Buscar

Casos Concretos 1 a 8 - 2020.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Respostas objetivas estão em negrito 
 
Caso Concreto 1 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências 
agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que 
perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físico-
psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de 
alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia 
consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. 
Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado 
Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. 
A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente 
Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte 
de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o 
advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar 
a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. 
Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos 
princípios constitucionais pertinentes. 
 
 
Exercício Suplementar 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, 
causandolhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu 
denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal 
grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A 
defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também 
presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa 
afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por 
sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas 
de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de 
Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, 
sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a 
absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No 
momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada 
dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como 
o juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve 
condenar o réu. 
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, 
como o juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima 
defesa, deve condenar o réu. 
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, 
como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve 
absolver o réu. 
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de 
proferir a sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que 
estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da 
sentença que vier a ser prolatada. 
 
Resposta- O habeas corpus deve imediatamente ser concedido, tendo em 
vista a evidente violação de vários princípios constitucionais e consequente 
ilegalidade da persecução penal. 
 E o primeiro deles é o Princípio da Legalidade da Prisão. A CRFB/88 
estabelece que ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, e, no caso em 
questão, não existiu nenhum dos requisitos legais para a prisão em flagrante 
nem muito menos decisão judicial autorizadora da medida. 
 Outro princípio violdado é o Princípio da Proibição de Prova Ilícita, uma 
fez que a confissão do acusado foi feita sob tortura praticada pelos policiais 
responsáveis pela prisão. A CRFB/88 dispõe expressamente que ninguém será 
submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, o que não 
deixa dúvidas quanto à ilicitude da confissão. 
 Ademais, há clara fragilidade no reconhecimento dos acusados pela 
suposta vítima. Deve-se ressaltar que esta foi conduzida à delegacia e fez o 
procedimento do reconhecimento já ciente de que os indíviduos presos eram 
supostamente os autores dos crimes. Desse modo, é obvio que a vítima foi 
induzida a recohecer os acusados como sendo os autores do delito do qual ela 
era vítima. 
 Diante do exposto, impõe-se o trancamento da persecução penal 
devido à violações de direitos fundamentais e princípios constitucionais do 
processo penal. 
 
Caso concreto 2 
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por 
conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de 
lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem 
clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento 
de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor de R$500,00 
para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi 
imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o 
Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, 
já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: Pode 
o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime 
do art. 342 do CP? A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada 
válida? 
 
 
Exercício Suplementar 
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se 
afirmar que: 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, 
ainda que tenham desaparecidos os vestígios do crime; 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento 
do Juiz de Direito, fundado no exame das provas em conjunto; 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos 
que a mantenham ou modifiquem; 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, 
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste 
caso, porém, não deverão prestar compromisso legal; 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
 
Respostas- O magistrado do não pode obrigar o padre a depor sob de 
responder pelo crime previsto no art. 342 do Código Penal, porquanto sejam 
proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou 
profissão, devam guardar segredo, havendo exceção para a hipótese de tais 
pessoas serem desobrigadas pela parte interessada e quiserem dar o seu 
testemunho. 
 
Caso Concreto 3 
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o 
aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, 
pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP 
(furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, 
nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma testemunha 
arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, 
dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho 
celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o 
magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 
anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da 
primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, como 
incurso no art. 157 do CP. 
Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os 
fundamentos cabíveis ao caso. 
 
 
Exercício Suplementar 
1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a 
alternativa correta: 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação 
processual sem julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do 
procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia 
ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva; 
b) As decisões interlocutórias mistasnão se equiparam as decisões 
interlocutórias simples, pois as primeiras servem para solucionar questões 
controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo 
trancar a relação processual. Enquanto que as decisões interlocutórias simples 
trancam a relação processual sem julgar o meritum causae; 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não 
pode ser considerada decisão interlocutória mista; 
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão 
controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo 
trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, 
apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação 
processual sem julgar o meritum causae. 
 
2-A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele 
abordou a vítima e, após desferir-lheum empurrão, subtraiu para si a bolsa que 
ela carregava. Nesse caso: 
(a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime 
mais grave que a do furto; 
(b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por 
roubo, devendo, antes, proceder ao seu interrogatório; 
(c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando 
o réu pela praticado do roubo; 
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da 
denúncia, dando ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se 
manifestarem e arrolarem testemunhas. 
 
Reposta- No processo penal, vigora o princípio da correlação entre a 
imputação e a sentença, ou seja, os fatos narrados na denúncia ou queixa 
devem se relacionar logicamente com a sentença. Sendo assim, agiu 
magistrado de forma correta, fundamentando-se no instituto da emendatio 
libelli, expressamente previsto pelo art. 383 do Código de Processo Penal, que 
dispõe: “O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou 
queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em 
consequência, tenha de aplicar pena mais grave.” 
 
Caso concreto 4 
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do 
Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do 
local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e 
preso em flagrante e encontrase preso no Complexo de Bangu, na cidade do 
Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para não ser encontrado 
vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao 
receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, 
determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por 
edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a 
decisão do magistrado? Justifique sua resposta. 
 
 
Exercício Suplementar 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado 
por hora certa, na forma estabelecida no Código de Processo Civil; 
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á 
por carta ou qualquer meio hábil de comunicação; 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, 
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional; 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado 
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado; 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, 
respeitando assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do quartel. 
 
Respostas- Não agiu corretamente o juiz. O denunciado Luizinho deveria ter 
sido citado pessoalmente, em observância ao disposto art. 360 do Código de 
Processo Penal. 
 
Caso concreto 5 
 
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP 
pois, em tese, teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, 
a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e 
Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela 
defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham 
chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais 
testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta-
se: Você, Defensor Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu 
assistido Marcílio? 
 
 
Exercício Suplementar 
(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta 
escrita, o advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe 
provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa 
audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas 
arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da 
audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o 
juiz designe nova data para que sejam inquiridas. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 
(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de 
defesa pode ser feita até o encerramento da prova de acusação. 
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una 
causa nulidade absoluta. 
(C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas 
posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar 
demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias 
ou fatos apurados na instrução. 
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas 
da defesa não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do 
processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa. 
 
 
Respostas- Em favor do réu Marcílio deve ser arguida a nulidade da Audência 
de Instrução e Julgamento, bem como de todos atos a ela subsequentes, diante 
da inversão da ordem de oitiva de testemunhas. 
 Além do descumprimento do dispoto no art. 400 do Código de Processo Penal, 
houve também violação ao princípio constitucional do devido processo legal, 
que garante que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal. Ressalte-se que a violação à formalidade disposta em 
lei constitui-se em imenso prejuízo ao réu, impondo a nulidade do ato prejucial 
à defesa. 
 É firme a jurisprudência no sentido de que, se há efetivo prejuízo a defesa, 
deve ser anulada a AIJ na qual houve inversão da ordem de oitiva das 
testemunhas. O Eminente Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal 
de Justiça já proferiu decisão em habeas corpus com o seguinte entendimento: 
 
“Em um primeiro momento, demonstrado está, ao meu ver, a possibilidade de 
que a oitiva de testemunhas de defesa após a oitiva de testemunhas de 
acusação cujos depoimentos, em princípio, corroboram o que foi alegado por 
ocasião da denúncia, causa prejuízo efetivo à Defesa, o que impede a inversão 
da ordem prevista no art. 400 do CPP. Assim, defiro a liminar requerida 
suspendendo a realização da audiência designada para o próximo dia 30 de 
novembro, até a decisão final do writ.” (HABEAS CORPUS Nº 225.757 - SP 
(2011/0279341-0) RELATOR: MINISTRO SEBASTIÃO REIS JÚNIOR) 
 
 Desse modo, não restam dúvidas quanto à necessidade de anulação da AIJ, 
devido ao prejuízo à defesa, diante da ilegal inversão da ordem de oitiva das 
testemunhas. 
 
Caso concreto 6 
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda 
(pista de ultrpassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de 
Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que 
impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felizberto 
parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu de seu Uber e 
começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da 
PM que passava pelolocal autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde 
foi lavrado termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu 
que ocorrera crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de 
transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, 
ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio ocultou-se para 
não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a 
proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: 
Agiu corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento 
sumaríssimo? 
 
 
Exercício Suplementar 
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as 
seguintes assertivas: 
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena 
máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos 
delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano. 
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se 
a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena 
mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior 
a um ano. 
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes 
previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa 
de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão 
do processo não lhes são aplicáveis. 
Quais estão corretas? 
a) I; 
b) I e II; 
c) III; 
d) I e III; 
e) II e III 
 
 
Resposta- O magistrado agiu de forma equivocada, cometendo um erro in 
procedendo, pois deveria ter aplicado o art. 66, Parágrafo único, da Lei nº 
9099/95, remetendo o processo ao juízo comum para a adoção do 
procedimento previsto no citado dispositivo legal. O Jecrim não se presta a 
causas em que ser torna difícil a citação do réu, em obsevância aos princípios 
da simplicidade, economia processual e celeridade. 
 
 Caso concreto 7 
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está 
respondendo a processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 
11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína em 
um conhecido bar em Copacabana. Realizada a AIJ, na forma do art. 56 do 
mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela 
nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo 
de constatação da substância entorpecente também havia funcionado na 
elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho 
Boca? 
 
 
Exercício Suplementar 
1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção 
INCORRETA: 
A) aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP 
B) em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá 
prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser encaminhado ao Juizado 
Especial Criminal 
C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, 
eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento 
para juntos consumirem. 
D) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído 
no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver 
solto. 
E) Todas as alternativas estão incorretas. 
 
 
2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, 
caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei 
nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da audiência de 
instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse 
interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, como 
determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada 
pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular 
indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável 
à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu 
deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso, 
A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo 
com o Código de Processo Penal, é o último ato a ser realizado. 
B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio 
da especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais 
instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas. 
C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, 
devendo ser automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de 
procedimento incorreto. 
D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento 
adotado, não há uma ordem a ser seguida em relação ao momento da 
realização do interrogatório do acusado. 
E) o juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do 
interrogatório sem a manifestação do membro do Ministério do Público. 
 
 
Respostas- Não assiste razão à defesa, pois o perito que subscrever o laudo 
prévio não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo na 
forma do Art.50, §2º da lei 11.343/06. 
 
Caso contrato 8 
 
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista 
extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua 
namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir 
asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao 
automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir 
a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o 
automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em 
direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. 
Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade 
empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que 
estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que 
constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram 
à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo 
Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo 
eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e 
Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de 
Caio, nos exatos termos da inicial. Na qualidade de advogado de Caio, 
chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu 
constituinte? ; b) Qual pedido deveria ser realizado? ; c) Caso Caio fosse 
pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de 
interposição deveria ser dirigida? 
 
 
Exercício Suplementar 
(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal 
do Júri. 
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo 
das votações, a soberania dos veredictos e a competência exclusiva para 
julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da 
existência material do fato criminoso e de indícios suficientes de autoria) 
é de decisão interlocutória mista não terminativa; 
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas 
fases: judicium causae e judicium accusacionis. O judicium accusacionis se 
inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem 
produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri; 
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro 
espécies de decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e 
condenação. 
 
 
 Resposta 
 A) Há manifesta incompetência do tribunal do júri para o julgamento do caso, uma 
vez que Caiopraticou homicídio culposo, tendo agido com culpa consciente, na 
medida que, embora tenha previsto resultado, acreditou que o evento não fosse 
ocorrer em razão de ele possuir aptidão técnica para a condução de veículos. 
B) Pedido de desclassificação da imputação para homicídio culposo, com o 
consequente declínio de competência. 
C) Recurso em sentido estrito, na forma do art. 581, inc IV, do CPP, que deve ser 
dirigido ao juiz de direito da vara criminal.

Outros materiais