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Aula Liberação transdérmica completa

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LIBERAÇÃO TRANSDÉRMICA
Farmacotécnica II
Prof. Michelle Alvares Sarcinelli
A pele
 Maior órgão do corpo humano, confere uma
barreira complexa à entrada de substâncias.
Epiderme
 Camada mais superficial da pele e composta por
um epitélio estratificado, pavimentoso e
queratinizado
F
o
n
te: h
ttp
s://p
t.d
rea
m
stim
e.co
m
/
Camadas da epiderme
A pele
 Epiderme  Base sinuosa formada por cones epidérmicos
que se projetam na derme  Maior superfície de contato
entre elas.
Camadas da epiderme
 Camada basal
 Camada celular mais profunda da epiderme.
Camadas da epiderme
 Camada espinhosa ou de malpigui:
 Queratinócitos  Sofrem contínuas e importantes
modificações morfológicas, moleculares e
histoquímicas, passando a ser poligonais.
Camadas da epiderme
 Camada granulosa
 Tem de uma a três fileiras de células grandes, de
formato losangular.
Camadas da epiderme
 Camada córnea
 Camada mais externa da epiderme  Verdadeiro
limite entre o indivíduo e o meio ambiente
 Importante mediadora da função de barreira da
pele.
 Queratinócitos sofrem diversos eventos 
Corneócitos.
Camadas da epiderme
 Camada córnea
 Corneócitos  Células anucleadas e com seu citoplasma
preenchido por queratina.
 Dispostos um por cima dos outros e intercalados por
substâncias glicolipídicas  Semelhantes a tijolos e
cimento;
 Previne o trânsito de água e substâncias solúveis através
dos lipídios intercelulares.
Camadas da epiderme
 Camada córnea
Epiderme
 80% de suas células são
Queratinócitos;
 Melanócitos;
 Células de Langerhans 
Função imunológica;
 Células de Merkel 
Integradas ao sistema
nervoso.
Fonte: http://www.moodle.mouro.com/
Epiderme
Fonte: Adaptado de 
https://www.todamateria.com.br
Epiderme
 Queratinócitos:
 Possuem várias camadas
de células dispostas lado a
lado que vão se achatando
a medida que se tornam
mais superficiais.
 Função principal 
Síntese de queratina.
Epiderme
 Queratinócitos:
 Camada basal  Alto
índice de multiplicação
celular;
 Células se modificam e
migram para a superfície;
 Se tornam anucleadas
(corneócitos) e são
eliminadas.
Epiderme
Epiderme
 Melanócitos:
 Células dendríticas
localizadas
predominantemente na
camada basal;
 Responsáveis pela
produção da melanina e
pela sua transferência
para os queratinócitos
através de processos
dendríticos.
Epiderme
 Melanócitos
Derme
 Camada média da pele, grossa, elástica, mais
firme.
 Principais componentes estruturais  Colágeno e
elastina, tecidos conjuntivos, que dão força e
flexibilidade e são os componentes vitais para a
saúde e a juventude da pele.
 Matriz extracelular  Rica em
glicosaminoglicanas e ácido hialurônico.
Derme
Derme
Hipoderme
 Camada mais interna da pele 
Armazena energia enquanto
acolchoa e isola o corpo.
 Importante papel na
termorregulação do organismo,
reserva de nutrientes e proteção
contra traumas mecânicos.
Hipoderme
 Ela é composta principalmente de:
 Células adiposas (adipócitos)  Agregadas entre si em
grupos formando uma almofada.
 Fibras especiais de colágeno (septos tissulares)  Tecidos
conjuntivos soltos e esponjosos que mantem as células
adiposas juntas.
 Vasos sanguíneos.
A pele
 Folículo pilossebáceo 
Folículo piloso + glândula
sebácea.
 Presentes em toda a pele,
exceto regiões palmo-
plantares e algumas
regiões da genitália.
A pele
A pele
F
o
n
te
: 
S
it
e 
E
u
ce
ri
n
®
Absorção cutânea e transporte de 
fármacos
A pele
Vias de absorção cutânea
Vias de absorção cutânea
Vias de absorção cutânea
Liberação 
Tópica de 
Fármacos
Aplicação 
de uma 
formulação 
na pele 
para tratar 
uma 
condição 
local. 
Objetivo: 
Reter o 
princípio 
ativo nas 
camadas 
da pele. 
Exemplo: 
Creme com 
Hidrocortisona
Vias de absorção cutânea
Liberação 
Transdérmica
de fármacos
Aplicação de 
uma formulação 
na pele para 
liberar o 
fármaco na 
circulação 
sistêmica
Exemplo: 
Adesivo com 
estradiol
Penetração x permeação x absorção
Penetração
Permeação
Absorção
Permeação de fármacos
Fatores que interferem:
 Características do indivíduo  Idade, sexo, local
de aplicação e a integridade da pele;
 Concentração do ativo
 Natureza físico-química do fármaco 
Solubilidade, peso molecular (tamanho) e
coeficiente de partição
Permeação de fármacos
Fatores que interferem:
 Afinidade do fármaco pela pele;
 Grau de hidratação da pele;
 Área e local de aplicação;
 Tempo e intensidade de massagem
Promotores de absorção cutânea
 Promotores  Interagem com os componentes do
estrato córneo, reduzindo a resistência cutânea à
difusão do ativo.
 Podem ser classificados em físicos, vesiculares e
químicos.
Promotores de absorção cutânea
Promotores físicos:
 Massagem:
 Estimula a liberação de histamina e acetilcolina;
 Histamina  Vasodilatação  aumento do fluxosanguíneo
 Aumento das trocas
Promotores de absorção cutânea
Promotores de absorção cutânea
Promotores físicos:
 Iontoforese
 Método eletroquímico;
 Criação de gradiente de potencial na pele por meio de
corrente elétrica ou voltagem;
 Cuidados: irritação cutânea.
Promotores de absorção cutânea
Promotores físicos:
 Eletroporação
 Consiste na criação de poros aquosos nas bicamadas
lipídicas do estrato córneo através da aplicação de pulsos
curtos de alta voltagem (100-1000 V/cm).
 Promove um rearranjo estrutural da membrana celular,
facilitando a permeação de ativos. É um processo reversível
e não invasivo.
Promotores de absorção cutânea
Promotores químicos:
 Mecanismos:
 Redução da resistência do estrato córneo devido à
alteração de suas propriedades físico-químicas;
 Alteração da hidratação do estrato córneo;
 Alteração da estrutura lipídica e lipoprotéica dos canais
intercelulares.
Promotores de absorção cutânea
Promotores de absorção cutânea
Promotores de absorção cutânea
Promotores químicos:
 Álcoois de cadeia curta Etanol e álcool isopropílico;
 Álcoois de cadeia longa  octanol, álcool laurílico, álcool
miristílico.
 Mais utilizado Propilenoglicol (propano-1,2-diol)
Promotores de absorção cutânea
Promotores químicos:
 Miristato de isopropila;
 Ácido oleico (ômega 9);
Promotores de absorção cutânea
Promotores veiculares:
 Obtidos por nanotecnologia
Sistemas transdérmicos
Sistemas transdérmicos
O que são?
 Forma farmacêutica de aplicação tópica e
desenvolvida para liberar uma dose constante e
controlada de um medicamento no decorrer de um
período extenso;
 Boa alternativa às formas farmacêuticas orais
convencionais.
Sistemas transdérmicos
O que são?
 Destinados à indução da passagem de substâncias
ativas através da superfície da pele e de suas
diversas camadas até atingir a circulação
sistêmica;
Sistemas transdérmicos
Etapas para absorção
 Difusão ou transporte do fármaco para a superfície da
membrana (pele)
 Partilha do fármaco para o estrato córneo
 Difusão através do EC (via intercelular)
 Partilha do fármaco do estrato córneo lipofílico p/
epiderme aquosa viável
 Difusão através da epiderme viável e derme superior
 Remoção do fármaco pela microcirculação cutânea
Sistemas transdérmicos
Critérios para a seleção do fármaco:
 Adequado coeficiente de partição o/a Lipofilicidade.
 Não ser ou estar ionizado;
 Baixo PM;
Sistemas transdérmicos
Critériospara a seleção do fármaco:
 Suficiente solubilidade em água a pH 6 a 7,4 (por exemplo,
≈ 0,05 a 1 mg / mL, se a taxa de entrega alvo está na gama
de mg por dia);
 pKa adequado  Determina a solubilidade da forma não
ionizada a pH fisiológico.
Sistemas transdérmicos
Critérios para a formulação do sistema:
 Entregar a dose necessária;
 Minimizar a variabilidade da absorção do fármaco;
 Minimizar as reações cutâneas locais;
 Manter a estabilidade física adequada e integridade física
dos TDDS durante o armazenamento e aplicação;
Sistemas transdérmicos
Critérios para a formulação do sistema:
 Minimizar a quantidade (excessiva) de fármaco restante
nos TDDS após a aplicação;
 Assegurar uma boa adesão;
 Minimizar o risco de descolamento durante a aplicação.
Sistemas transdérmicos
Vantagens:
 Evitam problemas relacionados à absorção
gastrointestinal;
 Evita efeito de primeira passagem;
 Sistemas não invasivos;
 Terapia prolongada com uma só aplicaçãoMaior adesão
Sistemas transdérmicos
Vantagens:
 Podem ser removidos facilmente em casos que ocorram
reações adversas cessando imediatamente a administração
do fármaco;
 Rapidamente identificáveis em situações de emergência
Sistemas transdérmicos
Limitações
 Poucos são os fármacos têm as propriedades
físico-químicas e terapêuticas apropriadas para
esse modelo de administração transdérmica de
medicamentos;
 Possibilidade de dermatite de contato.
Sistemas transdérmicos
Exemplos:
 Nicotina Tratamento do tabagismo;
 Hormônios (ex: estradiol e testosterona)  Terapias de
reposição hormonal;
 Metilfenidato  Transtorno de Défict de Atenção e
Hiperatividade (TDAH);
Sistemas transdérmicos
Exemplos:
 Selegilina  Adesivo para a Doença de Parkinson e para
depressão;
 Rivastigmina Para pacientes com Alzheimer.
Sistemas transdérmicos
Sistemas transdérmicos
Tipos:
 1) Controlam a velocidade de liberação do
princípio ativo para a pele (ex: sistemas
transdérmicos reservatórios).
 2) Permitem que a pele controle a velocidade de
absorção (ex: sistemas transdérmicos matriciais).
Sistemas transdérmicos
Sistemas reservatórios:
 A liberação do fármaco é controlada por uma membrana
microporosa ou semipermeável.
 O reservatório pode ser composto pelo fármaco sólido ou
por uma suspensão em meio líquido.
 As paredes do reservatório são impermeáveis de um lado e
 porosas ou microporosas de outro.
Sistemas transdérmicos
Sistemas transdérmicos
Sistema controlado por membrana:
 O fármaco migra numa taxa controlada para o local de
absorção.
 Liberam o fármaco numa taxa menor do que a capacidade
de permeação da pele, sendo a liberação do fármaco,
portanto, controlada pelo sistema e não pela pele.
Sistemas transdérmicos
Sistemas reservatórios:
 Vantagem  Enquanto a solução do fármaco no
reservatório permanecer saturada, a velocidade de
liberação do fármaco através da membrana permanecerá
constante.
 Desvantagem  Apresentam todo o fármaco depositado
em um compartimento. Caso a membrana se rompa, o
fármaco fica exposto e perde-se o controle de sua liberação.
Sistemas transdérmicos
Sistema 
controlado 
por 
membrana
Pré
construção 
da unidade 
de liberação
Enchimento 
do 
reservatório 
do fármaco
Selagem 
ou 
laminação
Sistemas transdérmicos
Sistemas matriciais:
 O fármaco pode ser disperso em um gel que controla a
difusão ou em uma matriz polimérica contendo uma
camada adesiva que controla a liberação do fármaco;
 Um lado da matriz permanece em contato com a pele,
enquanto o outro lado é protegido por uma membrana
laminada. O fármaco se difunde através da estrutura até o
sítio de absorção.
Sistemas transdérmicos
Sistemas transdérmicos
Sistemas transdérmicos
Sistema matricial:
 Matriz  Com ou sem excesso de fármaco em relação à
solubilidade e ao gradiente de concentração no estado
estacionário, no estrato córneo;
Sistemas transdérmicos
Sistema matricial :
 Sem excesso de fármaco
 Fármaco fica disponível para manter a saturação do EC
apenas enquanto seu nível no dispositivo exceder o limite
de solubilidade nesse tecido;
 [ ] no dispositivo < limite de saturação da pele 
Transporte do dispositivo para a pele diminui.
Sistemas transdérmicos
Sistema matricial:
 Com excesso de fármaco:
 Reserva assegura continuidade da saturação contínua no
EC
 Declínio da velocidade de liberação < que no sistema sem
excesso
 Maioria dos sistemas
Sistemas transdérmicos
Sistema 
matricial
Preparo
Fármaco 
+ 
Polímero 
Dissolvidos 
e 
misturados 
Secagem 
da matriz
Sistemas transdérmicos
Sistemas matriciais x reservatório:
 Ambos devem utilizar um método diferente para fornecer a
dose inicial, tal como a mistura de fármaco com a camada
adesiva.
 O sistema de matriz é mais seguro que o de reservatório. O
mecanismo de liberação não é a simples difusão, como no
reservatório, mas depende da solubilidade da molécula do
fármaco na matriz.
Sistemas transdérmicos
Mecanismo de controle de liberação:
 Dispositivo de liberação do fármaco e pele;
 V liberação do fármaco no EC < Capacidade de absorção 
Dispositivo é o fator controle;
 Fármaco liberado em área onde ocorre saturação  Pele
exerce o controle da liberação.
Prof. Michelle Alvares Sarcinelli
michellesarcinelli@ima.ufrj.br

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