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TEORIA GERAL DA AÇÃO PENAL
CONCEITO DE AÇÃO PENAL
É o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É também o direito público subjetivo do Estado-Administração, único titular do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-juiz a aplicação do direito penal objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva”.
CARACTERÍSTICAS
 De acordo com Capez (2014, p. 162) possui como características ser um direito autônomo, abstrato, subjetivo e púbico. Autônomo porque não se confunde com o direito material a ser tutelado; abstrato, pois “independe do resultado final do processo”; subjetivo, “pois o titular pode exigir do Estado-Juiz uma prestação jurisdicional” e público, “pois a atividade jurisdicional que se invoca é de natureza pública”.
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL 
Em geral, a doutrina considera como condições da ação a legitimidade, o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido. É muito comum tentar trazer para o processo penal os conceitos utilizados no processo civil, mas nem sempre essa transposição é adequada. 
a) Legitimidade: A pertinência subjetiva é necessária para o exercício da ação. A legitimidade ativa, no processo penal, está ligada à titularidade para a propositura da ação penal (Ministério Público – na ação penal de iniciativa pública ou querelante – na ação penal de iniciativa privada). Já a legitimidade passiva é decorrente da autoria do fato supostamente delituoso, ou seja, figura no polo passivo o acusado/réu contra quem é exercida a pretensão punitiva.
b) Interesse de agir: Na concepção civilista, o interesse de agir se pauta no binômio utilidade/ necessidade, que torna-se difícil de ser aplicado no processo penal, já que este é marcado pelo princípio da necessidade que impõe que para se chegar a pena o processo é “o caminho necessário e imprescindível, até porque o Direito Penal somente se realiza no processo”. (LOPES JR., 2016, p. 192). Para o autor, o interesse de agir, no processo penal, se configura na prática de um fato aparentemente criminoso (fumus commissi delicti), resultando na necessidade do processo para o exercício do ius puniendi do Estado
c) Possibilidade Jurídica do pedido: Quanto a esta condição, tanto Eugênio Pacelli quanto Aury Lopes Jr. fazem uma crítica em se adotar a concepção civilista no processo penal. O pedido, na ação penal, é sempre de condenação. Assim, a possibilidade jurídica do pedido é, na realidade, a possibilidade de punibilidade concreta, ou seja, é a possibilidade de se poder aplicar a pena caso a decisão seja de condenação. Assim, “presente a causa de extinção de punibilidade, como a prescrição, a decadência, a renúncia [...], a denúncia ou queixa deverá ser rejeitada ou o réu absolvido sumariamente, conforme o momento em que seja reconhecida”.
d) Justa causa: É a existência de indícios mínimos de autoria e materialidade, ou seja, é o suporte probatório mínimo, sem o qual ninguém pode ser processado criminalmente.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DA AÇÃO PENAL 
Em determinadas situações, além das condições gerais que acabamos de estudar, a própria legislação processual exige outras condições para que se possa exercer do direito de ação: 
REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO E REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA nas (nas • ações públicas condicionadas) 
Entrada do agente no território nacional para atender ao disposto no art. • 7º, do Código Penal; 
Autorização do Legislativo para a instauração de processo contra o Presidente • e o Vice-presidente da república; Ministros de Estado pela prática de crimes comuns – art. 51, I, CF
Trânsito em julgado da sentença que, por motivo de erro ou impedimento, • anule o casamento, no crime de induzimento a erro essencial ou ocultamento de impedimento – art. 236, parágrafo único do CP
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL 
Visto a teoria geral da ação penal, passaremos agora ao estudo das espécies de ação penal. No processo penal, há dois tipos de ação: a de iniciativa pública e a de inciativa privada.
ATENÇÃO: Toda ação penal é pública. A classificação em pública ou privada é dada pela titularidade da iniciativa. Será pública quando a titularidade para a propositura for do Ministério Público; será privada quando a titularidade for do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo, chamado querelante.
TITULARIDADE: Pela regra do art. 129, I, da CF, será do Ministério Público, com exclusividade, seja ela condicionada ou incondicionada.
EXCEÇÃO: A Constituição em seu art. 5º, LIX e o CPP no artigo. 29 trazem a previsão de que, caso o MP não ofereça denúncia no prazo legal, é admitida a ação penal privada subsidiária da pública, proposta pelo ofendido ou por seu representante legal.
PRINCÍPIOS QUE REGEM A AÇÃO PENAL PÚBLICA
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE O MP não pode recusar-se a dar início à ação penal, caso identificada sua hipótese de atuação (materialidade delitiva e indícios de autoria). 
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE Tem previsão no art. 42 do CPP. Ajuizada a ação penal, não poderá mais dela desistir o MP. 
PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE A persecução penal é promovida por órgãos oficiais/públicos. PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE O MP deve agir de ofício, independentemente de provocação, salvo quando a ação penal pública for condicionada à representação ou requisição do ministro da justiça (art. 100, §1º, CP e art. 24, CPP). 
PRINCÍPIO DA DIVISIBILIDADE “ [...]. O princípio da indivisibilidade, próprio da ação penal de iniciativa privada, não se aplica à ação penal pública”. (Ac. de 18.3.2008 no HC nº 581, rel. Min. Cezar Peluso; no mesmo sentido o Ac. nº 490, de 14.9.2004, rel. Min. Francisco Peçanha Martins.)
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA A ação penal, quer seja pública ou privada, deve ser proposta a quem se imputa a prática do delito. 
PRINCÍPIO DA SUFICIÊNCIA DA AÇÃO PENAL A ação penal é suficiente/tramita por si só, salvo em relação às matérias que versem sobre o estado de pessoas, indicando a prejudicialidade (art. 92 do CPP).
A AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA SUBDIVIDE-SE EM INCONDICIONADA OU CONDICIONADA..
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA É aquela em que não há nenhuma condição especial para o seu ajuizamento. 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA É aquela cujo exercício exige uma condição especial que pode ser tanto a representação quanto a requisição do Ministro da Justiça.
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO 
O MP somente poderá dar início à ação se a vontade da vítima ou de seu representante legal o autorizarem, por meio de uma manifestação de livre vontade, chamada de representação. A representação possui natureza jurídica eminentemente processual, mas aplica-se a ela as regras de direito material intertemporal. O não exercício da representação legal acarreta a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, IV, CP.
Titular do direito da representação: A titularidade do direito de representação é do ofendido ou de seu representante legal, caso seja menor ou incapaz. Pode o direito de representação também ser exercido por procurador com poderes especiais (art. 39, caput, CPP).
Prazo para o exercício do direito de representação O art. 38 do CPP estabelece que “Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contando do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”. Trata-se de prazo decadencial que não se suspende, nem se prorroga, como já vimos anteriormente.
Observações: 
O prazo não contará para o menor, nem para o mentalmente incapaz, enquanto • não cessar a incapacidade; pois não se pode falar em decadência de um direito que não se pode exercer. Assim, o prazo fluirá apenas para o representante legal, caso saiba quem é o autor da infração. 
Com o advento do Código Civil de 2002, os artigos arts. 34 e 50, parágrafo • único, CPP, estão tacitamente revogados, pois o menor completando a maioridadeé legitimado exclusivo, cessando a legitimidade do representante legal, não ocorrendo mais a legitimidade concorrente, mas o enunciado da Súmula 594, STF continua válido.
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA 
A requisição é um ato político praticado pelo Ministro da Justiça, requisitando a instauração da ação nas seguintes hipóteses
a) crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil (art. 7º, §3º, “b”, CP); 
b) crimes contra a honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro (Art. 141, I, c/c art. 145, parágrafo único, CP); 
c) crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República (Art. 141, I, c/c art. 145, parágrafo único, CP)
Prazo para oferecimento da requisição • Diferentemente da ação penal pública condicionada à representação, na omissão do CPP, pode o Ministro da Justiça oferecer a requisição a qualquer tempo, desde que não esteja prescrito o delito.
Eficácia objetiva da representação e da requisição • Feita a representação ou a requisição contra apenas um suspeito, esta se estenderá aos demais, autorizando o MP a propor a ação em face de todos.
Da retração da representação e da requisição • Aquele que representou pode se retratar até o oferecimento da denúncia; porém, a partir do momento que esta foi oferecida não cabe mais a retratação, conforme previsto no art. 25,CPP
Quanto à requisição, por falta de previsão legal não é possível a retratação. Na Ação Penal nos casos da Lei Maria da Penha (Lei nº. 11.340/2006), após o julgamento da ADIn nº. 4424, proposta pelo PGR, e julgada (pelo STF) em fevereiro de 2012 (10x1), em que foi dada interpretação conforme a CF ao art. 16 da referida lei, não se permite mais a retratação da vítima em audiência, pois em relação à lesão corporal de qualquer natureza, a ação será pública incondicionada, não sendo necessária a representação.
Legitimidade: A legitimidade para a propositura da ação é do ofendido (vítima) ou de seu representante legal. 
Prazo para ajuizamento da queixa-crime 
• O prazo, como já visto quando do estudo da representação, é decadencial de 6 meses a partir do conhecimento da autoria do fato, de acordo com o art. 38, CPP
Em caso de morte, ou declaração de ausência, o direito de queixa, ou de prosseguir com a acusação, passará para o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art. 31, CPP).
ATENÇÃO Exercido o direito de queixa pela primeira das pessoas inseridas no art. 32, CPP, as demais se acham impedidas de fazê-lo, somente assumindo a ação no caso de abandono do querelante, desde que o façam no prazo de 60 dias.
PRINCÍPIOS QUE REGEM A AÇÃO PENAL PRIVADA
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA O ofendido tem a faculdade de propor a ação penal, podendo fazê-lo ou não.
PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE Na ação privada, a decisão de prosseguir ou não com a ação é do ofendido. É decorrência do princípio da oportunidade. A parte poderá dispor do conteúdo do processo até o momento do trânsito em julgado da sentença condenatória, por meio do perdão ou perempção (arts. 51 e 60, CPP).
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE Está previsto no art. 48, CPP. Significa que o ofendido pode escolher entre propor ou não a ação penal, porém não pode optar dentre os ofensores que irá processar
A ação penal de iniciativa privada subdivide-se em exclusivamente privada, privada personalíssima e privada subsidiária da pública.
Ação penal exclusivamente privada ou propriamente privada 
 – Pode ser exercida pela vítima ou por seu representante legal. 
– Admite a possibilidade de sucessão em caso de morte ou ausência da vítima 
– art. 30 c/c art. 31, CPP. – O sucessor tem o prazo de 60 dias para prosseguir com a ação, sob pena de perempção – art. 60, II, CPP.
Ação penal privada personalíssima 
 – A titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido; não há exercício da ação pelo representante legal, nem há sucessão por morte ou ausência, pois trata-se de um direito personalíssimo e intransmissível. Assim, falecendo o ofendido, aguarda-se até a extinção da punibilidade.
 – Há apenas uma hipótese em nosso ordenamento jurídico, que é aquela prevista no art. 236 CP (induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento).
Ação penal privada subsidiária da pública 
 Pode ser proposta nos crimes de ação penal pública, quando o MP perder quedar-se inerte, ou seja, não oferecer a denúncia, nem requerer o arquivamento, nem baixar os autos do IP para novas diligências. Tem sua previsão legal no art. 5º, LIX, CF e no art. 29, CPP.
Renúncia – arts. 49 e 50, CPP: Em decorrência do princípio da oportunidade, o ofendido pode renunciar ao seu direito de queixa. A renúncia é um ato unilateral que ocorre antes do oferecimento da queixa, podendo ser tática ou expressa. Por conta do princípio da indivisibilidade da ação privada, se houver mais de um suspeito, a renúncia a um se estenderá aos demais, pois apesar do ofendido poder renunciar ao seu direito de queixa, não pode escolher dentre seus ofensores aqueles que quer processar- art. 48, CPP.
Perdão – arts. 51 a 60, CPP: O perdão é decorrente do princípio da disponibilidade da ação privada. Trata-se de um ato bilateral, significando que aquele que está sendo perdoado deve manifestar o seu aceite, que ocorre após o oferecimento da queixa e pode ser, também, expresso ou tácito. Da mesma forma que a renúncia, havendo mais de um acusado o perdão será estendido aos demais, mas só gerará efeitos para aqueles que o aceitarem.
Perempção - A perempção é uma punição de natureza processual imposta ao querelante quando este se abstém da prática de um ato que deveria realizar, dentro das situações descritas no art. 60 e incisos, CPP.
	DECADÊNCIA
	PRESCRIÇÃO
	PEREMPÇÃO
	Atinge diretamente o direito de ação
	Atinge diretamente o direito de punir ou executar punição já imposta
	Atinge o direito de prosseguir na ação.
	Só ocorre nos crimes de ação penal privada e nos crimes de ação penal pública condicionada à representação do ofendido (6 meses)
	Pode ocorrer tanto nas ações penais públicas (condicionadas ou não) quanto nas ações penais privadas (não importando a espécie).
	Só ocorre nos crimes de ação penal privada (exclusiva ou personalíssima).
	Sempre ocorre antes da ação penal.
	Pode ocorrer a qualquer momento, inclusive após o trânsito em julgado da sentença.
	Só ocorre após início da ação penal.
Tanto a renúncia, quanto o perdão e a perempção são causas extintivas da punibilidade do agente, previstas no art. 107, incisos IV e V do Código Penal.
A DENÚNCIA, A QUEIXA E O ADITAMENTO 
• A denúncia é a peça acusatória inaugural da ação penal pública incondicionada e condicionada – art. 24, CPP, enquanto a queixa-crime é a peça exordial da ação penal de iniciativa privada
Requisitos da denúncia e da queixa – art. 41, CP •
a) Descrição do fato em todas as suas circunstâncias: A descrição deve ser precisa, não se admitindo a imputação vaga e imprecisa. Havendo concurso de agentes, a denúncia deve especificar a conduta de cada um dos coautores e partícipes. 
b) Qualificação do acusado ou fornecimento de dados que possibilitem sua identificação: Qualificar é apontar o conjunto de qualidades pelas quais se possa identificar o denunciado. 
c) Classificação jurídica do fato: A correta classificação do fato imputado não é requisito essencial da denúncia, pois não vincula o juiz, que poderá dar àquele definição jurídica diversa (emendatio libelli). 
d) Rol de testemunhas: O arrolamento de testemunhas é facultativo. Entretanto, o momento adequado é o da propositura da ação – art. 41, CPP, sob pena de preclusão. 
e) Pedido de condenação: Na ação penal pública não precisa ser expresso, bastando que esteja implícito na peça, enquanto na ação penal privada deve ser expresso sob pena de perempção – art. 60, inciso III, CPP.
 f) O endereçamento da petição: O endereçamento equivocado não impede o recebimento da denúncia, tratando-se de mera irregularidade saná- vel coma remessa dos autos ao juízo competente. 
g) O nome, o cargo e a posição funcional do denunciante 
h) A assinatura: A falta de assinatura não invalida a peça, se não houver dúvidas quanto à sua autenticidade.
Prazo para a denúncia – art. 46, CPP 
Em regra, o Ministério Púbico tem o prazo de 15 dias, se o indiciado estiver solto ou afiançado, e de 05 dias, se estiver preso, contado da data em que o MP receber os autos do inquérito policial. O excesso de prazo provoca, em se tratando de indiciado preso acarreta o relaxamento de prisão, além de possibilitar o exercício da ação penal privada subsidiária, por parte do ofendido, estando o indiciado preso ou solto.
Aditamento da denúncia e da queixa pelo Ministério Público 
 No que tange à ação penal de iniciativa pública, não há nenhuma controvérsia quanto ao aditamento da denúncia pelo MP, já que o órgão ministerial é o titular do direito de ação. O aditamento pode ser de caráter objetivo, quando surgem novos fatos durante a instrução ou subjetivo, quando se toma conhecimento de que havia outro ou outros autores. “Aditar significa acrescentar, adir, adicionar, agregar algo que faltava. Aditar a ação penal significa acrescentar algo à imputação”
Quanto à ação penal de iniciativa privada, o aditamento por parte do MP não é um tema pacífico. Há quem entenda que seria possível o aditamento por força do art. 48, CPP. Na ação penal privada subsidiária da pública, poderá haver aditamento da queixa, já que a própria lei traz expressamente esta previsão- art. 29, CPP.

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