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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO E 
VIVÊNCIA PROFISSIONAL 
 
COMO ELABORAR O PROJETO? 
 
 
 
RESPEITE SEU COLEGA, O PROFESSOR E A TURMA. 
MANTENHA O SEU CELULAR DESLIGADO OU NO VIBRACALL 
E, SE PRECISAR ATENDER, FAÇA-O FORA DA SALA. 
OBRIGADO 
 
 
 
ANO: 2018.1 
 
 
 
Apostila baseada em material disponibilizado pelos professores Sylvio 
Alexandre e Antonio Mathias e orientações da coordenadoria do núcleo – 
professora Ana Shirley. 
 2 
 
SUMÁRIO 
I PROGRAMA DA DISCIPLINA 03 
II CONCEPÇÃO DO TCC 05 
III CARACTERÍSTICAS DA DISCIPLINA 05 
IV ROTEIRO DO PROJETO DE TCC 09 
V CONCEITUAÇÃO DOS TÓPICOS ADOTADOS NO ROTEIRO 10 
 1 TEMA 10 
 1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 11 
 1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA 13 
 1.3 OBJETIVOS 15 
 1.4 JUSTIFICATIVA / RELEVÂNCIA DO TEMA 18 
 2 METODOLOGIA 18 
 3 REFERENCIAL TEÓRICO 24 
 4 CRONOGRAMA 25 
 5 REFERÊNCIAS / BIBLIOGRAFIAS 27 
VI REFLEXÕES FINAIS SOBRE O TCC 28 
VII BIBLIOGRAFIA UTILIZADA 29 
ANEXOS: 
TERMO DE RESPONSABILIDADE 31 
LINHAS DE PESQUISA DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 32 
CONCEITO DE DISSERTAÇÃO (TEXTO) 33 
30 DICAS PARA ESCREVER BEM 35 
QUADRO DAS HABILIDADES COGNITIVAS 37 
 
“E é preciso ter presente que o conhecimento continua tendo sua 
tarefa de intencionalizar a realidade: ele é a única ferramenta de que 
dispomos para a construção do sentido de nossa ação ind ividual e 
coletiva.Mas o conhecimento só se sustenta se compreendido como 
processo de efetiva construção dos objetivos [...] (ensinar e 
aprender) significa conhecer; e conhecer, por sua vez, significa 
construir o objeto; mas construir o objeto significa pesquisar [...} 
Conhecer é uma prática humana – ainda que teórica - é prática 
simbolizadora que vamos desenvolvendo socialmente, na condição 
de sujeitos coletivos, integrantes de uma cultura”. Antonio Joaquim 
Severino, 1998 – (negrito nosso) 
 
 3 
I – PROGRAMA E PLANO DA DISCIPLINA 
EMENTA: 
Definição do tema e do problema de pesquisa de TCC. Levantamento de 
referencial teórico. 
 
OBJETIVOS: 
 Elaborar o projeto de pesquisa bibliográfica. 
 Colher subsídios para desenvolvimento de Trabalho de Conclusão do 
curso – TCC. 
 Efetuar revisão bibliográfica com referencial teórico pertinente à 
pesquisa desenvolvida. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
Unidade 1 – Projeto de TCC 
1.1 Concepção e processo de elaboração e apresentação de 
TCC; 
1.2 Modalidades de TCC: o Artigo, a Resenha, o Relatório de 
Campo e a análise e Diagnose empresarial; 
1.3 Componentes do projeto de TCC. 
 
Unidade 2 – Elaboração de projeto 
 2.1 Escolha do estudo e o problema de estudo; 
 2.2 Delimitação do estudo 
 2.3 Objetivos e Justificativas do Estudo; 
 2.4 Definições metodológicas 
 
Unidades 3 – Pesquisas bibliográficas, documentais e eletrônicas. 
 3.1 Revisão das técnicas de leitura e anotação; 
3.2 Orientação e acompanhamento do fichamento de obras 
relacionadas à pesquisa desenvolvida; 
3.3 Elaboração do projeto final, com ênfase na construção do 
Referencial Teórico, para o TCC; 
3.4 Normas de projeto de TCC do curso de Administração da 
UNESA 
 
Aula TÓPICO PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS SUGERIDOS 
HABILIDADES E 
COMPETÊNCIAS 
1º 
Concepção e processo de elaboração da Monografia: as qualidades que uma monografia dava ter; 
relacionar conteúdos de Métodos e Técnicas de pesquisa com a disciplina em questão; 
 
 
2º 
Componentes do Projeto: relacionar o estudo a ser planejado no projeto com o senso comum, a 
relevância do estudo para a sociedade, para uma coletividade, para as pessoas; 
 
3º 
Elaboração de projeto de pesquisa: a estrutura do Projeto, o tema de pesquisa e as linhas de pesquisa 
do Curso de Administração; 
 
4º 
Escolha do estudo e o Problema de Estudo: teorização sobre o Problema de pesquisa, exemplificações de 
Problemas – contextualizar o problema, a fim de gerar a apresentação do problema de pesquisa do 
Projeto; 
 
5º Formulação do Problema, produzidos pelos alunos e análise das propostas produzidas, em classe; 
6º Delimitação do estudo: conceituar delimitação de problema e exemplificar sua realização. 
7º Produção de delimitações para os problemas propostos pelos alunos e análise dos mesmos; 
8º 
Teorização de Objetivos Gerais e Específicos de pesquisa e mostrar na prática como se organizam; 
verbos impessoais e concretos na montagem dos Objetivos. 
 
9º Formulação de objetivos pelos alunos para o seu projeto de pesquisa; 
10º Justificativas da pesquisa: o que são e como se elaboram; (entrega de parte do projeto de Monografia) 
11º Produção de justificativas pelos alunos para o projeto de pesquisa; 
12º 
Definições metodológicas e suas técnicas de alcance: tipo de pesquisa, método e técnica. 
Escolha metodológica e da técnica a serem utilizadas na pesquisa dos alunos; 
Texto: Gil, Antonio Carlos,. Como classificar as pesquisas? 
In:__________Como elaborar Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1997. 
cap4. (Sugere-se como leitura complementar Lakatos, como texto sobre 
Técnicas de Pesquisa.) 
 
13º Entrega de parte do projeto elaborado até Metodologia; 
14º 
Revisão de literatura: recomenda-se a montagem de questões de estudo logicamente organizadas, que 
respondam aos objetivos a serem alcançados; 
Solicitar aos alunos empreender esforços na busca de fontes e material 
variado para responder às questões de estudo; 
 
15º 
Organização de material coletado pelos alunos e orientação da pesquisa bibliográfica e 
documental; 
 
16º Pesquisa bibliográfica: Revisão das técnicas de leitura e anotação; 
17º Orientação e acompanhamento do fichamento de obras relacionadas à pesquisa desenvolvida; 
Leitura orientada. Texto: Normas de monografia. Prof. Antonio Viana Matias 
– versão 2002.2. 
 
18º Normas de monografia do Curso de Administração da UNESA; Exemplos de TCC (aula na biblioteca) 
19º Apresentação de Projeto de TCC1, com ênfase no referencial teórico e entrega. 
20º Apresentação de Projeto de TCC1, com ênfase no referencial teórico e entrega. 
 
O professor deverá exigir, em data de AV1, o 
Projeto de TCC pronto. Em AVII, o referencial 
teórico pesquisado e organizado, com vistas ao 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC2 
Obs: O projeto de TCC deve conter as partes 
necessárias ao desenvolvimento do trabalho 
futuro. 
OBS: Usar as Normas de Elaboração de Projeto 
de TCC, produzida e atualizada pelos Profs. Sylvio 
Alexandre e Antonio Matias (livro da bibliografia 
básica) 
Realizar o acompanhamento do trabalho do aluno, 
por meio do Relatório de Acompanhamento de 
TCC1 – cada aluno deverá ter o seu. 
 
 5 
 
II - CONCEPÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
– TCC. 
O trabalho científico difere das demais tarefas escolares, entre outros 
aspectos, por apoiar-se em métodos e técnicas escolhidos previamente, ou 
seja, selecionados antes da realização do estudo desejado – no caso, o TCC. 
O trabalho científico, invariavelmente, desenvolve-se através de uma 
pesquisa que, por tratar-se de procedimento formal e sistemático, requer que 
sejam planejadas as ações que se fazem necessárias à realização. 
Neste sentido, é Gil (1996, p.21) quem afirma: “concebe-se 
planejamento como a primeira fase da pesquisa”. 
Para Severino (2000, p.159) a necessidade do projeto de pesquisa, além 
de “orientar o caminho a ser seguido, explicita as etapas a serem alcançadas, 
os instrumentos e estratégias a serem usados”. 
Tais premissas justificariam a importância do projeto comoetapa 
antecipatória, de caráter obrigatório, este necessário para a conclusão do curso 
de graduação. 
Se for verdade que durante esse processo o aluno contará com a 
orientação de um professor – quase sempre de sua escolha – também é 
verdadeiro o fato de que, como autor, tem responsabilidade direta com o 
aspecto da cientificidade de seu conteúdo – da capa ao conjunto de anexos e 
apêndice que se fizeram necessário. Evidencia-se, portanto, a necessidade de 
ser precedido por um projeto, cuja relevância científica e social será critério 
básico para sua aprovação. 
 
III – CARACTERÍSTICAS DA DISCIPLINA 
3.1 METODOLOGIA DO TCC. 
 
As aulas serão ministradas por meio da formação de grupos de estudo, 
em que os alunos se engajem, por meio da afinidade temática da linha de 
pesquisa do Curso em integração com o Mestrado (anexo linhas de pesquisa 
da UNESA), criando assim uma interação saudável e uma troca, até mesmo, 
de experiências pessoais e de conhecimentos. 
 6 
Por sua vez, o professor terá a possibilidade de orientar os grupos de 
forma mais eficaz, pois a base teórica dos grupos será a mesma. A ênfase na 
produção do Projeto de TCC (AVI) e na produção de referencial teórico (AVII), 
com a tutoria docente, nos grupos temáticos. O produto final deste projeto, em 
TCC, será um Artigo. O aluno será avaliado progressivamente pelo 
cumprimento das etapas de elaboração das atividades de TCC. 
O Critério de APROVAÇÃO NA DISCIPLINA estabelece que na semana 
de provas de AVI, no dia da disciplina TCC, o aluno deverá apresentar, 
DIGITADO, o seu projeto, com as seguintes etapas: 
 Definição de Tema; 
 Definição do Problema e sua Delimitação; 
 Objetivos (Geral / Final e Específicos / Intermediários); 
 Justificativa / Relevância; 
 Metodologia, 
Para AVII, o aluno deverá apresentar DIGITADO, dentro das respectivas 
normas (capa, contracapa, folha de rosto, sumário, etc.), o projeto completo 
que consiste na primeira etapa (anterior) mais a seguinte etapa: 
 Referencial Teórico – construção da revisão de literatura do TCC 
– devidamente consubstanciado; 
 Cronograma; 
 Referências / Bibliografia. 
 Entrega do “TERMO DE RESPONSABILIDADE” devidamente 
preenchido e assinado, onde o aluno assume toda e qualquer 
responsabilidade civil e criminal por eventual uso de material não 
autorizado (cópia) e/ou que não esteja referenciado conforme as 
normas da ABNT/UNESA. 
Ressalta-se em cada etapa o aluno fará apresentação oral do seu 
projeto para os demais alunos da classe. 
Esta disciplina atribuirá nota 6,0 (seis), APROVADO OU inferior a 6,0 
(seis) REPROVADO, em função do atendimento, ou não, aos requisitos 
básicos, relacionados a seguir, entregues dentro dos prazos e normas 
estabelecidos e obedecendo ao limite de faltas estipulado. 
 
 7 
Quanto a Nota: 
Ratifica-se que ao realizar as atividades acima descritas o aluno obterá 
aprovação com grau 6,0 (seis), a variação da nota de 6,0 (seis) até 10,0 (dez) 
dar-se-á pelo desempenho do aluno na realização das mesmas e será medida 
pelo Professor nos seguintes aspectos: 
 Cumprimento dos prazos de entrega; 
 Qualidade do material entregue: apresentação geral, Língua Portuguesa, 
utilização correta das normas de trabalho de conclusão de curso; 
 Abordagem da metodologia, coerência com o problema e adequação do 
ferramental proposto 
 Criatividade do Tema / assunto / problema escolhido e a diversidade de 
autores e clareza, pertinência e coerência no desenvolvimento do 
referencial teórico; 
 Desenvoltura nas apresentações individuais; 
 
 8 
 
3.2 - QUALIDADES IMPRESCINDÍVEIS DO TTC 
 
• Tema Relevante e Inovador; 
• Vínculo com as áreas de pesquisa do Curso; 
• Clareza na exposição do tema, do problema e de sua delimitação; 
• Texto construído, segundo a metodologia científica, usando referencial teórico 
aprofundado e atualizado; 
• Atualização no Tema e na Argumentação; 
• Estruturação Lógica do Texto: início, meio e fim; 
• Texto em acordo com as Normas da ABNT; 
• Texto com correção lógica e gramatical; 
• Linguagem adequada ao contexto científico - acadêmico. 
 
É importante que o seu TCC possa contribuir com a sua formação 
acadêmica e a Academia, com a administração, as empresa e a comunidade / 
sociedade em geral. 
 9 
 
IV - ROTEIRO DO PROJETO DE TCC 
Vários são os modelos encontrados na literatura disponível. Entretanto 
embora difiram em forma, são esses mesmo autores que destacam como 
tópicos imprescindíveis à realização de uma pesquisa, o problema (ou seja, o 
tema escolhido apresentado de forma problematizada como questão a ser 
estudada), os objetivos apreendidos pelo estudo e, enquanto concedido como 
trabalho científico, os procedimentos metodológicos. 
No âmbito do curso de graduação será adotado, obrigatoriamente, o 
seguinte 
ROTEIRO PARA O PROJETO DE TCC. 
 
1. TEMA 
1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
1.2. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA 
1.3. OBJETIVOS 
1.3.1. Objetivo Geral / Final 
1.3.2. Objetivos Específicos / Intermediários 
1.4. JUSTIFICATIVA / RELEVÂNCIA. 
 
2. METODOLOGIA 
2.1. MODELO DE ESTUDO 
2.2. AMOSTRA 
2.3. INSTRUMENTOS 
2.4. Por isso, o “reconhecimento” é altamente motivador COLETA DE DADOS 
2.5. TRATAMENTO DE DADOS (a ser entregue até AV1) 
 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO (a ser Construído até AV2) 
 
4. CRONOGRAMA 
5. REFERÊNCIAS 
 10 
V - CONCEITUAÇÃO DOS TÓPICOS ADOTADOS NO ROTEIRO 
 
OBS: A leitura desse tópico é básica e imprescindível para a elaboração 
do seu projeto, dentro das normas e conceitos do trabalho de conclusão 
de curso estipulado pela UNESA. Nesse item, passo a passo, são 
fornecidas informações importantes para que você possa fazer seu TCC1. 
Obviamente, outras leituras complementares serão necessárias em 
função das necessidades específicas de seu trabalho, veja a bibliografia 
recomendada no final dessa apostila. Boa leitura! 
 
1. TEMA 
 Segundo Matias (2005, p 51), 
“Esse é um momento que, se não for encarado pelo aluno como 
um processo de busca, pode até transformar-se em fator de 
desestimulo para o estudo. Entretanto, se houver interesse, 
garra e desejo de estudar, da parte do aluno, sem dúvida se 
transformará em etapa significativa na sua qualificação 
profissional, certamente, uma gostosa experiência acadêmica. 
Interesse pessoal / profissional em relação a determinado tema 
em voga naquele momento; curiosidade sobre questão até 
mesmo já discutida em sala de aula, porém sem a profundidade 
com que gostaria de abordar; tema de palestra, vídeo, aula que 
serviu para deixar marcados alguns questionamentos ainda não 
respondidos devidamente; resultado de leituras já realizadas e 
que suscitaram mais dúvidas do que respostas”. 
 
 A busca e definição do tema, que será o objeto de estudo, têm que ser 
permeada de uma série de indagações e preocupações do discente no sentido 
de buscar um tema que seja motivador, instigante, e ao mesmo tempo 
exeqüível, dentro dos parâmetros impostos por sua vida profissional, pessoal e 
acadêmica. 
Sabe-se que a amplitude da área de Administração abre a possibilidade 
de diversas alternativas para a escolha de temas interessantes e desafiadores 
e muitas vezes essa diversidade torna-se numa dificuldade para a escolha do 
aluno. 
Sugere-se a busca de um tema que seja do interesse e gosto do 
discente e que ao mesmo tempo em que ele possua condições de obter 
informações com certa facilidade, tipo: trabalha na área ou possui parente ou 
 11 
amigo próximo que possa fornecer dados; já leu ou estagiou; tem facilidade ou 
disponibilidade para obtenção de material para leitura;conhecimento sobre o 
tema; relevância do tema para o estudante, a instituição, a empresa e a 
sociedade; adequação ao tempo do estágio (ou emprego) e o custo; dentre 
outros. 
Matias (2005, p. 52), sugere que você: 
 “Dê margens à intuição. Busque leituras a respeito do tema que 
quase sempre surge de uma maneira ampla demais para ser 
abordado cientificamente; é nesse momento que uma conversa 
bem informal com o(s) professor (es) que mais lhe despertou 
(ram) a curiosidade acadêmica pode transformar-se em um fator 
de relevante auxílio, para definição do tema a ser desenvolvido”. 
 
Outra opção é valorizar o cotidiano – eis uma recomendação 
referendada por Thompson (1991, p.14), para quem, “é aproveitando cada 
exigência imposta pela vida no dia a dia que se logra sedimentar cultura 
sólida”. 
No final da apostila está anexada a “LINHA DE PESQUISA DO CURSO 
DE ADMINISTRAÇÃO”, que demonstram as diversas opções de estudo dentre 
as quais o aluno poderá escolher. 
Agora o mais importante: acredite em você e na sua capacidade de 
superar obstáculos e vencer desafios 
 
 
1.1 - DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
A pesquisa é procedimento científico, ou seja, apoiado no método 
científico, e que representa busca de resposta para um ou mais problemas 
levantados. 
Segundo Gil (1996), “um problema é de natureza científica quando 
envolve variáveis que sejam tidas como testáveis”. 
O problema escolhido é apresentado de forma interrogativa e representa 
a questão que o pesquisador pretende esclarecer a respeito do tema escolhido. 
É Vergara (2000, p.21) quem alerta para o fato de que “problemas 
formulados de maneira inadequada podem colocar por terra todo um trabalho”. 
 12 
 
Ou seja: a razão da pesquisa representa o resultado pretendido como 
resposta ao problema levantando e este como tal, deve ser formulado de forma 
clara e objetiva. 
As vantagens advindas da formulação adequada de um problema (ou 
questão de estudo) de pesquisa são invariavelmente encontradas na literatura 
especializada. 
Cervo e Bervian (1996, p.60), por exemplo, descrevem como vantagens: 
“1) Delimita com exatidão qual tipo de resposta deve ser 
procurado; 
2) Leva o pesquisador a uma reflexão benéfica e proveitosa 
sobre o assunto; 
3) Fixa, freqüentemente, roteiros para o início do levantamento 
bibliográfico e da coleta de dados; 
4) Auxilia, na prática, a escolha de cabeçalhos para o sistema de 
tomada de apontamentos; 
5) Discrimina com precisão os apontamentos que serão 
tomados, isto é, todos e tão somente aqueles que respondem às 
perguntas formuladas”. 
 
Ou seja: um problema bem formulado transforma-se em bússola para o 
trabalho de conclusão de curso pretendido, oferecendo condições de 
racionalização e conseqüente melhor aproveitamento de tempo e de material 
para as leituras (antecipatórias e as de rotina). 
Ressalta-se que, para Severino (1998, p75), a condição determinante 
para que o seu projeto possa ser desenvolvido adequadamente é que: 
“antes da elaboração do trabalho, é preciso ter idéia clara do 
problema a ser resolvido, da dúvida a ser superado. Exige-se 
consciência da problemática específica relacionada com o tema 
abordado de determinada perspectiva, cuja natureza 
especificará o tipo e o método de pesquisa e de reflexão a serem 
utilizados no decorrer do trabalho”. 
 
 O problema ou objeto de estudo, no entendimento de Diehl (2004, p92), 
“do ponto de vista prático, geralmente é colocado em forma de 
pergunta....a clareza e a precisão nesse primeiro instante 
decorrem de uma relação dialética entre o esforço de 
estabelecer marcos conceituais os mais amplos e abrangentes 
possíveis e de articula-los à prática – ou seja, de vinculá-los aos 
interesses e problemas que estão mobilizando a escolha do 
tema”. 
 13 
Kerlinger (1980) afirma que existem três critérios que podem auxiliar a 
entender e elaborar melhor os problemas de pesquisa. 
 O problema deve expressar as relações entre duas ou mais variáveis; 
 Deve estar apresentado de forma interrogativa. A interrogação tem a 
virtude de apresentar o problema diretamente; 
 Exige que o problema seja tal que implique possibilidades de testagem 
empírica, isto é, de obtenção de evidência real sobre a relação 
apresentada no problema é, por isso, o critério mais complexo. 
 
 Ressalta-se que você está elaborando um problema de estudo e não 
apenas uma pergunta ou um simples questionamento, logo sua problemática 
deverá ser capaz de desencadear um estudo científico que venha a respondê-
la cientificamente, por meio de pesquisas acadêmicas. Não há espaço para o 
senso comum. 
 Lembre-se, como diz o comercial de TV: “O QUE MUDA O MUNDO 
NÃO SÃO AS RESPOSTAS E SIM AS PERGUNTAS”. Então, faça a sua, 
coloque para fora “sua angústia”, aquilo que você quer saber. 
 
1.2 - DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA 
Delimitar significa fixar os limites de demarcar, circunscrever, restringir, 
limitar, delimitar um assunto, focar, 
Exatamente com essa idéia final é que esse item é encontrado na 
maioria dos roteiros de projeto de pesquisa. 
De acordo com documento publicado pela Universidade Estácio de Sá 
(2000, p.5), em termos metodológicos delimitar significa “explicar o que será 
objeto de estudo, o que será abordado e porquê”. 
A delimitação é regida de modo a fixar a abrangência do estudo quanto 
ao tempo e ao local das fontes de consultas. 
Para Vergara (2000, p.30) a delimitação do estudo “refere-se à moldura 
que o autor coloca em seu estudo”. 
É com delimitação adequada do tema a ser investigada que o autor 
(pesquisador) descreve seu cuidado com a utilização do método científico, 
base indispensável para qualquer trabalho acadêmico. 
Veja alguns exemplos oferecidos por alunos do curso de Administração 
da UNESA em seus projetos apresentados: 
 14 
 
(1)  O estudo terá como objetivo a análise de fatores de natureza 
administrativa que colaboram para o sucesso de micro e de pequenas 
empresas, e absorverá, através de relatos de experiências, 
organizações localizadas na cidade do Rio de Janeiro e que tenham 
alcançado sucesso em suas empreitadas. 
(2)  O tema será desenvolvido tendo como foco empresas do ramo de 
varejo de pequeno e médio porte no Brasil. Será objeto de estudo a 
vantagem que podem ser obtidas através do uso do Supply Chain 
Management (SCM) como forma de melhorar a qualidade da gestão em 
cadeia de suprimentos e de distribuição, através da logística com os 
estoques existentes. 
A delimitação do problema é uma etapa crucial para a elaboração do 
trabalho. No entendimento de Diehl (2004 p.91) o projeto 
“deve ser delimitado a fim de que a realização do trabalho se 
torne possível. Delimitar significa selecionar os aspectos 
essenciais a serem abordados. Responde, juntamente com o 
problema, à pergunta: „o quê‟. É uma das etapas mais difíceis, 
porque exige conhecimento, maturidade e tomada de decisão.... 
Tal delimitação exige que o aluno faça uma exploração das 
condições e da bibliografia, que fornecerá subsídios para a 
avaliação da sua viabilidade e para a verificação, inclusive, do 
acesso a fontes confiáveis.” 
Segundo Marconi e Lakatos (1996), delimitar a pesquisa é estabelecer 
limites para a investigação. A pesquisa poder ser limitada em relação: 
 ao assunto: com a seleção de um tópico, a fim de impedir que este se 
torne ou muito extenso ou muito complexo; 
 à extensão: nem sempre se pode abranger todo o âmbito em que o fato 
se desenrola; 
 a uma série de fatores: meios humanos, econômicos e de exigibilidade 
de prazo, os quais podem restringir seu campo de ação. 
A delimitação do problema, na visão de Eco (2005), é um “princípio 
fundamental: quanto mais se restringe o campo, melhore com mais segurança 
se trabalha”. 
 15 
 
1.3. OBJETIVOS 
São ações que se fazem necessárias para que o resultado do estudo 
represente pelo menos uma das respostas possíveis para o problema 
levantado. 
E nessa etapa do projeto, segundo Alves (2007), que se responde ao 
que se quer saber sobre o assunto escolhido. Para que saber? Que dados 
investigar? Que recursos se irão utilizar para colher os dados? Nesse momento 
se indica o que se pretende com o desenvolvimento da pesquisa e quais os 
resultados que se procura alcançar. 
Segundo Cervo e Bervian (1996, p.65) “os objetivos que se têm em vista 
definem, muitas vezes, a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser 
selecionado, o material a coletar...”. 
Para Matias (2005) “o texto produzido deve responder a pergunta: para 
que o estudo? É redigido iniciando-se com verbos no infinitivo.”. 
 No entendimento de Alves (2007), os objetivos devem atender as 
seguintes funções: 
 Esclarecer o desempenho visado; 
 Guiar a solução e organização dos conteúdos; 
 Orientar a seleção e a organização dos procedimentos; 
 Guiar a seleção dos recursos; 
 Permitir maior precisão na avaliação dos resultados; 
 Comunicar o que se espera alcançar. 
 
É importante lembrar que, segundo a autora, num projeto deve-se 
formular somente um objetivo geral (escrito a partir do que se define no 
problema) que expresse a natureza da investigação. Os objetivos específicos 
definirão os fins da investigação, para nortear os passos (ações) a serem 
efetivadas e deverão atender ao que foi proposto no objetivos geral, e 
conseqüentemente, ao problema formulado. 
 16 
 
1.3.1 – Objetivo Geral / Final 
O objetivo geral ou final “é um resultado a alcançar. O objetivo final, se 
alcançado, dá resposta ao problema” (Vergara, 2000, p.25). 
“O objetivo geral deve ser amplo e passível de ser desmembrado em 
objetivos específicos (Diehl, 2004, p. 97)”. 
Os verbos que admitem interpretações amplas, segundo Alves (2007), 
devem ser usados na elaboração do objetivo geral e a autora exemplifica os 
seguintes verbos: adquirir, desenvolver, raciocinar, saber, aperfeiçoar, 
entender, apreciar, aprender, julgar, compreender, conhecer, melhorar, dentre 
outros. 
Na visão de Diehl (2004. p 97), o objetivo geral “determina o que se 
pretende realizar para obter resposta ao problema proposto, de um ponto de 
vista geral”. O autor exemplifica com os verbos: avaliar, analisar, investigar, etc. 
 
1.3.2 – Objetivos Específicos / Intermediários 
Os objetivos específicos ou intermediários traçam os caminhos a serem 
trilhados para se alcançar o objetivo geral. São os passos que terão que ser 
seguidos para que se possa responder a problemática proposta no projeto 
monográfico. 
“São objetivos intermediários e instrumentais que, num âmbito mais 
concreto, permitem atingir o objetivo geral. Os verbos devem ser de caráter 
operacional (Diehl, 2004, p.97)”. 
Os verbos que admitem poucas interpretações, segundo Alves (2007), 
devem ser usados na formulação dos objetivos específicos e a autora 
exemplifica os seguintes verbos: aplicar, apontar, assinalar, distinguir, numerar, 
identificar, contextualizar, investigar, marcar, classificar, escrever, comparar, 
conceituar, contrastar, demonstrar, relacionar, exemplificar, listar, propor, 
traduzir, entre outros. 
Para Diehl (2004. p 97), os objetivos específicos “determinam os 
aspectos a serem estudados, necessários ao alcance do objetivo geral”. São 
esses objetivos que, num âmbito mais concreto, permitem atingir o objetivo 
geral. Os verbos devem ser de caráter operacional tais como: identificar, medir, 
verificar. 
 17 
 
Eis alguns objetivos encontrados nos projetos de TCC de alunos da 
UNESA (evidente que esses objetivos foram elaborados a partir do problema – 
ou das questões de estudo, propostos). 
 
(1) * Geral 
Demonstrar a importância da utilização do Supply Chain Management 
para o sucesso organizacional em termos de integração e de 
implementação de processos de abastecimento e de distribuição. 
* Específicos 
Conceituar e caracterizar Supply Chain Management. 
Descrever os objetivos principais do SCM, analisando vantagens 
cuidadas e possíveis riscos de implementação. 
Apontar as vantagens competitivas que podem ser agregadas à 
empresa que venham utilizar o SCM. 
Relatar experiências empresariais que apontem fatores de sucesso face 
ao uso adequado do SCM 
 
(2) * Geral 
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos administradores, 
afim de que estes possam apresentar melhor desempenho em suas 
atividades profissionais e pessoais. 
Analisar a PNL – Programação Neurolingüística, como ferramenta eficaz 
que pode auxiliar na busca de uma melhor qualidade de vida das 
pessoas, em especial face à necessidade da comunicação. 
* Específicos 
Analisar a importância da comunicação empresarial. 
Estudar a concepção da PNL utilizadas em administração analisando 
características e procedimentos necessários à sua implementação. 
Apontar e descrever a relação entre qualidade de vida no trabalho e a 
utilização da PNL. 
 18 
 
1.4. JUSTIFICATIVA / RELEVÂNCIA 
É o item do roteiro responsável em indicar a importância científica e 
social do estudo. Demonstra, portanto, sua relevância social. 
Entre outros itens deve apresentar o estágio de conhecimento do tema 
escolhido (estado da arte), o alcance que o pesquisador pretende atribuir ao 
seu trabalho monográfico e as vantagens oriundas das respostas alcançadas. 
Para Vergara (2000, p.32) é o momento do projeto em que seu autor 
oferece resposta para a seguinte questão levantada pelos leitores de seu 
estudo: “em que o estudo é importante para área na qual você está atuando ou 
na área na qual busca formação acadêmica, ou para a sociedade, em regra 
geral?”. 
É o item responsável pelo convencimento de que, a respeito do tema 
selecionado, existe ainda aquela dúvida (problema apresentado) e que será de 
relevância científica esclarecê-la naquele momento. 
 
 
2 – METODOLOGIA 
 
O TCC é um dos trabalhos científicos entre tantos outros. 
Como tal traz como características básicas: precisão quanto aos dados 
levantados, exatidão na elaboração das análises das conclusões e das 
recomendações oferecidas. 
Os aspectos metodológicos são de vital importância para o sucesso de 
seu trabalho, por isso, você teve – logo no início do Curso de Administração – 
disciplina específica em que aprendeu sobre metodologia científica, é hora de 
utilizar esse conhecimento. 
No documento anteriormente citado da Universidade Estácio de Sá 
(2000, p.6), consta que este item serve para “explicar os caminhos possíveis 
para o desenvolvimento da pesquisa, a determinação de instrumentos, a coleta 
e a analise dos dados”. 
Segundo Gil (1996) toda pesquisa cumpre uma finalidade, necessita de 
um modelo de estudo para ser executada com cientificidade e requer que os 
dados coletados sejam abordados tecnicamente de maneira correta. 
 19 
 
E ainda desse autor a sugestão de que esse item do projeto de pesquisa 
esteja explicitado o modelo de estudo e, na dependência deste, a extensão e 
os elementos que constituem a amostra; os instrumentos a serem aplicados; a 
forma com que se processará a coleta e a análise dos dados. 
Segundo Vergara (2000, p.45), considerando o problema levantado 
neste projeto, o estudo será conduzido como pesquisa descritiva, já que neste 
modelo busca-se expor: 
(...) características de determinada população ou de determinado 
fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis 
e definir a sua natureza. Não tem compromisso de explicar os 
fenômenosque descreve, embora sirva de base para tal 
explicação. 
 
Ainda como base na taxionomia adotada pela referida autora, e levando-
se em consideração os meios necessários para solução do problema 
levantado, a pesquisa será do tipo bibliográfica, pois neste tipo de investigação 
científica ocorre que 
“(...) o estudo é sistematizado e desenvolvido como base em 
material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, 
isto é, material acessível ao público geral. Fornece instrumental 
analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também 
pode esgotar-se em si mesma. O material publicado pode ser 
fonte primaria e secundária. (VERGARA, p.46)...”. 
 
 A metodologia, no entendimento de Alves (2007, p.61), é o instrumento 
que permite a “especificação dos caminhos a serem adotados que se torna 
possível delimitar a criatividade e definir o como, onde, com quem, com que, 
quanto e de que maneira se pretende captar a realidade e seus fenômenos”. 
 Dependo do tipo de problemática que você escolheu o seu método de 
pesquisa já foi delineado e poderá exigir a sistemática a seguir. Sugere-se que 
o discente leia: 
 capítulo 4 e 5 do livro da Vergara; 
 capítulo 4 do livro do Diehl; 
 páginas de 29 a 50 do livro do Matias. 
 Esses autores e outros que estão relacionados na bibliografia 
recomendada detalham informações a respeito do processo de escolha da 
metodologia de pesquisa que melhor atende ao seu projeto. 
 20 
 
2.1 MODELO DE ESTUDO 
Nesse item você irá definir e dizer o modelo que será utilizado em seu 
trabalho, isto é, o tipo de pesquisa que você efetivará para buscar as respostas 
ao seu trabalho. Vergara (2000, p 46), propõe dois critérios básicos: 
 quanto aos fins: a) exploratória; b) descritiva; c) explicativa; d) 
metodológica; e) aplicada; f) intervencionista. 
 quanto aos meios: a) pesquisa de campo; b) pesquisa de laboratório; c) 
documental; d) bibliográfica; e) experimental; f) ex post facto; g) 
participante; h) pesquisa-ação; i) estudo de caso. 
Em função da problemática que você elaborou e dos objetivos que você 
deseja alcançar escolha a metodologia adequada, defina como ela funciona e 
faça um link com o seu trabalho. 
 Para Alves (2007) o método de abordagem da pesquisa pode ser 
indutivo, dedutivo, hipotético–dedutivo e/ou dialético, em função dos diferentes 
procedimento que o pesquisador adote. 
 Diehl (2004, p.49) define as básicas lógicas desses métodos de 
investigação baseado em Silva e Menezes (2000), que inclui o fenomenológico. 
a) Método dedutivo – proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e 
Leibnitz, pressupõe que só a razão pode levar ao conhecimento 
verdadeiro. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem 
descendente, da análise do geral para o particular, chega a uma 
conclusão... se as premissas são verdadeiras, a conclusão é 
necessariamente verdadeira. Os principais instrumento de dedução são 
os teoremas, as definições, os axiomas e os princípios. 
b) Método indutivo – proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e 
Hume, considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, 
sem levar em conta princípios preestabelecidos, No raciocínio indutivo, a 
generalização deriva de observações de casos na realidade concreta. 
As constatações particulares conduzem à elaboração de 
generalizações.... Nesse caso a verdade das premissas não basta para 
garantir a verdade da conclusão: como o conteúdo desta excede o das 
premissas, só se pode afirmar que, sendo verdadeiras as premissas, a 
conclusão será provavelmente verdadeira. 
 21 
 
c) Método hipotético-dedutivo – proposto por Popper, consiste na adoção 
da seguinte linha de raciocínio: quando os conhecimentos disponíveis 
sob re um determinado assunto são insuficientes para a explicação de 
um fenômeno, surge o problema, Para tentar explicar as dificuldades 
expressas no problema são formuladas conjeturas ou hipóteses, Das 
hipóteses formuladas deduzem-se conseqüências que deverão ser 
testadas ou falseadas. Falsear significa „tornar falsas as conseqüências 
deduzidas das hipóteses‟. 
d) Método dialético – proposto por Hegel, em que as contradições 
transcendem, dando origem a novas contradições, que passam a 
requerer solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante 
da realidade. Os fatos não podem ser tomados fora de um contexto 
social, político, econômico. É empregado em pesquisa qualitativa. 
e) Método fenomenológico – proposto por Husserl, não é dedutivo nem 
indutivo. Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como 
ela é. A realidade, construída socialmente, é entendida como o 
compreendido, o interpretado, o comunicado. Assim, ela é única: 
existem tantas quantas forem duas interpretações e comunicações, e o 
sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo de construção 
do conhecimento. É empregado em pesquisa qualitativa. 
Para que a abordagem metodológica seja correta, segundo Diehl (2004), 
duas estratégias de aplicabilidade da pesquisa não podem ser negligenciadas: 
a) Pesquisa quantitativa – caracterizada pela quantificação (mensuração) 
tanto na coleta quanto no tratamento das informações por meio de 
técnicas estatísticas (percentual, média, desvio-padrão, coeficiente de 
correlação, etc), com o objetivo de garantir resultados e evitar distorções 
de análise e de interpretação, possibilitando uma margem de segurança 
maior quanto às inferências. 
b) Pesquisa qualitativa – descrevem a complexidade de determinado 
problema e a interação de certas variáveis, compreender e classificar os 
processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo 
de mudança de um grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, 
o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos. 
 22 
 
2.2 AMOSTRA 
É a definição, segundo Vergara (2000) da população amostral, isto é, o 
conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, etc) que possuem as 
características que serão utilizadas no seu objeto de estudo. É uma parte do 
universo (população) escolhida para sua análise em função de critério de 
representatividade. 
 A amostra pode ser probabilística – baseada em procedimentos 
estatísticos: (a) aleatória; b) estratificada; c) por conglomerados; e não 
probabilística – definida em função de: d) por acessibilidade; e) por tipicidade. 
O seu problema e suas delimitações é que oferecerão base para a escolha da 
melhor alternativa. 
 
2.3 INSTRUMENTOS 
São os instrumentos que você irá utilizar para colher os dados que 
necessita, pode-se destacar: a elaboração de entrevistas estruturadas, 
questionários, formulários; observação direta, pesquisa na internet, etc. Defina-
os, diga o por que e como eles irão contribuir para o resultado de seu trabalho. 
 
2.4 COLETA DE DADOS 
Para a coleta de dados existem diversos instrumentos, segundo Diehl 
(2004), as técnicas devem ser escolhidas e aplicadas pelo pesquisador 
conforme o contexto da pesquisa. As informações, preferencialmente, devem 
ser obtidas por meio de pessoas consideradas fontes primárias. 
As principais técnicas de coleta são a entrevista, o questionário, o 
formulário e a observação. Também é possível utilizar dados existentes em 
arquivos, bancos de dados, índices ou relatórios e fones bibliográficas, que são 
chamados de fontes secundárias. 
 
2.5 TRATAMENTO DE DADOS 
 Nesse item você irá explicitar, segundo Vergara (2000), como pretende 
fazer o tratamento dos dados levantados em sua pesquisa, justificando o por 
que do tratamento escolhido. É imprescindível que se faça uma correlação 
entre os objetivos específicos e a forma que escolheu para tratá-los. 
 23 
3- REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Sem leituras preliminares, inicialmente despretensiosas, relacionadas 
com o conhecimento contemporâneo, não há a menor possibilidade de escolha 
de um bom tema para o Trabalho de Conclusão de Curso, 1 e 2. 
O que pode aparecer, “uma tarde de leituras perdidas” sem dúvida terá 
sido um momento expressivo de amadurecimento acadêmico a respeito de 
algumas dúvidas iniciais e que servirão provavelmente como fontes do tema a 
ser desenvolvido no TCC 1 e 2. 
No corpo do projeto de TCC, esse item é responsável por apontar a 
revisão da literatura existente, realizada de forma preliminar pelo autor, 
oferecendo, segundo Vergara (2000, p.35) entre outros aspectos 
“contextualização e consistência à investigação”. 
Também contribui para: 
“a – permitir que o autor tenha maior clareza na formulação do problema de 
pesquisa”; 
“c – sinalizar para o método mais adequado à solução do problema”. 
 
É nesse item do projeto que o autor irá fixar conceitos a respeito das 
variáveis estudadas e até mesmo estabelecer as categorias com que pretende 
lidar com o material a ser coletado. 
Um deles diz que: 
“A programação neurolingüística é a arte e a ciência da 
excelência, ou seja, das qualidades pessoais. È arte porque 
cada pessoa imprime sua personalidade e seu estilo àquilo que 
faz algo que jamais pode ser apreendido através de palavras ou 
técnicas. E é ciência porque utiliza um método e um processo 
para determinar os padrões que as pessoas usam para obter 
resultados excepcionais naquilo que fazem. Este processo 
chama-se modelagem, e os padrões, habilidades e técnicas 
descobertas através dele estão sendo cada vez mais usados em 
terapia, no campo educacional e profissional, para criar um nível 
de comunicação mais eficaz, um melhor desenvolvimento 
pessoal e uma aprendizagem mais rápida” 
A programação neurolingüística busca modelar qualidade 
pessoal excelentes, a fim de que a partir desses modelos, possa 
desenvolver mecanismos e ferramentas eficazes para que outras 
pessoas, quando fizerem, possam obter uma melhor qualidade 
de vida. 
 24 
 
Algumas formas de apresentar o referencial teórico utilizando citações: 
Segundo Campos (1990, p.78) 
“transações de importações quando visam à compra pelo país 
importador de mercadorias dos países exportadores. Tem como 
contrapartida a denominação de transações de exportação a 
venda de mercadorias pelo país exportador ao país importador 
Ainda o este autor quem alerta para o fato de hoje em dia, as 
atividades que se referem ao comércio internacional sofrem 
influência de uma série de medidas, algumas propiciadoras e 
outras limitadoras de seu mecanismo e que causam o equilíbrio 
ou o desequilíbrio das relações comerciais que compõem a 
comunidade universal”. 
 
Guidolin (1991, p.65) diz: 
“as políticas de governo tem como objetivo: evitar os 
desequilíbrios do balanço de pagamentos; evitar a fuga de 
capitais, proteger a indústria nacional; política monetária, 
visando a manter o pleno emprego e manter taxa de cambio 
estável”. 
 
Oliveira (1992, p.67) 
“explica que no mundo atual o que está se vendo é uma 
incessante busca aos investimentos, com vários países, e até 
regiões inteiras, concedendo cada vez mais vantagens para 
merecer a escolha de capitais do exterior...” 
 
4 - CRONOGRAMA 
O estabelecimento da relação ação x tempo é um dos ingredientes 
considerados na análise do planejamento, e, quando adequadamente 
apresentado, é fonte reveladora de qualidade para o trabalho como um todo. 
Para Gil (1996, p.148) “o projeto deve esclarecer acerca do tempo 
necessário ao desenvolvimento da pesquisa. Convém que seja indicado o 
tempo correspondente a cada uma das fases da pesquisa.” 
Sendo a pesquisa procedimento racional e sistemático, nada mais 
correto, no anuncio da intenção em realizá-la, do que estabelecer, dentro do 
tempo disponível, a duração esperada para cada uma das suas etapas. 
Em se tratando de projeto com financiamento externo, é através do 
cronograma que o órgão financiador acompanha a evolução do trabalho. 
 25 
 
No caso específico da TCC, autor e professor-orientador utilizam o 
cronograma, entre outros aspectos, para não extrapolarem o prazo instituído 
preliminarmente pela Universidade. Veja exemplo a seguir: 
 
CRONOGRAMA DE PREVISÃO DE ELABORAÇÃO DO ARTIGO. 
ATIVIDADES 
PREVISTAS 
MESES / QUINZENAS 
1A 1B 1C 1D 2A 2B 2C 2D 3A 3B 3C 3D 4A 4B 4C 4D 
Buscar e selecionar 
material teórico 
X X X X X X X X 
Leitura de material 
e escrever Artigo 
X X X X X X X X X X X X X X 
Acertar Artigo 
conforme. 
orientações 
 X X X X X X X X X X X 
Ler material 
complementar 
 X X X X X X X X X 
Definir instrumentos 
de pesquisa 
 X X X 
Aplicar pesquisa X X X X 
Tabular os dados. X X X 
Interpretar os dados X X X 
Elaborar da 
conclusão 
 X X X 
Ajustar Artigo 
conforme orientador 
 X X 
Proceder a ajustes 
finais do Artigo e 
encaminhar ao Prof. 
Orientador. 
 x x 
Legendas: 
1 primeiro mês 
2 segundo mês 
3 terceiro mês 
4 quarto mês 
 
A – 1ª semana do mês 
B – 2ª semana do mês 
C – 3ª semana do mês 
 D – 4ª semana do mês 
 26 
5 – REFERÊNCIAS / BIBLIOGRAFIAS 
 
Expõe o acervo bibliográfico usado pelo autor do projeto desde a fase de 
leituras antecipatórias (ou preliminares). 
Segundo a NBR 6023, ABTN (2000, p.3) 
 
“as referências são alinhadas somente à margem esquerda e de 
forma a se identificar individualmente cada documento.A fase da 
documentação implica não apenas numa revisão bibliográfica, 
mas também a coleta de dados no campo”, 
 
O que se entende nesta fase de investigação científica como busca de 
material publicado a respeito do tema escolhido. 
O autor que tenha organizado, através de fichamento bibliográfico, todo 
o material utilizado desde o processo de escolha do tema até o 
estabelecimento do referencial teórico para o estudo, terá ampla vantagem 
para organização desse item do roteiro do projeto de TCC 1 e 2. 
Atualmente você poderá dispor dos recursos da Internet para fazer suas 
pesquisas, obedecendo a critérios acadêmicos que o seu orientador irá 
posicioná-lo. 
Quanto houver a utilização deste recurso coloque da forma sugerida por 
DIEHL (2004, p. 142 e 143): 
 
Home page 
CIVITAS. Coordenação de Simão Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela 
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos 
sobre urbanismo e desenvolvimento de cidades. Disponível em: 
http://gcnest.com.br/oamis/civitas. Acesso em: 27 nov. 199. 
 
CD-ROM 
MICROSOFT. Project for Windows 95: Project planning software. Version 4.1. 
[S.I]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD – ROM. 
 27 
 
Disquetes 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc. 
Curitiba, 1998. 5 disquetes. 
 
Artigo de revista 
MANUCCI, José Valério. Crescer sem perder a identidade, Canal RH em 
Revista, São Paulo, ano 2, n.2, n.19, fev.2003.Disponível em: 
http://www.canalrh.com.br/editoriais. Acesso em: 28 fev. 2003. 
 
VI – REFLEXÕES FINAIS SOBRE O TCC 
 
Cada um de nós tem um acervo próprio que corresponde às 
experiências oferecidas pela vida, praticadas no dia-a-dia. 
A TCC deve construir nesta visão, a verdadeira origem para o tema do 
trabalho científico a ser desenvolvido. 
É bom nos lembrarmos de que: 
 
Todo trabalho quando feito de maneira inteligente e com 
propósito elevado, se torna imediatamente recriação e 
recreação (Mahatma Gandhi) 
 
E por você ter escolhido uma Universidade para desenvolver sua 
formação profissional,nada mais justo que ao concluir esta etapa de seus 
estudos ofereça sua contribuição à Ciência, mais especificamente relacionada 
ao campo de conhecimentos científicos praticados na área de Administração. 
Que o trabalho conclusão de curso a ser desenvolvido, apoiado no 
projeto de pesquisa por você elaborado, marque o início de uma nova etapa de 
estudo em sua trajetória. 
 
VII – BIBLIOGRAFIA UTILIZADA 
Básica: 
MATIAS, Antonio; ALEXANDRE, Sylvio. Monografia do Projeto à Execução. 
Rio de janeiro: Editora Rio, 2005. 
 
PATACO, Vera Lúcia Paracampos; VENTURA, Magda M.; RESENDE, Érica S. 
Metodologia para Trabalhos Acadêmicos e Normas de Apresentação 
Gráfica. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 2004. 
 
VERGARA, Sylvia Constant. Projeto e Relatórios de Pesquisa em 
Administração. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
Indicada / Complementar: 
ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a 
passo. Rio de Janeiro: Elsevieir, 2007. 
 
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho 
científico: elaboração de trabalho na graduação. 2.ed. São Paulo: Atlas, 
1997. 
 
____________________________. Como preparar trabalhos para cursos 
de pós-graduação. Noções práticas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e 
documentação. Referências, Elaboração. NBR 6023, ago/2000. 
 
BARROS, Aidil de Jesus Paes, LEHTFELD, Neide Aparecida de Souza. 
Projeto de Pesquisa. Propostas metodológicas. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 
1998. 
 
CERVO, Armando Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4. 
ed. São Paulo: Makron Books, 1996. 209p. 
 29 
 
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 
2000. 216p. 
DIEHL, Astor A. E TATIM, Denise C. Pesquisa em ciências sociais aplicadas 
– Métodos e Técnicas. 1.ed. São Paulo. 2004.168p. 
 
ECO, Umberto. Como se faz uma Tese. 20. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. 
174p. 
 
FACHIN, Odilia. Fundamentos de metodologia. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 
2003. 200p. 
 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: 
Atlas, 1996. 159p. 
 
KERLINGER, Fred. Metodologia de pesquisa em ciências sociais. São 
Paulo: EPU, 1980. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia 
Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 
3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 
 
MARTINS, Gilberto de Andrade, LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de 
monografias e Trabalhos de Conclusão de Curso. 2.ed. São Paulo: Atlas, 
2002.. 
 
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa Social. Teoria, método e 
criatividade. 20. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. 
 
NETO, João Augusto Mattar . Metodologia Científica na era da informática. 
São Paulo : Saraiva , 2002. 
 30 
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia científica. Projetos de 
pesquisas TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira, 
2001. 
 
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica. Guia para eficiência nos estudos. 
4. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 
 
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. 
rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2000. 
 
SMITH, M. E.; THORDE, R.; LOWE, A. Pesquisa Gerencial em 
Administração: um guia para monografias, dissertações pesquisas 
internas e trabalhos em consultoria. São Paulo: Pioneira, 1999. 
 31 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
TERMO DE RESPONSABILIDADE – Estágio Supervisionado. 
 
O Aluno do Curso de Administração...................................................................., 
Matrícula nº........................................., no....... Período, no Turno.................., no 
Campus........................................... assume toda responsabilidade, perante a 
prática de cópia ou plágio de obras ou fragmentos de obras de autores, 
quaisquer que sejam, tanto em material impresso como de Internet, nos 
aspectos educacionais e legais. As Normas da ABNT serão o parâmetro para 
citações. 
 
Assim, passa a deter toda e qualquer responsabilidade diante de situações 
ilícitas editoriais e acadêmicas, no que se refere às disciplinas de Estágio 
Supervisionado. 
 
 
Rio de Janeiro, .........de.............................................de.................. 
 
 
Assinatura do aluno:............................................................................................ 
 
Rubrica do Professor:........................................................................................... 
 32 
 
PARA AJUDÁ-LO NA ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL 
TEÓRICO 
 
ICONCEITOS DE DISSERTAÇÃO 
 
Dissertar é debater, discutir, questionar, expressar um ponto de vista, qualquer 
que seja. Dissertar é desenvolver um raciocínio, desenvolver argumentos que 
fundamente uma posição. Enfim, dissertar é polemizar, inclusive, com opiniões 
e argumentos contrários aos nossos. 
 
Como fazer dissertação? 
Em primeiro lugar, vamos esquematizar a infra-estrutura para a montagem de 
um rascunho de dissertação. A seguir, você a colocará em prática. 
 
Método: 
a) Transforme o tema dado em uma pergunta; 
b) Procure responder a essas perguntas, de modo simples e claro, 
concordando ou discordando do tema proposto (ponto de vista); 
c) Exponha o porquê de sua resposta (argumento principal); 
d) Exponha outros motivos que ajudem a defender seu ponto de vista 
(argumento auxiliar) 
e) Procure recorrer a exemplos a fim de fundamentar suas argumentações; 
f) A partir desses elementos, parta para elaboração do rascunho do texto. 
Siga a seqüência sugerida: 
 Interrogar o tema 
 Responder com a opinião 
 Apresentar o argumento básico 
 Apresentar argumentos auxiliares 
 Apresentar fato-exemplo 
 
Desmontando a dissertação – estudaremos detalhadamente a estrutura da 
dissertação: 
1) Paragrafação 
2) Estruturas de Introdução 
3) Estruturas de Desenvolvimento 
4) Estruturas de Conclusão 
 
Paragrafação 
O parágrafo pode constituir-se de um ou mais períodos, em que se desenvolve 
uma idéia central (e somente uma), à qual, geralmente, se unem idéias 
secundárias, sempre relacionadas pelo sentido. 
A idéia central deve, sempre, estar contida num mesmo parágrafo, 
acompanhada das idéias secundárias a ela ligadas por um único sentido. 
 33 
 
 Elementos para organização de um parágrafo 
1) Introdução: É a apresentação do assunto a ser desenvolvido, num 
determinado espaço (parágrafo), podendo constituir-se de um ou dois 
períodos curtos iniciais. 
2) Desenvolvimento: É a explanação do assunto (da idéia central) 
3) Conclusão: É o fechamento dessa idéia central 
 
 Como desenvolver um parágrafo 
 
A maior preocupação deve ser a de desenvolver as idéias que defendemos (ou 
atacamos) ou expomos, de maneira clara e que convença o leitor. 
 
 Características de um parágrafo 
 
Todo parágrafo deve apresentar: 
 Correção gramatical 
 Clareza (exposição clara das idéias) 
 Unidade (uma única idéia central) 
 Coerência (relação entre a idéia central e as secundárias) 
 Concisão (síntese) 
 
 Como conseguir unidade 
1) Destaque, sempre que possível, a idéia central. 
2) Evite repetições e excesso de detalhes 
3) Frases interrompidas, freqüentemente, prejudicam a unidade do 
parágrafo; selecione as mais importantes e transformem-nas em 
orações principais de períodos menos curtos. 
4) Ponha, em parágrafos diferentes, idéias igualmente importante (idéias 
centrais) 
5) O desenvolvimento de uma só idéia central não deve ir além de um 
parágrafo; interrompendo esta idéia (ou seja, mudando de parágrafo, 
sem terminara exposição da idéia), perdemos a noção de unidade. 
 
 Como obter coerência 
 Ordenando e interligando as idéias, de maneira clara e lógica. 
Sem coerência é impossível obtermos unidade e clareza, porque as 
partes de um todo (redação) só funcionam bem se estão ajustadas e 
interligadas, perfeitamente. 
 
 Como dar clareza ao texto 
 Um texto claro é aquele que mantém, do princípio ao fim, unidade e 
coerência. 
 34 
30 Dicas para escrever bem. Autor: Professor João Pedro da UNICAMP 
 
 
1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc. 
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente 
rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo 
narcisístico. 
3. Anule aliterações altamente abusivas. 
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases. 
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz. 
6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário. 
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in. 
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então valeu! 
9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda. 
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações. 
11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A 
repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a 
palavra se encontra repetida. 
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os 
outros não tem idéias próprias". 
13. Frases incompletas podem causar 
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto 
é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a 
mesma idéia várias vezes. 
15. Seja mais ou menos específico. 
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 
17. A voz passiva deve ser evitada. 
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem 
sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação 
19. Quem precisa de perguntas retóricas? 
20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas. 
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação. 
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!" 
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha. 
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!! 
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia 
nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o 
seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus 
diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, 
afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através 
do uso de frases mais curtas. 
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza. 
27. Seja incisivo e coerente, ou não. 
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu 
texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o 
conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão 
acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar 
prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo 
e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante. 
29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem 
por denunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse trem... vixi... 
entendeu bichinho? 
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já 
que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar. 
 
 35 
Quadro das HABILIDADES COGNITIVAS (segundo Bloom) 
 
 
 
CATEGORIAS PRINCIPAIS 
 
 
SUGESTÕES de TERMOS 
(p/ formular situações especificas) 
 
 
 
EXEMPLOS 
 
 
CONHECIMENTO 
 
 Representa o nível mais baixo de resultados (memória) 
 
 Envolve a recordação do material apreendido, desde fatos 
específicos a teorias completas. 
 
 
 
 
definir, descrever, identificar 
 rotular, nomear, listar, 
igualar, esboçar, reproduzir, 
selecionar, declarar, etc 
 
 Definir termos comuns; 
 Descrever fatos específicos; 
 Identificar métodos e procedimentos; 
 Reproduzir conceitos básicos; 
 Listar princípios. 
 
 
COMPREENSÃO 
 
 Caracterizar a capacidade de apreender o significado de um 
material; 
 
 É a interpretação de um material (explicando ou resumindo); 
 
 É alem da recordação e representa o nível mais baixo da 
compreensão. 
 
 
 
 
explicar, justificar, distinguir, 
exemplificar, inferir, reescrever, 
resumir, generalizar, etc 
 
 Explicar fatos e princípios; 
 Justificar métodos e procedimentos; 
 Interpretar cartas e gráficos; 
 Resumir material verbal 
 Converter material escrito em formulas 
matemáticas. 
 
APLICAÇÃO 
 
 Refere-se a capacidade de usar um material aprendido em 
situações novas e concretas; 
 
 Pode incluir a aplicação de coisas, tais como: regras, 
métodos, conceitos, princípios, leis e teorias. 
 
 Os resultados da aprendizagem requerem um nível mais 
elevado de compreensão 
 
 
 
 
 
Calcular, demonstrar, converter, 
Modificar, descobrir, manipular, 
Operar, preparar, relacionar, 
Mostrar, resolver, usar, etc. 
 
 Aplicar conceitos e princípios a situações 
novas; 
 Aplicar leis e teorias a situações praticas; 
 Resolver problemas matemáticos; 
 Construir cartas e gráficos; 
 Usar corretamente um método ou 
procedimento. 
 
 36 
 
 
ANÁLISE 
 
 Refere-se à capacidade de dividir um material em suas partes 
componentes, de tal forma que em sua estrutura 
organizacional possa ser entendida; 
 
 Pode incluir a identificação das partes, análise das relações 
entre as partes e reconhecimento dos princípios 
organizacionais envolvidos; 
 
 Os resultados da aprendizagem representam um nível 
intelectual mais elevado do que compreensão e aplicação 
porque requerem uma apreensão do conteúdo e da forma 
estrutural do material. 
 
 
 
 
 
decompor, diagramar, diferenciar, 
descriminar, distinguir, identificar, 
ilustrar, inferir, assinalar, 
relacionar, selecionar, separar, 
subdividir, descobrir, etc. 
 
 
 Identificar hipóteses não declaradas; 
 Distinguir as conclusões dos fatos que as 
fundamentam ; 
 Reconhecer as causas de certos 
comportamentos humanos; 
 Discriminar o que é acessório e o que é 
fundamental num argumento; 
 Descobrir as causas de um acontecimento 
histórico; 
 Analisar a estrutura organizacional de um 
trabalho. 
 
SÍNTESE 
 
 Refere-se à capacidade da combinar as partes para formar um 
novo todo; 
 
 Pode envolver a produção de uma forma de comunicação 
única (palestra, etc.), um plano de operações de um conjunto 
abstrato (esquema p/ classificação de informações); 
 
 Os resultados de aprendizagem nesta área acentuam 
comportamentos criativos, com ênfase na formulação de novos 
padrões de estruturas. 
 
 
 
 
categorizar, combinar, compor, 
criar, planejar, produzir, 
modificar, organizar, projetar, 
recombinar, relacionar, reescrever, 
sumariar, narrar, etc. 
 
 
 Escrever organizadamente sobre um tema; 
 Planejar a seqüência de uma experiência de 
laboratório; 
 Construir uma maquete; 
 Formular um novo esquema para classificar 
objetos (ou eventos, ou idéias); 
 Fazer uma palestra bem organizada; 
 Escrever sobre um tema de forma original. 
 
AVALIAÇÃO Refere-se à capacidade de julgar o valor de um material com 
um determinado propósito; 
 
 Devem estar baseados em critérios definidos internamente 
(organizações) ou externamente (relevância em função da 
finalidade); 
 
 Os resultados da aprendizagem nesta área são os mais 
elevados na hierarquia cognitiva porque contem elementos de 
todas as outras categorias, alem de julgamentos conscientes 
de valor baseados em critérios claramente definidos. 
 
 
Apreciar, concluir, comparar, 
Criticar, discriminar, explicar, 
Justificar, interpretar, relacionar, 
Sumariar, sustentar. 
 
Padrões Internos – para julgar uma obra pode-
se utilizar; 
 Clareza no enfoque 
 Precisão de termos 
 Lógica na argumentação, etc. 
Padrões Externos – pode-se julgar a obra em 
relação à clientela a que se destina. 
 
 
 
 
 
 Julgar a consistência lógica de um material 
escrito; 
 Julgar um valor de um trabalho pelo uso de 
padrões externos de excelência; 
 Julgar um plano de ação em relação aos 
critérios para organizá- lo.

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