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HIGIENE E PROFILAXIA

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1 
 
 
 
2 
 
 
CONCEITO DE HIGIENE ........................................................................................................ 4 
CONCEITO DE PROFILAXIA ................................................................................................. 4 
CONCEITO DE SAÚDE X DOENÇA ...................................................................................... 4 
EXPOSIÇÃO AO RISCO .......................................................................................................... 4 
MAPA DE RISCO ..................................................................................................................... 6 
Como elaborar um Mapa de Risco: ............................................................... 7 
PRECAUÇÃO PADRÃO .......................................................................................................... 9 
HIGIENE PESSOAL ................................................................................................................. 9 
PRECAUÇÕES DE CONTATO ................................................................................................ 9 
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS ...................................................... 10 
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS ..................................................... 10 
CONTROLE AMBIENTAL E EQUIPAMENTOS ................................................................. 11 
ROUPAS E CAMPOS DE USO NO PACIENTES ................................................................. 12 
OBJETOS PERFURO-CORTANTES ..................................................................................... 12 
LAVAGEM DAS MÃOS ........................................................................................................ 14 
Técnica de Higienização das mãos: ............................................................ 15 
PROTEÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO: BARREIRAS DE PROTEÇÃO ........................... 18 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .................................................... 18 
Luvas ........................................................................................................... 19 
Tipos de luvas e indicação de uso .............................................................. 19 
Jaleco e gorro ............................................................................................. 20 
Protetor Facial e Ocular .............................................................................. 21 
PROTETOR RESPIRATÓRIO ................................................................................................ 21 
RETIRADA DOS EPI’S .......................................................................................................... 22 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCS) .................................................... 23 
PROCESSOS DE LIMPEZA HOSPITALAR ......................................................................... 23 
ÁREAS HOSPITALARES ...................................................................................................... 24 
LIXO HOSPITALAR ............................................................................................................... 25 
ACIDENTE DE TRABALHO RELACIONADO AO MANEJO DO LIXO .......................... 26 
 
3 
 
 
 
 
 
4 
 
CONCEITO DE HIGIENE 
Higiene é Conjunto de técnicas e conhecimentos utilizados para evitar 
doenças e prolongar a vida. Todo profissional de enfermagem deve ter como 
responsabilidade promover a higiene de seus pacientes, promoverem também a 
adoção nas suas diferentes fases da vida (recém-nascido, pré-escolar, adolescência, 
adulto e terceira idade), incentivando sempre ao auto-cuidado, respeitando a 
privacidade e a vontade do paciente para que não cause constrangimento e 
desrespeite a vontade do cliente. Higiene Oral: Promoção e manutenção da higiene 
da boca e dos dentes são fundamentais para a saúde e conforto do seu paciente. 
Certas condições patológicas provocam irritação e lesões da mucosa oral, estes casos 
requerem uma maior freqüência da higiene oral, esta compreende: Limpeza dos 
dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios. Higiene Corporal: Chamada também 
como higiene individual, conjunto de técnicas e conhecimentos utilizados para evitar 
doenças e realizar a manutenção do cuidado corpóreo do indivíduo. Higiene 
Coletiva: Conjunto de técnicas e conhecimentos utilizados por uma coletividade a fim 
de evitar doenças e prolongar a vida de todos em comum. 
 
CONCEITO DE PROFILAXIA 
Profilaxia é Conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar 
as doenças, suas complicações e conseqüências. São medidas diversas que incluem 
desde procedimento simples como lavar as mãos até mais complexos ou que incluem 
usos de antibióticos e medicamentos, variando de acordo com a doença a se 
prevenir. 
 
CONCEITO DE SAÚDE X DOENÇA 
Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, saúde é um estado 
completo de bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças. E 
doença é a falta ou perturbação da saúde, levando a um distúrbio funcional, um 
desequilíbrio do organismo. 
 
EXPOSIÇÃO AO RISCO 
As atividades em estabelecimentos de saúde expõem os trabalhadores não só 
aos riscos comuns a outros grupos profissionais, como também a riscos específicos da 
sua atividade. Segundo a Portaria do Ministério do Trabalho nº 3214 de 08/06/1978, 
o agente de risco consiste em “qualquer componente de natureza física, química, 
 
5 
 
biológica que possa comprometer a saúde do Homem, dos animais, do ambiente ou 
qualidade dos trabalhos desenvolvidos”. 
O risco elevado proporciona a possibilidade de acidentes além de funcionar 
como limitador da saúde dos usuários, contribuindo, ainda que indiretamente, para o 
surgimento de doenças (CARDOSO, 2005). Segundo a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), risco é considerado “Um acontecimento fortuito, independente da 
vontade humana, provocada por uma força externa agindo rapidamente, 
manifestando-se por um dano corporal ou mental”. 
Os riscos são classificados em cinco principais grupos, são eles: 
Riscos físicos: relacionado às diversas formas de energia, como ruídos, 
vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e 
umidade. 
Riscos biológicos: associado ao manuseio ou contato com materiais biológicos 
e/ou animais infectados com patógenos capazes de produzir efeitos nocivos sobre 
seres humanos, animais e meio ambiente. Exemplo: vírus, bactérias, parasitas, 
rickettsias, fungos e bacilos. 
Frente ao grande risco à saúde que os agentes biológicos conferem ao 
homem, animais e plantas, o Ministério da Saúde, por meio da Comissão de 
Biossegurança em Saúde (CBS), classificou tais agentes em classes de 1 a 4, incluindo 
a classe de risco especial. Os critérios de classificação têm como base aspectos, tais 
como: virulência, modo de transmissão, estabilidade do agente, concentração e 
volume, origem do material potencialmente infeccioso, disponibilidade de medidas 
profiláticas eficazes, disponibilidade tratamento eficaz, dose infectante, tipo de ensaio 
e fatores referentes ao trabalhador (BRASIL, 2006a). 
As diferentes classes são, a saber: 
 Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os agentes 
biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais 
adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus sp. • Classe de risco 2 (moderado risco 
individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos 
que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de 
propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, 
e para os quais existemmedidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplo: 
Schistosoma mansoni. 
 Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): 
inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via 
 
6 
 
respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente 
letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de 
prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio 
ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplo: Bacillus 
anthracis. 
 Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes 
biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de 
transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida 
profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. 
Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade 
de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui 
principalmente os vírus. Exemplo: Vírus Ebola. 
 Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de 
disseminação no meio ambiente): inclui agentes biológicos de doença animal 
não existentes no País e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos 
de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou 
na produção de alimentos. 
 
MAPA DE RISCO 
O mapa de risco consiste em uma representação gráfica dos fatores existentes 
no local de trabalho, capazes de interferir na saúde do trabalhador, como os 
acidentes e doenças de trabalho. 
A partir de uma planta baixa do local de trabalho, são levantados todos os 
tipos de riscos, simbolizados por círculos de tamanhos diferentes, de acordo como 
grau de perigo: pequeno (diâmetro de 2,5cm); médio (diâmetro de 5cm); e grande 
(diâmetro de 10cm) e agrupados por cores correspondentes ao tipo de agente 
químico (figura 1). O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos 
trabalhadores sobre os perigos existentes na área e, quando no mesmo local houver 
incidência de mais de um risco de igual gravidade, deve-se utilizar o mesmo circulo, 
dividindo-o em partes, pintando-as com cor correspondente ao risco. 
 
 
 
7 
 
 
 
Como elaborar um Mapa de Risco: 
As etapas da Elaboração do Mapa de risco são: 
1. Conhecer os setores/seções da empresa (o que é e como produz. Para 
quem e quanto produz?); 
2. Fazer fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de 
produção); 
3. Listar todas as matérias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de 
alimentação das máquinas etc) envolvidos no processo produtivo; 
4. Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem 
muitos, priorizarem aqueles de que os trabalhadores mais se queixam e que 
geram doenças ocupacionais ou do trabalho, comprovadas ou não). 
Riscos ergonômicos: qualquer fator que possa interferir nas características 
psicológicas e fisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua 
saúde. Exemplo: monotonia, posturas incorretas, ritmo de trabalho intenso, fadiga, 
preocupação, trabalhos físicos pesados e repetitivos. 
Riscos de acidentes / mecânicos: risco de ocorrência de um caso negativo do 
qual resulta uma lesão pessoal ou dano material. Os acidentes mais comuns são as 
queimaduras cortes e perfurações. Exemplo: arranjo físico inadequado, máquinas e 
equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação 
inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento 
inadequado, animais peçonhentos e ausência de sinalização. 
Figura 1 Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade. Fonte: www.google.com.br 
 
8 
 
Riscos químicos: exposição de agentes ou substâncias químicas na forma 
líquida, gasosa ou particulada, presentes nos ambientes ou processos de trabalho, 
que consigam atingir o organismo através via respiratória, por contato ou absorção 
da pele ou ingestão. Exemplo: poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras alcalinas, 
fumos metálicos, névoas, neblinas, gases, vapores e produtos químicos diversos. 
Os rótulos devem conter informações necessárias para que o produto seja 
manuseado com toda a segurança possível, conforme descrito no Quadro 1. Não se 
recomenda a reutilização de frasco de um produto para guardar algum outro 
diferente, ou até mesmo colocar outra etiqueta sobre a original, podendo causar 
algum tipo de acidente. 
Como os profissionais da saúde manipulam várias substâncias e compostos 
químicos, os efeitos tóxicos, carcinogênicos, teratogênicos e mutagênicos devem ser 
sempre cuidadosamente calculados e evitados. Tais atitudes impedem a maioria dos 
acidentes decorrentes de descuido, descaso, pressa e condições precárias de 
trabalho. 
 
 
Quadro 1 Símbolos de Risco e suas respectivas definições. Fonte: www.google.com.br 
 
9 
 
PRECAUÇÃO PADRÃO 
As precauções padrão são um conjunto de medidas, utilizadas para dimunir os 
riscos de transmissão de micro-organismos nos hospitais e constituem-se basicamente 
em: 
HIGIENE PESSOAL 
Com relação à higiene pessoal, alguns cuidados devem ser tomados, como por 
exemplo: 
 Cabelos: os cabelos longos devem ser mantidos presos durante os 
trabalhos; 
 Unhas: as unhas devem ser mantidas limpas e curtas, não ultrapassando a 
ponto dos dedos; 
 Calçados: usam-se exclusivamente sapatos fechados e de preferência 
impermeáveis e do tipo antiderrapante. Se houver muita umidade no local, 
usar botas de borracha. 
 Lentes de contato: recomenda-se a não utilização de lentes de contato em 
atividades com substâncias químicas, uma vez que podem sofrer ação de 
vapores ou reter substâncias que provoque irritação ou lesão nos olhos. Se 
for necessária a utilização das lentes de contato, estas não podem ser 
manuseadas durante o trabalho e necessitam de proteção com o uso de 
óculos de segurança. 
 Jóias e adereços: recomenda-se a utilização do mínimo possível, 
principalmente anéis que contenham reentrâncias, incrustações de pedras, 
bem como pulseiras e colares que possam tocar a superfícies de trabalho, 
vidrarias ou pacientes. 
 
PRECAUÇÕES DE CONTATO 
Está indicada para situações em que exista possibilidade de transmissão de 
agentes infecciosos por contato direto ou indireto. Isto é, contato entre pacientes, 
contato através do profissional de saúde (mãos) ou contato por meio de artigos. 
Quarto: Privativo ou comum para o mesmo microrganismo. 
Luvas: É obrigatório o uso de luvas para qualquer contato com o paciente. 
Trocas as luvas entre dois procedimentos diferentes no mesmo paciente. Descartar as 
luvas no próprio quarto e lavar as mãos imediatamente com anti-séptico degermante 
(clorexidina). 
 
10 
 
Avental: Usar sempre que houver possibilidade de contato das roupas do 
profissional com o paciente, com seu leito ou com material infectante. Se o paciente 
apresentar diarréia, ileostomia, colostomia ou ferida com secreção não contida por 
curativo, o avental passa a ser obrigatório ao entrar no quarto. Cada profissional deve 
utilizar um avental individual, que será dispensado ao final do plantão, ou antes, se 
houver sujeira visível. 
Transporte do paciente: Deverá ser evitado. Quando necessário o material 
infectante deverá estar contido com curativo, avental ou lençol, para evitar 
contaminação de superfícies. O profissional deverá seguir as precauções de contato 
durante todo o trajeto, para qualquer contato com o paciente. 
Artigos e equipamentos: São todos de uso exclusivo para o paciente, incluindo 
termômetro, estetoscópio e esfigmomanômetro. Devem ser limpos e desinfetados (ouesterilizados) após a alta. 
 
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS 
A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas. Algumas 
partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se resseca e fica suspensa no 
ar, podendo permanecer durante horas e atingir ambientes diferentes, inclusive 
quartos adjacentes (são carreados por corrente de ar). Destinam-se às situações de 
suspeita ou confirmação de tuberculose pulmonar ou laríngea, sarampo, varicela e 
herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido. 
Quarto privativo: Obrigatório, com porta fechada. Preferencialmente deverá 
dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e 6 trocas de ar por hora, com 
uso de filtro HEPA (central ou portátil). 
Máscara: É obrigatório o uso de máscara específica (PFF2 ou tipo N95) com 
capacidade de filtrar partículas. 
 
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS 
A transmissão por gotículas ocorre através do contato próximo com o 
paciente. Gotículas de tamanho considerado grande (>5m) são eliminadas durante a 
fala, respiração, tosse, e procedimentos como aspiração. Atingem até um metro de 
distância, e rapidamente se depositam no chão, cessando a transmissão. Portanto, a 
transmissão não ocorre em distâncias maiores, nem por períodos prolongados. 
Exemplos de doenças transmitidas por gotículas: Doença Meningocócica e Rubéola. 
Destinam-se para situações em que existam pacientes sob suspeita ou confirmação 
 
11 
 
da transmissão de microrganismos por via aérea (exceto para M. tuberculosis laríngea 
e pulmonar, sarampo, varicela e herpes-zóster disseminada ou em imunossuprimido). 
Quarto privativo: Obrigatório, privativo ou comum para o mesmo 
microrganismo, mantendo porta fechada. 
Máscara: É obrigatório o uso de máscara comum (tipo cirúrgica), durante o 
período de transmissibilidade de cada doença em particular, para todas as pessoas 
que entrarem no quarto. Deverá ser desprezada ao sair do quarto. 
Transporte do paciente: Deverá ser evitado. Quando necessário o paciente 
deverá sair do quarto utilizando máscara comum. 
Artigos e equipamentos: Deverão ser exclusivos ao paciente ou comum aos 
pacientes acometidos com o mesmo microrganismo. 
 
CONTROLE AMBIENTAL E EQUIPAMENTOS 
A implantação de procedimentos rotineiros e adequados para a limpeza e a 
desinfecção das superfícies ambientais: camas, equipamentos de cabeceiras e outras 
superfícies tocadas frequentemente dentro de ambientes hospitalares é de suma 
importância no combate a infecções hospitalares e á possibilidade de infecção pelo 
profissional da saúde. 
Com relação ao paciente, algumas medidas relevantes devem ser tomadas. 
Pacientes com micro-organismos altamente transmissíveis e/ou epidemiologicamente 
importantes devem ser colocadas em quartos privativos com banheiro e pias 
próprios. Quando tal instalação estiver disponível, estes pacientes devem ser alocados 
com companheiros de quarto infectados com o mesmo micro-organismo e com 
possibilidade mínima de infecção. 
Já com relação aos equipamentos utilizados em unidades de saúde, a rotina 
de limpeza e de desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos deve ser 
freqüente. Botões, alças de equipamentos, teclados, mouses e monitores que estão 
sujeitos a contato direto devem ser protegidos filme plástico (PVC), papel alumínio ou 
outros materiais próprios a este fim. Tal procedimento impede a aderência da 
sujidade, por facilitar a desinfecção. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
ROUPAS E CAMPOS DE USO NO PACIENTES 
Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e 
excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e das 
mucosas (olhos, nariz e boca), das roupas, e a transferência de microorganismos para 
pacientes e para o ambiente. 
O transporte e a manipulação destes utensílios devem ser feitos em sacos 
plásticos e os serviços que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um 
sistema de lavanderia, própria ou terceirizada, que garanta a desinfecção desta 
roupas. 
 
OBJETOS PERFURO-CORTANTES 
Os objetos perfuro-cortantes devem ser manipulados com cuidado e 
segurança, a fim de evitar, acidentes, e sempre descartados em caixas apropriadas, 
rígidas e impermeáveis, colocadas próximo à área em que os materiais são usados. As 
recomendações para manipulação de tais objetos são: 
 Nunca recapar agulhas ou scalp; 
 Nunca remover agulhas das seringas; 
 Não dobrar agulhas; 
 Não manipular os recipientes com perfuro-cortantes; 
 Transportar seringas e agulhas reutilizáveis para a área de limpeza e de 
esterilização sempre em caixa de inox ou bandeja; 
 
Local de Descarte de perfuro-cortante: 
 Todo material perfuro-cortante (agulhas, seringas, laminas de bisturi, vidraria 
quebrada, entre outros), mesmo que esterilizado, deve ser desprezado em 
recipientes resistentes à perfuração e com tampa, exemplo em figura 2; 
 Os recipientes específicos para descarte de materiais não devem ser 
preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser 
colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. 
 Mostre todos os materiais considerados perfuro-cortantes e informe a 
necessidade de serem descartados imediatamente após o uso; 
 O local adequado para os descartes de infectantes perfuro-cortantes deve ser 
em recipientes estanques, rígidos, com tampa e identificados (tipo 
DESCARTEX), localizados no local de sua geração; 
 
13 
 
 O funcionário deve ser informado como montar o recipiente rígido (tipo 
DESCARPACK) e qual o melhor local para colocá-lo (não deixá-lo no chão, em 
local úmido ou passível de respingo), figura 3; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 Caixa de descarte de perfuro-cortante e sua descrição. Fonte: www.google.com.br 
Figura 3 Montagem caixa de perfuro-cortante. Fonte: www.google.com.br 
 
14 
 
Vale ressaltar que todos os profissionais de saúde devem estar vacinados 
contra hepatite B e contra tétano, ambas as vacinas disponíveis na rede pública de 
saúde. 
 
LAVAGEM DAS MÃOS 
A importância das mãos na transmissão de infecção hospitalar é 
mundialmente conhecida, tornando-se sua higienização um procedimento essencial 
para a prevenção de infecções (NOGUERAS et al., 2001). Mesmo utilizando-se luvas 
para manipular materiais potencialmente infectantes e substâncias químicas, a 
necessidade de lavagem das mãos regularmente e de forma correta, não é 
dispensável. A lavagem das mãos é pratica prioritária e pode reduzir 
consideravelmente os casos de infecção. 
O objetivo é remover mecanicamente a sujidade e a maioria da flora transitória 
da pele. Assim, em boa parte dos casos, lavar bem as mãos com água e sabão é 
suficiente para a descontaminação. Já em situações de maior risco é recomendada a 
utilização de sabão germicida. 
As torneiras, preferencialmente, devem ser acionadas com o pé ou outro tipo 
de acionamento automático. Caso não estejam disponíveis, usa-se papel toalha para 
fechar a torneira, a fim de evitar a contaminação das mãos lavadas. 
A OMS preconiza a higienização das mãos em cinco momentos importantes, a 
saber: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 Cinco momentos higienização das mãos. Fonte: OMS 
 
15 
 
 
A higienização das mãos também é recomendada ao iniciar o turno de 
trabalho; sempre depois de ir ao banheiro; antes de beber e comer e ao final das 
atividades. 
Técnicas Assépticas Anti-sepsia: Segundo o Ministério da Saúde, é o conjunto 
de meios empregadospara impedir a proliferação microbiana. Utiliza-se este termo 
quando se emprega o uso de soluções germicidas e hipoalergênicas na pele e 
mucosas. As principais são: PVPI (polivinilpirrolidona iodo) ou povidine, Cloro-
hexidina (clorexidina), Álcool iodado 2%, água oxigenada 10volumes, nitrato de 
prata 1%, Violeta Genciana e tintura de iodo. 
Assepsia: Processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de 
determinado local ou objeto. 
Degermação: Remoção ou redução do número de bactérias na pele por meio 
de limpeza mecânica (escova com sabão ou detergentes), feita quando se lavam as 
mãos. 
 
Técnica de Higienização das mãos: 
A higienização das mãos, tanto com água e sabão quanto agente antisséptico, 
reduz a infecção. De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, o tempo 
gasto para a higienização das mãos deve ser de cinco minutos. O profissional de 
saúde deve fazer deste procedimento um hábito, seguindo sempre recomendações e 
etapas descritas na figura 5 para higienização com água e sabão e figura 6 para 
higienização com antisséptico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 Higienização das mãos com água e sabão. Fonte: www.google.com.br 
 
17 
 
 
Figura 6 Higienização das Mãos com Álcool a 70%. Fonte: www.google.com.br 
 
18 
 
Outras Recomendações: 
 Ficar em posição confortável, sem tocar na pia, e abrir a torneira, de 
preferência com a mão não dominante (destro, com a esquerda; e canhoto, 
com a mão direita); 
 Ensaboar as mãos e friccioná-las por cerca de 15 segundos, em todas as 
suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades dos 
dedos; 
 Enxaguar as mãos, retirando totalmente a espuma e os resíduos de sabão; 
 Enxugar com papel-toalha descartável. 
 
PROTEÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO: BARREIRAS DE PROTEÇÃO 
Todo local de trabalho, inclusive o laboratório e unidades hospitalares, deve 
apresentar barreiras de contenção de danos e um programa de segurança a fim de 
resguardas a integridade do profissional, proteger o meio ambiente de resíduos 
tóxicos e garantir o controle de qualidade do trabalho executado (SILVA, 1996). 
As barreiras de proteção são dividas em: 
 Barreiras primárias: consistem nos equipamentos de segurança e 
equipamentos de proteção individual e coletiva. 
 Barreiras secundárias: estão relacionados à construção do laboratório, 
localização e instalação físicas com a finalidade de gerar uma barreira de 
proteção para as pessoas dentro e fora do local de trabalho. Os tipos de 
barreiras secundárias dependem do risco de transmissão dos agentes 
específicos manipulados que podem ser exemplificados como: a localização 
distante do acesso público, a presença de sistemas de ventilação, 
especializados em assegurar o fluxo de ar unidirecionado e sistemas de 
tratamento de ar para a descontaminação ou remoção do ar liberado 
(BRASIL, 2006c). 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 
O uso de EPIs no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 
da Portaria nº 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho. O uso desses equipamentos 
deve ocorrer sempre que houver risco de contato com material contaminado e em 
procedimentos que utilize agentes potencialmente perigosos como sangue, fluidos 
 
19 
 
corporais, secreções ou excreções, visando à proteção da saúde e à integridade física 
do trabalhador. 
 
Luvas 
As luvas servem para promover uma barreira de proteção e seu uso reduz a 
possibilidade de transmissão de microorganismos que possam estar presentes nas 
mãos dos profissionais. Tal equipamento de proteção individual deve ser usado em 
procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, 
membranas mucosas, pele não integra e durante a manipulação de artigos 
contaminados. Não é recomendada a circulação pelo ambiente de trabalho, usando 
luvas, exceto durante o transporte de material contaminado. Outro cuidado a ser 
tomado é quanto ao contato com diferentes pacientes, fazendo-se necessário a troca 
de luvas entre o contato de pessoas distintas, com o objetivo de diminuir a 
possibilidade de transmissão cruzada de infecções e microorganismos. 
 
Tipos de luvas e indicação de uso 
As luvas são fabricadas em diferentes materiais para atender as diversas 
atividades e promover a melhor proteção possível. Os principais tipos de luvas são: 
 Luvas de Látex: utilizadas em trabalhos que envolvem contato com 
membranas, mucosas e lesões, no atendimento a pacientes e para 
procedimentos e diagnóstico. Podendo ser divididas em (Quadro 2): 
Luvas Estéreis (Cirúrgicas) Luvas Não Estéreis (Procedimento) 
 
 
Quadro 2 Ilustração dos tipos de luvas de Látex. Fonte: 
www.google.com.br 
 
 Luvas de cloreto de vinila (PVC): 
especialmente recomendadas para o 
 
20 
 
manuseio de determinados produtos químicos que irritam a pele ou 
causam deteriorização das luvas de procedimento (figura 7); 
 
 
 
 
 
 
 
Jaleco e gorro 
O jaleco (ou avental) tem como função prevenir a contaminação das roupas e 
proteger a pele dos profissionais durante a exposição à matéria orgânica ou química, 
reduzindo a transmissão de microorganismos. Este equipamento de proteção deve 
ser usado dentro da área técnica, mesmo quando não se esteja executando algum 
trabalho. 
O tipo de jaleco é selecionado de acordo com a atividade e quantidade de 
material a ser manipulado. Entretanto, recomenda-se o uso de jalecos de mangas 
longas e com elástico na extremidade confeccionando em tecido de algodão ou 
misto não inflamável, com fechamento frontal de botões ou preferencialmente de 
pressão e comprimento abaixo dos joelhos. O jaleco deve ser usado 
permanentemente fechado e lavado sempre que sujar, ou no mínimo, uma vez por 
semana. A lavagem domiciliar dos jalecos deve ser precedida de desinfecção, 
utilizando solução de hipoclorito de sódio a 0,02% por um período de 30 minutos. 
Para profissionais que trabalham com amostras potencialmente contaminadas 
com agentes biológicos classe 3 (mycobacterium tuberculosis ou histoplasma 
capsulatum), deve ser utilizado um jaleco exclusivo para a área restrita de manuseio 
destes agentes e descontaminação do avental feito em autoclave antes da lavagem 
normal. 
É proibido o uso de jalecos em elevadores, copas, refeitórios, toaletes e outros 
locais públicos, seu uso em áreas comuns só é permitido para o transporte de 
materiais biológicos, químicos, estéreis ou resíduos. 
O gorro estará indicado principalmente para profissionais que trabalham com 
procedimentos que envolvem dispersão de aerossóis, projeção de partículas e 
proteção de pacientes quanto o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. 
Figura 7 Luva de vinil. Fonte: 
www.google.com.br 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Protetor Facial e Ocular 
Esses equipamentos devem ser usados durante procedimentos e cuidados que 
possam gerar respingos de material. Servem para proteger a mucosa dos olhos, nariz 
e boca e impedir a transmissão por contato de patógenos. 
Existem diferentes tipos de máscaras com maior ou menos capacidade de 
retenção de partículas. A seleção é feita, considerando o agente biológico com o qual 
se vai trabalhar. As mascaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5µ de 
diâmetro, de uso único e durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá 
ocorrer quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis. Já os profissionais que 
trabalham com amostras potencialmente contaminadas com agentes classe 3 
utilizam máscaras com sistema de filtração que retenha nomínimo 95% das partículas 
menores que 0,3µ. 
Após o uso, os protetores ocular e facial (figura 9) devem ser desinfectados 
com hipoclorito 0,1%, evitando a utilização de álcool que prejudica o material de 
fabricação, e acondicionados de forma adequada. 
 
 
 
 
 
 
PROTETOR RESPIRATÓRIO 
Trata-se de um dispositivo com sistema de filtro a ser utilizado em áreas de alta 
contaminação com aerossóis de material biológico e manipulação de substâncias 
Figura 9 Protetor ocular e facial. Fonte: www.google.com.br 
 
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químicas com alto teor de evaporação, promovendo a integridade do aparelho 
respiratório. 
Esse equipamento é indicado ao entrar em quarto de isolamento de pacientes 
com tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela, e outras doenças transmitidas por 
via aérea. 
O protetor respiratório é de uso individual, intrasferível e reutilizável, com vida 
útil variável de acordo com o tipo de contaminante, concentração, freqüência 
respiratória do usuário e umidade do ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RETIRADA DOS EPI’S 
 
Máscara 
Respiratória Para 
2 Filtros 
 
Máscara 
Descartável N95 
 
Máscara 
Cirúrgica 
Descartável 
 
Máscara 
Descartável PFF1 
 
Máscara 
Descartável PFF2 
 
 
23 
 
Para uma maior segurança, a vestimenta e retirada dos equipamentos 
descritos anteriormente, devem seguir uma ordem correta. Esse procedimento evita 
não só a autocontaminação com também a disseminação por toda a vestimenta. 
 
Quadro 3 Sequência de Vestimenta e Retirada de EPI's. 
Sequência de Vestimenta de EPI’s Sequência de Retirada de EPI’s 
1ª Vestir o Jaleco 
2ª Máscara ou respirador 
3ª óculos de segurança ou Protetor Facial 
4ª Luvas 
1ª Retirar as luvas 
2ª Óculos de segurança ou protetor facial 
3ª Jaleco 
4ª Máscara ou Respirador 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCS) 
Os equipamentos de proteção coletivo (EPCs) são destinados à proteção do 
trabalhador, dos companheiros e técnicos de setores próximos, do meio ambiente e 
do produto ou pesquisa desenvolvida com a finalidade de minimizar a exposição dos 
trabalhadores aos riscos e, em casos de acidentes, reduzir suas conseqüências 
(TEIXEIRA, 1996). 
Entre os equipamentos de proteção coletiva estão (figura 10): 
 Chuveiro de emergência: chuveiro para banhos em caso de acidentes com 
produtos químicos e fogo. Deve ser colocado em local de fácil acesso e é 
acionado por alavancas de mãos cotovelos ou joelhos. 
 Lava-olhos: utilizado para lavação dos olhos em casos de respingos ou 
salpicos acidentais. 
 Cabines de segurança biológica – CSB: equipamentos projetados com 
sistemas de filtração de ar para que se possa ter uma área de trabalho 
segura para os diversos tipos de ensaios desenvolvidos no laboratório. 
 
 
 
 
 
 
PROC
ESSOS 
DE LIMPEZA HOSPITALAR 
 
24 
 
A limpeza do hospital começou a ser realizada a partir da relação de sujeira X 
infecção, os processos infecciosos se dão pela má ou a ausência de limpeza nos 
hospitais. A limpeza hospitalar é considerada como a limpeza de superfícies fixas e 
equipamentos permanentes das diversas áreas hospitalares o que inclui pisos, 
paredes, janelas, mobiliários, equipamentos, instalações sanitárias, ar condicionado e 
caixas d’água. São realizados 3 tipos de limpeza dentro de uma unidade hospitalar: 
Diária: realizada diariamente com água e sabão com fricção mecânica após 
retirada total do lixo. Concorrente: é aquela realizada nas dependências do paciente, 
onde se retira papéis, arruma a mesinha, recolhe a roupa suja, utiliza-se pano seco ou 
pano úmido com sabão e posteriormente álcool 70% em todos o mobiliário do 
paciente. 
Terminal: realizada após a alta do paciente ou óbito, utiliza-se água, sabão e 
desinfetante em chão, paredes e mobiliário. As soluções usadas para essa desinfecção 
são o álcool a 70% (friccionado pelo menos 3 vezes) e hipoclorito de sódio (água 
sanitária) que deverá agir por pelo menos 10 minutos sobre a superfície ou 
equipamento. 
 
ÁREAS HOSPITALARES 
Área crítica: Aquela que possui maior risco de infecção pelas atividades 
desenvolvidas e pela presença de pacientes graves, ex: Centro cirúrgico, UTI. 
 Área semi-critica: São ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de 
baixa transmissibilidade e doenças não-infecciosas com enfermarias e ambulatórios 
oferecem menor risco de contaminação para o cliente. 
Área não critica: Áreas onde não são ocupadas por pacientes e não realizam 
procedimentos como as áreas administrativas e de circulação estas, não oferecem 
risco nenhum de contaminação. Substâncias de desinfecção e esterilização 
Esterilização - Destruição total de agentes infecciosos, microorganismos e esporos. 
Líquidos – Artigos termossensíveis são imersos na solução em recipientes de plástico 
ou vidro colocando uma compressa no fundo para não haver contato com outros 
artigos, garantir a ventilação do local (para não haver intoxicação), respeitar o tempo 
de imersão segundo as informações dos fabricantes mantendo o recipiente fechado 
enxaguar abundantemente com água esterilizada de acordo com a técnica asséptica, 
secar com compressa estéril, acondicionar o artigo em invólucro adequado. 
 
25 
 
Glutaraldeído a 2% para artigos como enxertos de acrílico, cateteres, drenos, 
tubos de polietileno, nylon, tubos de silicone, PVC, metálicos (10hs para esterilização). 
Formaldeído a 8% ou 10% mesmos artigos do glutaraldeído (18hs para esterilização). 
Gasosos – Realizado com gases altamente tóxicos em ambientes 
especializados. Óxido de etileno EtO indicado para esterilização de marca-passos, 
próteses e instrumentos de hemodinâmica, acessório de respiradores, materiais com 
fibra ótica de laparoscopia, astroscopia, ventriculoscopia e coledoscopia. 
Desinfecção – Processo de destruição de microrganismo em sua forma 
vegetativa, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos em materiais 
inanimados. Usado na presença de material orgânico e contaminação. 
Tipos de artigos: Críticos: São aqueles que penetram através da pele e mucosas 
atingindo os tecidos subepiteliais e o sistema vascular. Ex.: Instrumentos de corte ou 
de ponta, pinças, afastadores, próteses ou fios, cateteres venosos, drenos, roupas 
utilizadas em atos cirúrgicos. 
Semi-críticos: São aqueles que entram em contato com somente com a pele 
não íntegra ou com mucosas íntegras. Ex.: Equipamentos de anestesia e assistência 
ventilatória, cateteres vesicais, traquéias e sondas gástricas, endoscópios 
medicamentos orais e inaláveis pratos, talheres e alimentos. 
Não-críticos: São os que entram em contato com a pele íntegra e ainda os que 
não entram em contato direto com o paciente. Ex.: termômetros, mesas e aparelhos 
de Raio X, incubadoras, microscópios cirúrgicos, telefones e mobiliário geral, artigos 
de higiene do paciente. 
 
LIXO HOSPITALAR 
A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece regras 
nacionais sobre o acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar gerado de 
acordo com a classificação do lixo (RDC 33/03). Essa classificação é a seguinte: 
Grupo A: São aqueles lixos potencialmente infectantes. Ex.: bolsa de sangue. 
Grupo B: Lixo químico, aqueles que contenham substâncias químicas 
capazes de causar dano à saúde. Ex.: medicamentos para câncer, reagentes para 
laboratórios. 
Grupo C: São os artigos radioativos, materiais que contenham radioatividade 
acima do padrão. Ex.: césio 137. 
Grupo D: Resíduos comuns, qualquer lixo que não tenha sido contaminado. 
Ex.: gesso, luvas, gazes,papel. 
 
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ACIDENTE DE TRABALHO RELACIONADO AO MANEJO DO LIXO 
Todo lixo deve ser armazenado e descartado em recipiente próprio de acordo 
com sua classificação e o uso de EPI é indispensável a fim de evitar possíveis acidentes 
de trabalho.

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