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REFLEXÕES SOBRE A FEDERACAO BRASILEIRA

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FACULDADE CAMBURY
CURSO DE REDAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO II
TEMA: 
ELABORA UM CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATICIOS
GRUPO:
Cintia Lorena Rosa 
Elaine A Bueno Vilela
Profª:
Anne Oliveira
GOIÂNIA/GO 2015
Com base na leitura sobre Reflexões sobre a Federação brasileira farei a discussão ganha relevância à medida que surgem no dia a dia das administrações publicas problemas que estão essencialmente associadas às relações entre as três esferas do governo. Temos que analisar os aspectos mais relevantes do pacto federativo estabelecidos em 1988, indicando a importância desse tema e seus desdobramentos recentes. A Constituição Federal de 1988 – nos garantem no seu Artigo 1º, Inc. I ao V - Soberania, Cidadania, Dignidade da pessoa humana, Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o Pluralismo Político. Já no Artigo 5º Inc. I no diz que “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição e pra finalizar o Artigo 6º Caput nos diz: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Diante do exposto já vemos uma grande lacuna existente no nosso País são tantos os problemas sociais que vemos no nosso cotidiano vem a pergunta Por que os nossos políticos não cumpre 1/3 do que esta escrito na nossa lei maior.
O FEDERALISMO BRASILEIRO EM PERSPECTIVA HISTORICA E COMPARADA
 Vejamos agora o modelo federativo vigente no nosso Brasil após a Constituição de 88, essa análise abordará os aspectos legais, socioeconômicos, fiscais e políticos referentes a essa questão. Inicialmente mostraremos como o resultados da discussão constituinte se materializam sob o ponto de vista jurídico. Em seguida, apresentaremos o atual contexto das desigualdades socioeconômicas inter-regionais e analisaremos a atual estrutura de distribuição de recursos entre as esferas de governo e seus impactos sobre os entes federados. E finalmente, observaremos os aspectos políticos que hoje condicionam a discussão sobre a questão federativa no Brasil.
Para melhor compreender as questões que hoje envolvem o federalismo no Brasil, é importante examinar as condições as condições históricas sob as quais essa forma de organizar o Estado foram concebidas e desenvolvidas, o federalismo brasileiro ocorre de modo distinto da maioria dos países que hoje adotam essa forma de governo em vez de nascer uma união voluntaria de suas partes constituintes originou-se na determinação de uma junta militar que chegara ao poder por um golpe de Estado, logo de inicio, evidencia que os princípios federativos descobertos na primeira seção não faziam necessariamente parte do imaginário social da época, pois a nova forma de governo fora imposta e não consensual. O período que compreende as primeiras três presidências da Republica Federativa brasileira foi marcada pelo conflito entre o governo central e os estados, sintomas principais desse conflito foram a insatisfação dos estados diante da indicação dos governadores pelo governo central e as dificuldades deste em lidar com as disputas regionais, o uso de força e da censura foram de maneiras utilizadas para conter as revoltas que se espalham pelos estados, portanto, desde o seu inicio o federalismo adquiriu o sentido de hierarquia de poderes e luta pela autonomia por parte das esferas subnacionais. Após essas conturbadas experiências iniciais, de modo a contentar as oligarquias e criar um ambiente político propicio à implementação de seu projeto de governo, institui a chamada “política dos governadores” , que se baseou na transferência do controle sobre os resultados eleitoral para os governadores, garantindo-lhes o monopólio do poder político em seus respectivos estados. Esse acordo representou uma trégua de mais de 20 anos na guerra entre o governo federal e os estados.
O período de 1945 a 1964 é marcado pela restauração do sistema federativo com a reorganização dos partidos políticos e do sistema de representação. No entanto, o federalismo nesse período foi condicionado por transformação efetuadas pelo período varguista, tais como a conquista de uma maior autonomia decisória para a burocracia federal, a criação de obstáculos para a institucionalização dos sistema partidário, a consolidação das Forças Armadas como a mais influente instituição nacional e, por fim, o surgimento da ideologia nacionalista como condutora dos processos de desenvolvimento econômico, político e social. Nesse período, podemos concluir que a relação entre as esferas tendeu para o reequilíbrio, assim como se equilibrou um pouco mais o poder de influencia dos estados sobre as decisões da União, apesar do domínio paulista em algumas áreas cruciais, alem disso aparecem como características desse período as estruturas clientelistas estabelecidas entre os estados e a União, dadas a fraqueza dos partidos políticos como estruturas representativas das demandas coletivas. Apesar de ter limitado a autonomia dos estados, o governo federal não conseguiu efetuar reformas sem aquiescência da periferia, para obtê-la, operou uma distribuição balanceada de benesses, mantendo a já referida hierarquia entre os estados, mas revelando a necessidade de um apoio minimamente uniforme. Dentro da esfera estadual, a patronagem continuou vigorando, operadora agora pela relação direta entre o governo federal e os municípios.
Para uma melhor compreensão do fortalecimento dos governadores vale ressaltar dois pontos: em primeiro lugar a crise financeira do poder central, a qual determinou o esgotamento do modelo do Estado desenvolvimentista; e em segundo a sua crise de sustentação política; pois não foi criado ao longo da década de 80 um pacto que substituísse a aliança nacional desenvolvimentista. Apesar da vitoria nas eleições indiretas de 1985, com a morte de Tancredo Neves a aliança perde seu maior articulador, o presidente Jose Sarney não tinha a mesma representatividade ou capacidade de articulação política de seu companheiro de chapa, sua autoridade era contrabalançada pelo poder dos governadores estaduais, legitimados pela eleição direta, e pela recém adquirida importância no Congresso Nacional como instituição representativa da democracia. É nesse contexto que se instala a Assembleia Nacional Constituinte, a ala progressista clamava por uma assembleia independente, com o único propósito de escrever a nova constituição, o que conferiria a esta assembleia amplos poderes e permitiria a participação popular mais ativa. Entretanto, foi tomada a decisão de instalar uma assembleia composta pelos membros eleitos para a legislatura ordinária do Congresso Nacional, isso fortaleceu o componente conservador da Constituinte, ao permitir, por exemplo, que senadores indicados pelo regime militar tomassem parte na elaboração da nova Constituinte.
Como já vimos, o próprio surgimento do federalismo no Brasil esteve baseado em princípios distintos e, ao longo da nossa historia, pouco cultuamos os ideais que fundamentam uma verdadeira federação. Temos hoje uma Federação hierarquizada, com estados e municípios extremamente dependentes de um poder central e competindo predatoriamente por recursos para exercerem suas competências pouco claramente definidas. 
As desigualdades econômicas e sociais são elementos característicos do Brasil. Essa afirmativa é valida não apenas quando nos referimos a indivíduos, mas também quando estamos tratando das regiões nacionais, estados e municípios. Essas desigualdades apontam para um problema fundamental na discussão da questão federativa, na medida em que a convivência de entes federados com grandes níveis de diferença econômica e social dentro do mesmo espaço político não contempla a ideia de igualdade e pode ser fonte de tensões significativas.Outros elementos importantes para a questão federativa presentes na Constituição de 1988, na medida em que apontam para a preocupação dos constituintescom as ideias de autonomia, igualdade e cooperação, são ideias de compartilhamento da receita dos impostos e a noção de que as transferências de recursos da União devem ter caráter redistributivo e de equalização da renda entre estados ou regiões. Tais ideias apontam para uma federação em que haja o compartilhamento das responsabilidades tributarias e a solidariedade entre os estados e regiões, de forma que os membros mais ricos da Federação auxiliem, por meio das transferências da União, os entes federados mais carentes. Conforme vimos, a discussão sobre o pacto federativo é essencialmente marcada pelo aspecto político. Nesse sentido, destaca-se a cultura centralista ainda marcante em nossa administração e a existência de grupos significativos que possuem uma visão autoritária das relações entre os entes federados, ambas responsáveis pelas dificuldades e retrocessos nos processos de descentralização. Diante desse quadro, surgem resistências à concessão de maior autonomia aos entes subnacionais, o que acaba resultando em uma certa paralisia na implantação de políticas publicas federais, já que a Constituição de 1988 efetuou uma significativa transferência de recursos para estados e municípios. Eventuais falhas no esforço de mudança dos parafigmas de administração publica podem aprofundar a dicotomia entre a formulação e a consecução dos objetivos planejados. De acordo com o paradoxo das consequências, e segundo a natureza de cada política publica, a influencia dos operadores e receptores dessas políticas quase sempre afasta os resultados das mesmas daqueles previstos pelos formuladores. Pergunta-se a possibilidade de minimização dos efeitos desse paradoxo inevitável não seria outro argumento convincente para a promoção, pelo governo federal, de um federalismo efetivamente mais descentralizador e participativo em relação aos municípios, estados e atores da sociedade civil

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