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1 HIDRÁULICA DE COLUNAS DE DESTILAÇÃO HIDRÁULICA DE COLUNAS DE DESTILAÇÃO 2 ÎPode-se observar sobre os pratos de uma coluna de destilação, três zonas distintas conforme mostrado abaixo: Zona III Zona II Zona I �Zona I = zona de espuma de altura variável �Zona II = região de grandes gotas que coalescem e retornam ao prato. �Zona III = região de pequenas gotas que são arrastadas para o prato de cima e voltam ao prato ao prato de origem com o líquido. ÎAlterações nos fluxos internos da coluna pode provocar variações excessivas na altura dessas regiões acarretando problemas operacionais conforme demonstrado a seguir. HIDRÁULICA DE PRATOS 3 REGIME DE OPERAÇÃO DE UM PRATO 4 Î5.1 - INUNDAÇÃO Ocorre quando o líquido é acumulado sobre o prato com maior rapidez de que pode fluir para a bandeja inferior, até que atinge o prato superior através do aumento de nível nos downcomers. ÎCausas: alta velocidade do vapor altas vazões de líquido enchendo os downcomers espuma (aumento da zona I) HIDRÁULICA DE PRATOS 5 Î5.2 - ENTRAINMENT (ARRASTE) O arraste numa coluna de bandejas é a passagem do líquido arrastado pelo gás de uma bandeja para a que fica acima. Diminui a eficiência da coluna pois prejudica a transferência de massa entre as fases dificultando o equilíbrio. Impurezas não voláteis podem também ser carreadas pelo vapor, contaminando o produto de topo. ÎCausas: alta velocidade do vapor HIDRÁULICA DE PRATOS 6 ARRASTE 7 ARRASTE 8 Î5.3 -WEEPING (GOTEJAMENTO) É o gotejamento de líquido através dos furos do prato afetando a eficiência. Î5.4 -MAXIMUM VELOCITY É a velocidade excessiva de líquido no downcomer. ÎCausa: baixas vazões de vapor através do prato ÎCausa: Insuficiência de área no downcomer para uma dada vazão de líquido. HIDRÁULICA DE PRATOS 9 Î5.5 - DUMPING Ocorre quando há vazamento de todo o líquido através dos furos do prato. Representa a menor vazão de vapor permissível para uma dada vazão de líquido. É o valor limite para a operação da torre. Em contrapartida, a Ultimate Capacity é o limite máximo de vazão de vapor na qual a coluna pode operar sem perda de eficiência. ÎCausa: vazão mínima de vapor através do prato HIDRÁULICA DE PRATOS 10 Î5.6 - LIMITES OPERACIONAIS DE UMA TORRE DE PRATOS ÎA operação de uma determinada coluna está limitada pela velocidade do vapor. A faixa de operação é determinada pelo projeto e depende do tipo de bandeja utilizado. Quando operada fora dos limites especificados os produtos saem de especificação. ÎIndicadores de operação instável: Temperatura diferente do padrão na região onde ocorre anormalidade Oscilações significativas na pressão ou no sistema de controle Oscilações significativas no diferencial de pressão entre base e topo HIDRÁULICA DE PRATOS 11 ÎO diagrama abaixo representa qualitativamente a região de operação estável válida para todos os pratos. operação estável T a x a d e e s c o a m e n t o d o v a p o r Taxa de escoamento do líquido a r r a s t e Inundação descendente HIDRÁULICA DE PRATOS 12 REGIÃO DE OPERAÇÃO DE UM PRATO PERFURADO 13 REGIME DE OPERAÇÃO DE UM PRATO 14 REGIME DE OPERAÇÃO DE UM PRATO 15 REGIME DE OPERAÇÃO DE UM PRATO 16 ESPUMA CELULAR 17 ESPUMA (FROTH) 18 ESPUMA (FROTH) 19 SPRAY 20 SPRAY 21 EMULSÃO 22 EMULSÃO 23 4.2.4 - Esquema das bandejas ÎOs pratos com correntes cruzadas, ( borbulhamento, perfurados ou valvulados), são constituídos por 5 zonas distintas, conforme desenho esquemático a seguir: desperdício periférico desperdício periférico Á rea dos vertedores descendentes Zona de distribuição Z o n a d e s e p a r a ç ã o Á r e a d o s v e r t e d o r e s d e s c e n d e n t e s Área ativa Bandeja borbulhadora desperdício periférico desperdício periférico Á rea dos vertedores descendentes Zona de distribuição Z o n a d e s e p a r a ç ã o Á r e a d o s v e r t e d o r e s d e s c e n d e n t e s Área ativa Bandeja perfurada ou valvulada HIDRÁULICA DE PRATOS 24 4.2.4 - Esquema das bandejas ÎAs percentagens da área da seção reta do prato ocupada por cada uma das zonas são: �Zona de dispersão ativa do vapor⇒ de 60 a 80% �Zona periférica de enrijecimento e suporte⇒ de 2 a 5 % �Zona de separação e Zona de distribuição⇒ de 5 a 20% �Zona dos vertedores em cada bandeja⇒ de 5 a 15% ÎPara os pratos em contracorrente, perfurados (fluxo duplo), fendilhado - (turbogrid) e perfurados-ondulados (ripple), têm uma área aberta (para escoamento de líquido) que vai de 15 a 30% da seção reta total (maior que 5 a 15% dos pratos com fluxo com corrente cruzada) HIDRÁULICA DE PRATOS 25 4.2.5 - Queda de Pressão ÎPara estimar a perda de carga de colunas de pratos utiliza-se a equação geral abaixo. ht = hd + hl onde: ht = queda de pressão total, in de líquido hd = somatório de ∆p através das regiões do prato, ou seja: ∆p borbulador seco + ∆p fenda (para borbulhador) ou orifício seco (para prato perfurado) ou válvula seca (prato valvulado), in de líquido hl = ∆p através do nível de líquido que fica acima do prato, in de líquido VERIFICAR FIGURA 10 PG 19 DA APOSTILA HIDRÁULICA DE PRATOS 26 4.2.6 - Eficiência da bandeja ÎO número de estágios de equilíbrio real (número de pratos) que será empregado em uma coluna de destilação, depende da eficiência com que o contato entre líquido e vapor é estabelecido para promover a troca de massa entre as fases, em outras palavras, depende da eficiência das bandejas. ÎA eficiência global da da coluna pode ser calculada por métodos de previsão empíricos ou estatísticos ou por métodos de previsão teóricos ou semiteóricos. HIDRÁULICA DE PRATOS 27 4.2.6 - Eficiência da bandeja ÎDe posse do valor da eficiência do prato, o número real de pratos necessários para promover a separação é dada por: Eoc = Nt / Na ou Na = Nt/Eoc onde: Eoc = eficiência global da coluna Nt = número de pratos teóricos Na = número de pratos reais HIDRÁULICA DE PRATOS 28 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Um recheio de coluna de destilação deve possuir as seguintes características: ¾ Propiciar uma grande superfície interfacial entre o líquido e o gás. A superfície do recheio por unidade de volume do espaço recheado ap deve ser grande mas não no sentido microscópico. A superfície de recheio ap é sempre um pouco maior que a superfície interfacial gás-líquido; ¾ Possuir características desejáveis para o escoamento do fluido. Isto normalmente significa que a fração de vazios no leito recheado deve ser grande. O recheio deve permitir a passagem de grandes volumes de fluido através da seção transversal da torre sem inundação e com uma baixa perda de carga para o gás; ¾ Ser quimicamente inerte aos fluidos processados; ¾ Possuir resistência estrutural para permitir o seu fácil manuseio e instalação; ¾ Representar um baixo custo. 29 CARACTERÍSTICAS DE RECHEIOS 30 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Distribuição de Líquido no Recheio: a) Inadequada b) adequada 31 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Um recheio de coluna de destilação deve possuir as seguintes características: ¾ A torre deve usualmente ser projetada para operar na região de loading,razoavelmente perto do limite máximo (40 a 80% do flooding). Isto determinará a área ótima para qual a eficiência na transferência de massa é máxima. ¾ A dimensão do recheio não deve ser maior que 1/8 do diâmetro da torre. Em outras palavras, não há objeção alguma em se utilizar recheios de dimensões pequenas, a menos que a vazão de líquido não seja suficiente para molhar toda a área disponível. Obs.: a dimensão ótima está em torno de 1/15 do diâmetro da torre. ¾ A altura de cada secção recheada é limitada a aproximadamente 3D para anéis de Raschigs e 5D para anéis de Pall. Não é recomendável utilizar-se secção recheada superior a 20 ft. ¾ Para sistemas em que a resistência se deve a fase gasosa, recomenda-se utilizar recheio aleatoriamente distribuído na torre. Caso contrário, usar recheio arrumado dentro da torre, sendo que para recheios menores que 3’’ o custo do arranjo do recheio é muito elevado. Não é econômico utilizar-se recheios maiores que 2’’ distribuídos aleatoriamente. ¾ distribuição inicial do líquido e a sua redistribuição no topo de cada secção é muito importante para corrigir a migração de líquido para as paredes. 32 EFICIÊNCIA DE RECHEIOS ¾ A eficiência de um recheio, em termos de transferência de massa, é medida pela altura de recheio que equivale a um estágio teórico de equilíbrio líquido-vapor. Esta altura é comumente conhecida como HETP (Height Equivalent of the Theoretical Plate); ¾ A altura de recheio pode assim ser calculada a partir do número de estágios teóricos requeridos para a separação: H = N.HETP ¾O valor do HETP depende do sistema, da área superficial específica do recheio e das condições de fluxo na coluna; ¾Um valor típico para o HETP de colunas industriais é de 1 a 2 ft (30 a 60 cm); 33 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Efeito do Tamanho do recheio no HETP 34 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Variação do Coeficiente de Transferência de Massa em Torres Recheadas 35 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Grau de Molhamento em Recheios ¾ A transferência de massa diminui sensivelmente quando a razão do líquido é inferior a certo valor crítico, denominado “grau de molhamento mínimo” ou “mínimum wetting rate” (MWR); ¾ A razão de molhamento (WR) é dada por: W.R = L / ap onde: L = razão de líquido, ft3/hr x ft2 = vazão de líquido (ft3/hr) por área da secção transversal da torre (ft2) ap = área específica do recheio, ft2 / ft3 (Tab 5.1) WR = razão de molhamento, ft3/hr x ft ¾ Valores recomendados para a razão de molhamento mínima: recheio ≤ 3’’ M.W.R = 0,85 ft3/hr x ft outros M.W.R = 1,30 ft3/hr x ft 36 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Influência da Altura de Recheio sobre o HETP 37 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Perda de Carga em Torres Recheadas 38 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Perda de Carga em Torres Recheadas ¾A perda de carga no ponto de loading está entre aproximadamente 0,50 e 1,0 in H2O / ft recheio, e no ponto de flooding entre 2,0 e 3,0 in H2O / ft; ¾A razão de gás na torre deve estar abaixo da vazão de inundação (flooding). Usualmente para projetos de absorvedores e strippers adota-se, em função das características do sistema uma razão de gás entre 40 e 80% da vazão de flooding. As torres assim projetadas usualmente apresentarão perda de carga entre 0,25 e 0,50 in H2O / ft recheio, operando próximo ao limite inferior da região de loading. 39 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Correlação generalizada para Perda de Carga em Torres Recheadas 40 HIDRÁULICA DE RECHEIOS Variação do Hold-up de Líquido em Torres Recheadas
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