Buscar

SEÇÃO 06 ADI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES EM SAÚDE, inscrito no CNPJ/MF ..., com sede a Avenida..., Nº ..., bairro ..., no município de Goiânia/GO, neste ato por intermédio de seu advogado infra firmado instrumento de procuração anexo (doc.01), com endereço profissional sito à Rua ..., nº ..., bairro ..., nesta cidade de Goiânia/GO. CEP ..., fone ..., onde recebe regularmente intimações e notificações em geral, vem perante esse Egrégio Superior Tribunal Federal de Justiça, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, com fulcro no artigo IX da LEI No 9.868/99. 
Em face da LEI Nº 11.350/2006, que as atividades de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias, passam a reger-se pelo disposto nesta Lei, em contraditório pela Lei Federal “w”. Que dispõe todo o contrário da lei já vigente sobre o exercício do direito de greve, dos servidores públicos do município de Goiânia – GO. 
 
	
I - DOS FATOS:
Auxiliadora ..., já devidamente qualificada nos autos, e que também se denomina presidente da Associação Nacional dos Servidores em Saúde de Goiânia, ao qual pleiteiam com o apoio do Sindicato Dos Servidores Públicos do Município De Goiânia desde janeiro a julho de 2016 o reajuste salarial a categoria sindical.
Em equivalência a administração pública do município decidiu não negociar com a categoria sindical, haja vista que os mesmos já se encontravam em greve, e nesse sentido ordenou ao corte de todos os pontos o que teve como consequência de faltas e a abertura de procedimentos administrativos, bem como cortes salariais dos que aderiram ao movimento grevista, ao oposto de promover o acordo entre as partes.
Para relembrar o caso, o Senhor Marcos, que em 10 de julho de 2013 foi aprovado em processo seletivo simplificado realizado por esse ente público para exercer o cargo de agente de combate a endemias do Município de Goiânia, e desde então exerce suas funções.
Acontece que o Prefeito constituiu comissão de sindicância do processo administrativo, sendo esta formada por três membros: dois servidores contratados por tempo determinado e um que ocupa cargo inferior ao de Marcos. O Decreto com a designação dos membros da comissão processante foi assinado pelo Prefeito Municipal em 7 de outubro de 2016 e publicado no Diário Oficial do Município em 10 de outubro de 2016, e o relatório da comissão foi publicado em 5 de outubro de 2016.
O Requerente, em uma conversa com o Presidente do sindicato, o Sr. Ricardo de Souza, lhe relatou que com essas medias, a Prefeitura do Município de Goiânia promoveu uma verdadeira demissão em massa, resultando no desligamento de aproximadamente 1.500 (mil e quinhentos) agentes, e que todos os sindicalizados o estavam procurando para reivindicar seus direitos quanto a este ocorrido.
Momento esse, em que também foi aprovada a lei municipal nº x, que prevê que em relação aos agentes de combate a endemias passara a viger o regime de contratação por tempo determinado e, preferencialmente, pela via de prestador terceirizado interposto, haja vista que o concurso em que ele se submeteu e foi aprovado, nada mais é do que um processo seletivo simplificado nos termos do art. 198, §§4º, 5º e 6º da Constituição da República e não um concurso público para acesso a cargo público – art. 37, II da CR/88, e por essa razão, ele não goza da estabilidade prevista no art. 41, §4º da CRFB/88; sendo mecanismos de contratação expostos na justificação a proposição legislativa como mais eficientes do ponto de vista administrativo.
A redação do art. 9º da CF/88, que assegura o direito de greve no serviço privado, encontra semelhança com a redação do art. 37, inciso II desta constituição, que também procurou assegurar tal direito para o funcionário público. Colaciono-os:
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
Tendo em vista que esta lei municipal n° x, que prevê que em relação aos agentes de combate a endemias passará a viger o regime de contratação por tempo determinado e, preferencialmente, pela via de prestador terceirizado, não está correta, uma vez que está expresso na LEI Nº 11.350/2006.
Art. 1o.  As atividades de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias, passam a reger-se pelo disposto nesta Lei.
Art. 9o.  A contratação de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias deverá ser precedida de processo seletivo público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para o exercício das atividades, que atenda aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Art. 10.  A administração pública somente poderá rescindir unilateralmente o contrato do Agente Comunitário de Saúde ou do Agente de Combate às Endemias, de acordo com o regime jurídico de trabalho adotado, na ocorrência de uma das seguintes hipóteses:
I - Prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT;
II - Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da Lei no 9.801, de 14 de junho de 1999; ou
IV - Insuficiência de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos exigidos para a continuidade da relação de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas.
Parágrafo único.  No caso do Agente Comunitário de Saúde, o contrato também poderá ser rescindido unilateralmente na hipótese de não-atendimento ao disposto no inciso I do art. 6o, ou em função de apresentação de declaração falsa de residência.
II - DO DIREITO 
No âmbito federal, as leis que regem os servidores públicos são de iniciativa exclusiva do Presidente da República, conforme artigo 61, § 1º, inciso II, alínea “c” da Constituição Federal:
A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - Disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
f) militares das Forças Armadas, seuregime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Esse Egrégio Tribunal de Justiça, em reiterados julgados, já decidiu acerca da inconstitucionalidade de leis municipais que dispõem sobre matéria afeta a servidores públicos, por ofensa à regra da reserva de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. Confira-se:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Lei Municipal. Criação de cargos e matéria orçamentária. Iniciativa reservada ao Chefe do Executivo. Infringe uma regra geral de competência a iniciativa do Legislativo em elaborar leis que dispõem sobre a criação de cargos e execução de serviços públicos municipais, que é de atribuição exclusiva do Prefeito Municipal. Inconstitucionalidade declarada. 
À propósito, vale registrar que esse Órgão Especial reconheceu, inclusive, a inconstitucionalidade da lei municipal ora atacada, em sede de controle incidental, cujo Acórdão restou assim ementado:
ARGUIÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI MUNICIPAL N. 11.350/2006. VÍCIO DE INICIATIVA. 1 - EM RAZÃO DO PRINCIPIO DA SIMETRIA CONSTITUCIONAL, O PROCESSO LEGISLATIVO CONSAGRADO NA CARTA MAGNA DE 1988 DEVE SER OBSERVADO PELOS DEMAIS ENTES FEDERATIVOS NA ELABORAÇÃO DE SUAS LEIS. 2 - DESSA FORMA, PADECE DE VÍCIO FORMAL A LEI MUNICIPAL QUE, EM SEU PROCESSO LEGISLATIVO, NÃO OBSERVOU A REGRA INSCULPIDA NO ART. 61, PARÁGRAFO 1. II, "C", DA CF/88, VIOLANDO, POR CONSEGUINTE, OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SIMETRIA E DA SEPARAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DOS PODERES, RAZÃO PELA QUAL PATENTE É A SUA INCONSTITUCIONALIDADE.
A Emenda Constitucional n° 45/2004 inseriu mais uma hipótese de cabimento da ADI interventiva, que é a do art. 36, III da CRFB/88, em que caberá ao STF julgar e o Procurador Geral da República suscitar a questão na hipótese de recusa à execução de lei federal:
Art. 36 A decretação da intervenção dependerá:
I - No caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II - No caso de desobediência à ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
Não restando dúvidas de que para tal cargo é necessário aprovação em processo seletivo público:
LEI Nº 11.350/06 Art. 6º. O Agente Comunitário de Saúde deverá preencher os seguintes requisitos para o exercício da atividade:
I - Residir na área da comunidade em que atuar, desde a data da publicação do edital do processo seletivo público;
Art. 9º. A contratação de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias deverá ser precedida de processo seletivo público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para o exercício das atividades, que atenda aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
O que nos traz a LEI Nº 11.350/06, a vedação da contratação por tempo determinado bem como a terceirização para o cargo de Agentes de Combate às Endemias.
Art. 16. É vedada a contratação temporária ou terceirizada de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias, salvo na hipótese de combate a surtos epidêmicos, na forma da lei aplicável. (Redação dada pela Lei nº 12.994, de 2014)
Art. 17. Os profissionais que, na data de publicação desta Lei, exerçam atividades próprias de Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate às Endemias, vinculados diretamente aos gestores locais do SUS ou a entidades de administração indireta, não investidos em cargo ou emprego público, e não alcançados pelo disposto no parágrafo único do art. 9o, poderão permanecer no exercício destas atividades, até que seja concluída a realização de processo seletivo público pelo ente federativo, com vistas ao cumprimento do disposto nesta Lei.
II.I COMPETÊNCIA PARA REVOGAR AS LEIS
Federação é a autonomia recíproca entre união, estados, DF e municípios. Trata-se de um dos princípios mais sólidos da constituição federal, que distribuiu as competências entre os entes federativos.
Cada pessoa política (pessoas com poder para legislar) tem sua esfera própria de competência. Por isso se diz que não há hierarquia entre leis dos diversos entes, pois cada uma versa sobre seu próprio campo de incidência.
Deste modo, lei federal só pode ser revogada por lei federal. Lei estadual, por lei estadual. Lei municipal, por lei municipal, isto no que tange às competências exclusivas para cada uma das pessoas políticas.
http://www.cursofmb.com.br/apostilas/LINDBoab10032014.pdf
II.II Inconstitucionalidade da Lei W
Na esteira da argumentação exposta, afigura-se demonstrada a inconstitucionalidade da Lei Municipal x, tendo em vista que ela altera o objeto do contrato de trabalho, sujeitando os agentes a contrato por tempo determinado sendo de contratação terceirizada, assim tirando a estabilidade e todos os direitos resguardados que tem um funcionário público, tal mudança afronta à Constituição, haja vista que lei municipal não revoga lei Federal.
Ainda assim o requerente questiona a Lei Federal “w”, que previu a terminantemente vedação ao direito de greve, em relação aos servidores públicos em sentido lato, ou seja, abrangendo até mesmo a categoria que Marcos, como agente de combate a endemias do Município de Goiânia representa.
O direito de greve do servidor público é assegurado pela nossa constituição da República, pelo art. 37, VII:
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
Ainda em lei específica que garante ao trabalhador o direito de greve LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989. In verbs:
Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.
Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.
Na Constituição Federal de 1988, o direito de greve está situado entre os direitos e garantias fundamentais. Conforme o art. 9º.
“ É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. ”
Reza que compete aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercer o direito de greve e sobre os interesses que devam por meio dele defender. Para os servidores públicos, a previsão consta em dispositivo próprio da Constituição conforme art. 37, VII.
“ A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:   
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”.
A redação original do art. 37, inciso VII, previa que o direito de greve seria exercido pelos servidores públicos civis nos termos de lei complementar. Com a Emenda Constitucionalnº 19/98, o citado dispositivo passou a prever a necessidade de lei específica para definir os termos e limites do direito de greve. 
É decidido por julgados do STF sobre o direito de greve:
4. DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS. REGULAMENTAÇÃO DA LEI DE GREVE DOS TRABALHADORES EM GERAL (LEI No 7.783/1989). FIXAÇÃO DE PARÂMETROS DE CONTROLE JUDICIAL DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE PELO LEGISLADOR INFRACONSTITUCIONAL. 4.1. A disciplina do direito de greve para os trabalhadores em geral, quanto às "atividades essenciais", é especificamente delineada nos arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989. Na hipótese de aplicação dessa legislação geral ao caso específico do direito de greve dos servidores públicos, antes de tudo, afigura-se inegável o conflito existente entre as necessidades mínimas de legislação para o exercício do direito de greve dos servidores públicos civis (CF, art. 9o, caput, c/c art. 37, VII), de um lado, e o direito a serviços públicos adequados e prestados de forma contínua a todos os cidadãos (CF, art. 9o, § 1o), de outro. Evidentemente, não se outorgaria ao legislador qualquer poder discricionário quanto à edição, ou não, da lei disciplinadora do direito de greve. O legislador poderia adotar um modelo mais ou menos rígido, mais ou menos restritivo do direito de greve no âmbito do serviço público, mas não poderia deixar de reconhecer direito previamente definido pelo texto da Constituição. Considerada a evolução jurisprudencial do tema perante o STF, em sede do mandado de injunção, não se pode atribuir amplamente ao legislador a última palavra acerca da concessão, ou não, do direito de greve dos servidores públicos civis, sob pena de se esvaziar direito fundamental positivado. Tal premissa, contudo, não impede que, futuramente, o legislador infraconstitucional confira novos contornos acerca da adequada configuração da disciplina desse direito constitucional. 4.2 Considerada a omissão legislativa alegada na espécie, seria o caso de se acolher a pretensão, tão-somente no sentido de que se aplique a Lei no 7.783/1989 enquanto a omissão não for devidamente regulamentada por lei específica para os servidores públicos civis (CF, art. 37, VII). 4.3 Em razão dos imperativos da continuidade dos serviços públicos, contudo, não se pode afastar que, de acordo com as peculiaridades de cada caso concreto e mediante solicitação de entidade ou órgão legítimo, seja facultado ao tribunal competente impor a observância a regime de greve mais severo em razão de tratar-se de "serviços ou atividades essenciais", nos termos do regime fixado pelos arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989. Isso ocorre porque não se pode deixar de cogitar dos riscos decorrentes das possibilidades de que a regulação dos serviços públicos que tenham características afins a esses "serviços ou atividades essenciais" seja menos severa que a disciplina dispensada aos serviços privados ditos "essenciais". 4.4. O sistema de judicialização do direito de greve dos servidores públicos civis está aberto para que outras atividades sejam submetidas a idêntico regime. Pela complexidade e variedade dos serviços públicos e atividades estratégicas típicas do Estado, há outros serviços públicos, cuja essencialidade não está contemplada pelo rol dos arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989. Para os fins desta decisão, a enunciação do regime fixado pelos arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989 é apenas exemplificativa (numerus apertus).
Esses direitos são garantidos mesmo que a greve seja considerada ilegal. Não é permitido que o empregador faça coação aos seus empregados para retornarem ao trabalho. Uma vertente judicial permite que os trabalhadores recebam os dias paralisados, desde que todas as regras previstas em lei sejam cumpridas.
Pode haver um acordo entre empregador e empregado para a reposição dos dias em greve e recebimento do salário. Os dias de greve devem ser registrados como falta justificada por atividade disciplinar coletiva.
Os deveres que os trabalhadores devem cumprir durante a greve servem para dar legitimidade ao direito de greve. O primeiro dever dos trabalhadores é, antes de iniciado o movimento de greve, tentar a negociação dos direitos. Caso a negociação não funcione, a greve passa a ser legal e entendida como forma de defesa dos interesses dos trabalhadores.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer:
a) A concessão da MEDIDA LIMINAR, com efeito ex-tunc, para suspender a vigência da lei x e da lei w, no que concerne o contrato de trabalho, bem como o direito de greve dos trabalhadores;
b) O conhecimento do presente e a procedência do pedido, declarando a final a inconstitucionalidade dos preceitos legais indicados; 
c) A citação do Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal e Presidente da Câmara Municipal de Goiânia;
Assim, cabe ao Órgão Especial desse Colendo Tribunal de Justiça reconhecer a validade desta lei, a fim de que seja aceita no ordenamento jurídico do Município de Goiânia/GO, em respeito à supremacia da norma constitucional.
Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Goiânia/GO, 30 de maio de 2016
Advogado...
OAB/GO...

Continue navegando