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Petição inicial 01

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 
VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEOCLECIA BRASIL, brasileira. casada, bancária, portadora da carteira de identidade 
nº xxxxxxxx-4 expedida pelo IFP, inscrita no CPF sob o nº xxx.xxx.xxx-18, endereço 
eletrônico: deoclecia@ig.com.br, domiciliada e residente na rua José Piragibe nº xxx, 
Campo Grande - RJ, CEP 21.661-000, vem por meio de sua advogado que está subscreve, 
com endereço profissional na Rua Pouso Alegre 560, Campo Grande - RJ, CEP 21.000-
075, endereço eletrônico: márcio.cmb74.com.br, para fins do artigo 77, V, do CPC, vem 
a este juízo propor 
 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS C/C AÇÃO DE TUTELA ANTECIPADA, 
 
pelo procedimento comum, em face de LIGHT. SERVIÇOS DE ELETRICIDADE 
S.A, pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob o nº60.444.437/0001-46, com sede em Av. 
Cesário de Melo, 3.489 - térreo, endereço eletrônico ouvidoria@light.com.br, pelos fatos 
jurídicos que passas a expor. 
 
I. PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO 
A Autora é pessoa idosa, 65 (sessenta e cinco) anos, razão pela qual requesta a 
prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei nº 
10.741/2013 e nos termos do art. 1.048, inciso I, do CPC/2015. 
 
II. GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
A Autora é aposentada, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas 
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento e de sua família. 
Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência e cópia do extrato de pagamento. 
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela 
Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e 
seguintes. 
 
III. DOS FATOS 
A Autora, em 11/02/2018, viajou para sua casa de veraneio, acompanhada de toda 
família, a fim de acompanhar pela televisão o desfile do carnaval carioca. 
Em 12/02/2018, tudo foi preparado para o aguardado momento, gerando grande 
expectativa em toda família. Contudo, às 22:30h, foi surpreendida a Autora com picos de 
tensão na corrente elétrica, culminando com o apagar de todos os eletrodomésticos. 
Após o retorno da corrente elétrica, constatou a Autora que sua televisão, da marca 
Philips, Smart TV 42”, parou de funcionar. 
A autora buscou contato com a Ré a fim de resolver amigavelmente o problema, 
contudo, restou frustrada sua pretensão, sob a alegação de mau uso do eletrodoméstico. 
 
IV. DOS FUNDAMENTOS 
Trata-se de ação de reparação de danos material e moral. 
A esse respeito, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, § 6º, assegura ao 
terceiro que tenha sido lesado por pessoa jurídica de direito privado, prestadora de 
serviços públicos, a resposta por danos praticados. 
Nesse diapasão, o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor estabelece a 
responsabilidade objetiva do fornecedor. 
Nada obstante, os arts. 186 e 927, do Código Civil, estabelecem a obrigatoriedade de 
reparação do dano causado a outrem, ainda que exclusivamente moral. 
Diante da previsão legal acima colacionada, entendemos que a pretensão da 
requerente é legítima, vez que existi uma extrema ilegalidade que paira aos nossos olhos. 
 
V. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, a Autora requer a esse juízo: 
A. Prioridade na tramitação, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2013 
e nos termos do art. 1.048, inciso I, do CPC/2015; 
B. Seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita por ser pessoa carente, nos 
termos da Lei 1.060/50 e alterações posteriores; 
C. Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação da ré para 
seu comparecimento; 
D. Citação da Ré para integrar a relação processual; 
E. Que seja aplicada, caso entenda cabível, a inversão do ônus da prova, por se 
tratar de relação de consumo e hipossuficiência do consumidor; 
F. Que seja condenada a ré à reparação do Dano Material, com o pagamento do 
eletrodoméstico danificado, no valor de R$ 3.000,00; 
G. Que seja julgado procedente o pedido de condenação da Ré a indenizar a 
Autora pelos DANOS MORAIS sofridos no importe de R$ 12.000,00 (doze 
mil reais), com atenção aos efeitos pedagógico e reparatório da medida; 
H. Que seja julgado procedente o pedido de condenação da parte Ré nas custas 
processuais e nos honorários advocatícios, no percentual de 20% sobre o valor 
da causa. 
 
VI. DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 
369 e seguintes, do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal 
e o depoimento pessoal do Ré. 
VII. DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 15.000,00 
 
Pede deferimento. 
 
Rio de Janeiro, 01 de março de 2018 
 
Marcio Roberto Lopes 
OAB nº xxxxxxxx

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