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Emergências cardiológicas CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ PROFª: SUELEN SANTOS CRISE HIPERTENSIVA São situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da PA (definida arbitrariamente como PAD ≥ 120 mmHg) Elevação da PAD sem lesão aguda de órgãos- alvo Elevação da PAD com lesão aguda de órgãos- alvo Urgência hipertensiva Emergência hipertensiva EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA IAM Angina instável AVE EAP Dissecção de aorta Encefalopatia hipertensiva Hipertensão na gestação Hemorragia intra cerebral ou subaracnóide CRISE HIPERTENSIVA TRATAMENTO Urgência hipertensiva – Captopril, clonidina e betabloqueadores orais, com redução gradual da PA em 24 a 48h . Emergência hipertensiva: - Monitorização: controle rigoroso da PA - Acesso venoso calibroso - Oxigênio - SN. - Exame físico ↓ PA ≤ 25% na 1ª hora; ↓ PA 160/100 -110 mmHg em 2-6 h PA 135/85 mmHg 24-48 h Droga mais utilizada nas EH - Nitroprussiato de sódio. (Nipride) - Fotosenssível Manter ambiente calmo/ afastar pseudocrises DISSECÇÃO DA AORTA Uma delaminação súbita da camada íntima, com formação de falsa luz que pode destruir a camada média e ter extensão variável, ou ainda, uma hemorragia da média com ruptura da íntima e propagação da dissecção através desta. DISSECÇÃO DA AORTA Sinais e sintomas Dor torácica súbita e muito intensa em pontada ou em rasgada Elevação pressão arterial Desmaio Náusea Vômito Sudorese Falta de ar ou dor nas pernas. DISSECÇÃO DA AORTA Diagnóstico Tomografia Tratamento Cirúrgico Na EH –PAS alvo de 120 mmHg em 20 min; Fazer nitroprussiato associado ao betabloqueador; ARRITIMIAS CARDÍACAS Ritmo cardíaco - significa contração muscular mecânica rítmica e regular do coração, que é iniciada por uma onda elétrica, que se espalha pelo coração. ARRITIMIAS CARDÍACAS Características do ritmo sinusal normal: Frequência: 50 a 100 bat/min Ondas P: precedendo cada complexo QRS Complexo QRS: 0,04 a 0,1 seg Condução: para diante e cíclica ao longo do sistema de condução Ritmo: regular sem atraso anormal Arritmia - Alteração da frequência, formação e/ou condução do impulso elétrico através do miocárdio. ARRITIMIAS CARDÍACAS Frequências inferiores a 50 bpm RITMO SINUSAL Frequências superiores a 100 bpm Bradicardia sinusal Taquicardia sinusal BRADICARDIA Benignas: em geral não causam síndrome de baixo débito, ex: bradicardia fisiológica de atletas, hipotideoidismo e síncope vasovagal; Malignas: pausas sinusais longas, bloqueio sinoatrial, ex: doença do nó sinusal BRADICARDIA SINUSAL Frequência cardíaca menor que 50 bat/min; origina-se nodo sinusal BRADICARDIA SINUSAL Características: Frequência: menor 50 bat/min Ondas P: precedem complexo QRS Complexo QRS: normal Condução: normal Ritmo: regular Causas: Drogas Estimulação vagal Estado hipoendócrino anorexia Hipotermia atletismo IAM com comprometimento nodo sinusal Manifestações clínicas: Geralmente assistomática fadiga Tontura síncope Frequência cardíaca maior do que 100 bat/min; origina-se no nodo sinusal TAQUICARDIA SINUSAL TAQUICARDIA SINUSAL Características: Frequência: >100 bpm Ondas P: precedem complexo QRS Complexo QRS: normal Condução: normal Ritmo: regular Causas: Exercício Anemia Ansiedade Insuficiência cardíaca Febre Hipovolemia Drogas Choque Manifestações clínicas: Geralmente assintomática Palpitações ocasionais Hipotensão, angina com doença cardiovascular TAQUICARDIA SINUSAL BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BAV – a dificuldade ou a impossibilidade de condução dos estímulos dos átrios para os ventrículo BAV DE 1º GRAU Atraso na condução do estímulo dos átrios para os ventrículos; Uma linha mais longa, mais plana entre o P e as ondas R do ECG; Quando o Intervalo PR está acima de 0,20 segundos; BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BAV DE 1º GRAU Pode ser encontrado em pessoas assintomáticas, atletas ou idosos e, nas cardiopatias, as mais comuns são cardite de doença reumática, uso de medicamento, miocardiopatia chagásica, cardiopatia isquêmica Tratamento da causa base BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BAV DE 2º GRAU os sinais elétricos entre os átrios e os ventrículos estão retardados em um grau maior que no bloqueio átrio-ventricular do primeiro grau. Alguns dos estímulos que vem dos átrios não atingem os ventrículos; Há quatro variedades desse tipo de dificuldade de condução BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Bloqueio AV de 2ºGrau Tipo Wenckebach ou Mobitz I É caracterizado por intervalos PR progressivamente mais longos, até que surge uma onda P não seguida de QRS; O intervalo PR seguinte é novamente mais curto e os subseqüentes vão aumentando progressivamente até surgir nova onda P não seguida de QRS; O conjunto de ciclos com prolongamento dos intervalos PR, até a perda da resposta ventricular, é chamado de período de Wenckebac. BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Bloqueio AV de 2ºGrau Tipo Mobitz II Nessa eventualidade, observamos, vez por outra, uma onda P não seguida de complexo QRS. Contudo, os intervalos PR nos batimentos conduzidos são fixos. BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Bloqueio AV do 2ºGrau Tipo 2:1 É um tipo particular de bloqueio, com padrão fixo de resposta AV tipo 2:1; isto é, ao eletrocardiograma observa-se a presença de duas ondas P para um QRS. BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Bloqueio AV do 2ºGrau, Avançado É assim chamado o bloqueio AV em que a condução atrioventricular ocorre em uma proporção inferior a 50%. Teremos então padrões de condução tipo 3:1, 4:1 e 5:1. BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BAV DE 3º GRAU Ausência de condução dos átrios para os ventrículos, gerando onda P e QRS totalmente dissociados. Frequência ventricular = Baixa Frequência atrial = normal/ alta Intervalo PR variável REQUER MARCAPASSO BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BAV DE 3º GRAU São causas de BAVT: reflexo vagotônico excessivo (BAVT nodal), cirurgia, distúrbios eletrolíticos, miocardites, doença de Chagas, doenças autoimune, processos infiltrativos, estenose aórtica calcificada. MARCAPASSOS MARCAPASSO TRANSCUTÂNEO- PROVISÓRIO Orientação do paciente sobre o procedimento; Tricotomia e higiene do local de colocação das pás; Posicionar as pás; Ligar e selecionar frequência, demanda e corrente conforme solicitação do médico; Utilizar analgésico ou sedação se necessário; Manter o paciente continuamente monitorado; Atenção para sinais de baixo débito: queda de perfusão periférica,palidez cutânea. MARCAPASSOS MARCAPASSO EXTERNO TRANSVENOSO - PROVISÓRIO MARCAPASSOS Montagem de material para acesso central – kit de marcapasso venoso; Checar o funcionamento e bateria reserva; Explicar o procedimento para o paciente; Manter monitorização contínua; Auxiliar o médico durante a inserção; Atenção com as arritmias; Realizar o curativo após o procedimento. MARCAPASSO EXTERNO TRANSVENOSO - PROVISÓRIO MARCAPASSOS MARCAPASSO DEFINITIVO ARRITIMIAS CARDÍACAS Alteração da frequência, formação e/ou condução do impulso elétrico através do miocárdio. Supraventriculares Ventriculares ARRITIMIAS CARDÍACAS SUPRAVENTRICULARES Ritmo que se origina acima da junção entre o nó AV e o feixe de His. ARRITIMIAS CARDÍACAS SUPRAVENTRICULARES Surgem no nódulo sinusal , no miocárdio atrial ou na junção(AV) atrioventricular QRS normal ou alargado Regulares ou Irregulares FIBRILAÇÃO ATRIAL CONTRAÇÃO DESORGANIZADA E DESCOORDENADA DO MÚSCULO ATRIAL DEVIDO A UMA PRODUÇÃO SUPER RÁPIDA DE IMPULSOS ATRIAIS Características: Freqüência: atrial de 450 a 700 ciclos por minuto com resposta ventricular variável; Ondas p: nenhuma discernível – linha básica com irregularidades finas, grosseiras ou por um misto destas alterações Intervalo P-R: não mensurável Complexo QRS: normal Condução: normal ao longo do ventrículo, irregular ao longo da junção AV Ritmo: totalmente irregular FIBRILAÇÃO ATRIAL Causas: Aterosclerose estenose válvula mitral ICC - Congênita DPOC Manifestações clínicas: Palpitações tontura Dispnéia Assintomática edema pulmonar FIBRILAÇÃO ATRIAL FIBRILAÇÃO ATRIAL A FA pode ser aguda (intermitente) ou crônica e pode ser influenciada pela atividade autonômica. Independente da forma a FA é um preditor de acidente vascular. FLUTTER ATRIAL O flutter atrial, ao contrário da fibrilação atrial, a atividade elétrica atrial é organizada. Frequência entre 240 e 340 bpm Onda P serrilhada; Regular; Complexo QRS estreito TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR Características: Frequência: 150 a 250 BAT/MIN Ondas P: Precedem as ondas QRS Intervalo P-R: encurtado Complexo QRS: Encurtado ou alargado Condução: Aberrante Ritmo: regular Causas: Emoções drogas Álcool tabagismo Hormônios Não associada a cardiopatias congênitas Manifestações clínicas: Palpitações - tontura Dispnéia - dor anginosa DE INÍCIO SÚBITO PODE TER CESSAÇÃO RÁPIDA DO BATIMENTO CARDÍACO (PALPITAÇÕES); ORIGINA-SE NO ÁTRIO. TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR Presença de uma via acessória para migração do estímulo elétrico do coração; Reentrada nodal, em que o estímulo cardíaco proveniente do átrio chega até o nó atrioventricular e o estimula de forma inadequada e repetitiva; TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR Tratamento da Taquicardia Supraventricular TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR MANOBRA VAGAL Massagem de seio carotídeo* Imersão da face em água gelada Provocar o vômito ADENOSINA 6MG EV BOLUS ADENOSINA 12MG ( 2MIN +12mg) EV VERAPAMIL 5 A 10MG EV BAIXO DÉBITO CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA 100J *AUSCULTAR AS CARÓTIDAS ANTES DA MASSAGEM Tratamento da Taquicardia Supraventricular Sintomas severos ou Pré-excitação Sintomas leves Ausência de Pré-excitação Sintomas moderados Ausência de Pré-excitação Não necessita tratamento ESCOLHA DO PACIENTE Ablação com cateter Ablação com cateter Medicamentos Sem sucesso Sem sucesso 0 Ferguson JD; di Marco JJ Circulation.2003;107:1096-99 ARRITIMIAS CARDÍACAS VENTRICULARES Ritmo originados distais à bifurcação do Feixe de His. TAQUICARDIA VENTRICULAR 3 OU MAIS CONTRAÇÕES VENTROCULARES PRECOCES CONSECUTIVAS; CONSIDERADA EMERGÊNCIA CLÍNICA POIS DÉBITO CARDÍACO NÃO PODE SER MANTIDO EM RAZÃO DA DIMINUIÇÃO DO ENCHIMENTO DIASTÓLICO. Características: FREQÜÊNCIA: 100 a 250 BAT/MIN Ondas P: não são vistas no QRS e QRS não tem associação com as ondas p Intervalo P-R: nenhum Complexo QRS: largo, bizarro ondas T em direção oposta Condução: anormal Ritmo: geralmente regular Causas: Irritabilidade do músculo ventricular Manifestações clínicas: Tontura - fraqueza Dispnéia - inconsciência TAQUICARDIA VENTRICULAR ARRITIMIAS CARDÍACAS – Taquicardia ventricular ARRITIMIAS CARDÍACAS – Taquicardia ventricular Esquema tratamento TV com pulso e sem pulso LIDOCAINA, PROCAINAMIDA MAGNÉSIO AMIODARONA ARRITIMIAS CARDÍACAS – Fibrilação ventricular BOMBEAMENTO RÁPIDO E INEFICAZ DOS VENTRÍCULOS, PODENDO SER RAPIDAMENTE FATAL. Características: Freqüência: rápida, descoordenada e ineficaz Ondas P: não observável Intervalo P-R: nenhum Complexo QRS: ondulação inespecífica Condução: anormal Ritmo: irregular sem padrão Causas: Isquemia do miocárdio ou infarto TV não tratada Desequilíbrio eletrolítico Toxicidade digitálica Hipotermia Manifestações clínicas: - cessação dos movimentos respiratórios Convulsões - inconsciência Ausência de pulso - queda abrupta de PA ARRITIMIAS CARDÍACAS – Fibrilação ventricular CARDIOVERSÃO E DESFBRILAÇÃO ELÉTRICA Cardioversor - é aplicado o choque elétrico de maneira sincronizada, assim, o paciente deve estar monitorado no cardioversor e este deve estar com o botão de sincronismo ativado, pois a descarga elétrica é liberada na onda R. Tratamento FA, Flutter, TSV e TV com pulso – 100 J inicialmente CARDIOVERSÃO E DESFBRILAÇÃO ELÉTRICA O uso do desfibrilador promove uma aplicação de corrente elétrica não sincronizada ao músculo cardíaco. O choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves como a TV sem pulso e a FV. 360 J CARDIOVERSÃO E DESFBRILAÇÃO ELÉTRICA Cuidados de enfermagem: Providenciar gel para aplicar nas pás; Ligar o sincronizador do cardioversor (se necessário) e observar se é necessário re-sincronizar, pois, após o primeiro choque, o sincronismo pode desligar automaticamente; Providenciar o sedativo de escolha pela equipe médica já que a cardioversão causa dor e desconforto ao paciente e a mesma corrente que despolariza o miocárdio despolariza toda musculatura esquelética. CARDIOVERSÃO E DESFBRILAÇÃO ELÉTRICA Cuidados de enfermagem: Providenciar carro de emergência com equipamentos e medicações para intubação e atendimento de parada cardiorrespiratória que devem estar prontamente disponíveis; Retirar próteses dentárias móveis do paciente; Providenciar Monitorização cardíaca e de oximetria de pulso, oxigênio S/N; Puncionar acesso venoso periférico calibroso, se o paciente estiver sem acesso; Caso seja necessário realizar tricotomia e a limpeza da pele para remoção da gordura e substâncias que atrapalham a condução elétrica ARRITIMIAS CARDÍACAS Cuidados de enfermagem Controle dos sinais vitais – atenção para freqüência cardíaca, rítmo e a PA; Fazer ECG; Administrar antiarrítmicos prescritos: controlar efeitos colaterais; Avaliar capacidade do paciente em realizar atividades diárias: realizar orientações pertinentes; Avaliar circulação periférica (pulsos periféricos, pele); Estar atento para manifestações clínicas – orientar paciente o repouso; Dar apoio emocional ; Referências VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol., Rio de janeiro v. 107, n 3, supl 3, Setembro 2016 Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos (2009) Arq. Bras. Cardiol, 2009; 93(3 supl.2): 1-19 HUDDAK, C. M.; GALLO, B. M.; MORTON, P. G. Cuidados críticos de enfermagem: uma abordagem holística. 2007
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