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Coordenadas geográficas e rosa dos ventos
As coordenadas geográficas são pontos de localização no globo. Esses pontos são proporcionados pelos pontos de latitude e longitude, determinados pelas linhas imaginárias do planeta Terra: os meridianos e paralelos. Estas linhas imaginárias foram criadas por convenção cartográfica com a finalidade de localização.
A distância entre as coordenadas geográficas é definida por medidas em graus, minutos e segundos, sendo 1 grau correspondente à duração de uma hora (60 minutos) e 1 minuto, correspondente a 60 segundos. Mas para compreender melhor, vamos então às definições de latitude e longitude.
Latitude
É a distância em graus em relação à linha do Equador. É determinado por linhas imaginárias que circundam a Terra e possuem sentido horizontal, conhecidas também como paralelos, sua distância varia de 0º a 90º.
A principal linha no sentido horizontal é a linha do Equador, responsável por dividir o planeta em hemisfério norte e sul. Outros principais paralelos são o Trópico de Câncer, o Trópico de Capricórnio, o Círculo Polar Ártico e o Círculo Polar Antártico. O paralelo de número zero é a linha do Equador.
Longitude
É a distância em graus em relação ao meridiano de Greenwich, determinada pelas linhas imaginárias, que cortam o planeta em sentido vertical, sua distância varia de 0º a 180º. Estas linhas são também conhecidas como meridianos.
A longitude de 0º é demarcada pelo Meridiano de Greenwich, responsável por dividir a Terra em Ocidente e Oriente (oeste e leste do globo). Todos os meridianos se encontram nos polos norte e sul e foi a partir deles que os fusos horários foram criados.
 
Bem, todos os dados que nos permitem a localização em uma simples busca na internet ou em nossos celulares, são dados processados por satélites que estão em órbita fora do planeta Terra.
Os direitos de utilização destes dados processados pelos satélites são comprados pelas empresas desenvolvedoras de softwares de localização que facilitam o nosso acesso a esta informação de forma prática e eficiente. Mas nem sempre tudo foi tão prático assim.
Rosa dos ventos
Por muitos anos a localização era consultada através de instrumentos arcaicos onde não existia tanta precisão como, por exemplo, a bússola. A bússola é conhecida por utilizar o sistema da rosa dos ventos. Esse sistema é utilizado atualmente na cartografia para nos mostrar para onde, por exemplo, está o sul do mapa, ou qualquer outra orientação, norte, leste, oeste e todas as demais subdivisões da rosa dos ventos.
A rosa dos ventos divide-se em pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. Os pontos cardeais são: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O).
O Norte tem como referência a Estrela Polar e é responsável por marcar a direção do Polo Norte do planeta Terra e pode ser chamado também de setentrional ou boreal. O Sul, que possui como referência astronômica a constelação do Cruzeiro do Sul, marca a direção do Polo Sul e é conhecido também como meridional ou austral.
O Leste ou oriente, é o nosso referencial para o “nascer do sol”, ou seja, é a direção na qual vemos o Sol nascer, até se por na direção Oeste (ocidente).
Como os pontos cardeais não são suficientes para a localização precisa na superfície terrestre, foram criados os pontos colaterais e os pontos subcolaterais. Os pontos colaterais são aqueles que se encontram entre os pontos cardeais, sendo eles: Nordeste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste. Já os pontos subcolaterais, são os que se encontram entre os pontos cardeais e colaterais e podem ser analisados na imagem abaixo.
Latitude e longitude
Latitude, longitude e as coordenadas geográficas
Dito isso, podemos avançar para a compreensão de que o globo terrestre é usualmente representado com uma rede de linhas imaginárias que o dividem.  São essas linhas que nos permitem localizar qualquer ponto em na superfície do planeta. Elas constituem dois tipos de coordenadas: a latitude e a longitude. As duas coordenadas, juntas, são denominadas de coordenadas geográficas.
Um exemplo muito utilizado para fazermos uma relação e compreendermos a lógica das coordenadas geográficas são os planos cartesianos, tão comuns nos estudos de matemática. Neles encontramos, no cruzamento das coordenadas x e y, a localização de um ponto específico. Numa esfera como a representação da Terra, temos um processo parecido, embora as coordenadas sejam medidas em graus.
Latitude
Como o nosso o planeta é considerado uma esfera imperfeita (por ser levemente achatada nos polos), temos como círculo máximo dessa esfera o Equador. Essa linha está situada a uma mesma distância dos dois polos e forma um plano perpendicular ao eixo imaginário da Terra, dividindo-a em dois hemisférios: Norte e Sul – setentrional ou boreal, e meridional ou austral, respectivamente.
Sendo assim, a distância de qualquer ponto na superfície terrestre, no sentido norte-sul/sul-norte, em relação à linha do Equador, é chamada de latitude. As latitudes são medidas em graus. Convencionou-se demarcar a linha do Equador como a latitude de 0°.
Por isso, os círculos da esfera em direção a cada um dos polos vão aumentando seus valores em graus até chegar ao máximo de 90°. A latitude de 90° ao norte, demarca o polo Norte, e a latitude de 90° ao sul, demarca o polo Sul.
Se traçamos 90 círculos equidistantes em cada hemisfério, do Equador ao polo, teremos 1° de distância entre cada um deles. Todos esses círculos são chamados de paralelos e, para uma melhor precisão, podemos subdividir as latitudes em diversos outros paralelos.
Cada grau possui sessenta minutos (60’), sendo que cada minuto, assim como na medida de tempo, possui sessenta segundos (60”). Dessa forma, podemos encontrar, por exemplo, qualquer localidade no sentido norte-sul/sul-norte (isto é, sentido latitudinal) entre os 90 círculos de que falamos acima.
Trópicos
Para exemplificar essa subdivisão, vale a pena destacar os quatro principais paralelos depois da linha do Equador – e que você certamente já ouviu falar sobre. São eles: o trópico de Câncer e o círculo polar Ártico, no hemisfério Norte, e o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico, no hemisfério Sul.
Os trópicos se distanciam 23°27’ (vinte e três graus e vinte e sete minutos) em relação ao Equador e sua importância está no fato de demarcarem o limite máximo onde os raios solares incidem verticalmente quando ocorre o solstício de verão nos dois hemisférios.
Toda a região que se encontra entre os dois trópicos é chamada de zona tropical (ou intertropical). Ali, sempre, em algum momento do ano, os raios solares chegam a incidir perpendicularmente.
Ao norte do trópico de Câncer e ao sul do trópico de Capricórnio, os raios solares sempre incidirão na superfície terrestre de forma inclinada (oblíqua nas zonas chamadas temperadas e tangente nas frias zonas polares), não importa o período do ano. Por isso a zona intertropical é, em geral, mais quente.
Os círculos polares estão 66°33’ distantes da linha do Equador, ao passo que estão a 23°27’ dos polos. Eles demarcam um fenômeno muito interessante que ocorre nos solstícios. No dia em que ocorre o solstício de verão, essas áreas passam as 24 horas iluminada pelo sol. Isto é, 24 horas de fotoperíodo (iluminação solar).
Já no solstício de inverno ocorre o oposto, nesse dia não há fotoperíodo. Ou seja, são 24 horas de escuridão. Conforme os dias vão passando, o fotoperíodo vai mudando aos poucos, resultado da associação entre a inclinação do eixo da Terra e o movimento de translação, que divide o nosso ano em quatro estações (confira as figuras abaixo).
Além dos solstícios, temos os equinócios (demarcando o início do outono e da primavera), que são os momentos em que o Sol, em seu movimento, incide diretamente no Equador, fazendo com que dia e noite tenham igual duração.
Longitude
Conhecer somente a latitude de um ponto, porém, não nos basta para localizá-lo. Se buscarmos, por exemplo, um ponto 23°27’ ao sul do Equador, não encontraremos um local específico. Em vez disso, localizaremos diversos locais ao longo desse paraleloque dá uma volta inteira ao globo e que, se você tem boa memória, saberá que demarca o trópico de Capricórnio.
Por isso que, para a tarefa de encontrar um ponto com exatidão, necessitamos de uma segunda coordenada, a longitude. Para medi-la, utilizamos linhas que foram traçadas cruzando os paralelos – inclusive o Equador – perpendicularmente, denominadas meridianos.
Todos os meridianos têm o mesmo tamanho e convergem para os polos. Diferentemente dos paralelos, eles são semicircunferências. Portanto, todos eles dividem a Terra ao meio se somados ao seu meridiano oposto.
Deste modo, houve a necessidade de convencionar qual seria o primeiro meridiano, que demarcaria 0° de longitude. Isso foi estabelecido em 1884, quando na Conferência Internacional do Meridiano, em Washington (EUA), os países participantes determinaram que a longitude principal seria demarcada pelo meridiano de Greenwich. Esse meridiano atravessa o Observatório Real de Greenwich, nas proximidades da cidade de Londres (Inglaterra).
Nesse caso, Greenwich, juntamente com seu antimeridiano (a 180° tanto a leste, como a oeste) passaram a dividir o globo terrestre em dois hemisférios: Leste ou Oriental e Oeste ou Ocidental. Logo, a distância de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao meridiano de Greenwich tem o nome de longitude, variando de 0° a 180° para leste e para oeste.
Conforme já explicado, unindo latitudes e longitudes, temos as coordenadas geográficas e, para localizar com exatidão um ponto no território, indicam-se as medidas em graus (°), minutos (‘) e segundos (“).
Portanto, se eu pedir para você encontrar, por exemplo, um ponto de coordenadas 22°54’42” Sul e 43°13’49” Oeste, não será uma tarefa difícil. Com uma pesquisa na internet (para facilitar) você logo descobrirá que ali está o famoso Estádio do Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro. O que também pode ser feito, é claro, consultando um mapa oficial que contenha as coordenadas.
História e funcionamento do 
Antes da criação do GPS, os instrumentos utilizados para localização na superfície terrestre já foram dos mais diversos, incluindo o astrolábio, utilizado nas grandes navegações e a bússola. Estes instrumentos foram utilizados para confecção de mapas que entregavam uma incrível precisão, porém não tão exatos como os gerados através do GPS.
História do GPS
A história do GPS começa a dar pequenos passos em 1957, com o lançamento do satélite Sputnik I pela União Soviética, primeiro satélite artificial da história. O lançamento do Sputnik propiciou os primeiros estudos de localização com uso de satélites.
A partir de muitas pesquisas, ficou comprovado que este satélite emitia ondas sobre a superfície terrestre que poderiam ser combinadas com o sistema de 
Mesmo com todos os estudos soviéticos sobre a utilização de satélites para fins de localização, quem de fato colocou em prática este tipo de sistema foi os Estados Unidos. O projeto teve o intuito de sair a frente da União Soviética, tendo em vista que este era o período de disputas estratégicas entre os dois países, conhecido como guerra Fria.
O projeto criado pelos estados Unidos, foi intitulado de NAVSTAR e desenvolvido três anos depois, em 1960 pelo Departamento de Defesa do país. Este projeto, que tinha como finalidade utilizar o GPS no planejamento estratégico das guerras promovidas pelo exército dos Estados Unidos.
Após seu aperfeiçoamento na década de 90, devido ao seu sucesso, as informações geradas pelo GPS foram disponibilizadas para o uso civil. Deste modo, passou a operar através de dispositivos receptores dos dados cruzados pelos satélites artificiais em conjunto com o sistema de coordenadas geográficas.
O total de satélites colocados em órbita foi de vinte e quatro com mais quatro sobressalentes, caso algum tivesse seu funcionamento interrompido por algum problema. Estes satélites foram lançados a uma altitude de 19.000 km e a ideia de utilizar esta quantidade, era cobrir de fato toda a superfície terrestre, para que o GPS pudesse ser utilizado em todas as partes do globo.
Vale ressaltar que o GPS é um sistema operacionado pelos Estados Unidos. Desta forma, as ferramentas que utilizam dados mais simples conseguem obter as informações em tempo real, como por exemplos os aplicativos de localização de telefones celular.
Já dispositivos que necessitam de maior precisão, não conseguem utilizar estes dados sem uma pré autorização, por conta das medidas restritivas de segurança. Outros países possuem sistemas de localização que possuem a mesma função, porém são nomeados de outras formas.
Além das funções básicas de localização, o GPS pode ser utilizado, por exemplo, para o georreferenciamento dos mais diversos tipos de áreas, como na agricultura e também para obter percursos e rotas.
Os quatro Fusos Horários do Brasil
Fusos horários
Devido ao seu movimento de rotação (movimento da Terra ao redor de um eixo imaginário, que a atravessa de um polo a outro, no sentido do Oeste para o Leste), a Terra apresenta dias e noites. Como resultado, diversos pontos da superfície terrestre apresentam diferenças de horários.
A determinação da hora parte do princípio de que a Terra é uma circunferência perfeita, medindo 360º, e de que a rotação terrestre dura 24 horas. Com isso, conclui-se que esse é o tempo necessário para que todos os meridianos que “cruzam” o planeta passem, num determinado momento, frente ao Sol.
Dividindo-se os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de rotação, resultam 15 graus. Portanto, a cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora – e cada uma dessas 24 faixas recebe o nome de fuso horário.
No interior dessas faixas, por convenção, passou a vigorar um mesmo horário. Essa padronização do tempo ocorreu no século 19, num momento em que o Reino Unido era a principal potência econômica e militar do planeta. Por isso, o meridiano que passava no observatório de Greenwich, então nos arredores de Londres (hoje, dentro da cidade), foi considerado o meridiano zero.
A hora de Greenwich tornou-se a hora universal, no sentido de que é em relação a ela que se determinam os horários em outros pontos do globo terrestre. A leste de Greenwich, as horas aumentam a cada faixa de 15º, variando entre 0 e 12. Ao contrário, a oeste de Greenwich, as horas diminuem, em idêntica variação.
O horário de Greenwich também é chamado de GMT, ou seja, Greenwich Mean Time (mean significando “média”).
Os quatro Fusos Horários brasileiros
O Brasil, como sabemos, é um país de dimensões continentais e, por isso, possui muitas variações ao longo de seu território. Uma delas é referente aos fusos horários, a demarcação oficial das horas nas diferentes partes do espaço geográfico nacional. O problema é que, com as diferentes mudanças ao longo do tempo, muitos ficam na dúvida: afinal, quais são os fusos horários atuais do Brasil?
Hoje em dia, o Brasil possui quatro fusos horários, mas não foi sempre assim. Inicialmente, apenas um único fuso cobria todo o território nacional, o que mudou em 1913, quando o decreto de lei nº 2.784 – sancionado pelo então presidente Hermes da Fonseca – determinou quatro fusos horários, de modo a organizar melhor a distribuição dos horários com base no Meridiano de Greenwich, criado algumas décadas antes.
A configuração dos fusos horários foi assim estabelecida:
· 1º Fuso: duas horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich – envolvia apenas algumas ilhas vulcânicas e a Zona Econômica Especial do Brasil no Oceano Atlântico.
· 2º Fuso: três horas de atraso em relação a Greenwich – envolvia as regiões sudeste, norte, sul, além de metade do Pará, Amapá, Tocantins, Goiás e a capital, Brasília.
· 3º Fuso: quatro horas de atraso em relação a Greenwich – envolvia a metade oeste do estado do Pará, além de Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e a maior parte do Amazonas.
· 4º Fuso: cinco horas de atraso em relação a Greenwich – envolvia uma pequena parte oeste do Amazonas e o estado do Acre.
Essa configuração nos fusos horários do Brasil permaneceu inalteradapor 95 anos, isto é, até o ano de 2008 – isso se não considerarmos as mudanças territoriais e políticas dos estados do país.
No ano de 2008, depois de uma proposta advinda do Senado, aprovada também na Câmara dos Deputados e posteriormente sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o quarto fuso foi excluído.
Além disso, o estado do Pará não permaneceu mais dividido em dois horários, passando a estar totalmente integrado ao 2º fuso horário do país, três horas atrasado em relação a Greenwich.
No entanto, essa foi uma proposta polêmica, principalmente em relação à população do Acre.
Boa parte da população era favorável ao novo horário, principalmente porque, no horário de verão – que não é adotado na região –, a diferença de tempo em relação ao horário oficial de Brasília aumentava para três horas. Os que eram contrários à modificação argumentavam, entre outras coisas, que o tempo deveria seguir o ciclo natural do dia e não a questões políticas.
A solução para o impasse: fez-se um plebiscito, em 2010, para que a população escolhesse a melhor opção.
Após uma disputa ligeiramente apertada, com 56,8% da população do Acre e do oeste do Amazonas, houve o retorno do fuso horário antigo, duas horas atrasado em relação a Brasília. Por isso, o projeto de 2008 foi totalmente derrubado e retornou-se para as configurações de 1913.
Mas esqueceram-se de um detalhe: o oeste do Pará, também afetado com a mudança, não foi consultado em plebiscito!
Ora, como poderia a população do Acre e do oeste do Amazonas decidir pela população do Pará? Por isso, a então presidenta Dilma Rousseff vetou a alteração. Só em 2013 o projeto foi novamente enviado para a sua mesa, e apenas as áreas consultadas no plebiscito tiveram seus fusos alterados, permanecendo o estado do Pará totalmente integrado em um horário só.
É verdade que muitas pessoas estão insatisfeitas com essas mudanças, outras, nem tanto. De toda forma, o melhor, nesse momento, é deixar os parâmetros atuais por um tempo inalterados, a fim de evitar tantas confusões a respeito dos fusos horários no Brasil.
Exercícios sobre fusos horários
Questão 1
A linha imaginária considerada o marco 0° dos fusos horários é:
a) Linha do Equador
b) Trópico de Capricórnio
c) Meridiano de Greenwich
d) Trópico de Câncer
Gab.: c
Questão 2
(PUC-MG) Ao dividir os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de __________, o resultado é 15 graus. A cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora. Assim, cada uma das 24 divisões da Terra corresponde a um __________.
Para que o texto fique adequadamente preenchido, as lacunas devem ser completadas, respectivamente, por:
a) translação e meridiano.
b) translação e paralelo.
c) rotação e círculo.
d) rotação e fuso horário
Gab.: d
Cartografia e projeções cartográficas
A cartografia é dotada de uma linguagem própria, com símbolos, indicadores e representações. Dentro de um mapa deve conter alguns elementos importantes para interpretação, são eles:
· Título: Mostrando o tema da análise.
· Fonte: demonstrando a origem das informações e dados utilizados para compor o mapa.
· Legenda: o elemento mais importante, pois dá significados aos elementos apresentados, como cores, símbolos, siglas, etc.
· Escala: indica a relação entre o espaço verdadeiro e seu correspondente no mapa. Quantas vezes a imagem real foi reduzida (em alguns casos ampliados) para caber no mapa.
· Norte: indicação de orientação do Norte Magnético ou Verdadeiro, para fins de localização.
Coordenadas geográficas
Para encontrar determinado lugar, como a casa de alguém ou um órgão público, precisamos de um endereço, certo? Sabendo o nome da cidade, do bairro  da rua e o número da casa, chegaremos ao destino.
No entanto, nem todas as regiões do planeta têm um endereço com essas informações. Por isso, para obtermos a localização de qualquer ponto ou área da superfície terrestre, utilizamos as coordenadas geográficas. Trata-se de um sistema obtido a partir do cruzamento de uma rede de linhas imaginárias – os meridianos e paralelos.
· Os meridianos cruzam a Terra no sentido norte-sul, de um polo ao outro do globo. Os meridianos nos indicam a Longitude, que é a distância expressa em graus entre um local no mapa e o meridiano de Greenwich.
· Os paralelos são linhas perpendiculares aos meridianos, que cruzam a Terra no sentido leste-oeste. Eles determinam a latitude, também expressa em graus, e nos indicam a distância entre um local no planisfério e a linha do Equador.
Linha do Equador
A linha do Equador é equidistante (distancia igual) em relação aos polos Norte e Sul da Terra e servem como referência para traçar os paralelos, como o trópico de Câncer e o Circulo Polar Ártico (que estão ACIMA da linha do Equador) e o Trópico de Capricórnio e o Circulo Polar Antártico (que estão ABAIXO da linha do Equador). Ela divide o planeta em porção Norte, ou Setentrional, e Sul, ou Meridional.
As linhas que partem do Equador são divididas de 0 a 90 graus para as duas direções. Quanto mais longe a linha estiver da latitude estiver da linha do equador, mais alta é a latitude do ponto.
Meridiano de Greenwich
O meridiano de Greenwich divide o planeta entre Ocidente e Oriente. A partir dele, as distâncias são contabilizadas de 0 a 180 graus, tanto para leste quanto para oeste. A longitude de um lugar é a sua distância até o meridiano de Greenwich. Quanto mais distante, maior será sua longitude.
Tipos de projeções cartográficas
Ao longo dos séculos, os cartógrafos vêm se empenham em desenvolver mapas-múndi (mapa do mundo todo) da forma mais fiel possível.
O problema é que a Terra tem um formato esférico, com um leve achatamento nos polos. O maior desafio na criação dos mapas, portanto, é representar este planeta esférico em uma superfície plana. Para termos a ideia da dificuldade de realizar essa transposição, no decorrer dos anos surgiram mais de 200 tipos de projeções cartográficas e todas apresentam algum tipo de distorção da realidade.
Dependendo da figura geométrica utilizada para desenvolver o mapa, as projeções podem ser classificadas da seguinte forma:
· Projeção Cilíndrica
Este tipo de projeção é produzido como se um cilindro envolvesse a esfera terrestre e fosse então planificado. A projeção cilíndrica ainda consegue representar como menos distorções as baixas latitudes e mais distorção nas altas latitudes.
· Projeção Cônica 
Neste tipo de projeção, a representação é feita como se um cone envolvesse o planeta e depois fosse planificado. Esta projeção é utilizada para mapas de latitudes médias, pois nessa região a distorção é menor.
· Projeção Plana ou Azimutal 
O mapa é construído sobre um plano que tangencia algum ponto da superfície terrestre. Seu uso mais comum é para melhorar a visibilidade, menor distorção, das regiões polares e de suas proximidades.
As projeções também podem ser classificadas de acordo com os parâmetros utilizados para conservar ou distorcer as áreas:
· Conforme
Prioriza a forma, ou seja, o contorno dos continentes e oceanos e distorce a área, principalmente nas latitudes maiores. Na Projeção de Mercator ao lado, a Groelândia, que tem cerca de 2,8 milhões de Km², aparece no mapa com quase o mesmo tamanho da África, com seus mais de 30 milhões de Km².
· Equivalente:
Mantém a equivalência da área, ou seja, a proporção entre as áreas reais e sua representação no mapa. No entanto, as formas ficam distorcidas, como a América do Sul e a África, que aparecem mais alongadas no mapa, como se nota na Projeção de Peters.
· Arbitrária ou Afilática:
Não se prende totalmente a nenhuma regra, distorcendo tanto a área como a forma, porém sem exagerar essas distorções, buscando um resultado mais equilibrado. O exemplo mais representativo é a Projeção de Robinson, utilizada na maior parte dos atlas e livros escolares.
Escalas cartográficas 
Como os mapas são produzidos de forma reduzida quando comparados com o objeto real, a escala é responsável por indicar à pessoa que está utilizando determinado mapa, uma noção do tamanho real do que está ali apresentado.Simplificando, a escala é a relação entre o tamanho do que está representado em um mapa e o tamanho real do objeto. Deste modo, temos a representação da escala na forma de uma fração, como por exemplo: 1:50000.
Mas o que isso significa? Bom, no exemplo de escala 1:50000, temos então uma representação cartográfica onde 1 centímetro do mapa equivale a 50.000 centímetros na realidade.
Existem três tipos de escala, sendo eles: escala natural, escala reduzida e escala ampliada. A escala natural, é representada numericamente como 1:1 ou 1/1 e é utilizada quando o tamanho real do objeto representado no mapa, é o mesmo que o da representação.
A escala reduzida é utilizada quando a representação não possui uma dimensão equivalente à realidade, sendo utilizada geralmente em mapa de territórios, regiões ou plantas de imóveis. A escala citada anteriormente aqui, 1:50000 é um exemplo de escala reduzida.
Por fim, a escala ampliada é utilizada quando a representação gráfica é maior que a realidade. Geralmente é utilizada para espaços com dimensões reduzidas. Em um caso como este a escala apareceria com a seguinte apresentação:
Ex.: 300:1 ou 60:1.
Além de possuir estes três tipos diferentes, a escala pode ser representada de forma numérica ou gráfica, como você pode observar na imagem a seguir.
A escala de um mapa é inversamente proporcional. Isso quer dizer que: quanto maior o denominador da fração, menor será a área apresentada no mapa, ou seja, este mapa será de menor escala, apresentando menos detalhes.
Quanto menor o denominador, a escala será maior e apresentará mais detalhes, como podemos analisar na imagem a seguir:
Origem do Universo – Sistema Solar, Terra e Astronomia
“Big Bang” foi o nome dado por Fred Hoyle (1950) para a teoria exposta em 1948 pelos cientistas George Gamow e Georges Lemaitres. Esta teoria afirmava que por volta de 14 bilhões de anos atrás, toda a matéria do Universo que temos hoje, encontrava-se concentrada em um único e minúsculo ponto de energia, menor até mesmo que uma cabeça de alfinete.
Sendo assim, segundo esta teoria sobre a origem do Universo, após a exposição desta matéria a determinadas condições físicas, houve uma certa instabilidade desta energia concentrada que provocou uma expansão da matéria.
Ou seja, não exatamente uma explosão como lemos em muitos lugares por aí. Esta expansão foi responsável pela origem do cosmo, que é composto pelos corpos e componentes do Universo que conhecemos hoje em dia, sejam eles estrela, planetas, poeira, gases, entre outros.
Não podemos classificar o “Big Bang” como uma explosão, pois, segundo a física, as características de uma explosão não descrevem o que de fato aconteceu com a famosa “cabeça de alfinete” que originou nosso tão querido e falado Universo. Além disso, todo esse processo ocorreu em um momento onde não era possível falar de tempo, já que o tempo teoricamente só existe a partir do momento onde começam a acontecer mudanças (que podem ser quantificadas, contadas) naquilo que se encontra estável, ou seja, se não há mudanças, não há tempo.
As primeiras teorias sobre a origem do Sistema Solar surgem dos estudos de cientistas como René Descartes, sendo posteriormente complementadas por outros cientistas, como Immanuel Kant e Pierre Simon de Laplace.
René Descartes trouxe à tona a teoria onde o Sistema Solar havia surgido a partir da contração de uma nebulosa que resultou na formação clássica que aprendemos na escola. Na época, uma nebulosa poderia ser qualquer aglomerado de corpos celestes (diferente de hoje, onde o conceito de nebulosa se refere a nuvens de poeira compostas principalmente por hidrogênio, hélio e plasma). Esta teoria foi aperfeiçoada então por Immanuel Kant que sugeriu que a rotação desta nuvem de poeira e gases (nebulosa) havia sido responsável pela origem do Sistema Solar.
Para Kant, os principais gases responsáveis pelo surgimento do Sistema Solar eram: nitrogênio, hidrogênio, hélio e oxigênio, já a poeira, todos os demais elementos já conhecidos do Sistema Solar. A aceleração da rotação da nebulosa, segundo Kant, causou uma contração dos corpos por conta da mudança da gravidade que fez com as massas se atraíssem.
Esta aproximação fez com que, por conta das condições físicas e químicas daquele ambiente, ao centro, surgisse a estrela que posteriormente se tornaria o sol e de acordo com a proximidade desta estrela, o restante da matéria ia se agregando com formas, tamanhos e condições diferentes, originando então todo o restante do Sistema Solar, como os planetas e o Sol.
A aceleração da rotação da nebulosa também foi responsável pela forma de disco do Sistema Solar, fazendo com que os corpos fossem se distribuindo de acordo com a sua densidade. Após diversos aperfeiçoamento da teoria de Immanuel Kant, esta passou a ser conhecida como “Hipótese Nebular”.
Segundo os estudos, a Terra teria se formado logo após o início da formação do Sistema Solar. Sua origem aconteceu da mesma forma que os demais planetas do Sistema Solar, após a agregação dos materiais, propiciada pela contração das massas. A Terra se formou originando a famosa “bola incandescente”, que com o passar do tempo foi se resfriando.
Ao se resfriarem, os elementos componentes do planeta Terra foram se agregando de acordo com a sua densidade formando então as suas camadas: núcleo interno e externo (mais densos), o manto (superior e inferior) e a crosta terrestre (superior e inferior).
Geograficamente falando, as camadas da Terra possuem muito mais divisões do que estamos acostumados a ver por aí, porém foram simplificados desta forma para facilitar o entendimento no ensino escolar.
Além destas camadas, durante o resfriamento do planeta Terra, houve a liberação dos gases que permitiram a formação de uma camada ao redor do planeta, chamada atmosfera. Os tipos de gases componentes da atmosfera e suas quantidades, foram sendo modificados junto ao processo de evolução do planeta Terra.
Logo após a consolidação do planeta Terra, existiam grandes taxas de elementos como nitritos, amônia e dióxido de carbono na atmosfera que passaram a compor a atmosfera de forma natural. Já atualmente, o oxigênio e o nitrogênio são predominantes.
Será que esta modificação natural dos elementos componentes da atmosfera, poderia nos levar a repensar teorias sobre poluição ambiental como o aquecimento global? Poderíamos explorar infinitamente as temáticas aqui abordadas, as questões acerca do Universo, do Sistema Solar e seus componentes são das mais diversas e bastante polêmicas, pois além de serem discussões em aberto, muitas vezes envolvem discursos falaciosos e conflitos entre a ciência e a religião.
Exercício
1. Sobre a origem do Sistema Solar assinale verdadeiro (V) para as proposições corretas ou falso (F) para as proposições incorretas.
(   ) A origem do Sistema Solar, segundo Kant está interligada à modificação da rotação de uma nuvem composta por poeira, gases e estrelas, que após se fundirem, resultaram nos corpos componentes do Sistema Solar.
(  ) Immanuel Kant foi o primeiro cientista a desenvolver teorias acerca do Sistema Solar.
(    ) A única estrela que compõe o Sistema Solar é o Sol.
(    ) O Sistema Solar originou-se de uma nebulosa.
Gabarito: F, F, V, V
História Geológica da Terra
Há aproximadamente 4,54 bilhões de anos, ocorreu a formação do planeta Terra, logo após o início da formação do Sistema Solar. Nos primeiros momentos de seu surgimento, a Terra consistia em uma forma composta pela agregação de matéria composta por poeira, gases e pedaços de rochas, propiciada pelo aumento de velocidade da rotação do Sistema Solar e seu achatamento.
Esta forma que surgia em meio a este novo sistema possuía uma alta temperatura. Com o passar dos tempos ela foi se resfriando, originando então as camadas do planeta Terra. Todo o processo de resfriamento da Terra, responsável pela consolidação de sua estrutura interna, ocorreu ao longo de milhares de ano de forma bastante lenta.
Anteriormente ao resfriamento do planeta, sua estrutura consistia em uma grande quantidadede matéria “pastosa” – composta por diversos componentes que posteriormente viriam a formar as rochas e minerais – em forma “derretida”.
Com o resfriamento desta forma incandescente que caracterizava o planeta Terra, temos o surgimento da litosfera. Esta camada da Terra é composta pela crosta terrestre e pela parte superior do manto. Para ajudar a memorizar, a palavra litosfera vem do grego “lithos” que significa pedra. Sendo assim, a litosfera é a camada mais externa de um planeta rochoso.
Somente a partir da consolidação do planeta Terra, propiciada por seu resfriamento gradativo e estabilização da temperatura do Sol, foi possível que a estrutura interna da Terra se estabilizasse. Isso permitiu que os processos de modificação da superfície da litosfera (crosta terrestre) e da atmosfera, se iniciassem.
Durante o resfriamento gradativo da Terra temos o surgimento dos vulcões, que foram fundamentais para as mudanças que estavam por vir. Os vulcões são estruturas geológicas, criadas de forma natural que estabelecem o contato do interior da Terra com sua camada mais exterior, por meio de canais criados em rochas de menor resistência.
Os vulcões são responsáveis pelo lançamento de magma (em alta temperatura) para a superfície terrestre. Esse magma perde gases e se transforma em lava. Por tal motivo, há bilhões de anos, esse fenômeno foi responsável pela liberação de gases que causaram mudanças bruscas na atmosfera do planeta.
 Todos os gases e vapores expelidos pelos vulcões ao redor do planeta Terra eram lançados na atmosfera em alta temperatura e grande quantidade. Ao entrarem em contato com temperaturas menores que as do interior da Terra, esses gases foram responsáveis por mudanças da composição de gases da atmosfera, tornando-a tóxica.
Esse acúmulo de gases liberado pelos vulcões formou grandes nuvens de chuva. A chuva que se seguiu a estes fenômenos durou milhares de anos e causou diversas mudanças na litosfera e na composição e estrutura dos solos.
Após o resfriamento do planeta Terra e o intenso período de chuva de milhares de anos, toda essa água acumulada foi responsável pela formação dos oceanos e consequentemente dos continentes, compondo por volta de 50% do volume de água em superfície terrestre.
Há teorias que afirmam que os outros 50% são provenientes de meteoritos. Isso porque as áreas rebaixadas ocupadas por toda essa água tem origem desde a formação do planeta, ou foram sendo modificadas pelos agentes modeladores da litosfera.
Estas primeiras bacias oceânicas datam por volta de 3,6 bilhões de anos (Instituto Oceanográfico – USP), sendo assim, 1 bilhão de anos após o surgimento do planeta. Desta forma, surgem então a hidrosfera, formada pelo oceano Pantalássico e a massa continental identificada como Pangeia.
Com a consolidação de uma atmosfera com a grande presença de oxigênio (aproximando da que nosso planeta possui hoje) temos a origem da vida. Forma-se então a biosfera, responsável pela interação de todas as “esferas” que compõe o planeta: litosfera, hidrosfera e atmosfera.
Como já dito aqui, todos estes processos demoraram milhares, milhões e bilhões de anos para acontecerem. Mas, não pense que acabou por aí! Após esse pequeno trecho da história contado aqui, aconteceram mais diversos eventos fundamentais para a história geológica da Terra, e ainda continuam acontecendo.
exercício
1) As estruturas que formam a superfície refletem os eventos geológicos da história do Planeta. No passado, mares rasos cobriram vastas extensões, que atualmente constituem planícies, e cordilheiras montanhosas emergiram dos oceanos, como revelam, por exemplo, registros fósseis descobertos nos Andes. (MAGNOLI; ARAÚJO, 2000, p. 30).
Com base nas informações contidas no texto e nos conhecimentos sobre as estruturas geológicas da Terra, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.
(   )      A estrutura geológica da superfície terrestre continua em mutação e constitui o embasamento do modelado terrestre.
(   )      As terras imersas exibem dorsais submarinas e fossas abissais, ambas relacionadas a movimentos de placas tectônicas.
(   )      Os escudos cristalinos são dobramentos modernos surgidos do entrechoque de massas continentais, quando se formou a Pangeia.
(   )      As bacias sedimentares, formadas ao longo do Período Pré-Cambriano, são resultantes da solidificação do material magmático e da ascensão das rochas até a superfície.
(   )      Os dobramentos modernos assinalaram episódios de acomodação tectônica, que ocorreram ao longo do litoral e, no Brasil, estão concentrados na porção meridional.
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a:
a) V V F F F
b) F F V V V
c) V F V F V
d) F V F V F
e) V V V V V
Gabarito: A
Movimento de Translação
Segundo os estudos realizados pelos astrônomos, o movimento de translação possui a duração de 365 dias e 6 horas, totalizando uma volta de 360º em um ano com uma velocidade de 29,78 Km/s.
Ao decorrer deste ano, com a variação de luz e calor, temos a ocorrência das diferentes estações: verão, inverno, primavera e outono, que ocorrem de formas diferentes de acordo com a localidade do globo. A variação da mesma estação em diferentes lugares do globo está ligada às latitudes.
Movimento de translação e as estações do ano
O outono e a primavera, estações de transição iniciam-se nos dias de equinócio que possuem dias e noites com a mesma duração, já o verão e o inverno iniciam-se em dias de solstício, havendo modificação da incidência do Sol em cada hemisfério.
A variação da incidência de luz está completamente ligada ao fato de a movimentação da Terra se dar de forma elíptica (mais ovalada) e não circular. Deste modo, em alguns momentos do ano a Terra está mais próxima do Sol e em outros mais distante. Quando a Terra está no ponto mais próximo do Sol, temos o periélio, e quando está mais afastada, o afélio.
Como um ano possui 365 dias e 6 horas, acumulam-se às 6 horas de cada ano e em quatro anos soma-se um dia no movimento de translação, totalizando 366 dias. Estes anos são chamados de anos bissextos.
A combinação da inclinação da Terra com o movimento de translação causa também a diferença da duração dos dias e noites. Por conta da distância do Sol, no inverno, o dia é mais curto e a noite mais longa, já no verão, ocorre o inverso.
A ocorrência de eclipses lunares e solares também está diretamente ligada ao movimento de translação e o alinhamento da órbita da Lua com a órbita do planeta Terra.
Quando a Lua se alinha entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre o planeta, temos a incidência do eclipse solar, onde a Lua impede que a luz solar ilumine a superfície terrestre por alguns instantes.
Já o eclipse lunar ocorre quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, impedindo que o Sol ilumine a superfície lunar. Esse fenômeno possui maior durabilidade que o eclipse solar. Estas então são as principais características e efeitos que acabam por definir o movimento de translação.
Movimento de Rotação
O movimento de rotação é o giro que a Terra dá em seu próprio eixo e sua duração é de um dia solar, ou seja, 24 horas (mais precisamente, 23 horas, 56 minutos e 6 segundos).
Observando de fora do planeta e utilizando como referência o polo norte, o movimento de rotação acontece no sentido anti-horário. Ao decorrer do dia, ao observarmos o céu, podemos perceber a aparente movimentação do Sol, fato que levou a humanidade a crer, durante muito tempo, que ele girava em volta do nosso planeta. Mas, como você sabe, na verdade esta movimentação é da Terra, comprovando a existência do movimento de rotação.
Deste modo, o movimento de rotação ocorre de oeste para leste, porém a movimentação aparente do sol, para nós, pode ser observada de leste para oeste. O eixo de rotação da Terra é diferente do eixo longitudinal imaginário que atravessa o planeta de um polo ao outro. O eixo de rotação encontra-se em uma inclinação de 23,5º como mostra a imagem a seguir:
O principal efeito do movimento de rotação é a sucessão dos dias e das noites, mas há tambémoutras consequências deste movimento. Como por exemplo: a utilização das horas, o achatamento dos polos, a utilização dos pontos cardeais, a ocorrência dos ventos e das correntes marítimas.
As horas nada mais são do que a representação da variação da incidência de Sol ao longo do dia, podendo variar dependendo da localidade do globo em que estamos. Os pontos cardeais são utilizados de acordo com a movimentação do Sol no céu servindo como auxílio para a localização.
O achatamento dos polos é um fenômeno extremamente lento que ocorre por conta da força centrífuga. Com a rotação, a zona equatorial se alarga e consequentemente os polos se achatam. Este é um movimento tão lento que é imperceptível para nós mesmo com a utilização do sistema avançados das imagens de satélite.
A velocidade do movimento de rotação da Terra é de aproximadamente 1666 km/h, que aparenta ser muito elevada, mas quando comparada com os demais corpos celestes possuí uma velocidade inferior.
E se o movimento de Rotação acabasse?
A movimentação da Terra só ocorre porque não há nenhuma força próxima ao planeta capaz de parar sua movimentação. Mas o que aconteceria se a movimentação do planeta Terra parasse?
Caso a Terra parasse de repente de girar em torno de seu próprio eixo, teoricamente o impacto da força centrípeta sobre nós faria com que fossemos lançados para fora do planeta, em função da lei da inércia.
A mudança da atmosfera também seria imediata, alterando completamente o clima do planeta e ocasionando grandes eventos climáticos. Sem falar que os dias e noites acabariam, ficando uma parte do planeta constantemente iluminada e a outra constantemente escura.
O processo da Deriva Continental – Formação dos continentes
A deriva continental é conhecida como a teoria que traz à tona a ideia da movimentação das grandes massas continentais que antes se encontravam em uma formação diferente da atual. Toda esta modificação da localização dos continentes foi alterando-se com o passar das eras geológicas até chegarmos à formação atual das massas continentais.
A movimentação das massas continentais não é algo recente. Há milhares de anos, quando estas massas ainda encontravam-se em sua composição original, iniciou-se esta movimentação que percorreu as eras geológicas e ocorre até os dias de hoje. A teoria defende que, a milhares de anos atrás as massas continentais encontravam-se agrupadas como uma única massa, que possuía forma e localização diferentes.
Com a demarcação e o mapeamento de terras, surge a desconfiança de que talvez um dia, os continentes possam ter sido um só. Tal desconfiança surge a partir de teorias como a de Francis Bacon em 1620, a qual dizia que a forma da costa leste da América do Sul encaixava-se perfeitamente com a costa oeste do continente africano, remetendo a uma possível separação.
Com o aprofundamento da hipótese de separação dos continentes, posteriormente os estudos foram despertando cada vez mais a curiosidade dos cientistas e tornando-se cada vez mais aprofundados.
Desta forma, em 1912, Alfred Wegener cria a teoria da deriva continental. O nome deriva continental vem da comparação entre o fenômeno de separação dos continentes com o desvio do caminho de uma embarcação.
Evidências da Deriva Continental
Segundo a teoria de Wegener, as massas continentais encontravam-se reunidas em um único continente (Pangea). Com o início da movimentação, este único continente transformou-se em dois e posteriormente foram se fragmentando, afastando-se e até mesmo unindo-se em outros pontos, até chegarmos na formação atual.
Mesmo com o avanço da teoria, ela ainda não era completamente aceita, tendo em vista que esta causava um embate com a perspectiva da igreja católica na época. Além disso, ainda não apresentava comprovações suficientes para ser tomada como uma verdade, apesar da semelhança de aspectos geográficos e biológicos entre continentes separados pelos oceanos.
Além do encaixe da América do Sul com o continente africano, entre as principais evidências da deriva continental, podemos destacar: a existência de fósseis e espécies de plantas em comum no continente africano e na América (evidência paleoclimática), a presença de espécies animais em comum nos dois continentes (evidência paleontológica) e a formação geológica semelhante (evidência litológica).
Apesar da análise realizada a partir da pesquisa empírica das evidências desta separação, outro fato que acarretou na não credibilidade total da teoria foi a falta de um motivo para a separação dos continentes, embora já haviam desconfianças de que o interior da Terra não era totalmente sólido.
Com o avanço das técnicas e o desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas, ao passar dos anos os estudos foram tornando-se cada vez mais aprofundados. Deste modo, após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945) foi possível comprovar a teoria de Wegener ao perceber que a superfície terrestre (crosta terrestre) é dividida em fragmentos, nomeados de placas tectônicas, que se encontram em constante movimentação.
É importante relembrar que a movimentação dos continentes continua acontecendo, porém a uma velocidade muito lenta. Esta movimentação gera um deslocamento de pouquíssimos centímetros em muitos anos, desta forma, acredita-se que somente daqui a milhões de anos, a configuração dos continentes seja realmente diferente da que conhecemos hoje.
Teoria das placas tectônicas
A teoria da deriva continental, postulada por Alfred Wegener em 1912, dizia que um dia os continentes foram apenas uma grande massa continental chamada “Pangea”. Segundo Wegener, com o passar dos anos, esta grande massa foi se fragmentando até chegarmos ao estágio atual da formação e distribuição dos continentes.
Esta teoria, apesar de se basear em algumas evidências de estudos empíricos, passou a ser completamente aceita pelo meio científico somente após a Segunda Guerra mundial. Com o avanço das técnicas de mapeamento e o aperfeiçoamento das tecnologias utilizadas para este tipo de estudo, foi possível perceber que a crosta terrestre possui fragmentações, dividindo-se em placas.
A explicação para a movimentação das massas continentais surge com a teoria da tectônica de placas, que parte do princípio que as placas tectônicas são estes fragmentos da crosta terrestre que se movimentam sobre o magma. Estas placas abrangem não só a região dos continentes, mas também o assoalho oceânico.
Esta teoria foi fundamental pois pôde comprovar a teoria de Wegener sobre a deriva continental, acabando de vez com a ideia de que a superfície terrestre seria imóvel.
As placas tectônicas
As placas tectônicas encontram-se divididas em 14 placas principais e outras 38 menores. É importante lembrar que o tamanho das placas não define a frequência e a intensidade das atividades tectônicas.
Muitas áreas de encontro de placas menores possuem grande atividade tectônica. Como exemplo das placas principais, temos a Placa Sul-Americana, a Placa Africana e a Placa Euro-Asiática. Como exemplo das placas menores temos a Placa das Marianas.
No conteúdo escolar, as placas tectônicas mais estudadas são: Placa Sul-Americana, Placa de Nazca, Placa do Pacífico e Placa Euro-Asiática. Veja na imagem abaixo a localização de cada uma destas placas.
Movimento das placas tectônicas
Mas como as placas tectônicas conseguem se movimentar? A movimentação das placas tectônicas se dá por conta das correntes de convecção do magma. Essas correntes permitem que o calor do núcleo da Terra chegue até as camadas mais externas, gerando sua movimentação. O movimento pode ocorrer de formas diferentes, acarretando em efeitos também diferentes para a superfície terrestre.
A movimentação das placas tectônicas pode ocorrer de forma lateral, de colisão, ou de afastamento. Estes movimentos ocorrem de forma bastante lenta e são responsáveis (além da separação ou união de continentes) pela formação de estruturas geomorfológicas, como a formação de vulcões, montanhas e pela ocorrência de terremotos.
As placas tectônicas são divididas em três categorias: placas oceânicas,placas continentais e placas continentais e oceânicas. Estas classificações são bem intuitivas. As placas oceânicas, são aquelas que se encontram no assoalho oceânico, as continentais, são as que se encontram sob os continentes e por fim, as continentais e oceânicas, encontram-se sob os continentes e no assoalho oceânico.
As “margens” ou zona de encontro das placas tectônicas são chamadas de limites de placas e são classificados em três tipos: limite divergente, limite convergente e limite transformante.
O limite divergente consiste no limite onde as placas afastam-se umas das outras, abrindo uma fenda entre elas que permite que, com a corrente de convecção, o magma suba para a superfície. Quando o magma chega à superfície, logo ele é resfriado e temos então o aumento da borda das placas envolvidas no processo.
O afastamento de placas é responsável também pela formação de cadeias montanhosas no fundo oceânico, chamadas de dorsais mesoceânicas.
O limite convergente consiste no limite onde as placas se chocam por conta da aproximação de uma com a outra. Quando acontece o choque entre uma placa oceânica e uma placa continental, uma afunda em parte de volta para o magma (placa oceânica) e a outra (placa continental) forma dobras.
Já no choque entre duas placas oceânicas afunda a que possuir menor densidade. E por fim, no choque entre duas placas continentais, não há afundamento, porém, temos a ocorrência de dobramentos, podendo formar por exemplo, cadeias montanhosas.
No limite transformante, as placas deslizam de forma horizontal “raspando” uma na outra provocando falhas na superfície no local onde ocorreu a movimentação. Como exemplo destas falhas, temos a Falha de Samambaia no estado do Rio Grande do Norte e a Falha de San Andreas no estado da Califórnia nos Estado Unidos.
Como o Brasil encontra-se no centro da Placa Sul-Americana, e não em um limite, não há grande ocorrência de atividades tectônicas no país.
Os únicos eventos tectônicos que podem atingir o Brasil são pequenos abalos provocados pelo desgaste da placa, ou então grandes abalos que podem vir a ocorrer em regiões próximas, mas também em pequena escala.
Exercício
(UEM PR/2017) Sobre os movimentos tectônicos, a teoria da tectônica de placas e as características das placas tectônicas, assinale o que for correto.
01) O fenômeno conhecido como subducção de placas tectônicas ocorre quando a placa oceânica, mais densa, mergulha sob a placa continental.
02) A teoria da tectônica de placas foi aprimorada, na comunidade científica, com o uso de sonares que mapearam o fundo oceânico.
04) Os topos das cadeias oceânicas que são formadas por tectonismo podem configurar um arquipélago como o do Havaí (Estados Unidos).
08) As rochas que compõem as placas tectônicas são formadas pela mesma composição do núcleo da Terra, ou seja, pelo lítio e pelo bário.
16) Os movimentos verticais lentos, de subida ou de descida, em camadas rochosas rígidas e espessas, são chamados de epirogenéticos.
Gabarito: 23
Eras Geológicas e a evolução do planeta Terra
As Eras Geológicas não são nada mais do que a divisão dos momentos de evolução da Terra. Isso nos ajuda a entender melhor quais foram as modificações pelas quais o planeta passou tanto do ponto de vista geográfico, como também do biológico.
Na tabela abaixo, podemos identificar quais foram estas eras e as principais mudanças que vieram a ocorrer dentro do período delimitado por meio de tópicos.
É importante ressaltar que eras e períodos são coisas diferentes. As eras são os grandes marcos compostos pelo conjunto de períodos que delimitam os principais eventos de modificação do planeta. Podemos tomar como exemplo então a era Pré-Cambriana, delimitada pelos períodos Arqueano e Proterozóico.
Para facilitar o entendimento do que de fato ocorreu em cada era vamos dividir aqui o conteúdo por ordem cronológica das eras geológicas, iniciando então pelo primeiro momento chamado de Pré-Cambriano.
Pré-Cambriana
A era Pré-Cambriana é o primeiro momento da evolução do planeta Terra, sendo datado de 4,6 bilhões de anos à 2,3 bilhões. Dentro da era Pré-Cambriana, temos a divisão em três períodos, sendo eles: Azóico, Arqueozóico e Proterozóico.
Período Azóico: O período Azóico, constitui-se pelo primeiro momento da Terra, quando esta ainda era uma grande massa de magma sem estrutura sólida ainda consolidada.
Com a alta temperatura do planeta, a evaporação dos seus componentes era constante, causando um período de chuvas subsequentes. Essas chuvas nunca chegavam a encostar na superfície da Terra, pois ao chegarem perto, já evaporavam e formavam novas nuvens.
A partir do momento em que o planeta Terra inicia seu resfriamento, essas chuvas, que duraram milhões de anos, começaram a cair sobre a superfície terrestre, ajudando no seu resfriamento e na sua solidificação.
Período Arqueozóico: Esse período, que se inicia com o processo de solidificação da superfície terrestre, foi onde surgiram as primeiras estruturas Geológicas, sendo elas os Maciços Antigos ou Escudos Cristalinos. Estas são as estruturas geológicas mais antigas do planeta Terra e consequentemente, as que mais passaram por processos de desgaste (erosão).
Período Proterozóico: No Proterozóico, com a presença dos Escudos Cristalinos, temos então a continuidade dos processos erosivos e também o início da formação das Bacias Sedimentares. As Bacias Sedimentares passaram a surgir nas áreas de deposição de sedimentos, acontecendo geralmente (mas não sempre) nas partes mais baixas do relevo.
Este foi o período mais longo e ocorreu de aproximadamente 2,5 bilhões de anos à 542 milhões de anos atrás.
Paleozóica
A era Paleozóica é subdividida em seis períodos, sendo eles: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano.
Para o estudo escolar e para a preparação para provas como o Enem e os vestibulares, não há a necessidade de aprofundamento em cada uma das subdivisões das Eras Geológicas, pois estas subdivisões possuem maior utilidade para pesquisas científicas e acadêmicas.
Deste modo, resumidamente, os principais eventos da era Paleozóica são a intensificação dos processos de formação de Bacias Sedimentares e também o surgimento do carvão mineral no período Carbonífero.
Mesozóica
Esta era divide-se em três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo. É na era Mesozóica que temos a formação dos Dobramentos Modernos.
A formação dos Dobramentos Modernos, inicia-se a partir do momento da movimentação das placas tectônicas, responsável pela separação dos continentes. Nas zonas de convergência de placas, temos em então a formação de cadeias montanhosas, como a cordilheira dos Andes.
Cenozóica
A era Cenozóica é a era mais atual e divide-se em período Terciário e Quaternário. Nessa era não temos a formação de novas estruturas geológicas, somente a modificação daquelas que já haviam se consolidado.
Como a movimentação de placas é constante e continua intensa até os dias de hoje, temos a modificação das formas de relevo e também as mudanças causadas por agentes externos, como por exemplo, os processos de intemperismo e de erosão. Na era Cenozóica temos também a intensificação do processo de formação dos Dobramentos Modernos.
Na imagem abaixo podemos observar a cronologia da formação das estruturas geológicas e de relevo.
Figura 3: Cronologia da formação de estruturas geológicas e de relevo.
 
Obs.: A era Paleo-mesozóica caracteriza-se como um período de transição entre as eras Paleozóica e Mesozóica.
Camadas da Terra: Litosfera e suas dinâmicas
A litosfera é a camada da Terra onde vivemos. Mas isso você está cansados de saber. O que muitos não sabem é que mesmo parecendo, a litosfera não é estável. Hoje vamos entender melhor a dinâmica desta camada da Terra e sua diferença com as demais. Revise Geografia para mandar bem em Ciências Humanas no Enem e nos vestibulares!
Camadas da Terra
De modo geral, o planeta Terra é composto por três camadas principais sendo elas: a crosta (litosfera), o manto (mesosfera e astenosfera) e o núcleo (endosfera). A litosfera é a camadamais externa da Terra e também é chamada de crosta terrestre. Sendo que é esta camada que nós habitamos, conhecida como a “casca da Terra”.
Além de ser a “casca” do nosso planeta, a litosfera é também a camada mais fina do planeta, perdendo para o manto e para o núcleo. Ela é a responsável por compor os continentes e o assoalho oceânico.
Assim como as formas de relevo, que fazem com a litosfera não seja uma camada lisa, sua espessura também é muito variável, podendo chegar à profundidade de aproximadamente 72 quilômetros abaixo dos continentes.
Se formos mais a fundo no estudo das camadas da Terra, podemos adicionar mais uma camada à composição da Terra, que seria a atmosfera. Além disso, poderíamos concluir que as outras três camadas da Terra possuem também subdivisões. Sendo elas as seguintes:
· Crosta (litosfera): Crosta oceânica e crosta continental.
· Manto (astenosfera e mesosfera): Manto superior e manto inferior.
· Núcleo (endosfera): Núcleo externo e núcleo interno.
Além da mudança de espessura, temos também variação de temperatura, de composição e de estado físico de acordo com cada camada. Para exercitar o conteúdo, vamos elencar aqui em tópicos as principais características de cada uma das camadas gerais do planeta Terra.
Crosta terrestre (Litosfera):
Além de ser a camada mais externa da Terra e onde vivemos, ela é formada de rochas e minerais. A litosfera é também a camada que apresenta temperatura mais baixa, podendo chegar até 400º célsius em maiores profundidades.
Manto (astenosfera e mesosfera):
O manto, dividido em manto superior e manto inferior, é a camada intermediária da Terra. Encontra-se a aproximadamente 2.900 quilômetros da superfície e apresenta uma grande quantidade de rochas em forma pastosa e densa. Estas rochas em forma pastosa, formam o material conhecido como magma.
No manto superior, o magma apresenta uma textura muito mais plástica e menos líquida que no manto inferior, devido a diminuição da temperatura, ocasionada por sua proximidade com a litosfera. O magma é a o material expelido pelos vulcões, porém quando entra em contato com a superfície terrestre, perde gases e passa a ser chamado de lava.
Núcleo (endosfera):
O núcleo, que se divide em externo e interno, é a camada mais interna da Terra, o centro do planeta. Encontra-se à aproximadamente 5.100 quilômetros da superfície terrestre. Devido sua composição inteiramente de ferro e níquel, esta camada da Terra possui um campo magnético responsável por nos proteger da radiação do Sol.
Dinâmica da Litosfera
Além de compreender a composição da litosfera e suas diferenças de características em relação às demais camadas, é extremamente necessário entender sua dinâmica.
A litosfera, composta por rochas metamórficas, magmáticas e sedimentares, apresenta uma movimentação própria pelo fato de encontrar-se dividida em placas (placas tectônicas), separadas por grandes falhas, delimitadas pelos limites de placas.
Estas zonas são onde acontecem o contato entre as placas da litosfera, podendo este contato ser, uma colisão, um afastamento ou um atrito. A colisão de placas, ocorre quando temos um movimento convergente. A separação de placas, ocorre a partir do movimento divergente. E por fim, o movimento transformante é responsável pelo atrito entre as placas.
A movimentação das placas tectônicas, são e sempre foram responsáveis pela mudança do relevo da litosfera. Com o momento convergente, temos a formação de cadeias de montanhas, como a cordilheira do Himalaia e a cordilheira dos Andes. Estas cadeias se formam a partir da elevação da litosfera, proporcionada pela atividade tectônica que gera novos dobramentos.
Nos limites onde ocorrem o afastamento de placas, como na Dorsal Mesoceânica, além de grande atividade sísmica, temos intensa atividade vulcânica. Nestes limites temos uma grande pressão exercida pelo magma que acaba por separar as placas e chegar a superfície da litosfera, originando novas rochas magmáticas ao se resfriar.
Nos vulcões, o fenômeno é parecido com o das falhas como a Dorsal Mesoceânica, porém, o magma sobe até a superfície por um canal chamado de zona de subducção.
No movimento transformante (atrito de placas) temos a formação de falhas como as falhas de San Andreas (EUA) e de Samambaia no estado do Rio Grande do Norte, caracterizando também transformações no relevo.
Todas estas alterações do relevo proporcionadas pela movimentação das placas, são chamadas de mudanças provocadas por fatores endógenos. Deste modo, fatores endógenos, são os que alteram a configuração da crosta por meio de agentes internos da Terra. Já os fatores exógenos de modificação do relevo, são aqueles de “fora”, como por exemplo, o vento, a chuva e a ação antrópica.
Exercicio
1- (ACAFE SC/2015)
A litosfera é a camada sólida mais superficial de nosso planeta. Ela é formada por rochas e minerais e faz parte do cenário onde se desenvolve a vida, juntamente com outras camadas ou esferas.
Sobre a litosfera, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
a) As bacias sedimentares resultam de acúmulos de sedimentos em depressões a partir da era Paleozoica e nelas são encontrados os combustíveis fósseis como o carvão mineral e o petróleo.
b) A litosfera está dividida em placas tectônicas que flutuam sobre um material pastoso e cujos limites estão sempre em movimento, provocando instabilidades geológicas como vulcanismo e abalos sísmicos.
c) As relações entre a litosfera, atmosfera e a hidrosfera não interferem no modelado terrestre, não afetam o ciclo das águas e nem os fenômenos meteorológicos, pois cada camada ou esfera age independente uma da outra.
d) Das três estruturas geológicas que aparecem na crosta terrestre, ou seja, os maciços ou escudos antigos, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos, somente a terceira estrutura não existe no Brasil.
1- Gabarito: B.
Paisagem: Agentes exógenos
Os agentes exógenos são conhecidos também como agentes transformadores da paisagem. Eles causam a mudança de uma paisagem com o passar do tempo. As alterações visíveis são responsáveis pela modelação do relevo, alterando a “aparência” de determinada área.
· Intemperismo
O intemperismo é um fenômeno causado por um conjunto de processos químicos, físicos e biológicos, que promove o desgaste das rochas e as transformam em solo. As rochas estão presentes em todas as partes do globo, e em cada ponto da superfície temos condições climáticas diferentes e composições de rochas também diferentes.
As rochas, quando expostas a intensa variação de temperatura por exemplo, vão se desintegrando. Isso caracteriza um tipo de intemperismo físico responsável por modificar a paisagem. A presença de muitas chuvas pode causar também a degradação da rocha, assim como o clima árido.
Quando temos a presença de água no processo de intemperismo, o processo pode ser físico ou químico. O intemperismo físico causa a degradação mecânica da rocha, como por exemplo a quebra ou a ruptura. Já o intemperismo químico causa reações químicas ao entrar em contato com os minerais. Aos poucos ele transforma as características químicas da rochas que compõe determinada paisagem.
· Ação eólica, das águas e glacial
Além do intemperismo, são considerados agentes transformadores a ação dos ventos, das águas e do gelo. O vento, por exemplo, é responsável pelo transporte e deposição de sedimentos e também pela erosão. Grande parte dos desertos do mundo são formados por ação do vento.
Já a água compõe os principais corpos modificadores do relevo e consequentemente da paisagem, os rios. Os rios são responsáveis por abrir vales, formando planícies de inundação e de depósito de sedimentos. A deposição de sedimentos ocorre de acordo com a velocidade das águas. Quando a velocidade é maior, sedimentos maiores são carregados, enquanto se a velocidade é menor, os sedimentos serão menores.
A ação pluvial, ou seja, da chuva, também é considerada um agente e atua de três formas. A primeira forma é através do impacto das gotas de água que caem no solo exposto. Ao cair na superfície do solo, as gotas dachuva transportam as partículas de solo, este processo é chamado de splash ou salpicamento.
A segunda forma ocorre quando a quantidade de chuva é maior do que a absorção do solo, causando o escoamento superficial. Isso forma uma lâmina de água sobre o solo que carrega as partículas de solo e sedimentos para outro local. Este escoamento pode causar corrida de sedimentos em encosta.
Já a terceira forma ocorre quando a água da chuva infiltra nos solos de encosta tornando-o um solo saturado. A partir do momento que o solo está saturado podem acontecer deslizamentos de terra.
O fenômeno conhecido como erosão marinha, também pode modificar uma paisagem. Isso porque a movimentação do mar nas encostas está a todo momento depositando e retirando sedimentos na praia. O mar também é responsável pelas modificações do tamanho da faixa de areia ao longo do dia por conta da maré.
Por fim, a erosão glacial, através do derretimento de geleiras, é responsável por aumentar o nível da água na localidade e formar novos corpos da água, como por exemplo, lagos. Além disso, pode ocorrer a deposição de blocos rochosos carregados por geleiras.
· Ação antrópica
Até agora citamos somente agentes naturais que podem transformar as paisagens. Porém o ser humano está alterando as paisagens a todo momento. Através da tecnologia, o ser humano foi aperfeiçoando suas técnicas e vencendo certas barreiras que antes existiam e impossibilitavam a modificação do espaço geográfico e determinadas paisagens.
Estas mudanças causadas pelo homem vão desde as alterações de encostas, canalização de rios, criação de ilhas artificiais, mudanças que estão mais relacionadas às paisagens naturais, às mudanças da paisagem cultural.
As mudanças causadas pelo homem na paisagem cultural, estão relacionadas à construção de novas edificações e mudanças de espaços urbanos que antes possuíam características diferentes.
Também estão relacionadas aos espaços onde a interação homem/meio estão presentes. Como exemplo deste tipo de modificação, temos a construção de casas em encostas que antes eram ocupadas pela vegetação.
Os exemplos de modificação da paisagem são infinitos, tendo em vista que todo está em constante mudança, com o passar do tempo, as paisagens vão tomando novas configurações.
 1 - (UEM PR/2013) No que se refere ao ciclo das rochas e às suas implicações na dinâmica da Terra, assinale o que for correto.
01) Qualquer rocha exposta à ação do vento, da chuva e da temperatura passa a sofrer a ação do metamorfismo, o qual promove a desintegração das rochas e a alteração da paisagem.
02) O ciclo das rochas é um processo ininterrupto de formação de rochas magmáticas ou ígneas, metamórficas e sedimentares. Ele ocorre principalmente com os movimentos da crosta terrestre, com o vulcanismo e com o intemperismo, afetando diretamente o modelado do terreno.
04) As áreas formadas por escudos cristalinos originamse de rochas magmáticas ou metamórficas antigas. Em alguns locais, esses escudos cristalinos podem abrigar reservas minerais metálicas, que constituem importante matéria-prima para as indústrias siderúrgica e metalúrgica.
08) É comum a presença de fósseis de animais e de vegetais nas camadas estratificadas e superpostas das rochas magmáticas.
16) Nos primórdios da história geológica do planeta Terra, a crosta terrestre era formada por rochas magmáticas e metamórficas.
Gabarito: 22
Tectonismo e vulcanismo
Tectonismo
O tectonismo, enquanto agente modelador endógeno, dá origem a dois tipos de movimentos importantes na estrutura da camada superficial da Terra. Veja:
– Movimentos orogenéticos:
Os movimentos orogenéticos (dobras), proporcionam o soerguimento da crosta que faz surgirem montanhas ou cadeias montanhosas (assim como elevações de proporções muito menores).
Através da deformação compressiva, a crosta continental dobra-se de um modo semelhante a uma folha de papel em cima de uma mesa, quando empurramos suas duas extremidades (horizontal), ou quando empurramos uma das faces da folha para cima (vertical).
Ou seja, a deformação pode ser causada por forças horizontais ou verticais na crosta, conforme a representação na Figura 1:
– Movimentos epirogenéticos:
Além da orogenia, temos também originado pelo tectonismo o movimento epirogenético (falhas). Esses são movimentos verticais da crosta em que o sentido pode ser ascendente ou descendente, atingindo grandes extensões continentais e podendo ocasionar regressões e transgressões marinhas. A falha é basicamente uma fratura que desloca a rocha em ambos os lados paralelos a ela, como podemos observar na Figura 2.
Para compreender os efeitos descritos acima, precisamos entender como funciona a tectônica de placas de uma maneira mais ampla e seus processos. Sabe-se que desde o resfriamento da camada superficial da Terra – a crosta terrestre – movimentos internos das camadas inferiores do nosso planeta ocasionaram a quebra dessa “casca”.
As placas tectônicas
Essas quebras na crosta formaram o que conhecemos como as placas tectônicas. A princípio eram placas muito grandes.
Porém, ao longo do tempo, foram se quebrando em placas menores até chegar na configuração que temos atualmente, conforme pode-se observar na Figura 3.
Os sentidos dos deslocamentos nos limites entre as diferentes placas podem ser:
a) Convergentes: quando as placas tectônicas se movem de encontro com a outra;
b) Divergentes: quando as placas tectônicas realizam movimento de afastamento;
c) Transformantes: quando as placas deslizam e roçam uma na outra, ao longo de uma falha transformante, não havendo geralmente destruição nem ou criação de crosta).
É importante lembrar que tudo isso ocorre por conta de um mecanismo que é o motor da tectônica de placas: a convecção do manto.
Como ocorre a convecção do manto?
O material quente do manto é capaz de mover-se como um fluido viscoso. O calor que escapa do interior da Terra provoca a convecção desse material (circulação ascendente e descendente) a velocidades de poucas dezenas de milímetros por ano.
E por que isso ocorre? Vamos pensar no exemplo de uma experiência que qualquer pessoa pode fazer em casa.
Se aquecemos a água numa panela até chegar próximo o ponto de fervura e adicionamos à superfície da água algumas folhas de louro, veremos as folhas de moverem. Isso acontece porque elas são arrastadas pelas correntes de convecção da água na panela.
Movimentos das placas tectônicas
Nas teorias mais difundidas sobre o movimento das placas tectônicas afirma-se que um processo muito semelhante ao do experimento descrito acima ocorre em nosso planeta.
Nesse caso, ocorre com o material abaixo da crosta arrastando as placas no sentido circular do movimento de convecção do manto.
Em outras teorias, afirma-se que o movimento mais rápido das placas (umas mais do que outras) estaria relacionado às forças gravitacionais exercidas pelas lascas mais antigas e frias da litosfera (por isso pesadas).
Nesse caso, em vez de serem arrastadas pelo movimento do manto, “cairiam de volta” para o manto por conta de seu próprio peso. Reciclando-se, voltando ao estado pastoso magmático.
Independentemente das teorias, sabe-se que nos limites convergentes estão localizadas as zonas de subducção. Nelas há a reciclagem de uma placa ao submergir arrastando-se por baixo da borda de outra placa.
São nessas regiões onde há maior instabilidade, contabilizando maior ocorrência de terremotos e onde também há muito vulcanismo. Além disso, são nesses locais onde estão as grandes cadeias montanhosas, por conta da orogenia.
Vulcanismo
O vulcanismo também se caracteriza por ser força modeladora do relevo endógena. Ele representa o processo de formação dos vulcões e das rochas vulcânicas.
Os vulcões podem ser definidos como elevações ou montanhas construídas pelo acúmulo de lavas e de outros materiais eruptivos. Eles transportam magma do interior da Terra para a superfície.
Nesses locais alguns tipos de rochas são formadas e gases são injetados na atmosfera ou hidrosfera, no caso de erupções submarinas.
Portanto, os vulcões são elevações do relevoformadas pelo extravasamento de magma que, em contato com o ar (ou água), resfria na superfície, transformando-se em rochas resistentes.
A rochas, os magmas e os processos necessários para percorrer toda a sequência de acontecimentos desde a fusão até a erupção constituem um geossistema vulcânico, como pode ser observado na Figura 4.
O magma, que ao atingir a superfície dá origem ao que chamamos de lava. A lava é composta pelos minerais fundidos, gases e substâncias químicas presentes no interior da Terra. E, mesmo quando atingem a superfície da crosta ainda estão sob altíssimas temperaturas.
Os gases presentes no interior da Terra percorrem as fissuras na crosta. Essas fissuras comumente se localizam nos limites das placas tectônicas e assim eles abrem caminhos para o magma emergir, originando aos vulcões.
Vulcanismo pelo mundo
Cerca de 3.000 vulcões submarinos encontram-se enfileirados entre o litoral japonês e a costa oeste estadunidense. Toda a lava produzida por eles contribuiu para a formação de diversas ilhas. Ilhas que nada mais são do que os cumes de cadeias de montanhas que estão no fundo do mar, sobre o assoalho oceânico.
Essa região é chamada de Círculo de Fogo do Pacífico, e ocupa uma grande extensão do nosso planeta, como pode ser observado na Figura 5.
Na região central do assoalho oceânico do Oceano Atlântico, temos outro local de grande ocorrência de vulcões submarinos, que é a Dorsal Mesoatlântica (representada na Figura 6), entre a África e a América do Sul.
Quando determinado vulcão tem uma lava com mais sílica em sua composição, maiores serão as explosões nas erupções. Isso ocorre principalmente em vulcões localizados em zonas de subducção de placas tectônicas.
Por outro lado, vulcões que expelem lavas mais básicas, pobres em sílica, registram erupções menos explosivas, logo, menos perigosas para nós, seres humanos, e demais seres vivos.
Intemperismo e erosão: agentes externos do relevo
Intemperismo
O intemperismo é o processo pelo qual as rochas são decompostas ou degradadas na superfície da Terra. O intemperismo é o primeiro passo no aplainamento das montanhas que foram soerguidas por processos da tectônica de placas.
Mesmo durante o lento soerguimento das montanhas, fatores como temperatura, vento, chuvas, rios, oceanos, geleiras, neve, microrganismos, cobertura vegetal, dentre outros, desgastam essas regiões.
O intemperismo é um dos principais processos do ciclo das rochas. Ele modela a topografia da superfície terrestre e altera materiais rochosos, transformando todos os tipos de rochas em sedimentos e formando solos.
Os agentes do intemperismo podem, portanto, ser classificados em três tipos. Todos eles são aliados – isto é, se ajudam – no processo de desintegração das rochas. Cada um deles é mais ou menos presente de acordo com o ambiente que está sofrendo a alteração.
Intemperismo químico
O intemperismo químico ocorre quando os minerais de uma rocha são quimicamente alterados ou dissolvidos. Isso acontece quando esses minerais reagem com a água (da chuva, dos rios, dos oceanos ou da própria atmosfera), com o ar ou com outras substâncias que entrem em contato com as rochas.
Assim, além da dissolução desses materiais, alguns constituintes das rochas se combinam com outras substâncias, como oxigênio e gás carbônico, formando outros minerais.
Intemperismo físico
O intemperismo físico é responsável pela fragmentação da rocha por processos mecânicos. Esses processos, podem ser, por exemplo, o atrito dos ventos com as rochas ou a lixiviação produzida pelas águas das chuvas, rios ou mares.
Apesar de carrearem os minerais, esses processos mecânicos não chegam a mudar a sua composição química. Em geral, esse tipo de intemperismo quebra os blocos rochosos em pedaços cada vez menores. Assim, eles ficam mais suscetíveis à erosão e ao transporte desses sedimentos para outras regiões.
Intemperismo biológico
No intemperismo biológico, a rocha é fragmentada ou quimicamente alterada pela ação de seres vivos. Em muitos casos, esse tipo de intemperismo interage com os processos químicos e físicos que estão desgastando as rochas, complementando-os.
Para entendermos melhor o intemperismo biológico, vamos pensar em alguns exemplos. As bactérias e algas podem penetrar nas fraturas, produzindo novas microfraturas que tendem a aumentar com o tempo. As raízes de plantas também podem atuar na desagregação de fragmentos de rochas ao tentarem buscar caminhos por entre as fendas para se fixarem. Além disso, organismos pioneiros, como líquens e briófitas, podem liberar substâncias químicas para facilitarem sua fixação sobre as rochas e assim desgastá-las.
O processo pelo qual diversos minerais, como o feldspato (mineral mais abundante da crosta terrestre), se decompõem é semelhante ao da filtragem do café. Ao passar pelo pó, a água dissolve certas substâncias e as carrega formando o café na jarra, um líquido contendo vários solutos. Ao mesmo tempo, deixa para trás um resíduo alterado, a borra do café. Esse evento está esquematizado abaixo:
Todas as rochas, em maior ou menor medida, mais devagar ou mais lentamente, se alteram. O modo como isso ocorre é variável e depende de quatro fatores que controlam o intemperismo. São eles: as propriedades da rocha-matriz, o clima, a presença ou ausência de solo, e o tempo de exposição das rochas à atmosfera.
As propriedades da rocha-matriz
A mineralogia e a estrutura da rocha-matriz interferem no intemperismo. Isso porque os minerais se transformam com taxas diferentes e a estrutura cristalina das rochas influencia o quão suscetível ela será em relação ao faturamento e fragmentação.
Podemos observar boas evidências de como as rochas se alteram indo ao cemitério. Isso mesmo! Lápides antigas podem nos mostrar a variação das taxas de alteração das rochas. Uma lápide de calcário vai se alterar muito mais rapidamente que uma lápide de ardósia, por exemplo. Isso acontece porque esses dois tipos de rochas têm taxas de intemperismo muito distintas.
Clima: chuva e temperatura
As taxas de intemperismo químico e físico não variam só com as propriedades da rocha-matriz. O clima tem grande influência, principalmente no que se refere à temperatura e ao volume de chuvas.
O intemperismo químico é mais rápido quando há chuva intensas e temperaturas altas. Já climas inversos, que podem minimizar o intemperismo químico, têm a capacidade de acentuar o intemperismo físico.
A água congelada de climas mais frios pode abrir fissuras nas rochas. Em locais de clima temperado, a alternância entre aquecimento e resfriamento faz com que as rochas expandam e contraiam, o que facilita sua fragmentação.
Presença ou ausência de solo
O solo é um produto do intemperismo. Mesmo assim, sua presença ou ausência pode afetar o intemperismo químico e físico dos materiais. A produção do solo, mesmo sendo parte do processo, impulsiona o próprio intemperismo.
Isso porque, uma vez produzido, o solo acelera a alteração da rocha. Esse processo ocorre pela sua característica de reter água da chuva, hospedar vegetais, bactérias e outros organismos.
Assim, como já vimos acima, o metabolismo desses organismos gera um ambiente ácido que facilita o intemperismo químico. Já as raízes de plantas e buracos feitos por outros organismos no solo promovem o intemperismo físico, fraturando as rochas.
Tempo de exposição
As rochas expostas há mais tempo na superfície terrestre, por alguns milhares de anos, formam uma espécie de manto de intemperismo. Esse manto é uma camada externa de material alterado que vai de alguns milímetros até muitos centímetros, envolvendo a rocha inalterada.
Por que isso acontece? Porque quanto maior o tempo de alteração de uma rocha, maior será sua decomposição química e maior será a intensidade de sua desagregação física.
Erosão
Outro importantíssimo agente externo/exógeno do relevo é a erosão, responsável pelo transporte de fragmentos ou sedimentos decorrentes do intemperismo de rochas ou minerais.
Através da erosão, as partículas produzidas pelo intemperismo são deslocadas e removidas de sua

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