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AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática FISIOTERAPIA AQUÁTICA AULA 12: Reabilitação aquática para grupos especiais AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática Temas desta aula Reabilitação aquática para o paciente com disfunções neurológicas; Reabilitação aquática para o paciente com lesão medular; Reabilitação aquática para o paciente pediátrico; Reabilitação aquática para a paciente obstétrica e ginecológica; Reabilitação aquática para o paciente com doença reumática. AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática Reabilitação aquática para o paciente com disfunção neurológica Propriedade que o sistema nervoso apresenta de mudar seu funcionamento, incluindo-se os processos de aprendizado e recuperação de funções quando algum sistema sofre lesões. A reabilitação aquática tem enfoques diferentes ao abordar a criança e o adulto, mas, em ambos, a recuperação do paciente envolve o aspecto da plasticidade neural. CONSIDERAÇÕES GERAIS AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática Reabilitação aquática para o paciente com disfunção neurológica DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA NO ADULTO • Não contam com o processo de maturidade do sistema nervoso, como as crianças; • Podem ocorrer reativação de vias inativas e/ou brotamentos de novas vias primárias; • Uma lesão no sistema nervoso do adulto impede ou inapropria a expressão de algumas funções; • Considerar que é uma lesão de característica progressiva (degenerativas, congênitas) ou não (traumática, infecciosa); • Exs.: AVE, Parkinson, TCE. OBJETIVOS: • Reeducação do tônus muscular; • Estimulação ou ganho de ADMs; • Fortalecimento dos padrões de movimentos deficitários; • Redução da dor (se houver); • Melhora da função respiratória (se houver); • Estimulação das reações de endireitamento e equilíbrio; • Estimulação da coordenação motora; • Melhora da simetria e conscientização corporal; • Efeitos psicológicos: autoconfiança, independência, bem-estar emocional. AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática Reabilitação aquática para o paciente com disfunção neurológica DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA NA CRIANÇA • A criança com lesão neurológica ou apenas com um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor encontrará, na água, um meio rico em estímulos sensoriais; • Ainda contarão com reajustes posturais constantes, além de ter auxílio à diminuição do tônus pela diminuição da força gravitacional somada à temperatura terapêutica da água; • A criança hipotônica também se beneficia com os estímulos vestibulares que poderão ser amplamente explorados no meio aquático; • Exs.: ECI, síndromes de Down, West etc. OBJETIVOS: • Normalização ou regulação do tônus muscular; • Estimulação e desenvolvimento das atividades motoras; • Estimulação e desenvolvimento do ortostatismo e da marcha; • Inibição da movimentação involuntária; • Estimulação das reações de equilíbrio e endireitamento; • Estimulação e desenvolvimento da psicomotricidade; • Melhora das funções respiratórias; • Manutenção das ADMs; • Fortalecimento dos padrões de movimento deficitários. AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática Reabilitação aquática para o paciente com disfunção neurológica DISFUNÇÃO NEUROMUSCULAR • A esse grupo pertencem as patologias que comprometem o neurônio motor inferior e/ou a musculatura; • Um exemplo é a distrofia muscular de Duchenne, inicialmente contraindicada à reabilitação aquática, mas, atualmente, considerada com restrições: condutas somente ativas e passivas, em pouco tempo (a água gera mais resistência do que o ar e, portanto, cansa mais, acelerando a degeneração) e com temperatura da água mais fria (a água aquecida prejudica o processo de remielinização). OBJETIVOS: • Aumento circulatório global dos tecidos; • Prevenção de contraturas e instalação de deformidades; • Reeducação dos músculos afetados; • Estimulação dos movimentos; • Manutenção e/ou ganho de força muscular; • Melhora da função respiratória; • Melhora das capacidades funcionais; • Aspectos psicológicos. AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática CONSIDERAÇÕES GERAIS • O paciente raquimedular é um paciente neurológico diferenciado, entendendo que sua lesão não acomete a porção cortical do sistema nervoso, mas sim a medular, rica em reflexos importantes ao movimento humano normal; • A reabilitação aquática, nesse caso, deve priorizar a independência funcional dos pacientes, entendendo que a interferência da gravidade no meio terrestre os impossibilita muito mais do que a água; • A conduta se assemelha muito a do paciente cortical, contudo devemos priorizar movimentos segmentados e não globais (como se faz com os pacientes corticais). É importante ressaltar que o paciente medular, assim como todos os outros pacientes neurológicos, devem utilizar a água como complemento ao tratamento terrestre e não como substituição, entendendo que a plasticidade neural é direcionada ao meio onde se gera o estímulo e o ambiente aquático não é o ambiente funcional dos pacientes em questão. Reabilitação aquática para o paciente com lesão medular AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática CONSIDERAÇÕES GERAIS • O paciente pediátrico, seja ele neurológico, como abordado anteriormente, seja ele ortopédico, reumático, respiratório ou outro, não deve ser considerado um adulto em miniatura; • A avaliação dos objetivos pretendidos com cada criança é fundamental à elaboração do programa de reabilitação aquática para ela; • Os objetivos traçados norteiam toda conduta, mas devemos considerar uma terapêutica lúdica e flexível, entendendo que protocolos previamente elaborados não dão conta das necessidades e das individualidades das crianças; • O meio aquático é um meio facilitador ou inibidor do processo de reabilitação da criança, dependendo de como utilizamos. Reabilitação aquática para o paciente com lesão medular Os estímulos sensoriais são fundamentais às respostas das crianças, mas estímulos em excesso dispersam a atenção delas e dificultam o processo de reabilitação. AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática Reabilitação aquática para o paciente obstétrica e ginecológica CONSIDERAÇÕES GERAIS • Vários estudos têm demonstrado a eficiência do trabalho aquático nas disfunções de assoalho pélvico, entendendo que a água é um meio facilitador ao processo de fortalecimento dessa região de forma mais simples e natural; • Nesse sentido, a fisioterapia aquática pode contribuir às diversas condições ginecológicas, sejam elas de maneira individual, sejam elas de maneira coletiva, em projetos sociais públicos ou privados; • O trabalho na obstetrícia contempla tanto o pré-parto quanto o pós-parto, considerando alguns critérios: • No 1º trimestre o trabalho é restrito, entendendo ser um período de otimização das reações gravídicas; • O 2º trimestre contempla exercícios de alongamento muscular e fortalecimento, preparando a gestante para o parto; • O 3º trimestre enfatiza exercícios respiratórios e de manutenção de ADM, assim como relaxamentos; • O trabalho depois deve respeitar o tempo adequado de recuperação, conforme o parto (cesáreo ou normal), sem maiores restrições. AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática CONSIDERAÇÕES GERAIS • A doença reumática, no contexto geral,é marcada por quadro álgico crônico, que tende a apresentar períodos críticos, mas que tendem a ser progressivos e degenerativos; • A reabilitação aquática torna-se um excelente recurso para esse paciente, entendendo que, de acordo com os princípios da água, esta diminui o atrito articular (flutuação), mantém uma boa estabilidade dessas articulações (pressão hidrostática), além de contribuir à mobilidades dos fluidos corporais, dentre eles o líquido sinovial e a linfa (empuxo e temperatura da água); • Considerar que: Reabilitação aquática para o paciente com doença reumática Toda lesão crônica traz prejuízos físicos e emocionais, pois lidar com a dor por muito tempo implica em interferir no comportamento e no emocional desses pacientes. A água torna-se um meio lúdico extremamente agradável e funcional para eles. AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática BATES, A. & HANSON, N. Exercícios Aquáticos Terapêuticos. São Paulo: Manole, 2001. RUOTI, R.G.; MORRIS, D.M.; COLE, A.J. Reabilitação Aquática. São Paulo: Manole, 2005. SKINNER, A.T. & THOMSON, A.M. Duffield: Exercícios na água. São Paulo: Manole, 2000. • http://extensao.funecsantafe.edu.br/programa-de-qualidade-de-vida/estagio-extracurricular-de-neurologia/ • http://inspirar.com.br/blog/fisioterapia-neurologica-ou-fisioterapia-neurofuncional/ • https://disciplinas.stoa.usp.br/mod/resource/view.php?id=158722 • http://www.merckmanuals.com/pt-pr/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/abordagem-%C3%A0- mulher-gr%C3%A1vida-e-cuidados-pr%C3%A9-natais/avalia%C3%A7%C3%A3o-da-paciente-obst%C3%A9trica Saiba mais AULA 12 - REABILITAÇÃO AQUÁTICA PARA GRUPOS ESPECIAIS Fisioterapia aquática AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Reabilitação aquática para o paciente com disfunções neurológicas; Reabilitação aquática para o paciente com lesão medular; Reabilitação aquática para o paciente pediátrico; Reabilitação aquática para a paciente obstétrica e ginecológica; Reabilitação aquática para o paciente com doença reumática.
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