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Atividades desenvolvidas pelos terapeutas
Estimulação visual, auditiva e tátil;
Esquema corporal/imagem corporal/ consciência corporal;
Identificação dos grafemas (vogais e consoantes);
Reconhecimento de cores e noções (dentro/fora, em cima/embaixo, etc.);
Organização de pensamento através de histórias, escritas desenho, leitura e linguagem oral;
Proporcionar situações de interações sociais que propiciem o desenvolvimento cognitivo e social.
Propiciar condições que favoreçam auto estima e confiança no paciente de modo a torná-lo mais independente;
Estimular a comunicação verbal, a compreensão, interpretação, ideias, pensamentos de sua vida diária;
Estimulação da psicogênese da escrita;
Trabalhar as dificuldades do paciente, dando assim, apoio pedagógico, para que o mesmo possa se desenvolver dentro de seus limites e tempo;
Trabalhar, com o paciente, jogos pedagógicos como: dominó, quebra-cabeça, jogo de memória e sequência lógica; possibilitando desenvolver sua atenção, memória e concentração.
Utilizar softwares educativos como: caça palavras, palavras cruzadas, ortografia, o jogo racha cuca, jogo de matemática, possibilitando o desenvolvimento de sua coordenação viso- motora e coordenação audiomotora.
Dicas para alfabetização de crianças com autismo
Há muitas estratégias e métodos que podem ser utilizados para auxiliar a criança com autismo para ingressar no mundo letrado. Mas, não basta ter a experiência em alfabetização, uma série de atividades preparadas ou um método específico e sair aplicando.  Quem trabalha com crianças e, especialmente aquelas com necessidades educacionais especiais, sabe que, na prática, antes de aprender a ler e escrever, elas já conhecem muito mais do que imaginamos e essas experiências poderão fazer toda a diferença no seu aprendizado. Ou seja, para um trabalho dar certo, o respaldo teórico é fundamental, mas “o encontro” com a criança é essencial.
O grupo de crianças com o Transtorno do Espectro Autista é bastante heterogêneo e, dessa forma, nem sempre as intervenções serão as mesmas, e o professor ou o profissional deverá fazer uma boa avaliação para identificar as potencialidades e necessidades de cada criança.
Um ambiente estruturado é fundamental para iniciar qualquer trabalho pedagógico, especialmente de alfabetização. As crianças com autismo costumam ser mais suscetíveis a mudanças no ambiente, sentindo-se mais seguras em contexto organizado e previsível. Os recursos visuais, muito mais do que os auditivos, auxiliam bastante a compreensão e adesão das crianças ao trabalho.  Como elas apresentam tendência à dispersão, é importante oferecer atividades de curta duração, com instruções visuais e orais objetivas, atreladas ao lúdico e conteúdos do seu interesse.
Frequentemente, as crianças que apresentam o Transtorno do Espectro Autista possuem comprometimento das funções executivas, relacionadas principalmente ao córtex frontal. Essas funções referem-se a várias habilidades, sendo algumas delas: planejamento, organização, atenção, memória operacional, flexibilidade mental, avaliação de consequências e resolução de problemas. Ao conhecer essas áreas de ineficiência, é possível selecionar com mais clareza as atividades que podem favorecer o desenvolvimento dessas habilidades.
Há vários pré-requisitos que precisam ser trabalhados anteriormente à alfabetização. E isso é importante para todas as crianças. Algumas dessas habilidades são: linguagem oral, consciência fonológica, coordenação viso motora, orientação temporal e espacial, lateralidade e esquema corporal. Por isso falamos em processo de alfabetização, uma vez que se constitui numa construção gradual, com início nos primeiros anos de vida da criança e, quando ela chega à escola, ganha uma dimensão ainda maior.
            Algumas crianças com autismo começam a associar letras e sons de forma muito precoce, sem que tenha ocorrido uma instrução explícita. Mas, frequentemente, elas precisam de um ensino passo a passo que as orientem. Dentre as diversas ferramentas utilizadas para a alfabetização, destacamos a metodologia fônica e multissensorial que, em nossa prática, tem trazido enormes contribuições para as crianças, especialmente aquelas com autismo. Essa abordagem privilegia o ensino dos fonemas e as habilidades metalinguísticas, levando à reflexão de que existe uma sequência de sons que deve ser respeitada para aprender a ler e escrever. Para uma criança com autismo, essa orientação explícita auxilia muito a entender o princípio alfabético.
O trabalho de alfabetização com crianças autistas é bastante desafiador, pois nos tira, muitas vezes, da nossa “zona de conforto”ou daquilo que estamos acostumados a fazer. Acima de tudo, envolve muita persistência, paciência, afeto e disposição para ajudar. Em vários momentos, será preciso lidar com comportamentos inadequados, com a resistência ao aprendizado, pois as crianças tendem a querer fazer as coisas da sua maneira, sem interferências. Lidar com o erro, com as frustrações, com a ideia de que “tem gente que faz melhor do que eu” são grandes desafios para essas crianças. Muitas vezes, o alfabetizador se verá num papel extra, ou seja, de melhorar a condição da criança, ou seja, de auxiliá-la a lidar com as diversas situações da vida. E, que bom que as coisas aconteçam dessa forma, pois essa é a verdadeira função do educador!
Referências bibliográficas
ROTTA, N T., BRIDI, C. A. F., BRIDI, F. R. S. Neurologia e Aprendizagem: abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016.
SALLES, J. F., HAASE, V. G., MALLOY-DINIZ, L. F. Neuropsicologia do Desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 2016.
WILLIAMS, C. ; WRIGHT, B. Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger: estratégias práticas para pais e profissionais. São Paulo: M. Books do Brasil, 200
Olá professores,
A alfabetização esta longe de ser um processo simples, mas você sabe quais são os melhores caminhos para alfabetizar uma criança com TEA?
Para quem alfabetiza a muito tempo, pode parecer fácil usar métodos e caminhos já conhecidos e obter sucesso.Porém com o Autismo, este complicado processo requer muito mais que estratégias especificas, requer conhecimento e muita paciência!
Hoje em nossa matéria no Blog, vamos entender quais são os desafios e as estratégias para alfabetização no Autismo. E ainda, dicas de métodos para obter sucesso, com este aluno que merece toda a nossa atenção, amor e dedicação!
Vamos ler?
O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NA CRIANÇA COM AUTISMO!
A alfabetização está longe de ser um processo simples. Para quem já alfabetiza há muito tempo, pode até parecer que seguindo determinados passos do método X ou Y teremos a garantia de sucesso, mas, na verdade, este complicado processo requer muito mais que estratégias especificas;
Todos sabemos que ele começa a acontecer lá dentro da cabecinha do aluno desde que ele é um bebê, é um conhecimento tão intrincado, envolve tantas coisas, mas a gente acaba simplificando e acreditando mesmo que é entre os seis e os oito anos que a criança aprende a ler.
É comum que as crianças com Autismo em graus diferentes, tenham comprometimentos em todas as competências que antecedem à aprendizagem da leitura e da escrita.
A pessoa com Autismo tem uma forma muito peculiar de ver o mundo, olham de forma diferente para objetos e pessoas, perdem com isso a absorção de mensagens que desenvolvem conceitos sociais e por isso tem dificuldade de interagir.
Não sabem o que fazer, como ou porque devem se portar de tal maneira. Boas maneiras não significam nada, são códigos sem sentido que não são fortes o suficiente para segurar a sua ação impulsiva.
Primeiramente, é primordial conhecer o nível de gravidade da criança em questão, já que ela pode apresentar transtornos adicionais. “Ou ainda uma gravidade maior. A partir disso será possível projetar um caminho e ver se será um pouco mais longo ou não”.
Outro ponto indispensável para é a avaliação psicopedagógica. Essa análise permitirá considerar os aspectos cognitivos,afetivos, psicomotores e sociais do paciente. E importante avaliar essas questões é que todas elas, de alguma forma, vão interferir na aprendizagem e mais especificamente na alfabetização. Vão funcionar como peças de um grande quebra-cabeça.
Em seguida, a especialista diz que é necessário verificar se o aluno possui habilidades pré-acadêmicas, ou seja, se consegue suportar o ambiente de uma sala de aula. Por isso, deve-se levantar os seguintes pontos com seriedade: será que esse estudante possui habilidades para se concentrar? Ou conseguirá permanecer sentado por algum tempo?
O Autista tem dificuldade de comunicação e junto a isso um déficit no desenvolvimento da linguagem - mesmo quando a fala está presente o uso adequado da linguagem para estabelecer um canal competente de comunicação é falho - e também tem um comportamento muitas vezes que privilegia a repetição e a rotina, os movimentos previsíveis (as mudanças não são o seu forte) e tudo isso afeta diretamente a aprendizagem acadêmica tão abstrata e muitas vezes incoerente.
O COMPORTAMENTO COMO CHAVE DO ENSINO
Geralmente as técnicas comportamentais dão muito resultado. Isso significa estruturar o que será ensinado com uma rotina visual, elogiando muito os acertos, ignorando os comportamentos inadequados.
Aqui, vale lembrar que ignorar o comportamento não significa ignorar a criança e que é preciso separar o comportamento da criança: “você é legal, mas este comportamento não é legal”. 
O próximo passo é o momento em que a criança toma conhecimento dos elementos contidos em nossa língua como, por exemplo, rimas, fonemas, aliterações, ou repetições de sons de consoantes semelhantes. “Uma boa sugestão é trabalhar com a música, pois facilita o aprendizado”.
A última etapa é a ocasião na qual se inicia todo o processo de aquisição da leitura pela abordagem dos sons, explica a psicopedagoga. Essa fase tem outras divisões, pois apresenta cada fonema e com uma ordem previamente definida e cientificamente comprovada, com o acompanhamento do alfabetizador.
É fundamental fazer valer todas as possibilidades de contato e isso acontece mais quando usamos o universo de interesses da criança. Quando se sentem respeitados, as crianças com Autismo sempre respondem positivamente.
“Ainda assim há um percentual altíssimo de fracassos, nessa área. E apesar da diversidade dos métodos, nem todos são adequados para uma criança ou jovem com TEA.
É fundamental que o educador pesquise bem para entender o funcionamento do 
cérebro do autista. Apenas dessa forma será possível fazer as escolhas apropriadas para cada aluno e, assim, poder trilhar um caminho melhor para o aprendizado”, reforça.
Assim, como muitas crianças com desenvolvimento típico, a pessoa com Autismo vai se adequar melhor a um ou a outro de acordo com seu perfil. Leitura global, método silábico, abordagem Montessoriana, método fônico...
Com a valiosa ajuda da informática ou por meio de blocos de madeira ou mesmo com um alfabeto móvel. Uma mistura de abordagens ou aquela que você mesmo acabou desenvolvendo.
A verdade é que a crença na capacidade de aprendizagem desta crian
ça é que vai verdadeiramente valer como elemento de sucesso e podemos garantir: a sua satisfação fará valer a pena este desafio!
Para que você possa conhecer e entender mais sobre este processo, o Grupo Rhema Educação preparou um curso de AUTISMO 100% on-line, com certificado reconhecido pelo MEC e com carga horária de até 60hrs. Aproveite a PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO e adquira já o seu, clicando aqui!
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ESTRATÉGIAS PARA COMUNICAÇÃO NO AUTISMO VERBAL E NÃO VERBAL
rhema cursosonline 17:51 Comentar  artigos
Olá professores, tudo bem?
Você sabe como comunicar-se com um aluno Autista? E quais são as estratégias para a comunicação?
Ao contrário do que parece, ser antissocial ou não ter empatia não são características do autismo. São, na verdade, consequências da dificuldade em se comunicar.
A dificuldade em compreender e comunicar faz com que a criança se distancie das outras pessoas.
E a intervenção do professor faz toda a diferença, mas esta intervenção tem de ser alinhada a informação e estratégias.
E este é tema da  matéria de hoje em nosso Blog, as dificuldades em sala de aula com um Autista verbal ou não verbal, e quais os métodos de comunicação!
Gostou? Compartilhe conhecimento ;)
ESTRATÉGIAS PARA COMUNICAÇÃO NO AUTISMO VERBAL E NÃO VERBAL
A comunicação, verbal ou não, é a forma que o ser humano se expressa e interage com os demais. Sabemos que esta é uma das áreas mais afetadas em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Existem alguns sinais que podemos observar nas crianças de que algo não vai bem. São indícios de TEA, ao quais devemos estar atentos:
         Ausência ou atraso na fala
         Fala rebuscada ou “robotizada”
         Dificuldade na compreensão verbal
         Presença de ecolalias (repetição da fala de outras pessoas)
         Ausência de entendimento de piadas, sarcasmo, duplo sentido
         Ausência de simbolismo (imaginação)
Ao contrário do que parece, ser antissocial ou não ter empatia não são características do autismo. São, na verdade, consequências da dificuldade em se comunicar.
A dificuldade em compreender e comunicar faz com que a criança se distancie das outras pessoas.
A intervenção deve iniciar o quanto antes, pois quanto mais nova a criança for, mais fácil será de trabalhar suas percepções.
COMUNICAÇÃO COM O AUTISTA
Independentemente do nível de desenvolvimento do autista, faça com que ele se sinta bem. Sabendo que tipo de pessoa é o autista, fica mais fácil fazê-lo sentir-se bem, a ponto de querer se comunicar.
Escolha um momento em que esteja tranquilo, que não sinta desconforto, que não esteja sendo desafiado por estímulos do meio ambiente (ruídos, luzes, odores e qualquer coisa que desestabilize seu sistema sensorial).
O AUTISTA NÃO VERBAL
Em primeiro lugar não parta do princípio de que deve “consertá-lo”, mas procure encontrar a maneira de agir com o autista como indivíduo.
Que personalidade o autista tem? Do que ele gosta? Que tipo de atividade prefere executar? Ele tem problemas de ordem sensorial? Quais? Anote tudo o que faz com que o autista em questão se sinta bem.
Perceba sua linguagem não verbal. Muitos autistas, quando fazem estereotipias enquanto o terapeuta ou os pais falam com ele, também estão se comunicando. Interprete com cuidado e sempre fazendo uma boa observação:
O autista está irritado ou sorri enquanto faz as estereotipias?
Se ele parece se divertir, pode ser que esteja compreendendo o que o terapeuta lhe diz, ainda que pareça o contrário.
Enquanto as crianças neurotípicas param e olham para o adulto com atenção (ou obediência) ao comando, os autistas podem querer se movimentar. Não interprete isso como falta de cooperação na comunicação. Esta pode ser (por enquanto) a única maneira dele escutar (processar) o que o terapeuta tem a dizer.
Obviamente, não é um modo fácil de ensinar. A tendência é que mude para a atenção compartilhada com o decorrer das sessões. Aos poucos, o autista vai trocar as estereotipias pelo tempo em que aprecia ouvir o terapeuta.
O AUTISTA VERBAL
A criança ou (jovem) adulto que fala, pode ter ainda algum comportamento diferenciado em relação à Comunicação. Imagine pedir ao autista que fale como foi seu dia na escola. Boa chance de ele não responder, ou responder com “bom” ou “ruim”.
No estímulo da Comunicação Verbal, pedimos aos pais e professores para dar tempo ao autista de processar informações do modo mais tranquilo possível. Isso significa que devem evitar fazer muitas perguntas de uma só vez:
“Como foi na escola? Foi legal? Comeu a merenda? Brincou com o amiguinho? …”
Faça uma pergunta de cada vez. A cada pergunta, esperepela resposta, ainda que esta demore (30 segundos de demora é normal no autismo).
Troque por: “Como foi na escola? ” Espere a resposta. Se não vier a resposta após esperar entre 30 segundos a um minuto, refaça a pergunta dando ao autista duas ou três opções de respostas: “Foi bom na escola, hoje? Ou não foi bom? ” Dê tempo a ele de responder “sim” ou “não”. 
Com o tempo, aprimore esta técnica de dar opções de respostas (prováveis dele responder) ao autista. 
A cada resposta, estique o tema: “Ah, não foi bom… Ok. Não foi bom porque a aula não foi interessante ou porque aconteceu outra coisa na escola? ”… Mesmo processo de aguardar pela resposta. Assim, vai-se estimulando o autista a falar/comunicar-se cada vez mais.
MÉTODOS DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Algumas pessoas com autismo não conseguem desenvolver a comunicação verbal. E as dificuldades em comunicar-se podem desencadear comportamentos agressivos (a si mesmo ou aos outros), sentimento de frustração, isolamento, etc.
Por isso é muito importante oferecer a essas pessoas formas alternativas de comunicação, que lhe permitirão desenvolver maior autonomia nas atividades diárias, melhorar as interações sociais e reduzir condutas inadequadas. Trata-se de uma necessidade básica, como oferecer uma cadeira de rodas a uma pessoa que não pode andar.
A comunicação alternativa é composta por qualquer método ou recurso que permita pessoas não verbais se expressarem, compreenderem e serem compreendidas.
Ela pode ser utilizada para substituir a fala, quando houver ausência de verbalização, como para estimular o desenvolvimento da linguagem.
O método que a criança utilizar deve ser também adotado por todos aqueles que fazem parte do seu ciclo social: familiares, professores, terapeutas, etc.
 
PECS (Picture Exchange Communication System)
O PECS é método alternativo de comunicação feito através de troca de figuras (desenhos, fotos, imagens de aplicativos, etc).
Essa troca de figuras permite à criança informar o que deseja, expressar seus sentimentos e também desenvolver vocabulário.
Uma preocupação comum é que a criança, ao utilizar o PECS, acomode-se e perca o interesse de verbalizar. Mas, ao contrário, o método estimula o início e o desenvolvimento da fala.
Portanto, o PECS pode ser utilizado tanto por crianças que não falam, quanto por aquelas que estão com a linguagem em desenvolvimento.
Quer saber mais sobre este tema? Conheça nossos Curso ON-LINE de Autismo e se atualize com o melhor conteúdo!
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PARA CRIANÇAS AUTISTAS
maio 29, 2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PARA CRIANÇAS AUTISTAS
Autores: Geisiane Fernandes silva e Márcia Lúcia de Almeida
Orientador: Jorbson Bezerra Barros
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata do processo de alfabetização de crianças autistas. Além disso, Aponta dentro da legislação Federal e municipal dispositivos que asseguram-lhes o direito à educação especializada nas escolas regulares como forma de promover a inclusão social. Também faz uma análise acerca das dificuldades enfrentadas pelos professores no processo de alfabetização dos autistas, provenientes, em grande parte, da falta de qualificação profissional. E por fim, apresenta algumas metodologias, que funcionarão como ferramentas, capazes de enriquecer o conhecimento dos educadores, sobre as dificuldades e necessidades dos alunos com o transtorno do espectro autista, bem como promover a inserção dessas crianças no ambiente escolar.
DESENVOLVIMENTO
O autismo é definido como transtorno invasivo do desenvolvimento que envolve graves dificuldades nas habilidades sociais e comunicativas do indivíduo. Aqueles que apresentam o transtorno, em regra, possuem déficit na comunicação social, padrões de comportamentos repetitivos, estereotipados e repertório restrito de interesses.
            O conhecimento atual sobre o autismo é fruto de uma parceria entre pesquisadores comprometidos e pais dedicados a seus filhos que buscam tratamento para melhorar as condições de vida de todos, principalmente no que diz respeito à convivência social. É indiscutível que parte considerável desse convívio social é vivenciado no ambiente escolar. Por essa razão, torna-se imprescindível que o processo de educação, responsável pelo aprendizado da criança autista e sua inserção no meio social, seja especializado.
            Visando assegurar o direito dos autistas à educação especializada, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei Nº 12. 796 de 04 de Abril de 2013 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e altera alguns dispositivos da lei anterior de 1996. Seguindo a mesma linha, o prefeito da cidade de João Pessoa – PB, Luciano Cartaxo, também sancionou a Lei Ordinária 12.628 de 12 de Agosto de 2013 que dispõe sobre a Implantação de Assistência Psicopedagógica na Rede Privada de Ensino no Município de João Pessoa - PB.
            Todavia, na realidade o que observamos são escolas repletas de educadores despreparados e sem formação adequada para atender às necessidades das crianças que precisam de um acompanhamento e de uma metodologia aperfeiçoada para alcançarem os objetivos almejados. Tal constatação fica evidente quando analisamos, a seguir, os dados de pesquisa realizada com 100 (cem) professores da rede pública e privada de escolas do bairro do Rangel em João Pessoa – PB.
Analisando o gráfico, percebe-se que a maioria dos educadores possuem apenas a educação básica, ou seja, o ensino médio ou magistério, o que não lhes garante uma base sólida e dificulta o conhecimento de novas práticas pedagógicas voltadas para a ajuda de crianças com necessidades especiais na escola. Em outras palavras, não tiveram a oportunidade de conhecer disciplinas voltadas para a educação especial, assim como os professores graduados.
            Por tudo que foi exposto e visando auxiliar os professores na promoção do conhecimento e inclusão das crianças com autismo em sala de aula, apresentamos alguns métodos de intervenção para alfabetização e aprendizagem:
  MÉTODO PECS – É conhecido mundialmente por está ligado aos componentes incitativos da comunicação por meio da utilização de figuras.
  MÉTODO TEACCH – Trabalha-se a linguagem receptiva e a expressiva. Para tanto são utilizados estímulos visuais como fotos, figuras ou cartões, além estímulos corporais.
  MÉTODO MONTESSORI – Trabalha a educação da vontade e da atenção, com a qual a criança terá a liberdade de escolher o material a ser utilizado proporcionado a cooperação.
  MÉTODO ABA – Incentiva o conhecimento através de materiais concretos cientificamente desenhados, para acrescentar o pensamento conceitual e levar abstração.
CONCLUSÃO
Hoje já existem vários métodos que podem ser utilizados no processo de aprendizagem dos autistas, porém falta qualificação profissional para aplicá-los com eficiência. Nesse sentido, a figura do professor é fundamental. Criatividade, dedicação e conhecimento, acima de tudo, são habilidades que não podem faltar a este educador. Revestido com esses pré-requisitos, o docente estará apto para adentrar no “mundo singular” do autista e dá início ao processo de alfabetização.
REFERÊNCIAS
CUNHA, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 5 ed. Rio de Janeiro: Wak editora, 2014.
RIBEIRO, Sabrina. ABA: uma intervenção comportamental eficaz em casos de autismo.Disponível em: <www.revistaautismo.com.br/edic-o-0/aba-uma-intervenc-o-comportamental-eficaz-em-casos-de-autismo> Acesso em 22 Mar. 2015.
SILVIA, A.; GIATO, M.; REVELES, L. Mundo singular: entenda o autismo. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2012.
VIEIRA, Soraia. O que é o pecs. Disponível em: <www.revistaautismo.com.br/edicao-2/o-que-e-pecs> Acesso em: 20 Mar. 2015.
VILLELA, T.; LOPES, S.; GUERREIRO, M. Os desafios da inclusão escolar no Século XXI. Disponível em: <www.bengalalegal.com/desafios> Acesso em: 10 Mar. 2015.
Alfabetização de crianças comAutismo: instalando a função da leitura e da escrita e a compreensão e interpretação de textos
Por
 Juliana Fialho
 -
27 fev. 2013
0
No último artigo vimos algumas estratégias especiais de alfabetização de crianças com dificuldades de aprendizagem, estratégias estas que se baseiam na teoria da equivalência de estímulos. Dando continuidade a esta fase da aprendizagem acadêmica, veremos agora alguns procedimentos eficazes para instalar respostas de leitura e escrita mais refinadas em crianças com desenvolvimento atípico, particularmente, com autismo. Estas atividades visam treinar a função acadêmica e social da leitura e da escrita. 
As atividades aqui descritas não precisam, necessariamente, serem feitas após a alfabetização formal, algumas delas podem ser conduzidas paralelamente à alfabetização. 
A primeira preocupação do terapeuta analista do comportamento durante qualquer processo de ensino deve ser a generalização das habilidades ensinadas para contextos mais naturais, saindo do contexto artificial e especialmente preparado para a aprendizagem no qual se configura o setting terapêutico. Durante a alfabetização esta preocupação também deve permear todo o trabalho. 
Visando a generalização das palavras aprendidas na pré-alfabetização (tema do último artigo) e o treino da função da leitura e da escrita, o terapeuta pode produzir, junto com a criança, um livrinho com as palavras trabalhadas na pré-alfabetização. A criança deve completar cada página do livro já montado pelo terapeuta, como no exemplo abaixo. 
Depois de montar o livrinho todo, a criança pode ler a história para alguém. Neste momento, a criança tem a oportunidade de experimentar a principal função da leitura, afinal ela será capaz de ler algumas frases, já que estas são montadas com palavras-chave já treinadas. 
Com este mesmo livro produzido junto com a criança e, também, com outros livros simples (frases curtas; letra bastão grande; imagens claras; começo, meio e fim bem definidos; etc.), pode-se aplicar um conjunto de atividades que visam o treino de leitura e escrita; ampliação de interesses; aprofundamento do conteúdo de conversas e comentários; treino da atenção na leitura e no reconto do texto; compreensão e interpretação do texto. Abaixo descrevo estas atividades. 
Visando gerar interesse pela história e, com isso, motivação para as atividades que se seguem, a primeira atividade que deve ser feita é apresentar a história em vídeo (caso exista um filme sobre ela) ou em uma apresentação no Power Point com fotos de cada página do livro. O uso da mídia gera um interesse inicial maior do que se já começarmos direto com o livro. 
Em seguida, o terapeuta deve contar a história mostrando cada página do livro e garantindo que a criança preste atenção. Para isso, a história deve ser apresentada de maneira clara e breve, de preferência dividida em 4 ou 5 atos. O terapeuta deve estimular que a própria criança leia a história ou partes dela, a depender do passo da alfabetização em que ela está. Se a criança ainda não lê, ela deve, pelo menos, acompanhar a leitura com o dedo nas palavras. Durante a contagem o terapeuta deve, ainda, pedir respostas que garantam a atenção e participação da criança. Por exemplo, em cada página do livro o terapeuta pode pedir que a criança aponte (repertório de ouvinte – identificação) e/ou nomeie (repertório de falante – tato) personagens ou itens do cenário. Com crianças que tenham o repertório verbal mais desenvolvido pode-se, ainda, estimular respostas intraverbais, como “Está de noite ou de dia?”, “Onde morava o Pinguim?”, “Que cor é o lobo?”, etc. 
Em seguida o terapeuta pode pedir que a criança ordene as principais cenas da história, começando com 3 cenas e depois evoluindo para 5 a 7 cenas. Para isso, o terapeuta deve apresentar figuras com as principais cenas da história em ordem aleatória e mostrar cada uma para a criança. Em seguida a criança deve colocar as figuras na ordem em que ocorrem na história. Se necessário, o terapeuta deve dar ajuda física (pegando cada cena junto com a criança) ou gestual (apontando a próxima cena). Esta atividade vai garantir a compreensão da sequência lógica que permeia qualquer história, além de treinar esta habilidade que é fundamental para a compreensão de histórias, cenas e situações cotidianas. 
Com crianças autistas o apoio visual é sempre útil, por isso, pode ajudar bastante fazer a ordenação das cenas em uma prancha numerada e com quadros delimitados para cada cena, tal como exemplificado abaixo. 
Seguindo o sequenciamento visual feito na atividade anterior, a criança deve ser estimulada a verbalizar a sequência da história, utilizando as palavras de conexão como “primeiro, depois, então”. Os quadros ordenados servem de dicas para ela contar a história. Para isso, o terapeuta deve estimular que a criança coloque seu dedo em cada cena na medida em que vai contando a história. A depender do nível de alfabetização, peça para a criança escrever frases simples deste seu “resumo”. Este resumo escrito também pode ser feito com cópia, ou seja, o terapeuta escreve as frases que a criança falou durante o reconto da história e, depois, a criança copia seu próprio resumo. 
Outra atividade que contribui muito para a compreensão da história que está sendo trabalhada é a dramatização dos principais personagens e acontecimentos. Para isso, devem ser preparadas roupas ou acessórios característicos dos principais personagens. A criança deve preparar estes acessórios junto com o terapeuta, aproveitando para treinar habilidades grafomotoras como: recortar as orelhas do lobo; desenhar e recortar o chapéu do caçador; etc. Também pode-se utilizar brinquedos, miniaturas ou fantoches para a representação dos principais personagens. Depois da caracterização, a criança e o terapeuta devem encenar cada ato da história com diálogos básicos e curtos. O terapeuta deve dar as ajudas físicas e verbais (dica ecóica ou intraverbal) necessárias. 
Partindo para atividades de interpretação propriamente dita, o terapeuta pode elaborar de 3 a 4 questões sobre a história. Neste momento as questões devem ser sobre informações facilmente extraídas do texto, por exemplo, questões como: “Onde aconteceu?”, “Quem estava lá?”, “O que o personagem fez?”, etc. As respostas podem ser somente verbais; ou por escrito; ou ainda, a criança responde verbalmente, o terapeuta escreve a resposta e, em seguida, a criança a copia. 
Novamente buscando o apoio visual, sugere-se também fazer atividades de completar lacunas ou questões de múltipla escolha. O terapeuta deve desenvolver exercícios nos quais a criança vai preencher lacunas ou marcar um X na resposta correta, com informações que podem ser facilmente encontradas no livro. Aqui vale introduzir conceitos acadêmicos que estejam no currículo da escola, por exemplo: conceito de opostos; quantidades; estações do ano; formas geométricas; etc. Com crianças autistas, é interessante usar texto e imagens nas questões, como exemplificado abaixo. 
Com crianças mais velhas e mais avançadas no processo de alfabetização, pode-se também fazer questões que a estimulem a extrair informações das entrelinhas, criando hipóteses e entendendo o “porquê” das coisas. Nesta etapa o aplicador deve desenvolver perguntas que não podem ser diretamente respondidas com as dicas visuais do livro (Ex: “Quem era o porquinho mais esperto?”; “Porque a bruxa não gostava da Branca de Neve?”; etc.). Para responder a criança poderá reler partes do texto. 
As atividades de registro, comumente feitas em salas de aula regulares após a leitura de uma história, também são fundamentais. A partir do tema da história, a criança deve trabalhar em alguma atividade grafomotora, como: desenho com pontilhado; desenho livre; escrever os nomes dos personagens; recorte e colagem; etc. 
Os tablets também são um meio eficaz para estimular o interesse pela leitura e pela escrita, bem como para a aquisição da função social e comunicativa destas respostas. Existe uma infinidadede aplicativos que estimulam a leitura e a escrita, como: livrinhos virtuais que contam a história com áudio; treino da escrita de letras e palavras na tela do tablet; aplicativos nos quais a criança pode montar uma história usando fotos ou imagens da internet e digitando as frases; etc. 
Nesta fase da intervenção terapêutica e acadêmica, também sugere-se apresentar os diversos usos da leitura e da escrita, como: jornal – o adulto pode ler o caderno infantil ou alguma reportagem que envolva um tema do interesse da criança junto com ela, estimulando que ela leia as palavras-chave; livro – trabalhar os livros indicados na escola ou outros que sejam de interesse da criança com as atividades descritas acima; bilhete – estimular que a criança escreva bilhetes para os familiares e amigos da escola (usando ditado ou cópia como apoio, se necessário); e-mail – ensinar a usar o e-mail e mandar mensagem para pessoas que estão distantes; combinados – escrever combinados para a aula ou terapia e ler diariamente; etiquetas – colocar etiquetas escritas pela própria criança nos brinquedos, móveis e objetos da casa; propagandas – recortar e colar propagandas de alimentos preferidos e, depois, ir ao supermercado com esta “lista de compras” e comprar cada item; letra de música – a criança pode ajudar a encontrar a letra de uma música que goste muito na internet e, depois, ouvir a música e cantar junto com a letra na mão acompanhando com o dedinho em cada palavra (sugere-se usar letra bastão grande e destacar as palavras que a criança é capaz de ler); enunciados – nas lições de casa a criança deve ler os enunciados, compreender o que pedem e executar a tarefa; placar de jogos – em jogos coletivos podemos fazer um “placar” onde a criança deve escrever os nomes dos jogadores e sua pontuação no decorrer do jogo, no final ela deve dizer quem ganhou consultando o placar. 
Com estas e outras atividades que podem ser elaboradas a partir destas, vamos refinando a leitura e a escrita, dando função para este repertório, garantindo seu uso funcional no dia-a-dia e sua generalização para contextos naturais. 
Referências Bibliográficas: 
Bagaiolo, L. & Guilhardi, C. (2002). Autismo e preocupações educacionais: Um estudo de caso a partir de uma perspectiva comportamental compromissada com a Análise Experimental do Comportamento. In: Guilhardi, H. J., Madi, M.B. P., Queiroz, P. P., Scoz, M. C. (Org.) Sobre Comportamento e Cognição. 1ª Ed. Santo André: ESETEC, v. 10, p. 67-82. 
De Rose, J. C. (2005). Análise Comportamental da Aprendizagem da Leitura e Escrita. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 1, 29-50. 
Souza, D. G. & De Rose, J. C. (2006). Desenvolvendo programas individualizados para o ensino de leitura. Acta Comportamentalia, 14, 77-98.
Educação
Saúde
Psicopedagogia
Alfabetização de crianças autistas
December 2, 2016
|
por Alessandra Bizeli Oliveira Sartyori
A alfabetização é importante, pois insere a criança na cultura letrada, incluindo-a socialmente.
O Autista tem dificuldade na comunicação e na interação. Estas dificuldades podem ser superadas por meio de atividades específicas.
Ler é muito mais do que saber identificar as palavras visualmente. Para ler, a criança tem que encontrar sentido nestas palavras, compreendendo e usando corretamente e com sentido no dia-a-dia.
 
Muitas crianças com autismo precisam de um auxílio psicopedagógico, fonoaudiológico e neuropsicológico. Há alguns trabalhos que podem ser desenvolvidos em casa pelos pais ou na escola pelos professores e educadores, para auxiliar estas crianças.
 
Dicas de como ensinar a criança autista a adquirir a competência da leitura:
 
Dica 1#
 
O autista aprende melhor por estimulação visual usando figuras e desenhos. Usar figuras expressando ações do cotidiano.
Para evitar a ecolalia, que é a repetição de algumas palavras, é importante trabalhar com diversas figuras.
Em um mesmo desenho você poderá trabalhar as ações, palavras que iniciam com a mesma letra. Exemplo: usar a imagem abaixo para nomear as figuras e pedir para que a criança lhe diga o que inicia com as vogais.
 
 
Dica 2#
 
No início do trabalho de alfabetização, priorizar palavras que fazem parte dos interesses da criança em questão, nomes, objetos, locais de interesse, entre outros. Isso incentiva e aumenta o interesse da criança. Depois estas palavras vão se associando a outras palavras e ampliando.
 
Dica 3#
 
Desenvolva a consciência fonológica - processo de decodificação de sons e letras.
Primeiro ela aprenderá a soletrar, separar as sílabas, formar frases. Esse processo auxilia na construção da consciência fonológica.
 
Dica 4#
 
Trabalhar também em ambientes externos, dando a oportunidade da criança de aumentar seu convívio social e vivenciar situações novas. Inicie mostrando objetos conhecidos e aos poucos introduzindo objetos novos, ampliando o vocabulário.
 
Dica 5#
 
Use jogos com rima
Família de palavras (exemplo, recortar figuras que se iniciam com dos fonemas de nossa língua)
Ligue palavras que tem o mesmo som inicial ou final.
 
Use o tabuleiro do jogo Lince ou crie seu próprio tabuleiro e peça para que a criança selecione palavras que se iniciam com a mesma letra ou que rimam com determinado objeto como no exemplo abaixo:
         
 
 
Dica 6#
 
Incentivar formas de memorizar as regras ortográficas, usando figuras, jogos, meios tecnológicos e virtuais, entre outros.
 
 
Bom, espero que o post de hoje tenha te ajudado de alguma forma! Se quiser mais dicas de estudos, educação, desenvolvimento infantil, acompanhe a SabiaMente nas redes sociais:
 
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Alfabetização de crianças autistas
December 2, 2016
|
por Alessandra Bizeli Oliveira Sartyori
A alfabetização é importante, pois insere a criança na cultura letrada, incluindo-a socialmente.
O Autista tem dificuldade na comunicação e na interação. Estas dificuldades podem ser superadas por meio de atividades específicas.
Ler é muito mais do que saber identificar as palavras visualmente. Para ler, a criança tem que encontrar sentido nestas palavras, compreendendo e usando corretamente e com sentido no dia-a-dia.
 
Muitas crianças com autismo precisam de um auxílio psicopedagógico, fonoaudiológico e neuropsicológico. Há alguns trabalhos que podem ser desenvolvidos em casa pelos pais ou na escola pelos professores e educadores, para auxiliar estas crianças.
 
Dicas de como ensinar a criança autista a adquirir a competência da leitura:
 
Dica 1#
 
O autista aprende melhor por estimulação visual usando figuras e desenhos. Usar figuras expressando ações do cotidiano.
Para evitar a ecolalia, que é a repetição de algumas palavras, é importante trabalhar com diversas figuras.
Em um mesmo desenho você poderá trabalhar as ações, palavras que iniciam com a mesma letra. Exemplo: usar a imagem abaixo para nomear as figuras e pedir para que a criança lhe diga o que inicia com as vogais.
 
 
Dica 2#
 
No início do trabalho de alfabetização, priorizar palavras que fazem parte dos interesses da criança em questão, nomes, objetos, locais de interesse, entre outros. Isso incentiva e aumenta o interesse da criança. Depois estas palavras vão se associando a outras palavras e ampliando.
 
Dica 3#
 
Desenvolva a consciência fonológica - processo de decodificação de sons e letras.
Primeiro ela aprenderá a soletrar, separar as sílabas, formar frases. Esse processo auxilia na construção da consciência fonológica.
 
Dica 4#
 
Trabalhar também em ambientes externos, dando a oportunidade da criança de aumentar seu convívio social e vivenciar situações novas. Inicie mostrando objetos conhecidos e aos poucos introduzindo objetos novos, ampliando o vocabulário.
 
Dica 5#
 
Use jogos com rima
Família de palavras (exemplo, recortar figuras que se iniciam com dos fonemas de nossa língua)
Ligue palavras que tem o mesmo som inicial ou final.
 
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Dica 6#
 
Incentivar formas de memorizar as regras ortográficas, usando figuras, jogos, meios tecnológicos e virtuais, entre outros.
 
 
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Veja também o vídeo sobre o Autismo
A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO MULTISSENSORIAL COM ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA: UMA ALTERNATIVA PARA AS DIFICULDADES EM LEITURA
Publicado em 15 de August de 2010 por Caroline Cabral Ferreira
A utilização do método multissensorial com alunos de uma escola pública: uma alternativa para as dificuldades em leitura
Palavras-chave: dificuldade na leitura, dislexia, método multissensorial, aprendizagem. 
É comum encontrar, tanto em escolas públicas como particulares, alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem nas mais diversas áreas; entre elas, destaca-se a dificuldade na leitura. Para o agravamento desse problema, a grande maioria dessas escolas não possui um psicopedagogo que possa intervir nessas dificuldades, o que dificulta o trabalho do professor, que fica sobrecarregado e que muitas vezes não sabe como lidar com essas dificuldades. 
Este trabalho foi destinado a crianças disléxicas e com dificuldades na leitura. Através da utilização do método multissensorial, que foi desenvolvido com alunos do 6º Ano de uma escola pública da cidade de Manaus-AM, esperava-se auxiliar os alunos nas dificuldades de leitura. Com este método, foram despertadas nos alunos as seguintes consciências: a auditiva, a visual, a tátil e a cinestésica. Com ele pôde ser observada a importância de métodos de prevenção e de intervenção nessas dificuldades, a fim de melhorar a aprendizagem. Por último, desenvolveu-se de um trabalho voltado ao retorno da leitura, a fim de verificar o avanço dos estudantes. 
Durante o desenvolvimento desta prática com a turma ocorreram algumas limitações de ordem prática, que acabaram dificultando um pouco o trabalho. Entre elas encontram-se: 
a) a falta de disponibilidade dos funcionários da escola em ajudar com informações sobre os estudantes. Nem mesmo a professora de Português, a diretora e nem os funcionários da secretaria estavam dispostos a auxiliar. Além disso, não foi possível também contar com a presença dos pais, já que nenhum deles se fez presente, e muito menos participa da vida escolar de seus filhos.
b) A falta de interesse dos estudantes no início de nossas atividades. Lembro que a professora de Língua Portuguesa falou que eles tinham baixa auto-estima, e que eram indiferentes a qualquer trabalho. Entretanto, com o desenrolar da metodologia percebi que começou a surgir um interesse nos alunos. 
Os objetivos desse trabalho foram: compreender a eficácia do método multissensorial com alunos que apresentam dificuldade na leitura e dislexia, identificar o grau de dificuldade desses estudantes e propor atividades que desenvolvam um bom desempenho na leitura.
A utilização do método multissensorial com crianças que apresentam dificuldade na leitura e dislexia pretende trabalhar com as seguintes habilidades: 
a) visual, que se refere a forma ortográfica da palavra;
b) auditiva, que é a forma fonológica;
c) sinestésica, que é o movimento para escrever a palavra;
d) tátil, que diz respeito ao toque do aluno em letras concretas.
Maria Montessori foi a precursora desse método, onde a criança deve traçar a letra enquanto o professor diz o som correspondente. Deve também pronunciar em voz alta os nomes das letras enquanto as escrevem. 
O que é interessante nesse método é que ele trabalha com questões importantes para estudantes com dificuldade em leitura, como por exemplo o desenvolvimento da consciência fonológica, ao reconhecer e distinguir os sons das letras. Como bem explica García (2002, p. 51): 
Numerosos estudios demuestran que la instrucción en CF facilita el aprendizaje de la lectura tanto en prelectores como en niños que están aprendiendo a leer (Bus y Van Ijzendoorn, 1999). Además, parece que cuando estos programas de instrucción incluyen el apoyo visual de letras, los resultados son mejores. 
Na pesquisa, se utilizou o método multissensorial, que desenvolveu diversas habilidades nos alunos. Entre elas estão: a fônica, a tátil, a visual e a cinestésica. O trabalho foi desenvolvido da seguinte maneira: primeiro trabalhou-se com letras, depois sílabas, palavras e finalmente frases, através do desenvolvimento dos seguintes passos:
a) a consciência fonológica do estudante, fazendo com que ele percebesse a relação som-palavra;
b) a consciência tátil, a fim de verificar por meio do toque o formato das letras;
c) a consciência visual, através da observação das letras;
d) por último, a consciência sinestésica, com o intuito de observar o seu próprio movimento enquanto traça as letras.
Juntando todas essas etapas, esperava-se que os alunos reconhecessem o som de cada letra, que ao mesmo tempo a visualizassem e tocassem, e que observassem os movimentos de sua mão para formar cada letra. Acreditou-se que desta maneira o reconhecimento das palavras em textos seria mais fácil e a leitura mais agradável; e isto foi o que realmente aconteceu. 
O trabalho foi desenvolvido seguindo as etapas abaixo:
a) observação da turma e do material dos estudantes;
b) descoberta dos alunos com dificuldades na leitura;
c) entrevista com a professora e com os alunos;
d) realização de atividades do método, que envolveram os itens visual, fônico, tátil e sinestésico;
e) leitura de textos variados, logo após os alunos terem passado pelo reconhecimento letra/som, leitura de sílabas, palavras, frases e, por último textos.
Após o desenvolvimento de todas as etapas do método chega-se às seguintes considerações:
1ª) a principal causa pela falta de interesse e das deficiências dos estudantes é a metodologia utilizada pelos professores em sala de aula. Geralmente eles trabalham com conteúdos estanques, e fora da realidade dos jovens;
2ª) a dificuldade em leitura decorria da falta da mesma. Como os alunos podem fazer uma boa leitura e adquirir o hábito pela mesma se ela não é estimulada?;
3ª) o ambiente escolar também é desmotivador para a aprendizagem, pois quase não há recursos, as tecnologias não são utilizadas nessa escola,... Além de tudo isso, o 6º5 é tachado como "a pior turma dos 6º anos";
4ª) além de tudo o que foi dito, ainda há a ausência dos pais na vida escolar de seus filhos. Os mesmos não demonstraram, em nenhum momento do estágio, interesse em saber como os estudantes estavam. 
Finalizando, observa-se que enquanto a realidade de muitas escolas não mudar (no que diz respeito a estrutura e recursos, boa formação e qualificação dos docentes, uso de tecnologias, uso de novas metodologias, entre outros) a educação continuará da mesma forma, e talvez até piore. Faz-se necessário com urgência uma reforma radical em nossas escolas. 
Referências
COLL, César, MARTÍN, Elena e colaboradores. Tradução de Cláudia Schilling. O construtivismo na sala de aula. 6ª edição. São Paulo: Ática, 2006. 
COX, Kenia Kodel. Informática na educação escolar. Autores associados.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 21ª edição. São Paulo: Cortez, 1993. 
GARCIA, Jesus Nicásio. Manual de dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre, Artmed, 1998.
________. Aplicaciones de intervención psicopedagógicas. Madrid: ediciones pirámide, 2002.
GEARHEART, Bill R. La enseñanza en niños con trastornos de aprendizaje. Tradução de Editorial Médica Panamericana S.A. realizada pelo Dr. Carlos Wernicke. Argentina: Editorial Médica Panamericana, 1981.
JOHNSON, Doris J. e MYKLEBUST, Helmer R. Distúrbios de aprendizagem: princípios e práticas educacionais. Tradução de Marília Zanella Sanvicente. São Paulo: Pioneira: Ed. da Universidadede São Paulo, 1983. 
JOLIBERT, Josette e colaboradores. Formando crianças leitoras. Volume I. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Editora 34.
MEUR, A. de. Psicomotricidade: educação e reeducação: níveis maternal e infantil A. de Meur e L. Staes; [Tradutoras Ana Maria Izique Galuban e Setsuko Ono]. ? São Paulo: Manole, 1989. 
Nova Escola. Ensinar a ler em História, Ciências, Matemática e Geografia. São Paulo, n. 203, p. 42 a 46, jun/jul 2007. 
________. Quatro mitos da dislexia. São Paulo, n. 209, p. 66 a 69, jan/fev 2008.
________. A língua em todas as disciplinas. São Paulo, n. 221, p. 90, abril 2009. 
OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. 
PRESTES, Irene Carmen e MORO, Catarina de Souza. Psicologia e Educação. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2007.
ROSS, Alan Otto. Aspectos psicológicos dos distúrbios de aprendizagem e dificuldades na leitura. Tradução de Alexandra Fares. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1979.
SCHAIN, Richard J. Distúrbios de aprendizagem na criança. Tradução de Dr. Mário Luiz Frochtengarten. São Paulo: Manole, 1978. 
TARNAPOL, Lester e TARNAPOL, Muriel. Distúrbios de leitura: uma perspectiva internacional. Tradução de Betti Raquel Lerner, Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: EDART, 1981.
VALETT, Robert E. Tratamento de distúrbios da aprendizagem: manual de programas psicoeducacionais. Coordenador da ed. brasileira: Leopoldo Antonio de Oliveira Neto. São Paulo, EPU, Ed. da Universidade de São Paulo, 1977.
Leia mais em: https://www.webartigos.com/artigos/a-utilizacao-do-metodo-multissensorial-com-alunos-de-uma-escola-publica-uma-alternativa-para-as-dificuldades-em-leitura/44809#ixzz59mLoY5Za
Nesta semana, muitos professores e pais nos escreveram com dúvidas relacionadas à alfabetização e o uso do método fônico nesse processo. Por isso, preparamos para hoje uma publicação especial com explicação teórica sobre o método fônico e também dois exemplos práticos de atividades que podem ajudar no processo de alfabetização.
Para começar, é importante ponderar que a criança precisa superar três desafios para ler e escrever com fluência:
Descobrir o princípio alfabético, isto é, descobrir o fato de que as palavras são formuladas por fonemas (sons menores do que a sílaba) e que os fonemas, por sua vez, são representados por grafemas (letras);
Aprender a decodificar, ou seja, aprender as relações entre os fonemas e os grafemas que os representam para extrair o som das palavras escritas;
Aprender o princípio ortográfico, ou seja, as regras que regem a escrita das palavras.
O desenvolvimento da consciência fonêmica é a base para a descoberta do princípio alfabético. Consciência fonêmica refere-se à capacidade de identificar os segmentos de som que formam uma palavra. Esses seguimentos se chamam fonemas. O método fônico é a maneira de alfabetizar através dessa conscientização.
Usamos o termo “consciência” porque a criança (ou até mesmo o adulto, quando ele é analfabeto) não tem consciência desses elementos: é por meio de brincadeiras de rimas, assonâncias e aliterações que se toma consciência dos aspectos da palavra.
Todo pessoa que se alfabetiza adquire o princípio alfabético, ou seja, a ideia de que quando se muda uma letra da palavra, muda-se a pronúncia da palavra. Exemplo: se havia lago e mudou para mago, a criança percebe que mudou algo. Se havia pá e virou pé, ela percebe que muda a forma de escrever e de ler a palavra. Quanto mais cedo se adquire esse princípio, mais rapidamente acontece a alfabetização.
Se a criança não adquire a consciência fonêmica, ela pode pensar que as palavras são como desenhos, e passar a decorá-las (o que vai limitar muito seu vocabulário). Ou ela decora apenas as sílabas e compõe as palavras silabando, o que a torna um leitor ineficaz. Somente a tomada de consciência sobre os fonemas permite adquirir o princípio alfabético. Esse é o primeiro passo para uma alfabetização eficaz.
O sistema de escrita da Língua Portuguesa é o sistema alfabético. O alfabeto – composto por 26 letras – permite representar todos os fonemas que nós articulamos para falar qualquer palavra da nossa língua. Esses sons são divididos em vogais e consoantes:
	Os fonemas da língua portuguesa
	Vogais orais
	Vogais nasais
	Consoantes
	/a/ /ê/ /é/ /i/ ô/ /ó/ /u/
	/am/ /em/ /im/ /om/ /um/
	 /b/ /k/ /d/ /f/ /g/ /j/ /l/ /m/ /n/ /p/ /R/ /r/ /s/ /t/ /v/ /ch/ /z/ /lh/ /nh/
Para desenvolver a consciência fonêmica, o professor (ou o adulto que se propor a alfabetizar uma criança em casa) deve apresentar os sons das palavras, mas não de maneira mecânica e sem sentido. Seu objetivo deve ser fazer com que as crianças entendam que:
as palavras têm sons: cada palavra tem um som diferente;
as letras representam os fonemas (você vai usar com elas a palavra “sons”, para facilitar o entendimento);
para mudar a palavra, precisa mudar uma ou mais letras;
quando muda a letra, a palavra fica diferente, tem outro som;
para ler, é preciso identificar os sons que as letras representam (analisar) e juntar (sintetizar) estes sons para formar a palavra. As técnicas básicas são duas: análise e síntese de fonemas, para formar a palavra – essa parte está detalhada mais abaixo.
Neste momento inicial, o objetivo ainda não é o de ensinar a criança a ler ou escrever com ortografia perfeita. Seu objetivo é ajudá-la, através de exercícios, a descobrir que há uma relação bastante sistemática entre os sons que ela ouve nas palavras e as letras que representam estes sons.
Antes de chegar ao fonema, pode-se usar as unidades de segmentação mais conhecidas das crianças: palavras e sílabas. Para ajudar nessa etapa, reproduzimos dois exercícios que ajudam a perceber a segmentação dos pedaços das palavras e a forma de juntar (análise) e separar (síntese) essas palavras:
1 – Síntese oral
Existem várias técnicas para ensinar os alunos a decodificar palavras. As mais comuns e mais eficazes são as técnicas de análise (decompor palavras em fonemas) e síntese (juntar fonemas para formar palavras). O objetivo dos exercícios de síntese oral é ajudar o aluno a compreender que palavras são formadas por unidades menores de som (fonemas e sílabas). O grande desafio é identificar os fonemas – que são a menor unidade sonora das palavras. São os fonemas que estão na base do código alfabético.
É mais fácil juntar pedaços de palavra (sílabas) do que fonemas individuais (letras), por isso, os exercícios que vamos propor aqui envolvem a decomposição de palavras em sílabas. Isso é apenas para ajudar a compreender que uma palavra tem som e dentro dela há pedacinhos. Mas os exercícios não podem parar por aqui e devem avançar para os fonemas.
	EXEMPLO DE ATIVIDADE: DECOMPONDO PALAVRAS
O adulto deve convidar a criança para fazer uma brincadeira. Ele pode iniciar dizendo”vou falar uma palavra em duas partes, e você vai descobrir que palavra estou querendo dizer”. O adulto deve ler cada palavra pronunciando cada parte com muita clareza, fazendo pausa entre as duas partes.
Por exemplo: PAPA_gAiO = PAPAgAiO.  Outro exemplo: teLe_visãO = teLevisãO.
Em seguida, o adulto deve convidar a criança a descobrir as próximas palavras. A criança pode falar uma parte e outra criança a segunda parte, ou então o adulto pode utilizar um boneco para ser o “parceiro” na brincadeira.
O objetivo é a criança descobrir qual palavra está escrita nos seguintes exemplos:
	ele  fante
	passa  rinho
	mari  nheiro
	bici  cleta
	cor da
	qua  dro
	fo  gueira
	papa gaio
2 – Análise oral
A análise é o reverso da síntese. Analisar significa decompor, separar os fonemas (sons) que formam uma palavra. Isso ocorre tanto na leitura quanto na escrita: o código alfabético é reversível, transforma letras em sons e sons em letras. Ele funciona nas duas direções – por isso é importante apresentar os sons e as letras que os representam ao mesmo tempo. O processo de análise envolve:
ouvir a palavra UAI, por exemploidentificar os sons /u/ /a/ /i/
Para ler e escrever, é preciso sempre analisar a síntese de fonemas. Por isso, estes dois exercícios (o de cima e o abaixo) sempre são feitos na sequência, para que a criança compreenda o processo de ida e volta: é assim que funciona o código alfabético.
	EXEMPLO DE ATIVIDADE: OS SONS DOS NOSSOS NOMES
O adulto vai explicar à criança que os nomes também têm pedaços menores. Ele pode dizer: “agora você vai aprender a bater palmas para separar as várias partes ou pedaços dos nomes de seus colegas. Por exemplo: o nome Ernesto (escolha um nome de um amiguinho ou parente). Vamos fazer assim: er  (palma) nes (palma)   to (palma)”.
Em seguida, o adulto deve convidar a criança a fazer isso com o próprio nome.
Depois, ele deve fazer isso com mais nomes de colegas de classe ou parentes.
O adulto deve mostrar que alguns nomes têm números diferentes de palmas.
E, após mostra essa diferença, ele deve fazer isso em ordem: nomes com duas sílabas (Al-fa; Be-to; Ma-ra; Ti-to; etc.). Nomes com três sílabas (Ma-ri-a; Fer-nan-do; Ro-ber-to). E nomes com mais de quatro sílabas: (Da-go-ber-to;  Fe-lis-ber-to;  Ca-ta-ri-na; etc.)
Ajude a criança a compreender que uma palavra tem um som que é só dela, mas dentro dela há vários outros sons.
Essas são apenas alguns exercícios que podem ajudar a desenvolver a consciência fonêmica. Eles não se encerram por aqui e, sozinhos, não são capazes de alfabetizar as crianças.O ideal é que os educadores ou pais dediquem-se ao estudo do método fônico para utilizar os princípios em atividades variadas no dia a dia.
A vantagem desse método é que ele é comprovadamente o mais eficaz na alfabetização, de acordo com evidências científicas. Além disso, pode ser utilizado também na alfabetização de adultos e com crianças com dificuldades de aprendizagem.
	Para quem deseja se aprofundar nesse tema, recomendamos fortemente a leitura do Manual de Consciência Fonêmica, que traz recomendações para trabalhar todos os fonemas da língua e atividades com passo-a-passo. O Manual pode ser utilizado tanto na escola quanto em casa por pais que desejam alfabetizar seus filhos. Para saber como adquirir, clique aqui.
Quer saber ainda mais? Acesse o livro digital Alfabetização: em que consiste e como avaliar, disponível para download gratuito.
 
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Ensino da Língua Método fônico
COMENTE
28 respostas para “Alfabetização: como ensinar a ler e a escrever com método fônico”
Nilc Rodrigues
21 DE ABRIL DE 2016 ÀS 12:10 AM
Adorei! Amo o assunto e quero aprimorar e por em prática cada sugestão . Só não entendi por que no quadro : Os fonemas da língua portuguesa – Consoantes, tem /a/ ,logo pós /p/.
Espero por mais posts com esse tema.Carinhoso abraço a toda equipe Alfa e Beto!
RESPONDER
Instituto Alfa e Beto - Comunicação
22 DE ABRIL DE 2016 ÀS 11:51 AM
Olá Nilc. Obrigada por nos avisar. O /a/ realmente faz parte apenas do grupo de vogais. Já ajustamos o conteúdo. Abraços e obrigado pelo carinho.
RESPONDER

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