domicílio.
As expressões “entrega em domicílio” e “entrega a domicílio” são muito recorrentes em restaurantes, na propaganda televisa, 
no outdoor, no folder, no panfleto, no catálogo, na fala. Convivem juntas sem problemas maiores porque são entendidas da mesma 
forma, com um mesmo sentido. No entanto, quando falamos de gramática normativa, temos que ter cuidado, pois “a domicílio” não 
é aceita. Por quê? A regra estabelece que esta última locução adverbial deve ser usada nos casos de verbos que indicam movimento, 
como: levar, enviar, trazer, ir, conduzir, dirigir-se.
Portanto, “A loja entregou meu sofá a casa” não está correto. Já a locução adverbial “em domicílio” é usada com os verbos sem 
noção de movimento: entregar, dar, cortar, fazer. 
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Língua Portuguesa
A dúvida surge com o verbo “entregar”: não indicaria movimento? De acordo com a gramática purista não, uma vez que quem 
entrega, entrega algo em algum lugar.
Porém, há aqueles que afirmam que este verbo indica sim movimento, pois quem entrega se desloca de um lugar para outro. 
Contudo, obedecendo às normas gramaticais, devemos usar “entrega em domicílio”, nos atentando ao fato de que a finalidade é 
que vale: a entrega será feita no (em+o) domicílio de uma pessoa.
Espectador: é aquele que vê, assiste: Os espectadores se fartaram da apresentação.
Expectador: é aquele que está na expectativa, que espera alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada.
Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A estada dela aqui foi gratificante.
Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas sema-
nas.
Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo; que brilha no escuro: Este material é fosforescente.
Fluorescente: adjetivo derivado de flúor, elemento químico, refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do 
carro era fluorescente.
Haja - do verbo haver - É preciso que não haja descuido. 
Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos. 
Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do singular 
Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª pessoa do singular 
Levantar:é sinônimo de erguer: Ginês, meu estimado cunhado, levantou sozinho a tampa do poço.
Levantar-se: pôr de pé: Luís

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