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Ética Profissional - AE

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2 
 
 
ÉTICA .............................................................................................................................................. 4 
O que é ética? ............................................................................................................................... 4 
CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................................... 5 
O HOMEM ....................................................................................................................................... 5 
A VIDA ............................................................................................................................................ 5 
A SAÚDE ......................................................................................................................................... 6 
LEGITIMAÇÃO DOS VALORES E REGRAS MORAIS ............................................................. 6 
OBJETIVOS DA ÉTICA ................................................................................................................. 7 
ÉTICA DAS PROFISSÕES ............................................................................................................. 7 
ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................................................................. 7 
O que é Ética Profissional? .......................................................................................................... 8 
A ÉTICA NO CAMPO DA SAÚDE ............................................................................................. 10 
A ÉTICA NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES SOCIAIS ................................................................. 11 
ÉTICA NA ENFERMAGEM ........................................................................................................ 12 
NATUREZA DISTINTA ............................................................................................................... 12 
TÓPICOS NA ÉTICA NA ENFERMAGEM ................................................................................ 13 
Ética Profissional e atividade voluntária: ................................................................................... 13 
VIRTUDES PROFISSIONAIS ...................................................................................................... 14 
CLASSES PROFISSIONAIS ........................................................................................................ 17 
TRABALHO EM EQUIPE ............................................................................................................ 20 
E o trabalho de equipe? .............................................................................................................. 20 
Mas... Como fazer para que a integração aconteça? .................................................................. 20 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL ........................................................................................ 22 
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM .......................................... 23 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................. 24 
CAPÍTULO I .................................................................................................................................. 25 
RESPONSABILIDADES E DEVERES ........................................................................................ 25 
ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL ........................................ 38 
1- Responsabilidade Profissional: .............................................................................................. 39 
2- Distinção Entre a Norma Jurídica da Moral (Direito X Moral): ............................................ 39 
3- Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem: .............................................................. 39 
4- Responsabilidades Éticas: ...................................................................................................... 40 
5- Dos Direitos: .......................................................................................................................... 40 
6- Dos Deveres: .......................................................................................................................... 40 
7- Responsabilidade Civil e Penal:............................................................................................. 40 
8- Responsabilidade Civil: ......................................................................................................... 41 
9- Responsabilidade Penal: ........................................................................................................ 41 
10- Imprudência: ........................................................................................................................ 41 
11- Negligência: ......................................................................................................................... 42 
12- Imperícia: ............................................................................................................................. 42 
13- Segredo Profissional: ........................................................................................................... 43 
14- Princípio da Legalidade: ...................................................................................................... 43 
SER RESPONSÁVEL X TER RESPONSABILIDADE .............................................................. 46 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 48 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
ÉTICA 
A humanidade tem assistido a muitas 
mudanças em quase todos os sentidos da vida 
humana. O desenvolvimento tecnológico está 
atingindo termos jamais antes imaginados ou mesmo 
concebido pelo ser humano. As mudanças 
decorrentes da evolução e dos acontecimentos 
históricos são muito significativas e representam um 
exemplo do que pode acontecer com os esforços de 
criação da mente humana. 
Nos campos das descobertas da medicina, da 
indústria, da tecnologia, jamais se assistiu tamanho 
desenvolvimento. Assistimos a um aumento de velocidade de produção de informações 
nunca conhecidos. 
Em face das conquistas tecnológicas atuais, a ética está mais do que nunca 
presente nos debates a respeito do comportamento humano e o seu estudo é sempre 
necessário em decorrência da necessidade das pessoas orientarem seu comportamento 
de acordo com a nova realidade na vida social. 
Assim, a Ética é o conjunto de normas morais pelo qual o indivíduo deve orientar 
seu comportamento na profissão que exerce e é de fundamental importância em todas 
as profissões e para todo ser humano, para que possamos viver relativamente bem em 
sociedade. Com o crescimento desenfreado do mundo globalizado, muitas vezes 
deixamos nos levar pela pressão exercida em busca de produção, pois o mercado de 
trabalho está cada vez mais competitivo e exigente, e as vezes não nos deixa tempo para 
refletir sobre nossas atitudes. 
Temos que ter a consciência de que nossos atos podem influenciar na vida dos 
outros e que nossa liberdade acarreta em responsabilidade. De forma ampla a Ética é 
definida como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca 
do bem comum e da realização individual. 
 
O que é ética? 
Pode-se dizer que, no cotidiano, a ética aparece por meio de nossas ações e 
atitudes, as quais são classificadascomo “boas” ou “ruins” pela sociedade. Isto é, nossas 
 
5 
 
atitudes são aprovadas ou reprovadas socialmente, uma vez que são reconhecidas como 
adequadas ou não aos valores morais que norteiam nossa sociedade. 
É preciso observar, no entanto, que há valores morais próprios de outras 
sociedades e que, muitas vezes, esses valores são diferentes dos nossos. 
A intolerância de um povo em relação aos valores de outros povos, 
frequentemente, acaba em luta, briga, ou guerra. 
Se olharmos à nossa volta e se conversarmos com familiares, com pessoas de 
gerações passadas e de diferentes classes sociais, vamos perceber que os valores e as 
regras do bem agir variam de lugar para lugar e se modificam ao longo do tempo. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Entre as criaturas de Deus, apenas os homens são dotados de uma natureza 
espiritual. A alma humana possui inteligência e vontade. Pela inteligência nós 
percebemos o “ser” das coisas e pela vontade escolhemos uma direção, um fim para 
nossas vidas. 
 
O HOMEM 
Foi criado por Deus à sua imagem e semelhança. É dotado de inteligência e 
vontade, características que o distinguem de todos os outros seres. Portador de 
imortalidade, tende sempre para Deus. 
 Somente o homem pode optar pelo bem ou pelo mal, graças à inteligência e à 
liberdade. O homem é uma entidade única no universo, que toma decisões e é 
moralmente responsável. 
 
A VIDA 
Desde que é anunciada, a vida, em qualquer circunstância, merece um sublime e 
incomensurável respeito. Para que exista de fato esta atenção pela vida de outrem, é 
necessário que o ser humano ame e reverencie sua própria vida, porque ela é, acima de 
tudo, o instrumento do bem utilizado por todos os homens. 
 O direito a vida é o mais fundamental dos direitos do homem, sendo inalienável. 
Por sua vez, o dever é enaltecido com muito entusiasmo. 
 
 
 
 
6 
 
A SAÚDE 
A saúde é o estado de completo bem estar físico, social e mental e não somente a 
ausência de enfermidade (OMS). 
A saúde não é puramente negativa, como se consiste na 
simples exclusão da doença corporal e das forças físicas, como se a saúde 
mental, em particular, não exprimisse mais do que a ausência de toda 
alienação ou anomalia. Ela comporta positivamente o bem estar físico, 
espiritual e social da humanidade, como uma das condições da paz 
universal e da segurança comum. Longe de considerar a saúde objeto da 
ordem exclusivamente biológica, sublinhamos a importância das forças 
religiosas e morais para mantê-la e sempre a incluímos no número das 
condições para a dignidade e o bem estar da humanidade, de seu bem 
corporal e espiritual, temporal e eterno (Escola Técnica de Enfermagem - 
Catarina Labouré. Psicologia aplicada e Ética Profissional, p. 25). 
 
LEGITIMAÇÃO DOS VALORES E REGRAS MORAIS 
 
 Diz-se que uma pessoa possui um valor e legitima as normas decorrentes quando, 
sem controle externo, pauta sua conduta por elas. Por exemplo, alguém que não rouba 
por medo de ser preso não legitima a norma “não roubar”: apenas a segue por medo do 
castigo e, na certeza da impunidade, não a seguirá. Em compensação, diz-se que uma 
pessoa legitima a regra em questão ao segui-la independentemente de ser 
surpreendida, ou seja, se estiver intimamente convicta de que essa regra representa um 
bem moral. 
Mas o que leva alguém a pautar suas condutas segundo certas regras? Como 
alguns valores tornam-se traduções de um ideal de Bem, gerando deveres? 
Seria mentir por omissão não dizer que falta consenso entre os especialistas a 
respeito de como um indivíduo chega a legitimar determinadas regras e conduzir-se 
coerentemente com elas. 
Para uns, trata-se de simples costume: os hábitos de certas condutas validam-nas. 
Para outros, a equação deveria ser invertida: determinadas condutas são consideradas 
boas, portanto, devem ser praticadas; neste caso, o juízo seria o carro-chefe da 
legitimação das regras. Para outros ainda, processos inconscientes (portanto, ignorados 
 
7 
 
do próprio sujeito, e, em geral, constituídos durante a infância) seriam os determinantes 
da conduta moral. E há outras teorias mais. 
 
OBJETIVOS DA ÉTICA 
A Ética é a ciência que ensina o homem a agir corretamente. O homem não quer 
apenas viver, mas viver bem. Não se deve entender este bem como uma preocupação 
egoísta de conseguir valores materiais, senão como um aperfeiçoamento moral capaz de 
integrar a aspiração de cada um aos interesses de todos. O objetivo da Ética é a 
aquisição de hábitos bons, que contribuam para a formação do caráter nobre, levando o 
indivíduo a ser e agir de maneira íntegra e honrada. 
 A Ética profissional mantém o homem dentro de um padrão de comportamento, 
ditando-lhe aquilo que deve fazer e aquilo que deve evitar a fim de ser um bom 
profissional. Assim, temos a ética médica, a ética dos advogados, dos padres, dos 
enfermeiros, dos odontólogos, etc. 
 A observância dos princípios éticos próprios de cada profissão impõe-se a todos 
aqueles que abraçam como uma necessidade. 
 
ÉTICA DAS PROFISSÕES 
 
 No que diz respeito às profissões liberais, não é honesto distorcer o exercício da 
profissão de sua finalidade de serviço ao cliente para a mera oportunidade de ganhar 
dinheiro. 
 A remuneração pela prestação de serviço é um direito justo do profissional, mas o 
que não é moralmente lícito é oferecer um serviço profissional quando se sabe que ele 
não é efetivamente útil ao cliente, só serve para ganhar dinheiro. Isto equivale a roubo. 
 Na realização do trabalho profissional é preciso ter sempre presente o serviço ao 
cliente, aquilo que ele tem necessidade, realmente. Viver o amor para com ele, ajudar a 
encontrar a sua necessidade real e, consequentemente, adequar a própria atividade 
profissional. 
 
ÉTICA PROFISSIONAL 
Ética ou “Ciência da Moral” é o conjunto de princípios morais que regem os 
direitos e deveres de um indivíduo ou de uma organização, dentro de um determinado 
setor de trabalho. Neste último caso, temos a “Ética Profissional”. 
 
8 
 
 
O que é Ética Profissional? 
 
É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas 
três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo 
sobreposições. 
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa 
previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam. 
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de 
garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma 
identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial 
moral comum. 
O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas 
fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área 
geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores 
afirmam que o Direito é um subconjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a 
conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a 
existência de conflitos entre a Moral e o Direito. A desobediência civil ocorre quando 
argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Este é um 
exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, 
podem ter perspectivas discordantes. 
A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou 
injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas 
para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e 
Direito - pois não estabelece regras. Estareflexão sobre a ação humana é que caracteriza 
a Ética. 
 
A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve 
ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-
la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você 
é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao 
assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu. 
Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e 
habilidades referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a 
 
9 
 
reflexão, desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível 
superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com 
a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da 
chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras 
estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício. 
Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou 
paralelamente aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos 
ou em área que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da 
responsabilidade assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar 
numa área que não escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como 
emprego por precisar trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não 
pretende seguir carreira, não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que 
temporariamente, a uma classe, e há deveres a cumprir. 
Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado 
durante o dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará 
pensando sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua 
prática atual. 
 
Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres 
assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo 
suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como 
deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo. 
Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo 
adequadamente? Realizo corretamente minha atividade? 
É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão 
descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades 
que uma pessoa pode exercer. 
Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando 
a atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior 
de atividades que dependem do bom desempenho desta. 
Uma postura proativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a 
você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja 
temporário. 
 
10 
 
Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, 
mas você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo 
futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água 
quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo 
estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas 
se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas que 
você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor. 
Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você 
esteja aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, 
seja qual for sua atividade profissional. E, se não surgir outro trabalho, certamente sua 
vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é 
preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, 
criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, 
às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua 
realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada a 
seu viver. 
E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter 
de ser um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um 
colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom. 
 
A ÉTICA NO CAMPO DA SAÚDE 
 A saúde é antes de tudo um estado da harmonia e de equilíbrio, e não apenas 
ausência de doenças. Por isso mesmo, o profissional de saúde, seja ele médico, 
enfermeiro, assistente social, técnico em saúde, ou sanitarista, tal como educador, 
precisa ser um exemplo de harmonia. Ora, a verdadeira harmonia resulta justamente da 
coligação dos valores éticos, estéticos e espirituais. 
 Estes por sua vez resultam de uma boa circulação da energia vital através dos 
centros energéticos, permitindo a expressão benéfica das vibrações de amor, alegria e 
beleza e a inspiração constante da sabedoria. Por isso, o profissional de saúde é antes de 
tudo um educador. Neste nível de compreensão, é difícil separar saúde de educação. 
Mas assim mesmo os profissionais da saúde têm questões peculiares de Ética, sobretudo 
quando lidam com doenças. 
 O conflito entre motivações e valores está constantemente presente e desafia o 
profissional da saúde, mais particularmente o médico e o enfermeiro. Atender um 
 
11 
 
chamado no meio da noite ou a uma emergência no meio de uma refeição ou da 
convivência com entes queridos coloca em confronto amor altruísta com necessidades 
pessoais. 
 Tratar e curar exigem dedicação, abnegação, compaixão e amor. Muito mais que 
isso, a presença da energia amorosa é altamente benéfica e curativa. 
 Como cientista, o médico precisa cultivar a verdade, sabendo expressá-la com 
amor e discernimento, pois a verdade, através do poder de sugestão, pode reforçar a 
cura se for positiva ou pode matar se for uma notícia ruim. O efeito placebo da sugestão 
mostra o quanto esse fator é importante. 
 Convém citar também a modéstia como indispensável não só para reconhecer os 
próprios limites e aceitar a colaboração de colegas, como para estimular a cooperação 
ativa do paciente. 
 
A ÉTICA NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES SOCIAIS 
A Ética no âmbito das relações sociais afirma explicitamente que a pessoa 
humana é e deve ser o princípio, o sujeito e o fim de todas as instituições sociais. 
(Psicologia aplicada e ética profissional, p. 27). A vida social é criação sua, nela se 
concretiza e se realiza a liberdade do homem; a ordem social e o progresso devem 
ordenar-se incessantemente para o bem das pessoas, pois a organização das coisas deve 
subordinar-se à ordem das pessoas e não o contrário. 
O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da 
chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado 
para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos 
internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a 
limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude 
ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza 
o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma 
eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo 
que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do 
que com os deveres profissionais, com as PESSOAS. 
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os 
profissionais,a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele 
profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do 
 
12 
 
comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente 
de receber elogios, faz A COISA CERTA. 
 
ÉTICA NA ENFERMAGEM 
A ética na enfermagem é o ramo da ética que analisa as atividades da 
enfermagem. Esta divide vários princípios com a ética médica, tais como beneficência, 
não maleficência e respeito à autonomia. Pode ser distinguida pela sua ênfase em 
relacionamentos, manutenção da dignidade e cuidado colaborativo. 
A natureza da enfermagem significa que o ramo da ética de enfermagem tende a 
examinar as éticas de cuidado ao invés da ética da cura, explorando o relacionamento 
entre o enfermeiro e o paciente. Tentativas iniciais para definir ética na enfermagem 
concentraram-se primariamente na ética da virtude que faria um enfermeiro bom, ao 
invés de analisar quais as condutas necessárias para respeitar os direitos humanos da 
pessoa no cuidado do enfermeiro. Porém, na era moderna, a ética da enfermagem tem 
analisado mais as obrigações dos enfermeiros para respeitar estes direitos, isto sendo 
refletido em códigos de ética profissionais de enfermagem. Por exemplo, a importância 
de respeitar os direitos humanos na enfermagem está escrito explicitamente no 
Conselho Internacional de Enfermeiros. 
 
NATUREZA DISTINTA 
Embora muito da ética de enfermagem apareça similar à ética médica, existem 
fatores que diferenciam a primeira da segunda. O foco da ética da enfermagem é o 
desenvolvimento de uma relação enfermeiro-paciente, isto produzindo algumas 
diferenças. Por exemplo, um princípio bem estabelecido da ética médica tradicional é 
beneficência. Enquanto que a ética médica tradicional permitiria que este conceito fosse 
expressado via paternalismo, o último não é compatível com a ética da enfermagem. Isto 
porque a teoria da enfermagem busca uma relação colaborativa do enfermeiro com o 
paciente. Tópicos que dão ênfase ao respeito para autonomia e a manutenção da 
dignidade do paciente através da advocacia da possibilidade de escolhas por parte do 
paciente é comum na ética da enfermagem. Isto é em contraste com a prática 
paternalística onde o profissional da saúde toma decisões baseado no que ele ou ela 
acredita ser a melhor decisão para o paciente. 
A distinção pode ser examinada em um ângulo diferente. Apesar do aumento da 
ênfase em tópicos deontológicos por alguns, interesse na ética da virtua ainda existe, 
 
13 
 
bem como suporte por uma ética de cuidado. Isto é considerado pelos proponentes da 
ética da enfermagem como colocando maior ênfase em relações do que princípios, e, 
portanto, refletindo o relacionamento enfermeiro-paciente na enfermagem mais 
precisamente do que outras visões éticas. 
 
TÓPICOS NA ÉTICA NA ENFERMAGEM 
Enfermeiros buscam defender a dignidade dos pacientes. Em termos da teoria 
ética, isto pode ser interpretado como respeito por autonomia. O papel dos enfermeiros 
é o de permitir que pacientes possam tomar decisões sobre seu próprio tratamento. 
Entre outros temas, esta advocacia permite que o paciente tome decisões consentidas 
que o enfermeiro, bem como outros profissionais da área da saúde. Embora muito do 
debate esteja na discussão de casos onde pacientes não podem realizar decisões sobre 
seu próprio tratamento devido à incapacitação, por exemplo, por causa de uma doença 
mental. Um jeito de manter autonomia em casos de incapacitação é o uso de uma 
declaração antecipada de vontade, e portanto, evitando paternalismo. 
Outro tópico é confidencialidade, que é um princípio importante em vários 
códigos de enfermagem. Confidencialidade trata de informações do paciente que 
devem ser apenas utilizadas para fins do tratamento do paciente, e entre os profissionais 
da saúde envolvidos no cuidado do paciente. Uma importante exceção é quando a 
informação deve ser divulgada para terceiros, devido à lei (abuso de menores) ou 
preservar vida. 
Honestidade é um tópico que trata sobre contar a verdade em interações com o 
paciente. Existe uma balança entre o fornecimento de informação para o paciente para 
que estes tomem decisões bem informadas, e evitar estresse por causa da verdade. 
Geralmente, a balança é em favor da verdade, devido ao respeito da autonomia, 
embora pacientes por vezes podem pedir para não serem contados a verdade, ou 
podem não ter a capacidade de compreender as implicações. 
Enfermeiros podem atuar de forma a manter a dignidade do paciente através da 
observação dos princípios acima, embora estes tópicos sejam frequentemente 
desafiados por outros fatores, tais como regras institucionais ou ambientais. 
 
Ética Profissional e atividade voluntária: 
 Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é 
regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou atividade que exerce, em 
 
14 
 
oposição a Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce atividade 
voluntária não seria profissional, e esta é uma conceituação polêmica. 
Em realidade, Voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática 
Profissional não remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em 
beneficência, por um período determinado ou não. 
Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que 
age, na atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo 
exercício profissional se este fosse remunerado. 
Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou 
em outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas 
de matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais 
importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam dele! 
Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado 
que você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida. 
 
É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as 
mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos 
aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-
disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência. 
Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, 
confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, 
afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas, 
responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você... 
Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis! 
 
VIRTUDES PROFISSIONAIS 
Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser 
levadas em conta as qualidades pessoais que concorrem para o enriquecimento de sua 
atuação profissional, facilitando o exercício da profissão. 
Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, 
aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade, 
consegue incorporá-las à sua personalidade, tentando vivenciá-las ao lado dos deveres 
profissionais. 
 
15 
 
Só pessoas que tenham autoestima e sentimento de poder próprio são capazes 
de assumir responsabilidade, pois elas sentem um sentido na vida, alcançando metas 
sobre as quais concordam previamente e pelas quais assumiram responsabilidade real, 
de maneira consciente. 
As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, 
a iniciativa, capaz de colocá-las em movimento e, assim, tomar a iniciativade fazer algo 
no interesse da organização significa demonstrar lealdade pela organização. Em um 
contexto de empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto 
no interesse da organização ou da equipe, mas também assumir responsabilidade por 
sua complementação. 
Dentre as qualidades que consideramos mais importantes no exercício de uma 
profissão, está a honestidade que se relaciona com a confiança que nos é depositada, 
com a responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. É 
muito fácil encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, pelo 
enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança 
coletiva de uma coletividade. 
Os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma profissão são muitos. 
Um psicanalista, abusando de sua profissão ao induzir um paciente a cometer adultério, 
está sendo desonesto. Um contabilista que, para conseguir aumentos de honorários, 
retém os livros de um comerciante, está sendo desonesto. A honestidade é a primeira 
virtude no campo profissional. É um princípio que não admite relatividade, tolerância ou 
interpretações circunstanciais. 
O Sigilo também é uma das qualidades consideradas de maior importância, senão 
o maior deles dentro de uma profissão. O respeito aos segredos das pessoas, deve ser 
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito 
importante. Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de 
silêncio é obrigatória. Hábitos pessoais, dentre outros, devem ser mantidos em sigilo e 
sua revelação pode representar sérios problemas para a empresa ou para os clientes do 
profissional. 
Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de 
forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre, 
como afirma Aristóteles, p.24: "a função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom 
citarista é tocá-la bem". 
 
16 
 
É de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área 
de atuação. Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por 
determinada tarefa, mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços 
quando não se tem a devida capacitação para executá-lo. Pacientes que morrem ou 
ficam aleijados por incompetência médica, causas que são perdidas pela incompetência 
de advogados, prédios que desabam por erros de cálculo em engenharia, são apenas 
alguns exemplos de quanto se deve investir na busca da competência. 
A prudência é uma das qualidades que faz com que o profissional analise 
situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e 
minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a serem 
tomadas. A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os 
julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis. 
A coragem é uma das qualidades mais exigidas a todos os profissionais. Todo 
profissional precisa ter coragem, pois "o homem que evita e teme a tudo, não enfrenta 
coisa alguma, torna-se um covarde" (Aristóteles, p.37). A coragem nos ajuda a reagir às 
críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos cônscios de 
nosso dever. Ajuda-nos também a não ter medo de defender a verdade e a justiça, 
principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem 
comum. 
A perseverança é uma qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois 
todo trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser 
superados, prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções 
ou mágoas. É louvável a perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os 
problemas do subdesenvolvimento. 
Compreensão é uma qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem 
aceito pelos que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o 
diálogo, tão importante no relacionamento profissional. Porém, não podemos confundir 
compreensão com fraqueza, para que o profissional não se deixe levar por opiniões ou 
atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu trabalho, para que não se percam 
os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão. 
Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. 
A compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em 
benefício de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada. 
 
17 
 
O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da 
verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de 
pessoas. A humildade representa a autoanálise que todo profissional deve praticar em 
função de sua atividade profissional, para reconhecer melhor suas limitações, buscando 
a colaboração de outros profissionais mais capazes, quando tiver esta necessidade, 
numa busca constante de aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de 
melhor interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com 
subserviência ou dependência e, quase sempre, lhe é atribuído um sentido depreciativo. 
Imparcialidade é uma qualidade tão importante que assume as características do 
dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos, a 
defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição 
justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a 
justiça depende muito da imparcialidade. 
Otimismo em face das perspectivas das sociedades modernas é uma das 
qualidades em que o profissional precisa mais estar dedicado, pois é imperativo que o 
profissional seja otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, 
no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor. 
 
CLASSES PROFISSIONAIS 
Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho 
executado, pela natureza do conhecimento exigido para tal execução e pela identidade 
de habilitação para o exercício da mesma. A classe profissional é um grupo dentro da 
sociedade, específico, definido por sua especialidade de desempenho de tarefa. 
A divisão do trabalho é antiga e está ligada à vocação de cada um para 
determinadas tarefas e às circunstâncias que obrigam, muitas vezes, a assumir esse ou 
aquele trabalho; ficou prático para o homem, em comunidade, transferir tarefas e 
executar a sua. A união dos que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e 
hoje se acha não só regulada por lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de 
classe, como os códigos de ética. 
O termo, Ética refere-se aos padrões de conduta moral, isto é, padrões de 
comportamento relativos ao paciente, ao patrão e aos colegas de trabalho. Ter boa 
capacidade de discernimento significa saber o que é certo e o que é errado, e como agir 
para chegar ao equilíbrio. 
 
18 
 
Os pontos de ética enumerados foram compilados por diferentes autores. A lista 
pode não ser completa, mas contém os pontos mais importantes e mais tarde, quando 
você se familiarizar com o programa de enfermagem poderá acrescentar algo na lista. 
Respeite todas as confidencias que seus pacientes lhe fizerem durante o serviço. 
Jamais comente em público durante as horas de folga, qualquer incidente 
ocorrido no hospital nem de informações sobre seu doente. Qualquer pergunta que lhe 
for feita sobre os cuidados que ele recebe, bem como de suas condições atuais e 
prognosticas, por seus familiares, deverá ser relatada ao supervisor. 
Evite maledicências- jamais critique seu supervisor ou seuscolegas de trabalho na 
presença de outros funcionários ou dos enfermos. 
Respeite sempre a intimidade de seus paciente. Bata de leve á porta antes de 
entrar no quarto. Cubra-o antes de executar qualquer posição. Cuide para que haja 
sempre lençóis disponíveis para exames e posições terapêuticas. 
A ficha do paciente contém informação privada e deve ser guardada. Apenas as 
pessoas diretamente envolvidas no seu atendimento podem ter acesso a ela. 
Demonstre respeito por seus colegas de trabalho em qualquer ocasião. Seja leal a 
seus chefes. Trate-os assim como a seus pacientes, pelo sobrenome, em sinal de respeito. 
Nunca recorra a apelidos, doenças ou número de quarto para se referir aos doentes. 
Aceite suas responsabilidades de bom grado. Antecipe-se ao chamado do 
paciente; procurando adivinhar-lhe as necessidades. É importante que você não exceda 
suas responsabilidades nem sua habilidade. Conheça bem seu trabalho. 
Tenha cuidado com os objetos ao paciente, para prevenir posteriores 
complicações, tanto para você quanto para o hospital. Guarde os objetos pessoais do 
doente, isto é, dinheiro, jóias, como se fossem seus. Cuide para que os objetos de valor 
sejam guardados no cofre do hospital. 
Assuma a responsabilidade de seus erros e falhas de julgamento, levando-se logo 
ao conhecimento do supervisor, do contrario, você poderá colocar em risco sua própria 
pessoa, o paciente e o hospital. 
O bom atendimento ao enfermo não permitir que haja preconceitos de raça, 
religião ou cor. Dispense a todos a mesma consideração e o mesmo respeito, e dê-lhes o 
melhor de si. 
Recorra á igreja da qual faz parte do paciente sempre que necessário. Nunca se 
coloque na posição de conselheiro espiritual, mas esteja ciente de sua obrigação, em 
 
19 
 
providenciar este tipo de apoio sempre que necessário. Comunique ao supervisor 
quando o paciente exigir um apoio religioso especial. 
Não comente sua vida nem seus problemas pessoais ou familiares com seus 
doentes a não ser em termos gerais. 
Falar alto e fazer muito barulho é um comportamento impróprio que incomoda 
ao paciente e a seus familiares. Ande não corra, mesmo em situações de emergência. 
Ter boas maneiras é uma obrigação. Os visitantes são convidados dentro do 
hospital. Se você os tratar com respeito e cortesia, eles confiarão mais em você e no 
hospital. 
Gratificações, como dinheiro, presentes e gorjetas por parte dos pacientes, devem 
ser recusadas. 
Não faça refeições no quarto do enfermo nem no local onde é preparada sua 
comida. Não é permitido comer restos deixados pelo doente e nem servir-se da comida 
que lhe é destinada. 
Use com moderação o material fornecido pelo hospital. Tenha cuidado com os 
equipamentos. Levar para casa objetos de propriedades do hospital, como termômetros, 
canetas e loção para as mãos é roubo. 
Durante a carreira de enfermagem você encontrará certos tipos especiais de 
pacientes, como viciados em drogas, alcoólicos, criminosos, suicidas e pervertidos 
sexuais. Não deixe que sua simpatia e antipatia pessoal interfiram no atendimento a essa 
espécie de doente. Não permita, tampouco, que a condição social ou econômica do 
paciente modifique a qualidade do atendimento que você dispensa. 
Tirar medicamentos da reserva do hospital ou do paciente é roubo. Não se 
aproveite da presença do médico para lhe pedir que prescreva medicação para você ou 
seus familiares. 
Nunca faça diagnóstico nem medicação para os pacientes, para seus familiares e 
amigos, porque isso constitui exercício ilegal da Medicina. 
Não deixe que se estabeleçam laços pessoais entre você e seu paciente. 
Delicadamente desencoraje-o quando ele fizer tentativas neste sentido. 
Você poderá ser despedido (a) se for encontrado (a) sobre efeito de álcool ou de 
outras drogas, o fato deverá ser levado imediatamente ao conhecimento do seu 
supervisor. 
Permaneça no seu setor de trabalho, só saindo quando lhe for permitido, como 
nos intervalos para almoço e descanso. 
 
20 
 
Responda logo a qualquer chamado do paciente. Atenda a suas solicitações, 
sempre que possível. Quando estiver em dúvida ou não for capaz de fazê-lo, chame o 
supervisor. 
Normalmente é a enfermeira chefe quem atende as chamadas telefônicas. Caso 
você tenha de fazê-lo seja educado (a) e cortês. Encaminhe qualquer chamada 
telefônica á autoridade competente. As ordens médicas dadas por telefone só devem ser 
recebidas pela enfermeira chefe. O telefone da enfermeira só deve ser usado para 
chamadas internas do hospital e nunca para chamadas pessoais. 
 
TRABALHO EM EQUIPE 
 
E o trabalho de equipe? 
O trabalho em saúde é, sempre, um trabalho 
de equipe e exige, sempre, respeito entre os 
membros do grupo. 
Cada um dos membros de uma equipe que 
trabalha com saúde, reconhece que o trabalho que 
cada profissional realiza é importante e contribui 
para o conjunto e por isso todos precisam se 
encontrar para refletir sobre sua atuação. 
No entanto, embora haja consenso sobre essa necessidade, no cotidiano, os 
encontros não se verificam. Queremos, no entanto, estimular essa discussão por 
entender que a responsabilidade ética de que tanto falamos, passa pela existência de 
uma relação com outras pessoas, também profissionais de saúde que, como nós, têm um 
compromisso com a defesa da vida. 
O trabalho de equipe precisa ser entendido como um trabalho de parcerias. 
Numa equipe, todos têm uma função importante que será realizada da melhor forma 
possível, na medida em que os profissionais estejam integrados. 
 
Mas... Como fazer para que a integração aconteça? 
É evidente que a instituição onde estamos trabalhando, precisa reconhecer a 
importância do trabalho do grupo, a fim de que os profissionais tenham espaço para se 
reconhecer como tal. 
 
21 
 
Uma equipe de saúde trabalha bem, quando integra os papéis de seus membros. 
A integração é sempre muito proveitosa e não pode ser confundida com a sujeição de 
um membro da equipe por outro. 
Isso não quer dizer que os trabalhos nas equipes dispensem uma hierarquia, 
principalmente se são atividades relacionadas à realização de tratamentos ou de 
procedimentos curativos. 
É importante que cada um reconheça seus limites e os limites da atuação 
profissional dos membros de uma equipe, a fim de se aperfeiçoar, cada vez mais, naquilo 
que sabe e que foi preparado para realizar. 
O nosso enfoque diz respeito, basicamente, às relações interpessoais nos grupos. 
Portanto, relaciona-se a todos os seus membros. 
Queremos afirmar a necessidade de diálogo e de respeito entre as pessoas que 
trabalham juntas. Consideramos que é dever de todos nós contribuirmos para que nosso 
ambiente de trabalho seja agradável, para que cada um de nós também se sinta 
acolhido em nosso espaço de trabalho, seja ele o hospital, os consultórios e 
ambulatórios, ou os espaços onde discutimos as ações que vamos realizar nas casas das 
pessoas. 
Na verdade, é difícil dedicarmos algum momento da nossa jornada de trabalho, 
para pensarmos e conversarmos sobre o quanto esta ou aquela situação mexeu 
conosco. Quantas vezes ficamos com um nó na garganta diante de uma situação (e são 
muitas!) de morte, ou diante da dor de alguém que recebe a notícia de que vai ficar com 
alguma deficiência? 
Quantas vezes nos fazem perguntas cujas respostas desconhecemos ou 
conhecemos, mas não podemos ou nos falta preparo para fornecer (como quando 
sabemos de um diagnóstico ou de um prognóstico ruim)! Situações assim geram em nós 
reações que não controlamos, como tremores, suores, frio na barriga, dor de cabeça. 
Quantas vezes somos obrigado a estar em contato com situações que nos 
causam aborrecimento e vergonha,como é o caso de doentes ou acompanhantes que 
fazem insinuações grosseiras apelando para temas que têm a ver com a sexualidade! 
Quantos já não presenciaram pacientes se masturbando? 
E quando estamos diante de situações que fogem ao controle do paciente, mas 
que somos obrigados a vivenciar diante de outros profissionais, como é o caso de estar 
cuidando do asseio de um doente no leito, e ocorrer uma ereção do pênis? 
 
22 
 
E quando nos aborrecemos com outros colegas de trabalho? Você não acha que 
seria bom poder falar desses sentimentos com outras pessoas que também passam pelas 
mesmas situações? Que seria bom que encontrássemos, entre nossos pares, aquele 
olhar de compreensão diante de uma impossibilidade nossa? Que pudéssemos contar 
com a crítica construtiva das pessoas com as quais trabalhamos? Que não precisássemos 
ter medo de demonstrar nossa fragilidade em relação a determinadas situações? 
Então, é preciso que nos olhemos mais e nos escutemos mais. Principalmente 
porque o que nos une é estar lidando tão de perto com o sofrimento humano. É preciso 
parceria, seja para entender melhor do trabalho que vamos realizar, seja para reafirmar 
uma cumplicidade solidária, diante das situações de tensão, de tristezas e de alegrias, 
experimentadas no dia a dia de nosso trabalho. 
A cumplicidade solidária pode nos aliviar, fazer com que percebamos que nossa 
experiência guarda semelhanças com a experiência de outros colegas. Permite que 
nosso sentimento seja de inclusão num espaço que é coletivo, mas entendendo que 
temos necessidades individuais. Cria o conhecimento através da experiência coletiva. 
Nós, profissionais de saúde, somos seres humanos que realizam as ações de 
saúde, nos nossos espaços de trabalho. Fora desse espaço, temos uma série de outros 
afazeres na vida. Divertimo-nos, aborrecemo-nos, estudamos, enganamo-nos, 
adoecemos, temos responsabilidade com outras pessoas de quem também cuidamos. 
Além disso, somos também usuários dos serviços de saúde. 
É preciso reafirmar que a humanização dos serviços de saúde ou a humanização 
da assistência à saúde se faz através de pessoas. Faz-se através de nós. 
Espera-se que tenha ficado claro que não é possível falar em ética 
pessoal/profissional, sem falar em humanização. E que não existe humanização sem 
emoção. 
Porque os serviços de saúde acontecem por meio das pessoas que ali trabalham. 
É através do repensar sobre a nossa prática e a forma como nos relacionamos com os 
outros, que vamos poder dar respostas às nossas inquietações ou - quem sabe? - 
apaziguar nossas ansiedades. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL 
Sempre, quando se fala em virtudes profissionais, é 
preciso mencionar a existência dos códigos de ética 
profissional. 
 
23 
 
As relações de valor que existem entre o ideal moral traçado e os diversos campos 
da conduta humana podem ser reunidas em um instrumento regulador. Assim, o código 
de ética é uma espécie de contrato de classe em que os órgãos de fiscalização do 
exercício da profissão passam a controlar a execução de tal peça magna. Tudo deriva, 
pois, de critérios de condutas de um indivíduo perante seu grupo e o todo social. 
Tem como base as virtudes que devem ser exigíveis e respeitadas no exercício da 
profissão, abrangendo o relacionamento com usuários, colegas de profissão, classe e 
sociedade. O interesse no cumprimento do referido código deve ser de todos. O 
exercício de uma virtude obrigatória torna-se exigível de cada profissional, como se uma 
lei fosse, uma vez que toda comunidade possui elementos qualificados e alguns que 
transgridem a prática das virtudes; seria utópico admitir uniformidade de conduta. 
A disciplina, entretanto, é um contrato de atitudes, de deveres, de estados de 
consciência, e que deve formar um código de ética, tem sido a solução, notadamente 
nas classes profissionais que são egressas de cursos universitários (contadores, médicos, 
advogados, psicólogos, etc.). 
Uma ordem deve existir para que se consiga eliminar conflitos e especialmente 
evitar que se macule o bom nome e o conceito social de uma categoria. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM 
(Reformulado: Entrará em vigor a partir de 12/05/2007) 
 
ANEXO 
PREÂMBULO 
A Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos 
científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, 
éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na 
prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias 
de vida. 
O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo 
de construção de uma consciência individual e coletiva, pelo compromisso social e 
profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho com 
reflexos no campo científico e político. 
 
24 
 
A Enfermagem Brasileira, face às transformações socioculturais, científicas e legais, 
entendeu ter chegado o momento de reformular o Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem (CEPE). 
A trajetória da reformulação, coordenada pelo Conselho Federal de Enfermagem 
com a participação dos Conselhos Regionais de Enfermagem, inclui discussões com a 
categoria de Enfermagem. 
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto 
e inclui princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à 
conduta ética dos profissionais de Enfermagem. 
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a 
necessidade e o direito de assistência em Enfermagem da população, os interesses do 
profissional e de sua organização. Está centrado na pessoa, família e coletividade e 
pressupõe que os trabalhadores de Enfermagem estejam aliados aos usuários na luta 
por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população. 
O presente Código teve como referência os postulados da Declaração Universal 
dos Direitos do Homem, promulgada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (1948) e 
adotada pela Convenção de Genebra da Cruz Vermelha (1949), contidos no Código de 
Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da 
Associação Brasileira de Enfermagem (1975). Teve como referência, ainda, o Código de 
Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de 
Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993) e as Normas Internacionais e Nacionais 
sobre Pesquisa em Seres Humanos [Declaração Helsinque (1964), revista em Tóquio 
(1975) e a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde (1996)]. 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida 
da pessoa, família e coletividade. 
O Profissional de Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e 
reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e 
legais. 
O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, 
das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos 
princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade 
de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação 
 
25 
 
da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e 
descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. 
O Profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, 
em todas as suas dimensões. 
O Profissional de Enfermagem exerce suas atividades com competência para a 
promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e 
da bioética.O Profissional de Enfermagem exerce suas atividades com competência para a 
promoção da saúde do ser humano na sua integridade, de acordo com os princípios da 
ética e da bioética. 
 
CAPÍTULO I 
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS 
DIREITOS 
Art. 1º - Exercer a Enfermagem com liberdade, autonomia e ser tratado segundo 
os pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos humanos. 
Art. 2º – Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão 
sustentação a sua prática profissional. 
Art. 3º - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa 
dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. 
Art. 4º - Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão, por meio do 
Conselho Regional de Enfermagem. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, 
dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. 
Art. 6º – Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na 
solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. 
Art. 7º Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam 
dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional. 
 
 
 
 
 
26 
 
PROIBIÇÕES 
Art. 8º - Promover e ser conivente com a injúria calúnia e difamação de membro 
da Equipe de Enfermagem, Equipe de Saúde e de trabalhadores de outras áreas, de 
organizações da categoria ou instituições. 
Art. 9 – Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer 
outro ato, que infrinja postulados éticos e legais. 
 
SEÇÃO I 
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE. 
DIREITOS 
Art. 10- Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência 
técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, 
família e coletividade. 
Art. 11 - Ter acesso às informações, relacionadas à pessoa, família e coletividade, 
necessárias ao exercício profissional. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem 
livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. 
Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e 
somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si 
e para outrem. 
Art. 14 – Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em 
benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. 
Art. 15 - Prestar Assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer 
natureza. 
Art. 16 - Garantir a continuidade da Assistência de Enfermagem em condições 
que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais 
decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria. 
Art. 17 - Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade a respeito 
dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da Assistência de Enfermagem. 
Art. 18 - Respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa 
ou de seu representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, conforto 
e bem estar. 
 
27 
 
Art. 19 - Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo 
seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte. 
Art. 20 - Colaborar com a Equipe de Saúde no esclarecimento da pessoa, família e 
coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca de seu 
estado de saúde e tratamento. 
Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de 
imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da Equipe de 
Saúde. 
Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de 
emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais. 
Art. 23 - Encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do 
cidadão, nos termos da lei. 
Art. 24 – Respeitar, no exercício da profissão, as normas relativas à preservação do 
meio ambiente e denunciar aos órgãos competentes as formas de poluição e 
deteriorização que comprometam a saúde e a vida. 
Art. 25 – Registrar no Prontuário do Paciente as informações inerentes e 
indispensáveis ao processo de cuidar. 
PROIBIÇÕES 
Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se 
caracterize como urgência ou emergência. 
Art. 27 – Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da 
pessoa ou de seu representante legal, exceto em iminente risco de morte. 
Art. 28 - Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a 
gestação. 
Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de 
acordo com a sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo. 
Art. 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a 
morte do cliente. 
Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem 
certificar-se da possibilidade dos riscos. 
Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos 
previstos na legislação vigente e em situação de emergência. 
Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a 
segurança da pessoa. 
 
28 
 
Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, 
exceto em caso de emergência. 
Art. 34 - Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer forma de 
violência. 
Art. 35 - Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência prestada. 
 
SEÇÃO II 
DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, SAÚDE E 
OUTROS. 
DIREITOS 
Art. 36 - Participar da prática profissional multi e interdisciplinar com 
responsabilidade, autonomia e liberdade. 
Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não 
conste a assinatura e o numero de registro do profissional, exceto em situações de 
urgência e emergência. 
Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar 
prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou 
ilegibilidade. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 38 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, 
independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. 
Art. 39 - Participar da orientação sobre benefícios, riscos e consequências 
decorrentes de exames e de outros procedimentos, na condição de membro da equipe 
de saúde. 
Art. 40 – posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja 
por imperícia, imprudência ou negligência. 
Art. 41 - Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias 
para assegurar a continuidade da assistência. 
 
PROIBIÇÕES 
Art. 42 - Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir 
que suas ações sejam assinadas por outro profissional. 
 
29 
 
Art. 43 - Colaborar, direta ou indiretamente com outros profissionais de saúde, no 
descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, 
esterilização, fecundação artificial e manipulação genética. 
 
SEÇÃO III 
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA 
DIREITOS 
Art. 44 - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, quando impedido de 
cumprir o presente Código, a legislação do Exercício Profissional e as Resoluções e 
Decisões emanadas pelo Sistema COFEN/COREN. 
Art. 45 - Associar-se, exercer cargos e participar de Entidades de Classe e Órgãos 
de Fiscalização do Exercício Profissional. 
Art. 46 – Requerer em tempo hábil, informações acerca de normase 
convocações. 
Art. 47 – Requerer, ao Conselho Regional de Enfermagem, mediadas cabíveis 
para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no exercício 
profissional. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão. 
Art. 49 – Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que firam 
preceitos do presente Código e da legislação do exercício profissional. 
Art. 50 – Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem fatos 
que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela 
necessidade do profissional em cumprir o presente Código e a legislação do exercício 
profissional. 
Art. 51 – Cumprir, no prazo estabelecido, as determinações e convocações do 
Conselho Federal e Conselho Regional de Enfermagem. 
Art. 52 – Colaborar com a fiscalização de exercício profissional. 
Art. 53 – Manter seus dados cadastrais atualizados, e regularizadas as suas 
obrigações financeiras com o Conselho Regional de Enfermagem. 
Art. 54 – Apura o número e categoria de inscrição no Conselho Regional de 
Enfermagem em assinatura, quando no exercício profissional. 
 
30 
 
Art.55 – Facilitar e incentivar a participação dos profissionais de enfermagem no 
desempenho de atividades nas organizações da categoria. 
 
PROIBIÇÕES 
Art. 56 – Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética 
e às demais normas que regulam o exercício da Enfermagem. 
Art. 57 – Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que 
envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego motivado pela necessidade 
do profissional em cumprir o presente código e a legislação do exercício profissional. 
Art. 58 – Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio ou 
comprometam a finalidade para a qual foram instituídas as organizações da categoria. 
Art. 59 - Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício 
profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem. 
 
SEÇÃO IV 
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES EMPREGADORAS - DIREITOS 
Art. 60 - Participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do seu 
aprimoramento técnico-científico, do exercício da cidadania e das reivindicações por 
melhores condições de assistência, trabalho e remuneração. 
Art. 61 - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a 
instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições dignas para o 
exercício profissional ou que desrespeite a legislação do setor saúde, ressalvadas as 
situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente por escrito sua 
decisão ao Conselho Regional de Enfermagem. 
Art. 62 - Receber salários ou honorários compatíveis com o nível de formação, a 
jornada de trabalho, a complexidade das ações e responsabilidade pelo exercício 
profissional. 
Art. 63 - Desenvolver suas atividades profissionais em condições de trabalho que 
promovam a própria segurança e a da pessoa, família e coletividade sob seus cuidados, 
e dispor de material e equipamentos de proteção individual e coletiva, segundo as 
normas vigentes. 
Art. 64 - Recusar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de material ou 
equipamentos de proteção individual e coletiva definidos na legislação específica. 
 
31 
 
Art. 65- Formar e participar da comissão de ética da instituição pública ou privada 
onde trabalha, bem como de comissões interdisciplinares. 
Art. 66 - Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de seu 
exercício profissional e do setor saúde. 
Art. 67 - Ser informado sobre as políticas da instituição e do Serviço de 
Enfermagem, bem como participar de sua elaboração. 
Art. 68 – Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da 
Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 69 – Estimular, promover e criar condições para o aperfeiçoamento técnico, 
científico e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua orientação e supervisão. 
Art. 70 - Estimular, facilitar e promover o desenvolvimento das atividades de 
ensino, pesquisa e extensão, devidamente aprovadas nas instâncias deliberativas da 
instituição. 
Art. 71 - Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e 
indispensáveis ao processo de cuidar. 
Art. 72 – Registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de 
cuidar de forma clara, objetiva e completa. 
 
PROIBIÇÕES 
Art. 73 – Trabalhar, colaborar ou acumpliciar-se com pessoas ou jurídicas que 
desrespeitem princípios e normas que regulam o exercício profissional de Enfermagem. 
Art. 74 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de 
concorrência desleal. 
Art. 75 – Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de 
saúde, unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou 
estabelecimento congênere sem nele exercer as funções de Enfermagem pressupostas. 
Art. 76 - Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade, 
além do que lhe é devido, como forma de garantir Assistência de Enfermagem 
diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem. 
Art. 77 - Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pessoas físicas 
ou jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem. 
 
32 
 
Art. 78 – Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, 
para impor ordens, opiniões, atentar contra o puder, assediar sexual ou moralmente, 
inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional. 
Art. 79 – Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou 
particular de que tenha posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou 
de outrem. 
Art. 80 - Delegar suas atividades privativas a outro membro da equipe de 
Enfermagem ou de saúde, que não seja Enfermeiro. 
 
CAPÍTULO II 
DO SIGILO PROFISSIONAL 
DIREITOS 
Art. 81 – Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha 
conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não 
estejam obrigadas ao sigilo. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 82 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão 
de sua atividade profissional, exceto casos previstos em lei, ordem judicial, ou com o 
consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal. 
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e 
em caso de falecimento da pessoa envolvida. 
§ 2º Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado quando 
necessário à prestação da assistência. 
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá 
comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar seu impedimento de revelar o 
segredo. 
§ 4º - O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido, 
mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis, desde que o menor 
tenha capacidade de discernimento, exceto nos casos em que possa acarretar danos ou 
riscos ao mesmo. 
Art. 83 – Orientar, na condição de Enfermeiro, a equipe sob sua responsabilidade 
sobre o dever do sigilo profissional. 
 
 
33 
 
PROIBIÇÕES 
Art. 84 - Franquear o acesso a informações e documentos a pessoas que não 
estão diretamente envolvidas na prestação da assistência, exceto nos casos previstos na 
legislação vigente ou por ordem judicial. 
Art. 85 - Divulgar ou fazer referência a casos, situações ou fatos de forma que os 
envolvidos possam ser identificados. 
 
CAPÍTULO III 
DO ENSINO, DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICADIREITOS 
Art. 86 - Realizar e participar de atividades de ensino e pesquisa, respeitadas as 
normas ético-legais. 
Art. 87 – Ter conhecimento acerca do ensino e da pesquisa a serem 
desenvolvidos com as pessoas sob sua responsabilidade profissional ou em seu local de 
trabalho. 
Art. 88 – Ter reconhecida sua autoria ou participação em produção técnico-
científica. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 89 – Atender as normas vigentes para a pesquisa envolvendo seres humanos, 
segundo a especificidade da investigação. 
Art. 90 - Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo à vida e à 
integridade da pessoa. 
Art. 91 - Respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade, bem como os 
direitos autorais no processo de pesquisa, especialmente na divulgação dos seus 
resultados. 
Art. 92 - Disponibilizar os resultados de pesquisa à comunidade científica e 
sociedade em geral. 
Art. 93 - Promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais da profissão 
no ensino, na pesquisa e produções técnico-científicas. 
 
 
 
 
 
34 
 
PROIBIÇÕES 
Art. 94 - Realizar ou participar de atividades de ensino e pesquisa, em que o 
direito inalienável da pessoa, família ou coletividade seja desrespeitado ou ofereça 
qualquer tipo de risco ou dano aos envolvidos. 
Art. 95 - Eximir-se da responsabilidade por atividades executadas por alunos ou 
estagiários, na condição de docente, Enfermeiro responsável ou supervisor. 
Art. 96 - Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, 
família ou coletividade. 
Art. 97 – Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como, usá-los para 
fins diferentes dos pré-determinados. 
Art. 98 - Publicar trabalho com elementos que identifiquem o sujeito participante 
do estudo sem sua autorização. 
Art. 99 – Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica ou 
instrumento de organização formal do qual não tenha participado ou omitir nomes de 
co-autores e colaboradores. 
Art. 100 - Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, 
dados, informações, ou opiniões ainda não publicados. 
Art. 101 – Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha 
participado como autor ou não, implantadas em serviços ou instituições sob 
concordância ou concessão do autor. 
Art. 102 – Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome 
como autor ou co-autor em obra técnico-científica. 
 
CAPÍTULO IV 
DA PUBLICIDADE 
DIREITOS 
Art. 103 – Utilizar-se de veículo de comunicação para conceder entrevistas ou 
divulgar eventos e assuntos de sua competência, com finalidade educativa e de interesse 
social. 
Art. 104 – Anunciar a prestação de serviços para os quais está habilitado. 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 105 – Resguardar os princípios da honestidade, veracidade e fidedignidade 
no conteúdo e na forma publicitária. 
 
35 
 
 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 106 – Zelar pelos preceitos éticos e legais da profissão nas diferentes formas 
de divulgação. 
 
PROIBIÇÕES 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 107 – Divulgar informação inverídica sobre assunto de sua área profissional. 
Art. 108- Inserir imagens ou informações que possam identificar pessoas e 
instituições sem sua prévia autorização. 
Art. 109 – Anunciar título ou qualificação que não possa comprovar. 
Art. 110 – Omitir, em proveito próprio, referência a pessoas ou instituições. 
Art. 111 – Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou propor honorários que 
caracterizem concorrência desleal. 
 
CAPÍTULO V 
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES 
Art. 112 - A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das 
respectivas penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas 
em outros dispositivos legais. 
Art. 113- Considera-se Infração Ética a ação, omissão ou conivência que implique 
em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos 
Profissionais de Enfermagem. 
Art. 114 - Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos 
Conselhos Federal e Regional de Enfermagem. 
Art. 115 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua 
prática, ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem. 
Art. 116 - A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos 
do dano e de suas consequências. 
Art. 117 - A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos 
do Código de Processo ético das Autarquias dos Profissionais de Enfermagem. 
Art. 118 - As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de 
Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 
1973, são as seguintes: 
 
36 
 
I - Advertência verbal; 
II - Multa; 
III - Censura; 
IV - Suspensão do Exercício Profissional; 
V - Cassação do direito ao Exercício Profissional. 
§ 1º - A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma 
reservada, que será registrada no Prontuário do mesmo, na presença de duas 
testemunhas. 
§ 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) 
vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor 
no ato do pagamento. 
§3º - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações 
oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande 
circulação. 
§ 4º - A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da Enfermagem 
por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e serão divulgados nas publicações 
oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, jornais de grande circulação e 
comunicada aos órgãos empregadores. 
§ 5º - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem e será 
divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em 
jornais de grande circulação. 
Art.119 - As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e 
suspensão do exercício profissional, são da alçada do Conselho Regional de 
Enfermagem, serão registradas no prontuário do profissional de Enfermagem; a pena de 
cassação do direito ao exercício profissional é de competência do Conselho Federal de 
Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo primeiro, da Lei n° 5.905/73. 
Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de 
Enfermagem, terá como instância superior a Assembléia dos Delegados Regionais. 
Art. 120 - Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se: 
I - A maior ou menor gravidade da infração; 
II - As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração; 
III - O dano causado e suas consequências; 
IV - Os antecedentes do infrator. 
 
37 
 
Art.121 - As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, segundo a 
natureza do ato e a circunstância de cada caso. 
§ 1º - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, 
mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a 
difamar organizações da categoria ou instituições. 
§ 2º - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, 
debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa ou as que 
causem danos patrimoniais ou financeiros. 
§ 3º - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, 
deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda, 
dano moral irremediável em qualquer pessoa. 
Art. 122 - São consideradas circunstâncias atenuantes: 
I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e 
com eficiência,

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