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RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 1 Diretoria de Exatas Engenharia: ( X) Produção Mecânica Laboratório de Física Geral e Experimental: 3 Data de realização do Experimento: 02/03/2010 Roteiro: 1 - Experimento: Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas Turma: 3-A Unidade: ( x Requisito 1 2 3 4 5 6 7 8 9 RA Nome Completo Assinatura RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 2 Índice 1. Resumo ................................................................................................................................3 2. Introdução ...........................................................................................................................4 3. Objetivos .............................................................................................................................5 4. Material utilizado ...............................................................................................................6 5. Procedimento Experimental ..............................................................................................7 7. Resultados do experimento ...............................................................................................9 8. Conclusão ............................................................................................................................11 9. Cálculos ...............................................................................................................................12 10. Referências Bibliográficas .................................................................................................13 11. Apêndice ............................................................................................................................14 1. Resumo RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 3 De um modo geral, quando aumentamos a temperatura de um corpo, aumentamos a agitação molecular, e isso provoca um afastamento das moléculas, resultando num aumento das dimensões de um corpo, tal efeito é denominado dilatação térmica. Devido ás características dos materiais, a dilatação térmica é diferente para corpos de diferentes materiais. Os efeitos da dilatação térmica podem ser observados em várias situações cotidianas, como por exemplo, nos fios da rede elétrica, que em dias quentes apresentam-se menos tensos que em dias frios. Em muitos casos, a dilatação térmica causa efeitos indesejáveis, e em função desses efeitos, algumas técnicas ou cuidados devem ser tomados para evitar problemas. Por exemplo, na construção, as calçadas apresentam vãos entre os blocos de cimento, feitos para que quando estes blocos se dilatarem, não se comprimam e apresentem rachaduras. Os trilhos de trem, que apresentam um aumento em seu comprimento em dias quentes e que, portanto podem entortar se não forem planejados visando este efeito e os cabos da rede elétrica que podem romper-se em dias frios por serem muito tensionados. Como a dilatação ocorre de maneira uniforme, as dimensões do corpo dilatam igualmente, sendo assim, podemos tratar a dilatação como sendo linear, superficial ou volumétrica. Isto também pode ser tomado no caso de o comprimento ou a área ser muito maior que as outras dimensões. Variando um parâmetro por vez, foi determinado experimentalmente uma expressão para quantificar a dilatação. 2. Introdução: RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 4 A dilatação de um corpo ocorre em todas suas dimensões, nos corpos sólidos a dilatação pode ser: • Linear • Superficial • Volumétrica DILATAÇÃO LINEAR Ocorre quando o material tem expansão em uma dimensão. A dilatação do material depende de três fatores: • da substância de que é feito; • da variação de temperatura sofrida pelo material; • e do comprimento inicial do material. O comportamento aqui descrito para um material é geral para qualquer corpo que tenha uma de suas dimensões muito maior do que as outras duas e, nesse caso, podemos nos concentrar na dilatação linear e calcular a variação no comprimento do corpo pela expressão: ∆L=αLi∆T, onde: • ∆L é variação de comprimento do fio, ou seja, é a dilatação linear; • α é o coeficiente de dilatação linear, que é uma característica da substância; • Li é o comprimento inicial; • ∆T é a variação de temperatura, ou seja, ∆T = Tf - Ti, onde Ti representa a temperatura inicial do fio e Tf a temperatura final. DILATAÇÃO SUPERFICIAL Há corpos que podem ser considerados bidimensionais, pois sua terceira dimensão é desprezível frente às outras duas, por exemplo, uma chapa. Neste caso, a expansão ocorre nas suas duas dimensões lineares, ou seja, na área total do corpo. Uma chapa retangular que, quando aquecida, teve toda a sua superfície aumentada, passando de uma área inicial (Si) a uma área final (Sf), de modo que a dilatação superficial é (∆S, sendo ∆S= Sf - Si). A dilatação superficial, da mesma forma que a dilatação linear, depende: • da variação de temperatura sofrida pelo corpo (∆T); • da área inicial (Si) e • do material de que é feito o corpo, porém, o coeficiente utilizado é o "coeficiente de dilatação superficial" (β) que vale duas vezes o coeficiente de dilatação linear, isto é: β = 2α Assim, podemos calcular a dilatação ocorrida na superfície pela seguinte expressão matemática: ∆S = β.Si.∆T, onde: • ∆S é a dilatação superficial ou o quanto a superfície variou; • β é o coeficiente de dilatação superficial; • Si é a área inicial; • ∆T é a variação de temperatura. DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA A grande maioria dos corpos sólidos possui três dimensões: altura, comprimento e espessura; e, quando aquecidos, sofrem expansão nessas três dimensões o que proporciona um aumento no volume total do corpo. A dilatação ocorre de modo semelhante às dilatações linear e superficial, porém dependente do coeficiente de dilatação volumétrica o que é igual a três vezes o coeficiente de dilatação linear, ou seja, γ = 3α. Então, podemos calcular a dilatação ocorrida no volume pela equação: ∆V = γ.Vi.∆T, onde: • ∆V é a dilatação volumétrica, ou seja, V=Vf - Vi; • γ é o coeficiente de dilatação volumétrica; • Vi é o volume inicial; • ∆T é a variação de temperatura. 3. Objetivos Em uma haste metálica, iremos determinar à dilatação térmica linear, a dilatação térmica superficial da secção transversal, a dilatação térmica volumétrica, o coeficiente RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 5 de dilatação térmica linear, o coeficiente de dilatação térmica superficial, o coeficiente de dilatação térmica volumétrica e por fim, qual o material constitui a amostra metálica. 4. Materiais utilizados: a. Dilatômetro com relógio comparador micrométrico e escala milimétrica; b. Fonte de calor; RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 6 c. Termômetro de mercúrio (ou de álcool) graduado (de -10º a 120ºC); d. Haste metálica; e. Balão de vidro de fundochato com rolha e mangueira de borracha; f. Água; g. Becker de 50mL; h. Trena milimetrada; i. Micrômetro. 5 Procedimento Experimental RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 7 5.1 Fixar uma das extremidades da haste metálica no dilatômetro. A outra extremidade deve ser posicionada de modo que esteja encostada na ponta de contato do “relógio comparador micrométrico”. Posicionar o termômetro no sistema no local apropriado. Após o término deste processo, zerar o relógio comparador, conforme figura 1. 5.2 Medir as informações iniciais da haste metálica, como: o seu comprimento inicial (Li) com a trena, o seu diâmetro inicial (Øi) com o micrômetro e a temperatura inicial do sistema (ti) com o termômetro - o sistema deverá estar inicialmente em equilíbrio térmico com o ambiente. 5.3 Aquecer o sistema e observar o termômetro durante o processo de aquecimento, até que o sistema atinja um ponto de equilíbrio térmico. Medir a temperatura final de equilíbrio tf e o valor da dilatação térmica linear L com a escala micrométrica do relógio comparador. 5.5. Medir o diâmetro final f da haste metálica com o micrômetro. 5.6. Preencher a Tabela 1: Temperatura inicial Comprimento inicial Diâmetro inicial ti (°C) L0 (mm) Øi (mm) Temperatura final Dilatação térmica linear Diâmetro final tf (°C) ∆L (mm) Øf (mm) Tabela 1: Coleta de dados NOTA 01: Todas as medidas devem estar acompanhadas das incertezas instrumentais. NOTA 02: As respostas parciais e finais devem ser acompanhadas das respectivas incertezas. 6. Análise dos Dados De acordo com os dados das medidas expressas na Tabela 1. RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 8 6.1 Determinar o coeficiente de dilatação térmica linear α do material, acompanhado de sua propagação de erros. 6.2 Consultar uma tabela de valores conhecidos para diversos materiais no estado sólido neste intervalo de temperatura considerado e determinar o material que constitui a haste metálica utilizada na experiência. Indicar o erro relativo percentual. 6.3 O que se pode afirmar quanto aos processos de dilatação térmica superficial da secção transversal da haste metálica e de dilatação térmica volumétrica da mesma? Justifique. 7. Resultados do Experimento RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 9 7.1 Fixado uma das extremidades da haste metálica no dilatômetro e, junto a esta, também estava um adaptador para instalar o termômetro e o mangote que conduzirá o vapor que virá do Becker com água em ebulição. Na outra extremidade foi posicionada, na ponta de contato do “relógio comparador micrométrico”, dando uma pressão de ± 1mm e zerado a posição do relógio. 7.2 As medidas iniciais da haste metálica seguem na Tabela 2 abaixo: Temperatura inicial Comprimento inicial Diâmetro inicial ti (°C) L0 (mm) Øi (mm) (28 ± 0,5) °C (555 ±0,5) mm (6,38 ± 0,0001) mm Tabela 2: Coleta de dados com o sistema em equilíbrio á temperatura ambiente Observações das medições realizadas: • O comprimento inicial Li foi medido com uma trena • O diâmetro inicial i foi medido com o micrômetro • A temperatura inicial do sistema ti foi medido com o termômetro, onde o sistema estava inicialmente em equilíbrio térmico com o ambiente. 7.3 Após aquecido o sistema, foi observado o termômetro até que atingisse um ponto de equilíbrio térmico, onde esta temperatura final de equilíbrio tf segue na Tabela 3. 7.4 O valor da dilatação térmica linear L ∆L na escala micrométrica do relógio comparador com o sistema aquecido e em equilíbrio na temperatura final, segue na Tabela 3. 7.5 O valor do diâmetro final Øf da haste metálica com o sistema aquecido e em equilíbrio, segue na Tabela 3. Temperatura final Dilatação térmica linear Diâmetro final tf (°C) ∆L (mm) Øf (mm) (87 ± 0,5) °C (0,64 ± 0,005) mm (6,398 ± 0,0001) mm Tabela 3: Coleta de dados com o sistema aquecido e em equilíbrio de temperatura tf (°C) Com base nos dados coletados na Tabela 3, observa-se que a temperatura atingida máxima é bem abaixo dos 100°C, temperatura teoricamente para a água em vapor, mas mesmo assim, aos 87°C, houve a dilatação linear da haste e a alteração do diâmetro. 7.6 O coeficiente de dilatação térmica linear do material, baseado no comprimento do material é: ∆L = α.l0. ∆t => α= ∆� ��.∆� => α= �,� . � , portanto α= 1,95x10-5 7.7 A propagação de erros da dilatação térmica linear é: RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 10 σα= α.√[(�∆� ∆� )2+(��� �� )2+(�∆� ∆� )2] => σα= 1,95x10-5.√[(�,��� �,� )2+( �, )2+(�, � )2], portanto σα = 1,662x10-7 7.8 O coeficiente de dilatação térmica linear α, acompanhado de sua respectiva incerteza de erros é: α = (1,95�10 − 5 ± 1,662�10 − 7)/°� Baseado na área da haste, determinaremos o coeficiente de dilatação térmica linear do material: 7.9 ∆S = 2.α.S0. ∆t => α= ∆� �.��.∆� => α= �, �� �.! ,��. � , portanto α= 4,766x10-5, com base neste resultado, não iremos prosseguir com a propagação de erros, tendo em consideração a grande diferença entre o valor encontrado da dilatação da área comparado com a dilatação linear. 7.10 Consultando uma tabela de valores conhecidos para diversos materiais no estado sólido neste intervalo de temperatura considerado e determinar o material que constitui a haste metálica utilizada na experiência segue a conclusão abaixo. O erro relativo percentual segue na pagina 14. • CONCLUSÃO: Com base nos dados do experimento, podemos afirmar que nos processos de dilatação térmica superficial da secção transversal da haste metálica e de dilatação térmica volumétrica houve grandes diferenças nos resultados finais comparativos. Os valores da dilatação linear foram considerados a ideal, pois foi medida com um instrumento calibrado, fixo no suporte e zerado antes do aquecimento da haste. Os valores da dilatação transversal, baseado na área, não podem ser considerados ideais, pois o micrômetro não pôde ser aferido, a força na mão imposta para medir o tambor pode ter alterado o diâmetro e por fim, o local determinado pelo grupo para medir o diâmetro pode não ter dilatado suficientemente a fim de obter resultado próximo da dilatação linear. Considerando o valor obtido da dilatação linear,o material do experimento é de Latão. 8. Conclusão RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 11 Os dados do experimento nos levaram a resultados bem próximos do real, como se pôde determinar no erro relativo, podendo obter a dilatação térmica superficial da secção transversal o coeficiente de dilatação térmica linear. Referente ao coeficiente de dilatação térmica superficial obteve valores bem distantes do valor da secção transversal, tais fatores de diferença se deram provavelmente: • O corpo de prova não estar em um ambiente perfeitamente isolado, a começar que o ventilador estava ligado, em direção do nosso experimento. • O ponto de medição do micrômetromuito distante do ponto de medição termômetro, ocasionando a perca de temperatura, devido o material ser um tubo fino. • Vazamento de vapor no ponto fixo do termômetro, onde percebemos visualmente este vazamento,podendo por ali termos perca de temperatura. • A habilidade psicomotora de cada integrante do grupo para identificar e ler o valor do micrômetro, onde também neste quesito, a força exercida para medir também influenciou na captação das medidas. • O nível da balança digital não estar perfeitamente nivelado ao centro do nível de precisão de bolha Referente a dilatação térmica volumétrica, não podemos obter o valor correspondente do material do experimento, pois a começar pela dilatação superficial da secção transversal os valores foram bem diferentes, optamos por não obter este valor que com certeza não seria real. Contudo podemos definir o material do experimento, sendo este de Latão. 9. Cálculos: RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 12 Cálculos utilizados • Densidade volumétrica. ρ=" # • Equação de determinação da temperatura de ebulição do álcool em °C �$�% �&$�% = ' '&$% 10. Referências e Dados bibliográficos: RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 13 BOSQUILHA, Alessandra, Manual de física: teoria e prática / Alessandra Bosquilha, Márcio Pelegrini. – 2. Ed ver. – São Paulo : Rideel, 2003. Cap. 13 - pg 170 – Calor. 11. Apêndice RELATÓRIO DE FISICA – Dilatação térmica de um sólido e Propagação de incertezas 14 Erro relativo percentual. E% = Xteórico – Xexperimental *100 Xteórico E%= �,�$ ,� �,� ∗ 100 E%= 2,5%
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