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Apostila_de_Geografia_Fisica

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Escola Estadual Desembargador Rodrigues Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE GEOGRAFIA FÍSICA 
 
 
 
 
Professor Rafael Dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Outubro de 2007 
(Atualizada em Junho/2008) 
 2
SUMÁRIO 
 
 
1. GEOLOGIA ............................................................................................................. 03 
1.1. A Origem da Terra............................................................................................... 03 
1.2. A estrutura da Terra............................................................................................ 03 
1.3. O tempo Geológico............................................................................................. 04 
1.4 Teorias da movimentação dos Continentes...................................................... 04 
1.4.1. Teoria da Deriva Continental .......................................................................... 04 
1.4.2. Teoria da Tectônica de Placas ....................................................................... 05 
1.4.2.1. A movimentação do Manto .......................................................................... 06 
 
 
2. AS ROCHAS ........................................................................................................... 10 
 
3. A FORMAÇÃO DO RELEVO .................................................................................. 11 
3.1. Processos construtores do relevo.................................................................... 11 
3.2. Processos modeladores do relevo ................................................................... 11 
3.3. Formas do relevo................................................................................................ 12 
 
4. CLIMA ..................................................................................................................... 13 
4.1. Fatores do Clima................................................................................................. 13 
4.1.1. Latitude............................................................................................................. 13 
4.1.2. Longitude ......................................................................................................... 14 
4.1.3. Massas de ar .................................................................................................... 14 
4.1.4. Continentalidade e maritimidade ................................................................... 15 
4.1.5. Correntes marítimas........................................................................................ 16 
4.1.6. Relevo............................................................................................................... 17 
4.1.7. Vegetação......................................................................................................... 17 
4.2. Elementos do Clima ........................................................................................... 17 
 
5. HIDROGRAFIA........................................................................................................ 19 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 22
 3
1. GEOLOGIA 
 
1.1. A Origem da Terra 
 
Várias teorias foram formuladas para explicar a origem da Terra e do universo de 
acordo com as tendências vigentes na época em que foram formuladas. A principal teoria 
aceita pela comunidade científica por mais de um século dizia que a Terra for formada 
pelo resfriamento de nuvens de gases que estavam em rotação, o que formou o corpo 
heterogêneo que é nosso planeta. 
Nas últimas décadas do século passado, surgiu uma nova teoria segundo a qual a 
Terra teria surgido pela agregação de poeira cósmica. Esta agregação ocorreu pelo atrito 
das partículas que se chocavam e geravam calor. Este calor provocou o aparecimento de 
uma atração gravitacional que atraiu mais corpos dispersos no espaço e aumentou a 
massa da Terra, até formar o corpo que conhecemos hoje. Esta mesma força 
gravitacional reteve ao seu redor uma pequena camada de gases que eram gerados pelo 
atrito das partículas, formando uma atmosfera primitiva. 
Essa atmosfera primitiva atuou como isolante térmico, criando o ambiente perfeito 
para a fusão dos materiais terrestres. Sendo assim, os elementos mais densos e pesados 
como ferro e níquel migraram para o interior do planeta, enquanto os mais leves 
concentraram-se na superfície. 
Os materiais que dispunham de ponto de fusão menor, ficaram na superfície e 
foram resfriados pela atmosfera, solidificando-se. À baixo da superfície, como a 
temperatura é maior, os elementos permanecem em constante estado líquido/pastoso. 
 
1.2. A estrutura da Terra 
 
A Terra possui três camadas distintas, dispostas de formas concêntricas: 
• Crosta ou Litosfera: Possui profundidades de aproximadamente 30 a 70 Km. Encontra-
se no estado Sólido. É composta por duas camadas: 
 4
� Crosta superior: é constituída por Sial (Sílica e Alumínio). Possui temperaturas 
de aproximadamente 800ºC em seu interior; 
� Crosta inferior: é composta por Sima (Sílica e Magnésio). As temperaturas 
desta camada giram em torno de aproximadamente 1000ºC. 
 
• Manto ou Astenosfera: Encontra-se no estado pastoso. É composto, basicamente, por 
Silicatos de Ferro e de Magnésio, entre vários outros elementos. Sua profundidade é 
de 2900 Km da superfície terrestre, sendo dividida em Manto Externo e Manto Interno, 
que possuem densidades diferentes, de acordo com a sua composição (3,3 e 5,5 
respecstivamente). 
 
• Núcleo: É constituído de Ferro e Níquel (Nife). Subdivide-se em duas sub-camadas: 
� Núcleo Externo: Possui temperaturas de aproximadamente 3000ºC. Está a uma 
profundidade de 5100 Km. Acredita-se que esteja no estado líquido devido a 
imensa pressão encontrada a esta profundidade; 
� Núcleo Interno: Imagina-se que possua temperaturas próximas à da superfície 
do Sol (cerca de 5000ºC). Supõe-se que esteja no estado sólido, também 
devido a enorme pressão no local. Está a 6370 Km da superfície. 
 
 
1.3. O tempo Geológico 
 
De acordo com as marcas deixadas pelo Planeta Terra, podemos interpretar o seu 
vasto passado. Assim, a história da Geologia nada mais é que a interpretação dessas 
marcas. 
 
• (500 A. C.) O grego Xanto de Sardis acreditava que os peixes fossilizados 
apareciam em regiões cobertas por antigos mares; 
• (484 – 420 A. C.) Heródoto, filósofo também grego, enquanto estudava o processo 
de sedimentação no Delta do Rio Nilo, concluiu que ele teria demorado vários anos 
para se formar. Imaginava que os fósseis encontrados no Mediterrâneo eram 
restos de alimentos dos trabalhadores que construíram as pirâmides egípcias; 
• (384 – 322 A. C.) Aristóteles cogitou a idéia de que existiam peixes terrestres, o 
que explicava o aparecimento de fósseis; 
• (Séc. XVII) Um arcebispo irlandês, fazendo leitura dos textos bíblicos, estimou que 
a Terra havia aparecido a 4004 anos Antes de Cristo, no dia 26 de outubro, às 9 
horas; 
• (1680 D.C.) Thomas Burnet interpretou que as datas bíblicas eram metáforas para 
longas eras geológicas; 
• (Fim do Séc XVIII) Cientistas estimaram a idade da Terra entre 20 e 200 milhões 
de anos; 
• (Séc. XX) Após a descoberta do processo de desintegração radioativa (meia-vida) 
dos elementos, foi possível determinar a idade das rochas. 
 
1.4 Teorias da movimentação dos Continentes 
 
1.4.1. Teoria da Deriva Continental 
 
No ano de 1620, o navegador inglês Francis Bacon descreveu a similaridade entre 
os contornos litorâneos da América do Sul e da África. Anos mais tarde, em 1912, esta 
similaridadeinspiraria o cientista alemão, Alfred Wegener a criar a Teoria da Deriva 
Continental. 
 5
Baseado em fósseis em comum (FIGURA 2) e na formação do relevo dos dois 
continentes, Wegener intuiu que as terras emersas formavam um único continente – 
chamado Pangéia – que se fragmentou posteriormente, chegando à atual forma e 
disposição dos continentes. 
 
 
 
Entretanto, os recursos científicos de investigação da época não eram suficientes 
para comprovar a teoria de Wegener, o que fez com que a teoria caísse no ostracismo. 
Esta teoria só voltou a ser discutida anos mais tarde, durante a 2ª Grande Guerra. 
 
 
1.4.2. Teoria da Tectônica de Placas 
 
 
Durante a 2ª Grande Guerra, o envio de submarinos Norte-americanos para 
combater a esquadra Nazista, detectou a presença de uma enorme cadeia de montanhas 
no meio do Oceano Atlântico. 
Após a guerra, os Norte-americanos iniciaram o estudo dessa cordilheira com o 
uso de um sonar. Este estudo mapeou o fundo do Oceano e determinou que o assoalho 
possui a forma constante na FIGURA 3. 
Após o mapeamento, foram realizadas coletas e datações das rochas de vários 
pontos da cordilheira, identificando que, quanto mais distante do centro da cordilheira, 
mais antiga foi a formação das rochas, enquanto no centro da cordilheira, as rochas 
possuíam idades bem mais recentes. 
Este processo demonstrou que um dia, os continentes estiveram juntos, formando 
um único continente e que com o passar do tempo, foram se fragmentando, formando as 
chamadas Placas Tectônicas, que foram se distanciando umas das outras. Mas o que 
promove este distanciamento? Qual é a força que impulsiona este distanciamento? 
 
FIGURA 2: ÁREAS DE OCORRÊNCIA DOS FÓSSEIS 
 6
 
 
1.4.2.1. A movimentação do Manto 
 
Como já foi visto, a Terra possui temperaturas variadas, de acordo com a camada. 
Assim, o Núcleo possui altíssimas temperaturas, que vão diminuindo gradativamente 
quanto mais se distância do centro da Terra. 
Levando-se em conta o exemplo da geladeira, o ar que se esfria na parte superior 
onde se encontra o congelador, torna-se mais denso, então mais pesado, assim, tende a 
descer. O ar que se encontra na parte de baixo, além de ser mais leve, é empurrado para 
cima pelo ar frio, formando ciclos entre o quente e o frio (FIGURA 4). 
 
No interior de nosso planeta ocorre o 
mesmo processo, porém, no lugar do ar, é o 
magma que se movimenta (FIGURA 5). 
 
FIGURA 4: MOVIMENTAÇÃO DO 
AR DENTRO DA GELADEIRA 
FIGURA 5: MOVIMENTAÇÃO DO MAGMA 
 7
Esta movimentação do magma determina o deslocamento da crosta terrestre, 
distanciando uma Placa Tectônica da outra. É importante salientar que existem dois tipos 
de Placas Tectônicas. Em primeiro lugar, as placas oceânicas, que formam o assoalho 
dos oceanos. Possui uma espessura entre 5 e 10 Km. É muito densa devido ao material 
que a compõe que são elementos máficos, da família dos basaltos e gabros, ricos em 
elementos ferromagnesianos, muito pesados. Já a segunda é a placa continental, de 
espessura de aproximadamente entre 20 e 70 Km e é composta de elementos mais leves, 
como Silício e Alumínio (Sial). 
 
A movimentação das placas pode ser classificada de acordo com sua direção e 
placas envolvidas na movimentação. Elas podem ser: 
 
1. Movimento Divergente: São movimentos formadores de mares e oceanos. Neste 
tipo de movimentação, o continente inicia sua fragmentação, formando dois outros 
sub-continentes. Um ótimo exemplo deste movimento é a separação entre América 
do Sul e África. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Movimento Convergente: é o tipo de movimento onde duas placas se dirigem 
para um ponto comum. Pode ser de três formas diferentes: 
 
 
FIGURA 6: PLACAS TECTONICAS 
FIGURA 7: SEQÜÊNCIA ESQUEMÁTICA DE UM MOVIMENTO DIVERGENTE 
 
 8
a. Placa Oceânica x Placa Oceânica; 
 
O Choque entre duas placas oceânicas provoca a subducção, ou seja a passagem 
da placa mais pesada sob a outra, no manto, o que irá reincorporar o material da placa 
subductada ao manto, uma vez que a sua temperatura é muito elevada, o que irá mudar o 
estado físico do material que a compõe (sólido para o pastoso). Já a placa mais leve irá 
soerguer, formando ilhas. 
 
b. Placa Oceânica x Placa Continental; 
Neste caso, como a placa oceânica é composta por materiais mais pesados que a 
placa continental, ela irá ser subductada. Neste caso, como no anterior, a placa 
subductada volta a incorporar o manto, enquanto na placa continental forma-se uma 
cadeia de montanhas. Um ótimo exemplo desse movimento é a subducção da Placa de 
Nazca pela Placa Sulamericana, o que formou grande parte da Cordilheira dos Andes, 
principalmente no Chile, Peru e Bolívia. 
 
 
c. Placa Continental x Placa Continental; 
 
Este movimento é completamente diferente dos demais, pois a crosta continental 
FIGURA 8: SEQÜÊNCIA ESQUEMÁTICA DE UM MOVIMENTO 
CONVERGENTE ENTRE DUAS PLACAS OCEÂNICAS 
 
FIGURA 9: SEQÜÊNCIA ESQUEMÁTICA DE UM MOVIMENTO 
CONVERGENTE ENTRE UMA PLACA OCEÂNICA E UMA CONTINENTAL 
 
FIGURA 10: SEQÜÊNCIA ESQUEMÁTICA DE UM MOVIMENTO 
CONVERGENTE ENTRE DUAS PLACAS CONTINENTAIS 
 
 9
nunca é subductada por outra. Neste tipo de movimento, as crostas se chocam e com a 
pressão exercida por ambas, inicia-se um processo de soerguimento, que forma uma 
cadeia de montanhas no limite de contato. Este tipo de movimento é exemplificado pelos 
Montes Urais (entre a Europa e a Ásia) e pelo Himalaia, onde se encontra o ponto mais 
alto da Terra (Monte Everest no Nepal). 
 
3. Movimento Tangencial ou Transcorrente 
 
Este tipo de movimento ocorre quando uma placa desliza horizontalmente a uma 
outra placa tectônica. Este movimento não promove construção nem destruição de crosta. 
Provoca somente, abalos sísmicos no local. Ótimo exemplo para o caso é a Falha de San 
Andréas na Califórnia (EUA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 11: MOVIMENTO TANGENCIAL ENTRE AS PLACAS DO 
PACÍFICO E NORTE-AMERICANA E A FALHA DE SAN ANDRÉAS 
 
 10
2. AS ROCHAS 
 
As rochas são todo o material que compõe a porção sólida da superfície terrestre. 
Elas são formadas pela agregação de um ou mais minerais. 
São classificadas de acordo com sua origem, sendo: 
 
• ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS: São as rochas formadas à partir da 
solidificação do magma. Assim, podem formar: 
� Rochas Magmáticas Intrusivas ou Plutônicas: Formadas à partir da 
solidificação do magma no interior da crosta; 
� Rochas Magmáticas Extrusivas ou Vulcânicas: Formadas À partir da 
solidificação da lava expelida pelos vulcões na superfície da Terra ou dos 
oceanos. 
 
• ROCHAS SEDIMENTARES:São rochas formadas pela sedimentação e compactação 
de fragmentos de outras rochas (ígneas, metamórficas ou até mesmo sedimentares), 
que sofreram a ação do intemperismo e foram transportados pelos rios, ventos, gelo, 
até serem depositadas. 
 
• ROCHAS METAMÓRFICAS: São o tipo de rocha que se formam à partir da 
transformação das rochas ígneas, sedimentares ou outras metamórficas pela ação da 
alta pressão e ou temperaturas elevadas no interior da crosta. 
 
FIGURA 12: O CICLO DAS ROCHAS 
 
 
 11
FIGURA 13: VULCANISMO – ACRÉSCIMO DA 
CROSTA 
 
FIGURA 14: AÇÃO DOS AGENTES EXTERNOS 
3. A FORMAÇÃO DO RELEVO 
 
O relevo corresponde às formas assumidas pelo terreno (serras, montanhas, 
depressões, chapadas, etc.) após serem moldadas pela atuação dos agentes internos 
sobre a crosta terrestre. 
Podemos assim, perceber que para a formação do relevo ocorrem duas formas de 
processos: os processos construtores e os modeladores do relevo. 
 
3.1. Processos construtores do relevoApós a formação da Terra, ocorre o resfriamento da porção externa da 
Terra, formando a Litosfera. Assim, os fluxos ocorridos no manto produzem 
movimentos na crosta (Placas Tectônicas). Estes movimentos, quando ocorre o 
choque entre placas tectônicas, produzem a formação de elevações (montanhas, 
cordilheiras, serras). 
Já o derramamento do magma na superfície (lava vulcânica) promove o acréscimo 
da crosta, “construindo” o relevo. 
 
 
 
3.2. Processos modeladores do relevo 
 
 
 
A forma do relevo é 
provocada pela ação dos 
agentes externos como o 
aquecimento pelo Sol, 
resfriamento do tempo pela 
noite, a ação dos ventos, 
chuvas, rios, gelo, entre 
outros, que promovem a 
fragmentação da crosta por 
sua atuação durante 
milhares de anos. 
 
 
 
 12
3.3. Formas do relevo 
 
Com a ação dos agentes internos e dos externos o relevo começa a tomar forma. 
Esta forma se divide em quatro grandes grupos: 
 
1. MONTANHAS: São grandes elevações formadas à partir dos agentes internos. 
Possuem altitudes superiores a 800m; 
 
2. PLANALTO: ao contrário do que sugere o nome, é uma superfície irregular com 
altitude acima de 300m. Forma-se à partir do intemperismo (erosão) sobre as 
rochas. Pode ter morros, serras ou elevações íngremes de topo plano (chapadas). 
 
3. PLANÍCIE: superfície muito plana com no máximo 100 metros de altitude. É 
formada pelo acúmulo de sedimentos carregados pelas águas do mar, de rios, de 
lagos ou de chuvas, além dos ventos e do gelo. 
 
4. DEPRESSÃO: superfície entre 100 e 500 metros de altitude com suave inclinação, 
formada por prolongados processos de erosão. É mais plana do que o planalto. 
 
15. Montanhas: Cordilheira dos Andes – Argentina; 
16. Planaltos: Tabuleiro – MG; 
17. Planície: Paraná; 
18. Depressão: Belo Horizonte – MG. 
15. 16. 
 
 
17. 18. 
 
 13
4. CLIMA 
 
Inicialmente, é necessário compreender a diferença entre dois conceitos: Tempo e 
Clima. 
Tempo corresponde aos fenômenos meteorológicos ocorridos em um instante ou 
em um dia. Assim, se dizemos que hoje, o dia está quente e úmido, estamos nos 
referindo ao tempo. 
Já Clima é relativo ao comportamento médio da atmosfera de algum dado local, 
durante o período de um ano. Assim, se dizemos que na Amazônia o tempo é quente e 
úmido durante o ano todo, afirmamos que a média dos tempos de um ano - ou seja, o 
clima – são quentes e úmidos durante o ano inteiro. É importante lembrar que para se 
dizer como é o clima de um dado local, é necessário fazer um estudo das médias dos 
tempos de pelo menos 30 anos consecutivos. 
Sabe-se que cada região da Terra apresenta um clima diferente. Essa grande 
diversidade de climas é proporcionada por um conjunto de fatores climáticos, que agem 
conjuntamente, formando essa diversidade climática. 
 
4.1. Fatores do clima 
 
4.1.1. Latitude 
 
Corresponde à distância, na Terra, em relação à Linha do Equador. Quanto mais 
afastamos do Equador, menor será a temperatura. Este fato ocorre porque nosso planeta 
possui uma forma esférica. Esta forma esférica determina a forma da incidência de raios 
solares. Quanto mais direta for a incidência, menor será a área aquecida pelos raios e 
assim, a intensidade do aquecimento (temperatura) será maior (Figura 19). 
Se a incidência ocorre em regiões mais inclinadas, como nos pólos da Terra, a 
incidência dos raios terá uma forma diagonal à superfície do planeta, fazendo com que a 
área aquecida pelos raios solares seja maior, diminuindo a intensidade do aquecimento 
(temperatura) (Figura 19). 
FIGURA 19: DIFERENÇA DE INCIDÊNCIA DE RAIOS SOLARES 
NA TERRA, DE ACORDO COM A LATITUDE 
 
 14
4.1.2. Altitude 
 
Quanto mais alto menor será a temperatura. Este fato é condicionado pela 
quantidade de gases da atmosfera do local, pois o aquecimento da atmosfera depende 
diretamente da reflexão dos raios solares. Em locais de menores altitudes, a 
concentração de gases como o Dióxido de Carbono (CO2), o Monóxido de Carbono (CO) 
e o Metano (CH4), além de vapor d’água (H2O) é mais elevada do que em regiões de 
altitudes elevadas onde o ar é rarefeito, o que condiciona a retenção de calor e o 
aquecimento atmosférico (Figura 20). 
Nas regiões mais elevadas, como a concentração dos gases é menor, também 
será menor o aquecimento da atmosfera(Figura 20). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante lembrar que parte dos raios que incidem diretamente na superfície 
são absorvidos, esquentando-a. Já o restante da energia solar, é refletida e grande parte 
dela, retida pelos gases atmosféricos. 
 
4.1.3. Massas de ar 
 
Para que seja possível entender a formação das Massas de Ar, é necessário 
entender o funcionamento da circulação do ar na atmosfera. 
Como já foi visto no tópico 4.1.1, relacionado à Latitude, sabemos que as regiões 
próximas à Linha do Equador são muito quentes, devido a incidência perpendicular à 
FIGURA 20: ABSORÇÃO E RETENÇÃO DE CALOR NA ATMOSFERA 
 15
superfície da Terra, e as regiões situadas nos pólos terrestres são mais frias devido à 
incidência inclinada dos raios solares. 
Partindo dessa premissa, é possível concluir que o ar da região equatorial é mais 
quente, por conseqüência é mais leve, desencadeando a subida do ar. Já o ar das 
regiões polares é mais frio, desta forma, mais pesado por ser denso, o que faz com que o 
ar desça. 
Esta subida do ar quente, forma um região de Baixa Pressão Atmosférica, no 
Equador, desencadeando uma alternância de regiões de Altas e Baixas Pressões, como 
pode ser verificado na Figura 21. 
Sendo assim, podemos 
concluir que o ar carrega as 
características da região onde 
está, por exemplo: O ar da região 
do Equador se esquenta, car-
regando a alta temperatura como 
característica da região em que se 
formou. Outra característica que 
também pode ser trans-portada 
pelo ar é a umidade. Para essas 
formações do ar e suas 
características dá-se o nome de 
MASSAS DE AR. 
Nos deslocamentos das 
massas de ar, ocorre o encontro 
entre massas diferentes, o que 
ocasiona uma troca de calor entre 
as massas provocando, princi-
palmente, precipitação (chuva, 
geada, entre outros). 
As massas de ar se 
formam nas mais diversas regiões 
do globo, como nos continentes e 
nos oceanos. Então, podemos 
classifica-las da seguinte forma: 
As massas oceânicas são úmidas e as continentais – com pouquíssimas exceções – são 
secas. As massas Equatoriais e Tropicais são quentes, enquanto as temperadas e 
polares são frias. 
 
 
4.1.4. Continentalidade e maritimidade 
 
A maior ou menor proximidade de grandes quantidades de água influencia bastante 
o clima. Esta influência, não está restrita, somente a umidade do ar, mas também na 
temperatura. 
Sabemos que a capacidade de retenção de calor solar da água é maior do que da 
terra. Contudo, a água se esquenta mais demoradamente do que os continentes, que se 
aquecem rapidamente. Porém a água demora mais a se esfriar do que o continente, que 
inicia seu resfriamento assim que diminui ou cessa a entrada de luz solar. 
Desta forma, a circulação do ar ocorre diferentemente durante o decorrer do dia 
(ver figuras 22 e 23). 
FIGURA 21: CIRCULAÇÃO DE AR NA 
ATMOSFERA TERRESTRE 
 
 16
 
4.1.5. Correntes marítimas 
 
As águas, da mesma forma que outros elementos como o ar, deslocam-se das 
regiões de temperaturas mais elevadas para as regiões de menores temperaturas. Como 
as massas de ar, carregam as características das regiões que se formaram. 
Outro dado importante para o bom entendimento das Correntes marítimas é a 
capacidade de retenção de calor que, quando se deslocam para regiões frias, aquecemestas regiões, como é o caso do Mar do Norte (região polar) que é impedido de ser 
congelado pela Corrente do Golfo (quente). Este fator é importantíssimo para amenizar o 
rigor do inverno no Hemisfério Norte. 
 
 
 
FIGURAS 22 e 23: CIRCULAÇÃO DIFERENCIADA DO AR DURANTE OS DIAS E AS NOITES, 
FAVORECIDA PELA RETENÇÃO DE CALOR PELAS ÁGUAS E PELOS CONTINENTES 
 
FIGURA 24: CORRENTES MARÍTIMAS 
 
Fonte: <http://web.educom.pt/dgpedronunes/oceanos/ 
images/Oceanos/MapMunCorrentesEncarta.GIF>.
 17
4.1.6. Relevo 
 
O Relevo está diretamente associado, não só à altitude (diferença de temperatura), 
mas também a fatores climáticos como a temperatura e umidade, quando facilitam ou 
dificultam o deslocamento de massas de ar. 
 
Em regiões de baixas altitudes ou sem diferenças bruscas no relevo, o 
deslocamento é facilitado. Já em regiões montanhosas ou com grandes diferenças de 
altitude, a movimentação das massas é comprometido. 
 
4.1.7. Vegetação 
 
A vegetação retira do solo a umidade através de suas raízes e devolvem para a 
atmosfera através da evapotranspiração (liberação de H2O pelo processo 
fotossintetizante). Além deste fator, a vegetação impede a incidência direta de raios 
solares sobre a superfície. 
Desta forma, a vegetação é um fator que condiciona tanto o aumento da umidade 
na atmosfera quanto a diminuição de calor na superfície. 
Se levarmos em conta o desmatamento, ocorrerá uma diminuição significativa da 
umidade na atmosfera local, diminuindo assim as chuvas e aumentando a temperatura. 
 
4.2. Elementos do Clima 
 
A interação dos Fatores do Clima (latitude; altitude; massas de ar; continentalidade e 
maritimidade; correntes marítimas; relevo e vegetação), é responsável pelo 
comportamento dos Elementos do Clima, que são as sensações captadas por nossos 
sentidos. São eles: 
 
1. Temperatura: é o comportamento do calor dos gases e do vapor d’água 
presentes na atmosfera. 
2. Umidade do ar: Corresponde a quantidade de vapor d’água na atmosfera. É 
representada em % ou g/m3 de ar. Sabe-se que a capacidade de retenção de 
vapor d’água na atmosfera é de 4%. Assim, Quando se diz que a umidade 
FIGURA 25: DESLOCAMENTO DE MASSAS DE AR CONDICIONADO PELO RELEVO 
 
O relevo barra o deslocamento da massa, que precisa perder massa (chover) para continuar seu deslocamento.
 18
relativa do ar é de 80%, significa que falta somente 20% de vapor para que 
ocorre a saturação e assim, a precipitação. 
3. Pressão atmosférica: é responsável pelos deslocamentos do ar no globo. Então, 
pressão é o peso que o ar exerce sobre a superfície. O ar, então, se desloca 
sempre das regiões de altas pressões para as de baixas pressões, provocando 
os deslocamentos das massas de ar. 
 19
5. HIDROGRAFIA 
 
Entender a hidrografia de uma determinada região significa estudar o ciclo da água. 
 
Desta forma, podemos estudar como é a manifestação deste ciclo da água na 
natureza. 
 
Observando a Figura 27, temos um exemplo deste ciclo hidrológico, onde podemos 
elucidar alguns conceitos referentes ao tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 26: FASES DA ÁGUA 
 
FIGURA 27: EXEMPLO DE CICLO DA ÁGUA NA NATUREZA 
 
 20
Inicialmente, temos a evaporação da água de grandes corpos d’água (Figura 27, 
letra “a”) como rios, lagos, mares, oceanos; ou temos a evapotranspiração (Figura 27, 
letra “b”) que é a o processo de perda de água das plantas para a atmosfera pela 
transpiração. Esta água que está em forma de vapor d’água se condensa formando 
nuvens (Figura 27, letra “c”) que, em dado momento, precipita1 em forma de chuva 
(Figura 27, letra “d”). Esta precipitação tem dois destinos: o primeiro é a infiltração 
(Figura 27, letra “e”) pelos poros do solo. Esta água que infiltrou percorre, de poro em 
poro, até atingir uma superfície que não permita mais a infiltração. Assim, a água escoa 
sub-superficialmente, até atingir a superfície novamente. Assim, a água forma uma 
nascente (Figura 27, letra “f” e Figura 28). 
Esta nascente pode originar cursos d’água perenes2 ou intermitentes3 (Figura 
27, letra “h”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O segundo destino da água da precipitação é o escoamento superficial (Figura 
27, letra “g”), que é a formação de um curso d´água intermitente. 
Devido à gravidade, a água destes cursos d’água são direcionados para as áreas 
mais baixas, despejando suas águas, através da Foz4 (Figura 27, letra “i”) em grande 
locais de acúmulo de água, como em lagos, mares e oceanos (Figura 27, letra “j”). 
Um outro conceito importante é o divisor de águas que é uma considerável 
elevação do relevo (montanha, serra, cordilheira) que promove a divisão das águas das 
chuvas entre diferentes cursos d’água, podendo dividir Bacias Hidrográficas. 
 
1
 A precipitação também pode ocorrer na forma de chuva, granizo ou neve. 
2
 O curso d’água perene possui água durante o ano inteiro. 
3
 O curso d’água intermitente, diferentemente do perene, não possui água durante todo o ano. 
4
 Foz é o local de despejo de águas de um rio. Pode ser de duas formas: Foz em Estuário (despejo direto da 
água) e Foz em Delta (despejo da água em pequenos canais, que juntos formam uma figura geométrica 
triangular, parecida com a Letra Grega). 
FIGURA 28: INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NOS POROS DO SOLO, 
FORMANDO UMA NASCENTE 
 21
Para finalizar, temos o conceito de Bacias Hidrográficas (Figura 29), que é o 
conjunto de cursos d’água que drenam, tendo como destino comum, um único grande rio. 
 
FIGURA 29: EXEMPLO DE BACIA HIDROGRÁFICA 
 
 22
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DIAS, J. A apud WALLACE, R. E.. Falha de San Andréas. Disponível em: 
<http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GA2_SistTerra/203TectPlacas/63FrontTransf.html>. 
Acesso em 03 de setembro de 2007. 
 
MICROSOFT, Enciclopédia Encarta. As Correntes Oceânicas. Disponível em: 
<http://web.educom.pt/dgpedronunes/oceanos/images/Oceanos/MapMunCorrentesEncart
a.GIF>. Acesso em 10 de junho de 2008. 
 
Teixeira, W.; Toledo, M. C. M. de; Fairchild, T. R.; Taioli F.. Decifrando a Terra. São 
Paulo: Oficina de Textos. 2000. 
 
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: espaço 
geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998. 
 
WIKIPÉDIA. Mapa de Distribuição das Placas Tectônicas. Disponível em: <http:// 
upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/51/Placas_tectonicas_mapa.png>. Acesso em 
04 de setembro de 2007.

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