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Princípios do Conhecimento Racional e Procedimentos Racionais



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Centro Universitário Estácio de Sá
Disciplina: Filosofia da ciência.
Professora: Dr(a) Virna Braga
Aluno: Rumennig Weitzel - 201708090606
1). Com o limiar do estudo filosófico, a compreensão a cerca da razão começou a ser desenvolvida e foi possível compreender que a atuação racional agia por meio de mecanismos criados por ela mesma. Os princípios que permeia o conhecimento racional permitiram então que a nossa razão pudesse operar, mesmo quando não existisse conhecimento prévio sobre eles. Isso ocorreu devido a nossa natureza racional e por tais princípios garantirem que a realidade racional possa ser conhecida pela razão, obedecendo a uma validade universal, não tendo conteúdo determinado e sendo indispensáveis para o pensamento. 
Os princípios do conhecimento racional estão estabelecidos em uma concordância com a própria realidade sendo entendidos como: princípio da identidade, que determina a condição do pensamento. O princípio da não contradição que está correlacionado diretamente com o principio da identidade e afirma que, uma coisa ou uma ideia que nega a si próprio se destrói ou deixa de existir. O principio do terceiro excluído afirma que, entre várias escolhas possíveis, só há realmente duas a certa ou errada. E o principio da razão suficiente, tudo que existe e tudo que acontece tem uma razão (causa ou motivo) para acontecer e que tal razão pode ser conhecida pela nossa razão.
2). Intuição sensível, também conhecida como intuição empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis, isto é, do que pode ser observado frente a um objeto externo. Atua também como conhecimento direto, imediato, de estados internos ou mentais. Além disso, a intuição sensível é de cunho psicológico, refere-se aos múltiplos estados do sujeito do conhecimento enquanto um ser corporal e psíquico individual, sendo a singularidade a sua maior marca. A intuição sensível não capta o objeto em sua universalidade e a experiência intuitiva não é transferível para outro objeto. Em contra partida a intuição intelectual abrange um fato mais universalista. A intuição intelectual é o conhecimento direto, imediato dos princípios da razão das relações necessárias entre os seres ou entre as ideias, da verdade de uma ideia ou de um ser.
3). Penso (cogito), logo existo é uma afirmação racional, gerada pela intuição intelectual. Através dela é possível perceber que a lei do pensamento ocorre sem a necessidade de provas, isto é, de demonstrar que estou pensando. Caso essa necessidade seja necessária de comprovação, este ato já seria um efeito de pensar. 
4) Husserl alega que todo ato pelo qual visamos um objeto, um fato ou uma ideia é sempre a “consciência de”. Cada “consciência de” gera uma representação e essa representação pode ser obtida por um passeio ou um percurso que nossa consciência faz volta de um objeto. Essas varias representações são psicológicas e individuais e o objeto delas, o representando também é individual ou singular. Todo esse conceito exemplifica o que é consciência intelectual de essências ou significações.
5) Dedução e indução são procedimentos racionais que possibilitam a aquisição de conhecimentos novos através de conhecimentos já adquiridos. Na dedução uma verdade já conhecida funciona como principio geral ao qual estará subordinante a todas as outras. A dedução atua do geral ao particular ou do macro para o micro. Seu ponto de partida varia entre uma ideia verdadeira ou um ponto de partida verdadeiro. Em caso de uma teoria, a dedução permite que cada caso seja conhecido, demonstrando que a ele se aplicam todas as leis, regras e verdades da teoria. Um exemplo de dedução pode ser visto no ato de tentar calcular o tempo e a velocidade de determinado astro enquanto realiza um movimento de rotação em seu eixo. Para acharmos uma resposta usaríamos as leis newtonianas, ou seja, teríamos um procedimento pelo qual um fato ou objeto particular são conhecidos por inclusão em uma teoria geral. 
Já a indução realiza o caminho contrário da dedução. São casos particulares tendo explicar uma lei geral (ou até mesmo criar uma lei geral). Oferece um código de regras precisas para guiar a indução, se a indução não obedecer a essas leis pode se considerar falsa. Para elucidar, observamos uma água no fogo. Ao aumentarmos a temperatura ela ferve e entra em ebulição. O mesmo ocorre para o leite ou quaisquer outros líquidos quando levado ao fogo. Isso indica que existe uma propriedade no fogo capaz de alterar o estado físico dos líquidos, a qual chamará de calor. Contudo, os líquidos possuem graus diferentes de ebulição. Isso leva a crer que cada um possui propriedades diferentes e o ponto de analise passa a ser quanto de calor cada líquido necessita para que ocorra a alteração do seu estado físico. Tal procedimento poderia ser aplicado pensando em uma relação com frio. Nesse caso, ao invés da evaporação, o fenômeno presente seria a solidificação. Quando analisado essas duas práticas, os fenômenos apontariam alguns pontos que poderiam nos ajudar a na criação de comparações a fim de obter uma teoria específica. Nesse caso, teríamos uma teoria saindo do individual para o geral caracterizando a indução.
Por fim, vale ressaltar que tanto a dedução como a indução são práticas conhecidas como inferência ou ato de conhecer alguma coisa a partir de outro.