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CARACTERÍSTICAS COMUNS ÀS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Princípios regedores da Administração Indireta: - Princípio da reserva legal; - Princípio da especialidade; - Princípio do controle. VINCULAÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DIRETA CONTROLE OU TUTELA (Princípio do Controle) NÃO HÁ SUBORDINAÇÃO HÁ MERA VINCULAÇÃO (o controle é finalístico) PERSONALIDADE JURÍDICA PRÓPRIA – (São titulares de direitos e obrigações) CRIAÇÃO OU AUTORIZAÇÃO DE INSTITUIÇÃO POR LEI ESPECÍFICA (Princípio da reserva legal - Constituição Federal) “XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”; AUTARQUIA Conceito legal (art. 5º, I do Decreto-Lei nº 200/67) “AUTARQUIA – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”. Exemplos de Autarquias: - AUTARQUIA PREVIDÊNCIÁRIA – Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); - AUTARQUIAS PROFISSIONAIS - (ou corporativas) – OAB, CRM, etc. - AUTARQUIAS CULTURAIS – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - AUTARQUIA ADMINISTRATIVA – Banco Central do Brasil (BACEN); e - AUTARQUIA DE CONTROLE – Agência Nacional de Energia Elétrica, Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), ETC. CARACTERÍSTICAS DAS AUTARQUIAS Criação por lei específica; Personalidade jurídica de direito público; Patrimônio próprio Capacidade de auto-administração Sujeição ao controle ou tutela Desempenho de atribuições públicas típicas OUTROS CARACTERES PRÓPRIOS DAS AUTARQUIAS Orçamento (art. 165, § 5º) Dirigentes Atos dos dirigentes Contratos (são contratos administrativos – Ver CF art. 22, XXVII e art. 37, XXI) Pessoal - (Estatutário e celetista) - Probição de acumular cargos, empregos e funções (CF, art. 37 XVI e XVII) Imunidade de impostos (CF, art. 150, § 2º) Impenhorabilidade de seus bens e suas rendas (Art. 100 da CF) Imprescritibilidade de seus bens CF, art. 183, § 3º e 191, § único e Súmula 340 do STF) Prescrição qüinqüenal (Art. 1º do Decreto nº 20.910/32) Créditos sujeitos à execução fiscal (art. 1º da Lei nº 6.830/80) Situações processuais específicas - custas só a final, quando vencidas (CPC, art. 27) - prazo em quáduplo para contestar e em dobro para recorrer (CPC, art. 188) Juízo Privativo (CF, art. 109, I); Direito de regresso (CF, art. 37, § 6º). FUNDAÇÕES PÚBLICAS Trata-se de um patrimônio personalizado e destinado a um determinado fim social. Portanto, com finalidade não lucrativa. Não poderá atuar ou intervir no domínio econômico. O comum é que as FUNDAÇÕES se destinem às seguintes atividades atípicas do Poder Público: assistência social; assistência médica e hospital; educação e cultura; e pesquisa CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS FUNDAÇÕES: A figura do instituidor (nas fundações públicas o instituidor é o Estado); O fim social da entidade; A ausência de fins lucrativos. Conforme o art. 37, XIX da CF, caberá a lei complementar definir as áreas de atuação. VÁRIAS TEM SIDO AS DENOMINAÇÕES ATRIBUÍDAS ÀS FUNDAÇÕES PÚBLICAS: - fundações instituídas pelo Poder Público; - fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público (Art. 71, III, CF); -fundações controladas pelo Poder Público (Art. 163,II, CF); - fundações sob controle estatal (Art. 8º, parágrafo 5º, ADCT, CF); - fundações públicas (Art. 19, ADCT, CF); - fundações governamentais, e outras do gênero; Alguns exemplos de fundações públicas na esfera federal: Fundação Escola de Administração Pública; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Fundação Casa de Rui Barbosa; Fundação Nacional do Índio; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Polêmica é a natureza jurídica das fundações, se de Direito Público ou de Direito Privado. As fundações públicas são consideradas espécies do gênero autarquia, recebendo, inclusive, a denominação de fundações autárquicas. AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES FUNDAÇÕES – (Lei 7.596, de 10.04.87 – alterou a redação do artigo 4º do Decreto-Lei 200, de 25-02-67) PESSOAS DE CORPORAÇÕES, BASE CORPORATIVA ASSOCIAÇÕES, (Associações de SOCIEDADES PESSOAS Pessoas) JURÍDICAS (Sejam de Dir. Público ou de FUNDAÇÕES – Patrimônio personalizado Direito Privado (Personificação de uma finalidade) (Código Civil, (Estruturas destinadas a certos fins de religião, ou de art. 16, I) PESSOAS DE ciência ou arte, etc. Não são pessoas, mas coisas BASE personificadas; não são fins para si; adquirem direitos FUNDACIONAL exercem-nos em proveito de certa classe de pessoas Indistintamente. São patrimônios administrados; a personalidade deles pode-se considerar uma abstração] (Di Pietro, p. 365) ] AUTARQUIAS – “Posto possam ter fins idênticos ou análogos, não servem a tais fins, antes no alcançá-los buscam o seu próprio proveito, trabalham no interesse da coletividade, ou do ser ideal que personifica”. São pessoas e não coisas (Lacerda de Almeida, citado por Di Pietro, p. 365) FUNDAÇÕES PÚBLICAS – São pessoas de Direito Público, de capacidade exclusivamente administrativa, resulta que autarquias e que, pois, todo o regime jurídico dantes exposto, aplica-se-lhes integralmente”. (Bandeira, pp-111-112 – 11ª edição) FUNDAÇÕES instituídas pelo Poder Público como patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica de direito público ou privado, e destinado por lei ao desempenho de atividades do Estado na ordem social, com capacidade de auto-administração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da Lei (Di Pietro, p. 366). O ato do Poder Público – como instituidor – não é irrevogável, ao contrário do que ocorre na fundação instituída por particular (Di Pietro, p. 368) O Poder Público pode extinguí-la (Fundação Pública) a qualquer momento (Di Pietro, p. 368) ... Com relação às fundações instituídas por particulares, a função do MP justifica-se pela necessidade de atribuir a algum órgão público a função de manter a entidade dentro dos objetivos para os quais foi instituída (Di Pietro, p. 369) ... Como a fundação adquire vida própria e nela não mais interfere o instituidor, o MP assume essa função (Di Pietro, p.369) (Ver livro de Renato Janine Ribeiro – A Sociedade contra o social – o alto custo da vida Pública no Brasil – Companhia das letras.
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