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Morfologia e Ultra-estrutura dos Micro-organismos Procariotos UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Microbiologia MBI 102 1 Objetivos Ao final desta aula o estudante deverá ser capaz de: • Reconhecer a forma e o arranjo de células bacterianas; • Descrever as implicações da relação área superficial/volume celular para a fisiologia da célula; • Descrever a estrutura e função dos apêndices bacterianos e das estruturas celulares procarióticas; • Listar as principais diferenças entre a parede celular de bactérias gram-positivas e gram-negativas; 2 Células procarióticas • Árvore da vida - Com base na comparação de sequências do rDNA (Woese,1977) 3 Tamanho 4 A importância de ser pequeno • Maior razão superfície/volume. Células pequenas apresentam maior área superficial em relação ao volume celular. - Maior troca de nutrientes. --- células crescem mais rapidamente 5 Formas Bacterianas Típicas • Esférica: Cocos • Cilíndrica: Bacilos • Espiralada: Vibriões, espirilos e espiroquetas 6 Formas Espiraladas Vibrio Espirilo (Rígido)) Espiroqueta (flexível) 7 Morfologia - Arranjos Cocos Bacilos 8 Arranjos em cocos Diplococos Estreptococos Estafilococos Sarcinas 9 Arranjos em Bacilos 10 Estrutura celular procariótica A célula procariótica 12 ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Glicocálice • Cápsula • Camada limosa Aderência Proteção Reserva nutriente Streptococcus sp 13 Natureza química do glicocálice • Polissacarídeos (maioria) Ex: Streptococcus, Klebsiela, Haemophilus, Neisseria. • Polipeptídeos Ex: Bacillus anthracis Formação de biofilme 14 Flagelos bacterianos • Locomoção • Atividade depende de energia • Quimiotaxia e fototaxia 15 Estrutura dos flagelos bacterianos • Composto de 3 partes: Filamento Gancho Corpo basal • Proteína: Flagelina • Gram-positivas: 2 anéis • Gram-negativas: 4 anéis 16 Arranjos de Flagelos Bacterianos Monotríquio Peritríquio Lofotríquio Anfitríquio 17 Fímbrias •Natureza protéica •Mais curtos que os flagelos •Função de aderência 18 Pilus • Semelhante a fímbrias, porém mais longos e poucas cópias • Importante na conjugação bacteriana (aproximação de células compatíveis) 19 20 PAREDE CELULAR DE PROCARIOTOS Parede Celular Bacteriana • Composição: principalmente de peptideoglicano • Estrutura complexa, semi-rígida e que confere forma à célula • Funções: - Previne ruptura da célula (pressão) - Proteção contra choques físicos - Importância clínica e taxonômica 21 Composição e Estrutura do Peptideoglicano 22 Parede Celular - Composição e Estrutura Peptideoglicano Sensível a lisozima Ligação cruzadas de duas cadeias de tetrapeptídeos para formar o peptideoglicano Cadeia de glicano Ligação covalente 23 Parede celular de Bacteria • Dois importantes grupos: 24 Parede celular de bactérias Gram- positivas • Peptideoglicano (90% da parede celular) 25 Parede celular de Gram negativa • Possui uma fina camada de peptideoglicano (10%) • Possui ainda: - Membrana externa composta de lipopolissacarídeos (LPS), lipoproteínas e fosfolipídios. - Periplasma 26 Coloração diferencial de Gram Diferenças estruturais e de composição química da parede celular permitem dividir as bactérias em dois grandes grupos: 27 Coloração de Gram Gram-positiva Gram-negativa 28 Pseudopeptideoglicano • Possui N-acetiltalosaminurônico (NAT), em substituição ao N- acetilmurâmico (NAM) • Ligações glicosídicas do tipo β 1,3 (insensível à lisozima) 29 PAREDES CELULARES ATÍPICAS • Mycoplasma – não possuem parede celular, contêm esteróis (hopanóides) na membrana plasmática. • Archaea – Constituição variada: polissacarídeos, glicoproteínas, Pseudopeptideoglicano etc 30 ESTRUTURAS INTERNAS À PAREDE CELULAR Membrana citoplasmática procariótica Proteínas integrais Fosfolipídeos 31 Membrana citoplasmática procariótica • Características: - Bicamada fosfolipídica - Delgada - Fluida – viscosidade - Proteínas 32 Funções da membrana plasmática • 1) Barreira de permeabilidade Permite a OSMOSE- entrada de água quando em uma solução hipotônica (baixa concentração de soluto) e saída de água de dentro da célula para fora quando em solução hipertônica (alta concentração de soluto) Também permite a difusão simples, a entrada de pequenas moléculas como O2 e CO2 em um processo passivo. 33 • 2) Transporte Funções da membrana plasmática 34 Funções da membrana plasmática • 3) Conservação de energia Força próton motora 35 36 Material Genético • Nucleóide – Cromossomo único, circular • Plasmídeos – DNA extracromossomal; replicação independente Cromossomo circular único Plasmídeos circulares Ribossomos • Dispersos no citosol • Função: síntese proteínas • Procariotos: 70S – subunidade 50S e 30S • Eucariotos: 80s – subunidade 60S e 40S • Alvo de vários antibióticos 37 Inclusões Celulares • Função de armazenamento de energia ou como reservatório de constituintes estruturais. • Envolvidos por uma fina camada de lipídeos ácido-poli-β-hidroxibutírico: armazenamento de carbono Magnetossomos: inclusões de óxido de ferro. Movimento por atração magnética Grânulos de enxofre: reserva de enxofre 38 Vesículas de gás • Função: - Permite regular a quantidade de luminosidade recebida pela célula Cianobactérias Anciclobacter aquáticos 39 40 ESPOROS BACTERIANOS - ENDOSPOROS • Estrutura de sobrevivência (calor, radiação, dessecação, etc.) • Altamente desidratada • Formada em algumas bactérias Gram-positivas 41 Ciclo vegetativ o Esporulação Divisão celular Crescimento Divisão polar Pré-esporo Septo Célula mãe Divisão celular assimétrica Engolfamento Síntese do cortex Cortex Parede celular Membrana Capa do esporo Síntese da capa Maturação, lise celular Germinação (esporo livre) ESPOROS BACTERIANOS - ENDOSPOROS Referência • Madigan TM., et al. Microbiologia de Brock. 12ª edição. Capítulo 4. 42
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