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ÉTICA DAS VIRTUDES Davi Amaral de Araújo davi.amaral.araujo@gmail.com 1. O que é: é uma ética que ainda hoje tem importância no sentido do caráter dos sujeitos. O termo Ethos para Aristóteles e para os gregos, referia-se aos costumes de uma sociedade. As literaturas épicas gregas procuravam dentro da ética grega a mostra como a pessoa deveria se portar. 1.1. Irredutibilidade da Felicidade: Aristóteles, em Ética a Nicômaco diz o seguinte: “Se, então, nossas atividades têm algum fim que queremos por si mesmo, e por causa do qual queremos todos os outros fins – se não escolhermos tudo por causa de outra coisa (porque isso envolverá uma progressão infinita, de modo que o nosso objetivo será vão e inútil) – é evidente que este deve ser o Bem, que é o bem supremo.” (ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco) Desta forma, pode-se entender o seguinte raciocínio. Quando digo que estou estudando para ter um bom emprego, posso perguntar a mim mesmo por que eu iria quere um bom emprego. Posso responder que quero um bom emprego para poder ter estabilidade financeira, ainda assim, posso perguntar a mim mesmo por que eu iria querer estabilidade financeira. Posso, novamente, responder a mim mesmo que quero estabilidade financeira para, por exemplo, sustentar minha família, posso, novamente, perguntar por que eu iria querer isso e assim por diante. Em algum momento, é possível que eu chegue a seguinte resposta “Porque quero ser feliz.”, este para Aristóteles é um ponto para o qual, não se pode ir além. Não faz sentido perguntar “Por que eu quero ser feliz?” essa é uma meta de todos, a felicidade é algo que possui um fim em si mesma. 1.2. Existe a busca por um fim na filosofia Aristotélica, a ideia de Bem não quer dizer algo que seja bom, mas sim um bem objetivo. Assume-se a ideia de que em algum momento se procura o sumo bem, um bem que se justificaria em si mesmo. Este seria a Eudaimonia (Eu = Bom / Daimon = espirito), traduzida aqui como felicidade. Ou seja, para Aristóteles, a felicidade é a meta humana universal. 2. O pensamento teleológico: vem da junção das palavras gregas, telos, que significa “objetivo”, e logos, que significa “conhecimento”. Aristóteles, então entende as coisas por seus objetivos e funções as quais foram projetadas. 2.1. Para os seres humanos, Aristóteles utiliza-se do seguinte raciocínio: 2.1.1. Meta da existência humana = Fazer aquilo que é distintamente humano e fazer bem. Ser humano = animal racional Animais irracionais ≠ animais racionais (humano) Ser um bom humano = exercer a racionalidade em ações racionais Exercer a razão é uma atividade virtuosa que nos trará felicidade Quanto mais elevada a forma de virtude, mais felizes seremos. OBS: Qualquer discussão ética, que envolva questionamentos sobre a natureza é os objetivos da vida humana, deve antes, estabelecer o que é ser um ser humano e o que é satisfazer os nossos objetivos inerentes ao fato de sermos humanos. 3. Alma humana (o que é ser humano?): Aristóteles vai procurar explicar isso dividindo a alma em quatro níveis. OBS: Aristóteles, em nenhum momento, procura separar a parte do todo, ou seja, quando estabelece as partes da alma, não as delimita ou as distingue de forma clara ou definitiva das outras partes da alma humana. 3.1. Nível vegetativo: Funcionamento biológico do corpo 3.2. Nível apetitivo: Desejos e esforço para alcança-los. 3.2.1. Desejos “construtivos” (superiores): aqueles que irão aperfeiçoar o ser. 3.2.2. Desejos: autodestrutivos (inferiores): aqueles que não cumpre o objetivo interno do ser, e.g., uso de drogas. OBS: os próximos dois níveis, constituem a parte racional da alma, ou seja, aquilo que nos distingue como humanos. O maio problema ético, é manter a parte racional com o controle da parte desejosa. 3.3. Nível deliberativo1: capacidade de pensar acerca do que fazemos, planejar as ações e estratégia de abordagem. 3.3.1. Aspecto externo: forma como será realizado os desejos ou objetivos do ser. Estratégia. 3.3.2. Aspecto interno: como o ser irá se “satisfazer” com o objetivo executado. Realização interna. 1 Para a filosofia moderna, realiza-se a separação e considera-se o nível deliberativo como razão ou uma substância pensante (mente). Porém, Aristóteles, não comete tal erro. Ele vê este nível como uma parte do nosso ser inteiro, não separando o ser humano, dos seus desejos e da razão. Aristóteles vê a alma como o todo do ser humano, onde a razão é uma parte do todo, e não fora do todo. 3.4. Nível contemplativo: concerne as coisas que não podemos mudar. Diferente da parte deliberativa, que procura como podemos mudar as coisas. Pensamento sobre o eterno e o imutável. 4. Virtudes: Aristóteles, utiliza-se de dois tipos de virtudes. As virtudes “intelectuais”, que consistem no bom exercício das nossas funções racionais e as virtudes de caráter que consistem no bom exercício das nossas funções apetitivas. As intelectuais são resultado da aprendizagem e as de caráter são resultado do treinamento do hábito. 4.1. Virtudes de caráter – Checar livro.
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