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ÉTICA NA SAÚDE

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Prévia do material em texto

ÉTICA NA SAÚDE 
 
Equipe de Elaboração 
Grupo ZAYN Educacional 
 
 
Coordenação Geral 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
 
 
Gerência Administrativa 
Marco Antônio Gonçalves 
 
 
Professor-autor 
Luciano de Assis Silva 
 
 
Coordenação de Design Instrucional do Material Didático 
Eliana Antônia de Marques 
 
 
Diagramação e Projeto Gráfico 
Cláudio Henrique Gonçalves 
 
 
Revisão 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
Mateus Esteves de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO ZAYN EDUCACIONAL 
Rua Joaquim Pinto Lara,N° 87 
 2ºAndar – Centro 
Piracema –MG 
CEP: 35.536-000 
TEL: (31) 3272-6646 
ouvidoria@institutozayn.com.br 
pedagogico1@institutozayn.com.br 
 
 
Boas-vindas 
 
Olá! 
 
É com grande satisfação que o Grupo ZAYN Educacional agradece por 
escolhê-lo para realizar e/ou dar continuidade aos seus estudos. Nós do ZAYN 
estamos empenhados em oferecer todas as condições para que você alcance seus 
objetivos, rumo a uma formação sólida e completa, ao longo do processo de 
aprendizagem por meio de uma fecunda relação entre instituição e aluno. 
Prezamos por um elenco de valores que colocam o aluno no centro de nossas 
atividades profissionais. Temos a convicção de que o educando é o principal agente 
de sua formação e que, devido a isso, merece um material didático atual e completo, 
que seja capaz de contribuir singularmente em sua formação profissional e cidadã. 
Some-se a isso também, o devido respeito e agilidade de nossa parte para atender à 
sua necessidade. 
Cuidamos para que nosso aluno tenha condições de investir no processo de 
formação continuada de modo independente e eficaz, pautado pela assiduidade e 
compromisso discente. 
 Com isso, disponibilizamos uma plataforma moderna capaz de oferecer a você 
total assistência e agilidade da condução das tarefas acadêmicas e, em consonância, 
a interação com nossa equipe de trabalho. De acordo com a modalidade de cursos on-
line, você terá autonomia para formular seu próprio horário de estudo, respeitando os 
prazos de entrega e observando as informações institucionais presentes no seu 
espaço de aprendizagem virtual. 
 Por fim, ao concluir um de nossos cursos de pós-graduação, segunda 
licenciatura, complementação pedagógica e capacitação profissional, esperamos que 
amplie seus horizontes de oportunidades e que tenha aprimorado seu conhecimento 
crítico a cerca de temas relevantes ao exercício no trabalho e na sociedade que atua. 
Ademais, agradecemos por seu ingresso ao ZAYN e desejamos que você possa 
colher bons frutos de todo o esforço empregado na atualização profissional, além de 
pleno sucesso na sua formação ao longo da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Para que haja conduta ética é 
preciso que exista o agente 
consciente, isto é, aquele que 
conhece a diferença entre bem e 
mal, certo e errado, permitido e 
proibido, virtude e vício. A 
consciência moral não só conhece 
tais diferenças, mas também 
reconhece-se como capaz de julgar 
o valor dos atos e das condutas e de 
agir em conformidade com os 
valores morais, sendo por isso 
responsável por suas ações e seus 
sentimentos pelas consequências do 
que faz e sente. Consciência e 
responsabilidade são condições 
indispensáveis da vida ética”.SPOB - 
Dr. Heitor A. da Silva e Dra. Ivone 
Boechat 
 
 
 
 
 
 
EMENTA:Abordagem geral da ética e 
instrumentos ético-legais que 
norteiam o exercício profissional. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
- Introdução:Ética nos Serviços de 
Saúde; 
1. Fundamentos Éticos da Conduta 
Profissional; 
2. Legislação Reguladora do 
Exercício Profissional; 
3. Ética e Bioética; 
4. Dilemas Éticos; 
5. Modelos de Análise de Conflitos em 
Bioética; 
6. Atitude Ética na Atuação em 
Equipe Multiprofissional; 
- Leitura Complementar; 
- Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização do conteúdo: 
Prof.ªM.ª Thaís de Sousa e Souza 
 
 
 
 
 
ÉTICA NA 
SAÚDE 
GRUPO ZAYN 
EDUCACIONAL 
 
CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Disciplina: ÉTICA NA SAÚDE 
 
EMENTA 
Abordagem geral da ética e instrumentos ético-legais que norteiam o exercício 
profissional. 
 
OBJETIVOS 
Ao final da disciplina o aluno será capaz de desenvolver competências 
baseadas em princípios éticos que direcionem o exercício profissional. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
- Introdução: Ética nos Serviços de Saúde 
1. Fundamentos Éticos da Conduta Profissional 
2. Legislação Reguladora do Exercício Profissional 
3. Ética e Bioética 
4. Dilemas Éticos 
5. Modelos de Análise de Conflitos em Bioética 
6. Atitude Ética na Atuação em Equipe Multiprofissional 
- Leitura Complementar 
- Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução: Ética nos Serviços de Saúde 09 
1. Fundamentos Éticos da Conduta Profissional 10 
2. Legislação Reguladora do Exercício Profissional 15 
3. Ética e Bioética 19 
4. Dilemas Éticos 20 
5. Modelos de Análise de Conflitos em Bioética 22 
6. Atitude Ética na Atuação em Equipe Multiprofissional 23 
Leitura Complementar 26 
Referências 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
ÉTICA NA SAÚDE 
 
Introdução: Ética nos Serviços de Saúde 
Ética é o conjunto de princípios e valores morais que conduzem o 
comportamento humano dentro da sociedade. Ter uma conduta ética no trabalho, 
seguindo padrões e valores, tanto da sociedade, quanto da própria organização, é 
essencial para o alcance da excelência profissional. 
Não basta apenas buscar constante aperfeiçoamento para conquistar 
credibilidade profissional, é preciso assumir uma postura ética, pois é através dela 
que se adquire confiança e respeito de superiores, colegas de trabalho e demais 
colaboradores. Por isso, cabe ao profissional seguir tanto os padrões éticos da 
sociedade, quanto as normas e regimentos internos das organizações para ter a 
recompensa e ser reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua 
conduta exemplar. 
Na prática médica, a ética é analisada sob três aspectos: a relação médico-
paciente, o relacionamento dos médicos entre si e com a sociedade. Muitos 
profissionais em várias especialidades das ciências da saúde têm condutas 
inapropriadas quanto à ética e a moral. Há casos frequentes de mentira sobre os 
efeitos fisiológicos e benefícios terapêuticos, conduzindo os pacientes que são 
leigos, a realizarem tratamentos ou pacotes terapêuticos, desnecessários, indevidos 
ou mesmo iatrogênicos. 
Veja quais são as premissas éticas importantes na relação com o paciente: 
1. Respeitar a necessidade do paciente, conquistando gradualmente a sua confiança 
técnica, ética e moral. Desta forma, todo procedimento realizado deve ser 
esclarecido, fazendo com que o paciente se mantenha sempre seguro; 
2. Manter registros, relatórios e evoluções clínicas do paciente sempre atualizadas; 
3. Não divulgar quaisquer informes que tenham origem nas palavras dos pacientes. 
Da mesma forma, deve-se manter em sigilo as informações clínicas ou de estudo 
clínico compartilhadas entre a equipe multidisciplinar, que forem obtidas em 
discussões clínicas, prontuários e relatos para atuação multi, inter ou 
transdisciplinar; 
8 
 
 
4. Ter cuidado ao gerar aproximações emocionais com um paciente. É preciso haver 
uma separação do profissional e do amigo ou do profissional e do esposo. Deve-se 
utilizar um ritual formal para haver uma sinalização da distinção destas partes do 
todo. Instrumentos como o tratamento pela titulação profissional, uso do jaleco ou 
uniforme, auxiliam nesta questão, mas o comportamento também deve ser 
modificado; 
5. É dever de cada profissional admitir os limites de intervenção técnica e ética de 
sua profissão, encaminhando o paciente a um especialista de acordo com as 
necessidades clinicas específicas de cada situação, sempre explicando claramente 
ao paciente; 
6. Nunca desacreditar ou menosprezar o médico ou qualquer outro profissional de 
saúde, valorizando sempre o seu trabalho. Quando houverdiagnósticos 
equivocados, os mesmos devem ser primariamente debatidos e discutidos com o 
profissional antes de trazer algum engano moral do referido profissional perante o 
paciente; 
7. Ter cautela ao comentar casos entre pacientes, mesmo com a intenção de 
encorajá-los, pois isto foge da técnica e amedronta o paciente. 
 
1. Fundamentos Éticos da Conduta Profissional 
 Em se tratando de ética no trabalho, o filósofo Mario Sérgio Cortella afirma 
que – “É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e 
começarmos a achar que tudo é normal”. Nestes últimos anos, ter este cuidado fez 
ainda mais sentido, pois testemunhamos uma crise no Brasil sem precedentes, que 
além de econômica e política, trouxe à tona uma enorme crise moral. 
Com isso, vimos tanto empresas privadas como grandes estatais mostrarem a 
face mais profunda da corrupção do sistema e, consequentemente, das pessoas, o 
que para os envolvidos, até ali, era perfeitamente normal. Se não tivessem sido 
descobertos e presos, certamente, muitos dos implicados estariam até hoje imersos 
nos esquemas, desviando dinheiro e impedindo o progresso nacional. 
Neste sentido, a questão que eu quero trazer aqui em nada tem a ver com 
julgar esse ou aquele por seus erros, pois este é o papel da justiça. Minha intenção 
é trazer uma reflexão sobre estes tipos de comportamentos que, lamentavelmente, 
estão cada vez mais recorrentes. Pense comigo – E se estas pessoas tivessem 
9 
 
 
escolhido fazer diferente? E se tivessem pautado suas ações pela ética e pela 
moral, será que tudo não seria diferente? Eu verdadeiramente acredito que sim! 
Por isso, não por acaso, o tema ética no trabalho é o assunto desta apostila, 
pois todos nós, independente do cargo que temos numa empresa, temos que 
continuamente buscar defender valores que sejam positivos e congruentes. Quando 
agimos assim, alimentamos uma corrente do bem que pode inspirar mais e mais 
pessoas a agirem de forma honesta e baseada em bons valores e preceitos. 
1.1 – Porque Cultivar a Ética no Trabalho 
Ética é uma palavra de origem grega, que vem no termo ethos, que por sua 
vez significa: “costume superior”, “bom costume” e aquilo que “pertence ao caráter”. 
É também a área da filosofia que se ocupa em estudar a moral do homem, ou seja, 
suas condutas em todos os contextos. Uma profissional de caráter superior é aquele 
que tem sempre comportamentos corretos e que conduz suas ações baseado em 
bons princípios. 
Uma empresa, por exemplo, demonstra sua ética por meio dos valores que 
cultiva e da cultura organizacional que dissemina. Logo, quando um colaborador age 
de forma incongruente com isso, ele está desequilibrando aquele sistema e tendo 
atitudes que vão de encontro ao que ela prega. Quando isso acontece, se não 
houver forma de corrigir o problema, na maioria das vezes, o profissional acaba 
sendo desligado da organização para não influenciar negativamente os demais. 
Com certeza não é isso que deseja que aconteça com você. Contudo, a ética 
deve ser algo da pessoa e não consequência de uma exigência da sua empresa. 
Isso quer dizer que o profissional deve ser correto porque os seus valores são 
naturalmente assim, porque verdadeiramente cultiva uma postura ética e não porque 
seu líder exige isso. Assim, em se tratando de ética não adianta parecer ético, é 
preciso ter uma moral idônea e que seja comprovada por atitudes corretas também. 
1.2 – O que é Ética Profissional? 
Você é o que você faz! Lembre-se sempre disso, pois do mesmo modo que 
observa os comportamentos dos outros, também está sempre sendo observado. 
 Logo, seja dentro de uma empresa ou em sociedade, para ser um representante da 
https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/diferencas-entre-personalidade-comportamento/
10 
 
 
ética é preciso seguir valores e princípios morais positivos que te conduzam a 
sempre ter condutas e práticas exemplares. 
Neste sentido, com tudo que aconteceu nos últimos anos e com tantas 
denúncias de corrupção, podemos dizer que hoje em dia as pessoas estão muito 
mais atentas a isso. Em decorrência disso, as organizações e os profissionais que 
seguem padrões sociais e éticos, que incluem a moralidade em seus processos de 
trabalho e no alcance de resultados, são também as mais respeitadas e admiradas 
por seus clientes e também por seus liderados e pares. 
Outro ponto que vale destacar é que ética profissional é um elemento que faz 
muita diferença na qualidade de vida das pessoas no trabalho. No dia a dia, é 
também o que ajuda na construção de um ambiente positivo e de cooperação e 
respeito mútuo entre as pessoas. Na prática, isso proporciona aos colaboradores a 
oportunidade de exercerem suas funções de forma decente e confiável, sem 
desrespeitar os seus valores, e de prover resultados positivos sem que para isso 
tenham que burlar regras ou trapacear. 
Poder trabalhar numa empresa que preza pela ética como um valor 
indispensável faz com que seus profissionais sintam-se parte de algo maior e que 
estão contribuindo para um mundo melhor também. Por outro lado, quando sentem 
que seus valores éticos estão sendo feridos, sua motivação e produtividade baixam 
drasticamente. Portanto, o bom exemplo da organização faz com que sua equipe se 
sinta mais segura ao tomar suas decisões e mais confiante em sua liderança, pois 
sabe que os princípios por ela pregados são corretos e trazem um retorno positivo 
para todos. 
Como recompensa, os colaboradores que também cultivam a ética 
profissional no trabalho, consequentemente, acabam sendo reconhecidos 
positivamente pela sociedade por sua conduta exemplar. A ética é, portanto, uma 
trabalhadora disciplinada que nunca descansa, pois a todo o momento precisamos 
recorrer a ela para jamais perdermos de vista valores e comportamentos decentes. 
1.3 – Exemplos de Ética no Trabalho Para te Inspirar 
A ética no trabalho está diretamente relacionada à honestidade, pois não há 
como ser ético sem ser honesto. Entretanto, como bem sabemos no dia a dia de um 
profissional podem surgir muitas situações onde à sua integridade e retidão; são 
https://www.ibccoaching.com.br/portal/qualidade-de-vida/qualidade-de-vida-trabalho-dicas-conceitos/
11 
 
 
testadas. Para não sucumbir a nenhuma delas, é essencial contra-atacar, ou seja, 
conhecer e cultivar hábitos positivos e que caminhem na direção oposta aos 
comportamentos imorais que muitas pessoas têm sem pensar nas consequências. 
Para isso, vou apresentar alguns exemplos de condutas éticas no trabalho 
que tanto podem orientar seus comportamentos como sinalizar quando a empresa 
ou um colega não estão respeitando verdadeiramente bons valores. Continue lendo 
e veja como agir: 
Responsabilidade: Ser responsável é ter a hombridade de assumir um 
compromisso verdadeiro com seus atos e consequências e buscar pautar suas 
ações em valores positivos. Portanto, ser ético é ter uma postura profissional 
condizente com as suas responsabilidades e com a confiança que a empresa 
depositou em você. Isso inclui cuidar bem do patrimônio da organização e manter 
sempre total sigilo sobre as informações referentes à empresa e aos seus 
funcionários. 
Integridade: Tudo que fazemos na empresa ou na vida tem uma 
consequência. Por isso, independente do seu sentimento em relação à organização 
ou a algum dos seus membros, você deve sempre ser honesto e correto em suas 
ações. Integridade significa lisura e retidão, portanto, especialmente por sua 
reputação, faça sempre aquilo que é certo e ético e coloque sempre estes valores 
em primeiro lugar. 
Retidão: Numa sociedade com valores, às vezes, um tanto quanto 
controversos, para obter vantagens, muitos podem considerar a honestidade algo 
até mesmo dispensável. Contudo, uma pessoa guiada pela retidão de caráter, 
independente do seu momento, se bem ou não financeiramente, por exemplo, 
jamais usará seu cargo na empresa para obteralgum tipo de benefício pessoal.Do 
mesmo modo, um profissional honesto e ético evitará repercutir fofocas, criar 
histórias mal intencionadas, falar mal de colegas e chefes ou criar qualquer situação 
ruim que prejudique as pessoas ao seu redor e a si mesmo. 
Meritocracia: Uma empresa ética é aquela que reconhece seus profissionais 
por seu mérito e não por afinidades ou favoritismos do líder. Todos aqueles que 
demonstram comprometimento, resultados e vontade de crescer devem ter a 
oportunidade de concorrer em pé de igualdade com seus colegas por uma 
promoção, aumento de salário ou novo cargo, por exemplo.Assim, a meritocracia é 
https://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/integridade-como-reconhecer-nas-pessoas/
https://www.ibccoaching.com.br/portal/como-implantar-o-conceito-de-meritocracia-nas-empresas/
12 
 
 
um exemplo de conduta honrosa e positiva que as organizações pautadas pela 
moralidade e equanimidade podem ter para promover e reconhecer seus 
funcionários e demonstrar seus valores. 
Capacidade de Reconhecer os Erros: Errar não é o fim, mas não aprender 
com seus erros pode ser o começo para isso. Portanto, é essencial saber 
reconhecer quando falhou e, especialmente, como aquele tropeço pode trazer algum 
aprendizado tanto individual como coletivo. Quando a organização ou seu 
colaborador têm dificuldades em fazer isso, geralmente acabam terceirizando a 
responsabilidade e culpabilizando quem muitas vezes não tem nada a ver com isso. 
Esta atitude é antiética.Logo, é importante saber que tanto uma empresa como um 
profissional, pautados pela excelência, também podem errar. Contudo, o seu grande 
diferencial está em ter a humildade de reconhecer publicamente sua falha e de 
orientar seus esforços para contornar o problema e evitá-lo novamente no futuro. 
Congruência: Seus valores representam quem você é na essência. Por isso, 
não adianta ter um discurso “bonitinho” e politicamente correto se os seus 
comportamentos práticos mostram exatamente o contrário sobre você. Portanto, seja 
congruente com aquilo que defende e no seu dia a dia profissional, procure sempre 
exercitar valores positivos e éticos em suas relações com seus colegas, líderes e 
clientes, de modo que estes sejam exemplos para os demais, ajudem a reafirmar 
sua conduta moral e a construir uma empresa sempre ética. 
Respeito ao Trabalho dos Outros: Uma empresa é um sistema formado por 
todos os seus membros. Estes por sua vez, ainda que não se conheçam, devem 
trabalhar de forma interligada para que as metas e objetivos sejam plenamente 
alcançados com sucesso. Portanto, não dá apenas para cuidar do seu e deixar que 
seus colegas se virem com suas demandas e problemas.Esta postura individualista 
além de antiprodutiva também é antiética, pois demonstra falta de respeito para com 
o trabalho das outras pessoas. Portanto, não vá por esta direção e sempre busque 
estar 100% comprometido com seus colegas de trabalho, com seus líderes e 
clientes. Faça o seu melhor e colabore positivamente para a construção conjunta de 
resultados extraordinários. 
Equidade: Não existe ética sem igualdade e, esse é justamente o significado 
de equidade. Ser justo é não favorecer ninguém por conta de amizades ou 
afinidades, mas respeitar o direito que todos têm de promover o seu crescimento na 
13 
 
 
empresa por meio de sua dedicação e dos seus esforços. Isso tem a ver com a 
meritocracia de que falei anteriormente, mas aqui ganha um sentido ainda maior, 
pois um ambiente profissional ético e igualitário é aquele que respeita o direito de 
cada um, bem como o que proporciona às pessoas a chance de ir além, superar 
limites e de vencer. 
 
1.4 – Valorize e Cultive uma Conduta Ética Sempre 
Sabe aquele profissional que seus atos falam por si? Este é o colaborador 
que cultiva a ética no trabalho e na vida e que é um espelho positivo para todos ao 
seu redor. Nunca seu impulso é o de fazer algo errado para abafar um erro ou para 
evitar a responsabilidade por suas consequências culpando os outros. 
Mas não é só. A ética no trabalho também é representada pelo líder justo, que 
não difere seus liderados, sempre lhes trata com respeito, equanimidade e que 
confere a estes oportunidades reais de aprimoramento, desenvolvimento e 
crescimento. É ilustrada por profissionais corretos, responsáveis e comprometidos 
em entregar o seu melhor tanto à empresa como ao mundo. 
Ser ética é também ser uma instituição que paga seus funcionários em dia, 
que oferece a eles salários e benefícios compatíveis com o mercado e, muitas 
vezes, até superiores. Neste tipo de organização, todos os tipos de profissionais são 
bem-vindos, reconhecidos e respeitados, independentemente, de sua: origem, 
credo, gênero, classe, cor ou orientação sexual. 
Não estamos falando de um mundo perfeito, mas de um mundo possível e 
real, onde as empresas e os profissionais éticos caminham e constroem resultados 
positivos juntos, sem jamais ter que, para isso, burlar as regras, trapacear e 
prejudicar ninguém para ter sucesso e alcançar prosperidade. 
Esta mesma lógica, baseada em bons princípios, se aplica às nossas 
relações sociais, afetivas, financeiras e familiares, pois somos nós, individual e 
coletivamente, que construímos à nossa sociedade. Portanto, é por meio da nossa 
ética e de valores positivos e congruentes que podemos torná-la melhor para todos 
também. 
 
 
14 
 
 
2. Legislação Reguladora do Exercício Profissional 
2.1 – Pontos Positivos do Projeto Aprovado no Congresso Nacional 
• Participação da enfermagem no planejamento, execução e avaliação da 
programação de saúde e nos planos assistenciais de saúde, incluída consulta de 
enfermagem. 
• Necessidade de órgão de enfermagem na estrutura básica de todas as instituições 
de saúde, sob direção de enfermeiros. 
• Obrigatoriedade de habilitação legal e registro no Conselho (COREns/COFEn) para 
exercício da enfermagem. 
• Reconhecimento legal do técnico de enfermagem. 
• Reconhecimento da nova autonomia técnica do enfermeiro para exercício da 
enfermagem nas instituições de saúde e para o exercício liberal da profissão. 
• Obrigatoriedade de registro das instituições privadas de serviços de saúde e de 
ensino nos Conselhos de Enfermagem (COREns). 
• Definição do prazo de dez anos para profissionalização de todo o pessoal de 
enfermagem (atendentes de enfermagem). 
2.2 – Pontos Negativos do Projeto Aprovado no Congresso Nacional 
• Não faz nenhuma referência aos parâmetros dos recursos humanos necessários 
para uma adequada assistência de enfermagem. 
• Exclui completamente as condições de trabalho necessárias para o exercício de 
uma profissão com características especiais como a enfermagem. 
• Não faz nenhuma referência ao direito de livre organização da enfermagem a partir 
do local de trabalho. 
2.3 – Ponto Polêmico do Projeto Aprovado no Congresso Nacional 
A definição das atribuições de cada um dos exercentes da enfermagem é um 
dos pontos mais importantes da problemática atual e que identificamos como 
polêmico, porque a versão final aprovada conta com enfermeiros que discordam e 
têm uma forte oposição e indignação aos auxiliares de enfermagem. 
A versão original aprovada na Câmara dos Deputados tinha uma concepção 
mais genérica das atribuições, e assim, não despertava maiores dificuldades, porém, 
15 
 
 
limitava as atividades na área de obstetrícia apenas à obstetriz ou enfermeira 
obstétrica. 
As emendas apresentadas no Senado corrigiram esta deficiência na área da 
obstetrícia, porém, ao procurar especificar e detalhar as atribuições de cada 
profissional, introduziu conceitos e definições polêmicas e problemáticas. 
A primeira é a que cabe ao enfermeiro: 
• prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças 
transmissíveis em geral. 
• prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela 
durante a assistência de enfermagem. 
•assistência de enfermagem a gestante, parturiente e puerperal. 
• cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida. 
• cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. 
A segunda é que ao definir as competências do auxiliar de enfermagem estabelece 
as mesmas como sendo "de natureza repetitiva". 
Na verdade, esta classificação e estruturação das competências reflete uma 
concepção estratificada, hierarquizada e autoritária da prática da enfermagem e a 
busca de uma "saída legal", para a crise da prática atual do enfermeiro. E isto, num 
momento histórico em que a enfermagem procura aprofundar todo um 
questionamento sobre as suas relações internas de trabalho, o objeto do seu 
trabalho e o papel do enfermeiro. Não pode ser este o caminho e a forma de 
enfrentarmos um problema central como este para a profissão hoje, pois, ao 
contrário, isto amplia obstáculos e dificuldades. 
A Lei do Exercício Profissional deveria estabelecer parâmetros referenciais 
das competências, reafirmar o princípio da democratização interna do trabalho para 
uma adequada assistência de enfermagem e ter como preocupação central a 
garantia das condições externas e determinantes do pleno exercício profissional. 
2.4 – Os Vetos do Presidente da República ao Projeto Aprovado no Congresso 
Nacional 
No dia 25 de junho de 1986, o presidente da República sanciona a "nova" 
LEP com 19 vetos ao projeto aprovado no Congresso Nacional (ver anexo). 
16 
 
 
Toda a orientação dos vetos é no sentido de impedir qualquer conquista 
externa mais ampla para a enfermagem, preservando, assim, os interesses da atual 
política de saúde, privatizante, hospitalar, curativa e empresarial. Por exemplo, a 
justificativa oficial para vetar o artigo 5: "a obrigatoriedade da inclusão de órgão de 
enfermagem da instituição de saúde seria desnecessariamente onerosa para 
pequenas unidades hospitalares". Para o artigo 10: "é discutível a autonomia na 
execução dos serviços e da assistência de enfermagem sem a supervisão médica". 
Assim, os vetos mutilam os avanços significativos que teríamos na Lei como 
autonomia, mercado de trabalho, organização profissional e a profissionalização dos 
atendentes de enfermagem. 
Os vetos presidenciais derrubam a metade dos pontos positivos listados 
anteriormente ao eliminar os itens 2, 3, 6 e parcialmente o item 7. 
No tocante às garantias do papel da enfermagem no ensino, com os vetos, a 
"nova" LEP representa um retrocesso em relação à anterior. Porém, como a Lei nº 
2.604 não foi revogada, torna-se necessário usá-la para manter assegurado a nossa 
participação no ensino de enfermagem. 
2.5 – O Decreto nº 94.406 que Regulamenta a "Nova" Lei do Exercício Profissional 
No Brasil uma lei aprovada pelo Congresso Nacional precisa ser sancionada 
pelo presidente da República, que pode vetar total ou parcialmente, e para entrar em 
vigor deve ter um decreto de regulamentação do poder executivo. 
No dia 08 de junho de 1987 o presidente da República assinou o decreto 
regulamentando a Lei nº 7.498 do exercício profissional da enfermagem. 
Este decreto de regulamentação não faz menção nenhuma ao item da 
profissionalização dos atendentes, exige a comprovação, apenas nas instituições 
públicas e se restringe, praticamente, somente na questão das atribuições dos 
exercentes de enfermagem. Nesse aspecto, faz uma tentativa de corrigir o texto da 
lei ampliando o campo de atuação do técnico de enfermagem como assistente do 
enfermeiro e eliminando a "natureza repetitiva" das competências do auxiliar de 
enfermagem e detalhando suas atribuições numa visão mais ampla do que previa a 
lei. 
O conjunto do decreto, ignorando questões externas determinantes, confirma 
e completa as medidas do executivo de eliminar os avanços significativos do projeto 
17 
 
 
original, demonstrando, mais uma vez, claramente, o compromisso do Governo com 
os interesses do setor privado hegemônico e dominante na política de saúde 
brasileira, com a consequente política de desvalorização da enfermagem e 
desinteresse pelas reais necessidades de saúde da população. 
 
 
 
 
 
3. Ética e Bioética 
Ética: se refere à reflexão crítica sobre o comportamento humano e no ensino de 
enfermagem a disciplina faz “parar para pensar” a responsabilidade profissional, 
busca da autonomia, do agir com competência, em mobilizar conhecimentos para 
julgar e eleger decisões para a prática profissional democrática. Ao conceituar ética, 
enquanto disciplina, FORTES (1998) se refere à reflexão crítica sobre o 
comportamento humano, reflexão que interpreta, discute e problematiza, investiga 
os valores, princípios e o comportamento moral, à procura do “bom”, da “boa vida”, 
do “bem-estar da vida em sociedade”. A tarefa da ética é à procura de 
estabelecimento das razões que justificam o que “deve ser feito”, e não o “que pode 
ser feito”. É a procura das razões de fazer ou deixar de fazer algo, de aprovar ou 
desaprovar algo, do que é bom e do que é mau, do justo e do injusto. A ética pode 
ser considerada como uma questão de indagações e não de normatização do que é 
certo e do que é errado. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exigi maior grau 
de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não 
só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e 
inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a 
Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-
relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são 
indissociáveis. 
Bioética: No termo bioética, bio representa o conhecimento biológico, a ciência dos 
sistemas viventes, enquanto ética, representa o conhecimento dos sistemas dos 
valores humanos. O nascimento da bioética como disciplina coincide, com um 
retorno do interesse da parte da ética filosófica pela ética prática; um interesse 
motivado pela urgência de fornecer um adequado fundamento ao debate público e 
18 
 
 
as legislações e de conduzir o diálogo no contexto das sociedades pluralistas e 
democráticas. A bioética atribui-se a função fascinante de dar plenitude de sentido, 
conhecimentos no campo das ciências da vida e da saúde e orientar a expansão dos 
conhecimentos técnicos e científicos para o bem autêntico e integral da pessoa 
humana. A definição mais aceita do termo bioética é, sem dúvida, aquela dada pela - 
Enciclopédia da Bioética: “É o estudo sistemático do comportamento perspectivo a 
luz dos valores e princípios morais”. 
 
4. Dilemas Éticos 
 
4.1 – O que são Dilemas Éticos? 
Os dilemas éticos acontecem quando um indivíduo precisa tomar uma 
decisão que envolve os seus valores morais. No âmbito da psicologia e da 
neurociência, são utilizadas situações hipotéticas desse tipo como teste, para que se 
possa conhecer melhor a pessoa que está sendo analisada. Esses testes são 
realizados nas mais diversas situações, o que inclui tanto psicopatas quanto 
pacientes que tiveram uma parte do cérebro atingida após um trauma. 
Assim como os dilemas éticos fictícios, a vida real também se mostra cheia de 
decisões desafiadoras que precisam ser tomadas no decorrer da existência. Nesse 
sentido, é importante que os indivíduos tenham sempre certeza a respeito de seus 
valores morais, para que consigam tomar decisões de forma tranquila e consciente 
em relação ao que acreditam. 
4.2 – Exemplos de Dilemas Éticos e como Lidar com Eles 
No decorrer da vida pessoal e profissional, é bastante comum que você se 
veja diante de situações delicadas, em que precise pensar nas consequências e, 
também, considerar os seus valores éticos e morais para agir. Veja, a seguir, alguns 
exemplos de dilemas éticos. 
 Presenciar Atitudes Antiéticas de Outras Pessoas: um dos dilemas mais comuns é 
aquele que envolve presenciaroutras pessoas tomando atitudes antiéticas. Isso 
pode acontecer entre amigos, na família e, principalmente, no trabalho. O dilema 
envolvido é se deve ou não denunciar o indivíduo que está agindo desonestamente 
ou intervir diretamente naquela situação. 
http://www.jrmcoaching.com.br/blog/conduta-etica-profissional-pode-e-deve-ser-uma-arma-para-crescer/
19 
 
 
 Convivência com Atos Antiéticos: muitos profissionais lidam diariamente com atos 
antiéticos no trabalho, como sonegação de impostos, desrespeito aos direitos do 
trabalhador e concorrência desleal. Esse é um exemplo de dilema porque a grande 
maioria das pessoas não sabe como agir, já que o seu emprego pode estar em jogo. 
 Utilizar Atalhos para Atingir Objetivos: quando se tem um objetivo, é necessário 
batalhar para alcançá-lo. Contudo, muitos indivíduos se sentem em dúvida quando 
se deparam com a oportunidade de conseguir o que desejam mais rapidamente, 
porém, o preço a se pagar é agir de forma antiética. 
 Furtar: muitas pessoas, seja na vida pessoal ou profissional, têm acesso a dinheiro e 
objetos, de grande ou menor valor, que pertencem aos outros ou a empresas e que 
acreditam que poderiam furtar “sem serem descobertos”. Muitos agem de tal forma 
sem considerar que se trata de um furto por crerem que são itens de valor baixo. 
Contudo, independente do valor, se apossar de algo que pertence a terceiros 
sempre é uma atitude antiética. 
 Se Permitir ser Subornado: o suborno é o ato de oferecer dinheiro a alguém em 
troca de um favor ou para obter vantagens. Assim como subornar é considerado 
uma atitude antiética, aceitar a situação também é. 
 Agir com Parcialidade: em situações como escolher um candidato a uma vaga de 
emprego, por exemplo, o correto é agir com imparcialidade, para eleger o 
profissional mais qualificado e que melhor se encaixe no cargo. Agir com 
parcialidade, considerando relações de amizade, gênero, raça ou por ter recebido 
alguma vantagem é sinal de falta de ética. 
 Se Beneficiar de Informações Confidenciais: esse exemplo é bastante comum em 
empresas, especialmente entre funcionários que tenham acesso a informações 
confidenciais. O ato de obter vantagens pessoais ao se valer de dados privilegiados 
da organização em que trabalha é considerado antiético. 
4.3 – Como Lidar com Dilemas Éticos 
Não existe uma fórmula pronta de como lidar com dilemas éticos, afinal cada 
situação tem suas características e consequências. Contudo, procure sempre se 
pautar pela ética e pelos seus valores morais. Obter vantagens tendo que passar por 
cima daquilo que acredita pode até se mostrar uma boa opção no início, mas pode 
lhe custar muito no futuro. 
http://www.jrmcoaching.com.br/blog/encontrando-respostas-para-vida-pessoal-e-profissional-entenda-o-coaching-integral/
20 
 
 
Procure sempre conquistar os seus objetivos através de trabalho e esforço e 
verá o quanto isso será recompensador. A tranquilidade de agir sempre de forma 
honesta e ética não tem preço. Mesmo que a política do nosso país e algumas 
pessoas com as quais convive tentem mostrar o contrário, a melhor forma de lidar 
com dilemas éticos é sendo ético e fiel às suas convicções morais. 
Neste sentido, para tomar a melhor decisão, é importante considerar os 
seguintes pontos: 
 O primeiro passo deve ser pensar na decisão que pretende tomar e em como se 
sente em relação a ela. Considere a sua intuição e o que ela te diz sobre a 
situação em questão. 
 É importante analisar o fato com cautela, a fim de se certificar de que se trata de 
algo verídico e não de um boato. Caso tenha testemunhas confiáveis que possam 
confirmar as informações, poderá tomar a sua decisão com mais tranquilidade. 
 Caso tivesse que contar sobre essa decisão para uma pessoa da sua família, 
sentiria vergonha ou orgulho? Se a resposta for vergonha, é um grande sinal de 
que precisa repensar a atitude que pretende ter. 
 Se essa história vier a público, como acredita que ficará a sua imagem, a de 
alguém que agiu de forma ética ou antiética? Se a resposta for a segunda opção, 
é sinal de que sua decisão é, no mínimo, questionável e precisa ser revista. 
 Faça um exercício de empatia e imagine como se sentiria se fosse a parte 
prejudicada da situação. Então, verifique se agiria da mesma maneira caso fosse 
o principal envolvido. 
Essa reflexão fará com que consiga ter uma visão mais ampla sobre os 
dilemas, podendo agir de forma mais assertiva e segura. Após a análise desses 
pontos, tenho a certeza de que irá tomar a melhor decisão e agir de forma ética, sem 
passar por cima dos seus valores morais, profissionais e pessoais. 
Por mais desafiador que possa parecer no início, vencer as provocações e 
agir com ética fará com que sinta mais orgulho de si. Ser um exemplo de ética para 
amigos, familiares e colegas de trabalho certamente trará muitos retornos positivos 
para a sua vida. Apesar do que muitos dizem; o mundo não é dos espertos, mas sim 
das pessoas éticas e honestas. 
 
5. Modelos de Análise de Conflitos em Bioética 
21 
 
 
 O conflito manifesta-se presente em todas as sociedades, sendo um 
fenômeno inevitável, uma vez que tem como base ontológica a natureza do próprio 
indivíduo em sua convivência em grupo. Entretanto, nos dias atuais, as grandes 
transformações pelas quais passam as sociedades, aliadas ao reconhecimento do 
pluralismo das ações humanas, antagonismos e contradições de ideias e interesses, 
ao mesmo tempo em que abrem novas perspectivas de melhoramento das 
condições humanas pelo respeito à diversidade, geram conflitos cada vez mais 
complexos que colocam em xeque as tradicionais formas de resolução de 
controvérsias, ou seja, um indivíduo isoladamente, utilizando-se da força física 
(autotutela) ou da força da lei (jurisdição), toma para si a obrigação de resolver o 
conflito. 
 Considerando a complexidade desses conflitos, as soluções, para alcançarem 
efetividade e promoverem satisfação aos envolvidos, estão saindo da alçada do 
indivíduo para a competência de grupos multidisciplinares, a partir do diálogo entre 
indivíduos e do espírito de colaboração e solidariedade entre as pessoas, 
ressaltando a importância da participação ativa da sociedade no tocante à solução 
dos problemas individuais ou coletivos. 
 O conflito, quando bem manejado, pode contribuir como uma força positiva 
motriz da sociedade. O seu estudo, que desperta o interesse de várias disciplinas, 
dentre elas a Bioética que possui um especial interesse pelo tema por ter ela mesma 
sua origem na preocupação com o respeito ao ser humano inserido num contexto de 
diversidade, será o objeto do primeiro capítulo deste trabalho, a fim de que, a partir 
do domínio da dinâmica do conflito seja possível encontrar formas de solução que 
restaurem, com o maior nível de satisfação possível, o equilíbrio social abalado 
pelas disputas em geral e, especificamente, pelas disputas relacionadas com temas 
bioéticos, conforme veremos a seguir. 
 
6. Atitude Ética na Atuação em Equipe Multiprofissional 
 Equipe Multiprofissional é a junção de esforços e interesse de um grupo de 
profissionais que reconhecem a interdependência com os outros componentes e se 
identificam com um trabalho de caráter cooperativo e não competitivo, com o fim de 
alcançar um objetivo comum cuja atividade sincronizada e coordenada caracteriza 
um grupo estritamente ligado. 
22 
 
 
O trabalho em equipe não significa portanto, a somação de indivíduos 
organizados para uma tarefa comum, mas a integração de cada elemento que a 
compõe, atendendo às peculiaridades grupais, e numa reunião de técnicos em 
várias especialidades profissionais, desempenhando funções harmônicas numa 
verdadeira intercomplementação. 
 
 
6.1 – Vantagens do Trabalho em Equipe Multiprofissional 
Da noção de interdependência à influência bilateral da conduta do grupo 
interprofissional surgem os resultados esperados de qualquerfunção em equipe: a 
ideia do sinergismo. 
Sobre o assunto, assim se expressa DE FELICE (1976), "os pacientes 
consideram a equipe como seu médico". E quanto ao grau de satisfação obtida pelo 
paciente com relação ao trabalho de equipe, o autor citou SILVER, o qual observou 
que 94% dos pacientes expressaram satisfação com a assistência combinada, 
considerando-a melhor do que recebida por um médico somente e, S0% dos 
pacientes consideraram a associação de um médico e um profissional afim de área 
de saúde, como uma tendência inevitável na prática da medicina. 
Evidenciado está, que o trabalho realizado por equipe multiprofissional 
constitui importância relevante com as seguintes vantagens: 
a) assegura a participação de toda a equipe através de um trabalho integrado; 
b) propicia uma assistência mais condigna e humana ao paciente por meio da 
interação multiprofissional; 
c) centra as responsabilidades através do trabalho copraticado; 
d) fortalece as relações entre os profissionais, paciente e família para o alcance dos 
objetivos; 
e) aumenta o aproveitamento da capacidade profissional pela coesão do trabalho; 
f) favorece o relacionamento interprofissional. 
6.2 – Requisitos para um Trabalho em Equipe 
23 
 
 
Um constante interesse para alcançar os objetivos propostos deve nortear a 
equipe, onde cada elemento necessita do trabalho do outro através de uma estreita 
colaboração. É imprescindível que os participantes da equipe apresentem requisitos 
como sejam: 
a) espírito de equipe — é o desejo de unir forças para obtenção do objetivo comum; 
b) participação — acreditar e se esforçar para realizar alguma coisa; 
c) intercomunicação — ocorre quando há um perfeito conhecimento e segurança no 
campo específico de ação e, geral nas outras áreas; 
d) capacidade de assumir responsabilidade — é aceitação total do trabalho com um 
esforço contínuo para bem desempenhar as funções; 
e) satisfação — é o sentimento de segurança, de amplitude em fazer parte de um 
trabalho que reflita satisfação íntima. 
6.3 – Fatores que Impedem o Funcionamento Eficaz da Equipe Multiprofissional 
 O trabalho em equipe multiprofissional nem sempre resulta perfeitamente 
uniforme e sem incidentes. O mesmo não nasce espontaneamente, sendo que uma 
verdadeira conscientização do papel de cada elemento contribui para eliminar 
aspectos que interferem em seu funcionamento eficaz. Muitos fatores contribuem 
para o não cumprimento das verdadeiras funções de equipe: 
a) Individualismo — um estudo sobre as atitudes dos médicos com relação ao 
trabalho em equipe, feito por Kane e Kane5, resultou na seguinte observação: "82% 
dos médicos pensam que poderiam atender adequadamente aos enfermos sem 
ajuda de outros profissionais sanitários. Admitiram que a tendência do médico a 
considerar-se a si mesmo em uma posição de autoridade em relação aos seus 
pacientes, guarda uma relação paralela com sua tendência a descartar a 
necessidade de experiência dos outros. 
Ferreira Santos (1973), cita: "o produto do trabalho, a tarefa principal (cura do doente) 
é entretanto considerada do médico". Mesmo quando outros profissionais atuam 
eficientemente, a tradição diz que o trabalho poderia ter sido feito sem esses 
auxílios". 
O MEC (Ministério da Educação e Cultura) propõe diretrizes para eliminar 
esse individualismo quando assim se expressa: "Considerando a evidência de que, 
cada vez mais, o médico deve trabalhar em equipe multiprofissional, que sejam 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671978000300321#B05
24 
 
 
realizadas com maior frequência, as técnicas de trabalho em grupo e 
proporcionadas experiências, sempre que possível, incluindo alunos de diferentes 
categorias profissionais". 
b) Tradicionalismo — este aspecto refere-se à enfermagem como tradição de 
caridade, imagem materna, que executa técnicas e cumpre ordens médicas, o que 
tem dificultado afirmar o alcance, a nível de seus pares universitários, de 
conhecimento em áreas específicas de enfermagem. Só paulatinamente o 
enfermeiro está sendo reconhecido como autoridade no seu campo6. 
c) Autoritarismo — a delimitação do âmbito de poder do médico, enfermeiro e outros 
profissionais, é um dos pontos críticos no inter-relacionamento multiprofissional. A 
tomada de consciência de que a enfermagem moderna, é científica, e com direito a 
este reconhecimento, faz com que os enfermeiros se insurjam contra a autoridade 
que outros profissionais julgam ter sobre os mesmos. 
Outros fatores interferem para inibir o funcionamento da equipe: alto interesse 
econômico, profissionalismo, diferenças de nível sociocultural, valores, atitudes e 
crenças. 
6.4 – O Trabalho da Equipe 
O ponto de partida para o trabalho de equipe multiprofissional deve estar 
centrado numa filosofia em que, o paciente e seus problemas, circunstancialmente, 
depende de todos, com igual intensidade dentro da área de competência de cada 
elemento do grupo. 
O paciente ao ser encaminhado para a unidade de internação deve ter 
sentido a abordagem decorrente do processo médico e de enfermagem, pelo 
menos, na fase descritiva, ou seja: 
a) anmnese e diagnóstico médico quando o paciente consulta o médico; 
b) histórico de enfermagem e diagnóstico de enfermagemquando o paciente é 
recebido pelo enfermeiro. 
Nas fases subsequentes, ou seja: de intervenção e avaliação, é necessário 
que sejam atendidas as diferenciações das necessidades dos pacientes. A partir 
dessa diversificação de necessidades é que a equipe multiprofissional torna-se 
imprescindível ao integral atendimento do paciente. 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671978000300321#B06
25 
 
 
Leitura Complementar 
ÉTICA E PRÁTICA PROFISSIONAL EM SAÚDE 
Maria Bettina Camargo Bub 
Resumo: Há várias teorias éticas e modelos de análise teórica que podem orientar a 
nossa forma de ser e agir profissionalmente. Mesmo levando em consideração que 
referências filosóficas e teóricas nos ajudam a pensar criticamente, é sempre bom 
ter em mente que a aplicação rotineira de métodos nunca é um substituto satisfatório 
para a inteligência crítica. Porém, não é nada simples responder as questões: como 
devem ser os enfermeiros e enfermeiras na sua prática profissional? Como devem 
agir os enfermeiros e enfermeiras em relação aos outros e a si mesmo? Neste 
sentido, o propósito deste texto é contribuir com fundamentos éticos que possibilitem 
a reflexão sobre a forma como temos agido e como temos sido enquanto 
profissionais de saúde. O objetivo é problematizar a relação cliente - profissional de 
saúde, uma vez que é nessa prática cotidiana que se integram os elementos 
próprios da conduta moral profissional. 
Palavras-chave: Ética. Prática profissional. Saúde. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v14n1/a09v14n1.pdf> Acesso em: 
05/09/2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
Referências 
A Importância da Conduta Ética no Trabalho. Disponível em: 
<https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/importancia-conduta-etica-
trabalho/> Acesso em: 05/09/2018. 
A "Nova" Lei do Exercício Profissional da Enfermagem: uma análise critica. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71671987000300014> Acesso em: 05/09/2018. 
As Condutas Éticas Essenciais para Profissionais de Saúde. Disponível em: 
<http://cbexs.com.br/as-condutas-eticas-essenciais-para-profissionais-da-saude/> 
Acesso em: 05/09/2018. 
A Atuação do Enfermeiro na Equipe Multifuncional. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71671978000300321> Acesso em: 13/09/2018. 
Definição de Ética, Moral, Deontologia e Bioética. Disponível em: 
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/definicao-de-
etica-moral-deontologia-e-bioetica/33305> Acesso em: 07/09/2018. 
FERREIRA SANTOS, Célia A. — A Enfermagem como profissão. São Paulo,Pioneira, 1973. 
Mediação Bioética: busca de soluções compartilhadas para resolução de conflitos 
bioéticos. Disponível em: 
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/10220/4/2011_NataliaMariaSoaresCarreiro
.pdf>Acesso em: 10/09/2018. 
O que são Dilemas Éticos e como Lidar com Eles? Disponível em: 
<https://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-que-sao-dilemas-eticos-como-lidar/> 
Acesso em: 10/09/2018. 
Universidade Federal de Goiás. Ética e Exercício da Enfermagem. Disponível em: 
<https://www.fen.ufg.br/up/126/o/plano-2012-s01-p07-etica-exercicio-
enfermagem.pdf?1343412215> Acesso em: 04/09/2018. 
 
	1.1 – Porque Cultivar a Ética no Trabalho
	1.2 – O que é Ética Profissional?
	1.3 – Exemplos de Ética no Trabalho Para te Inspirar

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