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Objetivos e características do planejamento escolar: algumas considerações Como Balzan (1988), acreditamos que o planejamento escolar envolve atitude, um modo de ser que implica conhecimentos e reflexões sobre a realidade que se pretende trabalhar e – acrescentar íamos – transformar. Nessa direção, podemos dizer, tal como Vasconcellos (2000, p. 36): que planejar remete para querer mudar algo; acreditar na possibilidade da mudança da realidade; perceber a necessidade da mediação teórico- metodológica; vislumbrar a possibilidade de realizar aquela determinada ação. Para que a atividade de projetar seja carregada de sentido, é preciso, pois, que, a partir da disposição para realizar alguma mudança, o educador veja o planejamento como necessário (aquilo que se impõe, que deve ser, que não se pode dispensar) e possível (aquilo que não é, mas que poderia ser, que é realizável). Todavia, reiteramos que o planejamento não é mágica, nem panaceia para resolver todos os problemas e desafios, mas pode ser sim uma possibilidade e, mais do que isso, pode ser um procedimento, uma atividade e/ou um estratégia que, se construída e realizada segundo os pressupostos já apontados e com o envolvimento consciente de todos os que dele participam, tem a chance de contribuir, e muito, para a realização de ações significativas e que façam sentido para os diferentes sujeitos que vivem a experiência escolar. Cabe ressaltar que não assumimos a ideia do planejamento escolar de forma idealista ou ingênua ou acrítica, mas sim como espaço de reflexão crítica, de debate, de enfrentamento dos conflitos e das contradições e de confronto entre o que desejamos, o que temos e o que vai ser necessário construir e/ou realizar para alcançar os fins e/ou os resultados e/ou as metas desejadas. Mas, para que tudo isso aconteça, não podemos nos esquecer dos protagonistas desse processo: eles são muitos, diferentes, assumem diversos papéis, têm histórias, experiências, expectativas, interesses, necessidades diversas. E quem são esses protagonistas?
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