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Teoria Geral da Prova em Processo Penal

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES – Matrícula nº 201202199216 
 
DIREITO PROCESSO PENAL II 
 
Tema: Teoria Geral da Prova. 
 
SEMANA 1 
 
CASO CONCRETO: 
 
 Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências 
agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas 
redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido 
Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo 
praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa 
moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado 
Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A 
vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como 
aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo 
cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas 
corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da 
prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência 
necessária aos princípios constitucionais pertinentes. 
 
Resposta: 
1ª - A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons 
processualistas defendem a aplicação do PRINCIPIO DA 
PROPORCIONALIDADE e PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE do bem 
jurídico em confronto: a segurança pública e a paz social de u m lado e do 
outro lado o ius libertatis da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa 
corrente, aproveita-se a prova derivada de uma outra contaminada de 
ilicitude na origem. 
2ª - Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova subsequente, 
se independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese do caso concreto, 
em que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal dos meliantes na 
delegacia. 
3ª - Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo Supremo Tribunal 
Federal ( STF), inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer originária 
quer por derivação. 
 
 
 
 
Questão Objetiva 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, 
causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia 
contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, 
e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou 
outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as 
testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para 
Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as 
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de 
Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, 
sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a 
absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de 
prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim 
agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz 
não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz 
não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o 
juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a 
sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance 
para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada. 
Gabarito: Letra "C"

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