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Associação Educativa do Brasil - SOEBRAS Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE Instituto de Ciências da Saúde - ICS Curso de Graduação em Odontologia Exames Radiográficos Extrabucais Montes Claros 2017 1 Ábner Silveira Ana Luísa Silva Vieira Alexandre Soares Felício Daniela Dias Simões Maria Ap. Yamauti Pereira Renata de Andrade Veloso Sávio Carneiro Marinho Disciplina Ministrada: Daniel Vilas Boas Vinícius Comini Acadêmicos: 2 Exames extrabucais podem ser realizados por profissionais técnicos em radiologia, por cirurgiões dentistas e em clínicas radiológicas especializadas, que possuem em sua estrutura equipamentos necessários para a realização do procedimento. São técnicas empregadas para tomar radiografias com filme colocado fora da cavidade bucal. Introdução 3 Principais Indicações Complementos dos exames radiográficos intra-orais, quando os mesmos não permitem um exame seguro; Pacientes com trismo e impossibilidade de abrir a boca; Na delimitação de grandes áreas patológicas; Nas pesquisas e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, impactados e supranumerários; Na localização e determinação da extensão dos neoplasmas do palato e maxilas; 4 Na localização e delimitação das fraturas ósseas dos maxilares; Para pesquisa de cálculos salivares nos canais das glândulas parótidas e submandibulares; Avaliação ortodôntica, para conhecer o estado da dentição e a presença/ausência de elementos dentais; Planejamento pré-operatório. Principais Indicações 5 Os exames radiográficos odontológicos seguem a seguinte divisão: Lateral da mandíbula para exame do ângulo e ramo Lateral da mandíbula para exame do corpo Póstero-anterior para o exame do ramo e ângulo da mandíbula Póstero-anterior do seio maxilar (Water's) Axial-submentoniana (Hirtz) Lateral da cabeça para tecidos duros e moles 6 7 .Radiografia Transcraniana 8. Radiografia Transfaciais 9.Telerradiografia 10. Radiografia panorâmica 11. Índice Carpal (idade óssea) 7 São encontrados no mercado acondicionados em caixas especiais, de 25, 50, 100 filmes, protegidos por um papel aluminizado, que o protege da umidade, enquanto armazenados. São classificados em: Screen (quando utilizados com os écrans intensificadores), e No-Screen (não utilizam écrans). O chassi é um dispositivo no interior do qual ficam os filmes e os écrans intensificadores, já estes são dispositivos usados para aumentar o efeito fotográfico dos raios x. Os anti-difusores são utilizados para diminuir os efeitos das radiações secundárias e são colocadas por fora do chassi, em contato com o rosto do paciente. Filmes e acessórios utilizados 8 É indicado: a) Paciente com trismo; b) Pesquisa e localização de corpos estranhos; c) Delimitação de área patológica da região; d) Controle pós-operatório; e) Pesquisa de cálculos salivares no canal de Wharton Posição do paciente: Plano sagital inclinado 30° com a vertical. 1. Lateral da mandíbula para exame do ângulo e ramo 9 Posição do chassi: O chassi deve estar inclinado 30° com a vertical e colocado paralelamente à região a ser radiografada e o mais próximo possível da mesma. Isto provocará maior nitidez e menor distorção da imagem. Ângulos: Vertical 0° e horizontal 90° Direção dos raios x centrais: Pouco abaixo do ângulo da mandíbula, do lado oposto a ser examinado. 10 11 É indicado: a) Paciente com trismo; b) Na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes incluso, impactados e supranumerários; c) Para localização e delimitação de áreas patológicas; d) Para pesquisa de cálculos salivares no canal de Wharton; e) Para localização de fraturas; f) Para controle pós-operatório. 2. Lateral da mandíbula para exame do corpo 12 Posição do paciente: Paciente procura aproximar o ápice nasal e o mento do chassi que encontra-se inclinado 30° com a horizontal, fazendo com que todo o corpo da mandíbula possa ser examinado. Posição do chassi: Chassi inclinado 30° com a horizontal. Ângulos: Vertical 0° e horizontal 90° Direção dos raios x centrais: Ângulo da mandíbula do lado oposto a ser examinado 13 É indicado: a)Pacientes com trismo; b)Para localização, determinação das direções, extensão e complexidade das fraturas; c)Para verificação da relação fratura/ órgãos dentários; d)Na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, impactados e supranumerário, agulhas fraturadas; e)Para localização e delimitação de áreas patológicas; f)Para controle pós operatório. 3- Póstero-anterior para o exame do ramo e ângulo da mandíbula 14 Posição do paciente Plano sagital perpendicular ao plano horizontal. Posição do chassi Perpendicular ao plano sagital. Ângulos: Vertical 0° Horizontal 90° 15 16 Direção dos raios x centrais No ponto dado pelo traçado da linha que passa 2 cm acima do ângulo da mandíbula. 17 4- Póstero-anterior do seio maxilar (Water's) É indicado: a)Na pesquisa e localização das sinusites do seio maxilar; b)Na pesquisa e localização de corpos estranhos, fragmentos de raízes, dentes no interior do seio; c)Para localização e delimitação de áreas patológicas; d)Para localização e delimitação das fraturas da maxila. Posição do paciente Plano sagital perpendicular ao plano horizontal e, encostando o mento e afastando o ápice nasal cerca de 1,5 a 4 cm do chassi. 18 Posição do chassi Perpendicular ao plano horizontal. Ângulos: Vertical 0° Horizontal 90° Direção dos Raios x Centrais No ponto dado pelo traçado da linha que passa tangente à órbita. 19 20 É indicado: a)Para pesquisa e localização das fraturas do arco zigomático; b)Para pesquisa da integridade da parede posterior do seio maxilar; c)Para exame da mandíbula ( processo coronóide e côndilo). Posição do paciente Plano sagital perpendicular ao plano horizontal , com a sutura inter-parietal encostada no chassi. Posição do chassi Perpendicular ao plano horizontal. 5- Radiografia axial – Projeção submentoniana ( Hirtz) 21 21 Ângulos: Vertical 0° Horizontal 90° Direção dos Raios x Centrais: 2 cm atrás (abaixo) da cavidade orbitária. 22 23 É indicado: a) Para localização, delimitação das direções, extensão e complexidade das fraturas; b) Pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, impactados e supranumerários; c) Localização e delimitação de áreas patológicas; d) Pesquisa das anomalias de crescimento e desenvolvimento crânio-facial; e) Controle pós-operatório. 6. Lateral da cabeça para tecidos duros e moles 24 Posição do paciente: Plano sagital perpendicular ao plano horizontal. Plano de Camper paralelo ao plano horizontal. Posição do chassi: Perpendicular ao plano horizontal Ângulos: Vertical 0° e horizontal 90° 25 26 A Telerradiografia propõe-se, sem deformação e sem aumento apreciável, fornecer uma imagem radiográfica dos ossos do crânio, da face e das partes moles. São exames radiográficos de crânio e face executadas no ortopantomógrafo. Podem ser obtidas imagens em lateral e em antero posterior. São bastante utilizadas para elaboração de traçados cefalométricos. Existem casos em que o profissional não possui equipamentos disponíveis para essa técnica, lançando mão de outros recursos que permitam uma visão das regoes a serem examinadas. O filme oclusal irá preencher, ás vezes, essa lacuna é sobre essa utilização que as técnicas extra orais entram. 7 - Telerradiografia 27 * O filme oclusal pode ser usado com eficiência nos seguintes casos: 1– Lateral da mandíbula para exame do corpo É indicado: a) para pesquisa e delimitação das áreas patológicas; b) para localização de dentes supranumerários, inclusos; c) para localização e delimitação das fraturas. Posição do paciente: Dentes em oclusãocom o plano oclusal paralelo ao solo. Posição do filme: Paralelo à região ser radiografada. 28 Direção dos raios x centrais: O raio central dirigido a 1,5 cm abaixo do ângulo da mandíbula, do lado oposto ao exame. Ângulos: Vertical: -5 a 10° (para cima) Horizontal: em direção ao segundo pré-molar do lado a radiografar. 29 2 – Lateral da mandíbula para exame do ângulo É indicado: a) para pesquisa e delimitação das áreas patológicas; b) para localização de dentes inclusos e supranumerários; c) para localização e delimitação das fraturas. Posição do paciente: Dentes em oclusão com o plano oclusal paralelo ao solo e com o paciente forçando o mento para frente, evitando a superposição da coluna vertebral. Posição do filme: Paralelo à região a ser radiografada. O meio do filme está sobre a área do terceiro molar e a extremidade inferior do filme está paralela com a borda inferior da mandíbula. 30 Direção dos raios x centrais: Raio central dirigido a 1,5 cm abaixo do ângulo da mandíbula, do lado oposto. Ângulos: - Vertical: - 10° (para cima) - Horizontal: em direção ao terceiro molar do lado a radiografar. 31 3. Lateral da mandíbula para exame do ramo É indicado: a) para pesquisa e delimitação das fraturas; b) para delimitação de áreas patológicas. Posição do paciente: Dentes em oclusão com o plano oclusal paralela ao solo com pescoço e mento do paciente estendidos para frente. Posição do filme: Paralelo à região a ser radiografada e com o longo eixo sobre o ramo da mandíbula. 32 Direção dos raios x centrais: Dirigidos a 1,5 cm abaixo do ângulo da mandíbula. Ângulos: - Vertical: -20° (para cima) Horizontal: em direção à porção central do ramo do lado a radiografar. 33 4. Projeção do contorno anterior da face É indicado: a) para verificar a porção anterior da maxila ou da mandíbula; b) para pesquisa de dentes inclusos, supranumerários e odontomas, verificando a localização. Posição do paciente: Dentes em oclusão, plano oclusal paralelo ao solo. Posição do filme: Filme colocado paralelo com o plano sagital, e seu longo eixo perpendicular ao solo. O filme é colocado para maxila e/ ou mandíbula. 34 Direção dos raios x centrais: Raio central dirigido perpendicular ao filme. Ângulos: - Vertical: 0° - Horizontal: 90º 35 Produz uma única imagem das estruturas faciais, incluindo ambos arcos dentários, maxila e mandibular, e suas estruturas de suporte. É indicada:(FREITAS, 2000): a) Avaliação de dentes impactados; b) Avaliação dos padrões de erupção, crescimento e desenvolvimento; c) Detecção de doenças, lesões e condições dos maxilares; d) Exame da extensão de lesões amplas; e) Avaliação do trauma; f) Região dento alveolar; g) Regiões temporomandibular, retro-maxilar e cervical. 8. Radiografia panorâmica 36 Na radiografia panorâmica o filme e o cabeçote movem-se em torno do paciente e o tubo de raios X ira girar em volta da cabeça do paciente em uma direção, enquanto o filme gira em direção oposto. 37 Vantagens: visibilidade de ossos faciais e dentes; baixa dose de radiação; não causa desconforto, possibilidade de ser realizada em pacientes com dificuldade de abertura de boca; curto tempo necessário para realizar a radiografia; facilidade de compreensão das radiografias panorâmicas pelo paciente. Desvantagens: não são úteis quanto radiografias periapicais para a detecção de pequenas lesões cariosas, detalhes das estruturas periodontais ou doença periapical. Outros problemas também incluem ampliação desigual e distorção geométrica ao longo da imagem. 38 Radiografia Carpal É realizada uma radiografia da mão e punho para determinar o estágio de crescimento do paciente. A técnica radiográfica a palma da mão em contato com o chassis, o eixo do dedo médio se encontra alinhado com o antebraço, os dedos separados e o polegar forma um ângulo aproximado de 30º a 35º com o dedo indicador. 39 40 A Radiografia Transcraniana é uma técnica de diagnóstico por imagem que possibilita a análise da ATM. Este exame possibilita a análise de mudanças de forma, disfunções e deslocamento de discos. 9. Radiografia Transcraniana 41 A radiografia transfacial da ATM (Articulação Temporo-mandibular) permite a observação da anatomia da cabeça da mandíbula e da cavidade articular do osso temporal, podendo ser realizado em até 3 posições: boca fechada, boca totalmente aberta e em repouso. Essas três posições favorecem o diagnóstico de possíveis dores faciais, alterações degenerativas e também facilitam a indicação para um correto tratamento. 10. Transfacial para ATM 42 43 As radiografias extrabucais são recomendadas como complemento das intrabucais, pois permite a visualização das estruturas anatômicas sem superposição, oferecendo uma melhor visão da estrutura que desejamos. Apesar do avanço tecnológico, ainda se constituem em um dos exames complementares mais solicitados e viáveis no atendimento ao traumatizado de face. Portanto, essas radiografias tem contribuído na Odontologia para o diagnóstico, o planejamento, o prognóstico e o tratamento das afecções da Cavidade Bucal. Paralelamente, tem sido utilizada como meio indispensável e necessário para o estudo das alterações ósseas do Complexo Maxilo-Facial. Conclusão 44 ALVARES, Luiz Casati; DAMANTE, J.H.; TAVANO, O.; FREITAS, A.; ESTEVAM, E.; FREITAS, J.A.S. ARS CVRANDI Odontologia – Curso de Radiologia, São Paulo : Medisa Editora, 2009. FREITAS, Leonidas. Radiologia bucal: técnicas e interpretação, 2. Ed., São Paulo: Pancast, 2000. SANTOS, E.C.A.; MAGALHÃES, M.V.P. de; BERTOZ, F.A.; SANTOS-SILVA, R. dos. Radiografi a da articulação temporomandibular: apresentação de um método para avaliação do espaço articular. JBA, Curitiba, v.3, n.10, p.119-123, abr./jun. 2003 Referências Bibliográficas 45
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