Buscar

9 - Crimes contra a saúde pública

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �8�
CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA – ARTS. 267 A 284 DO CP
Os crimes contra a saúde pública estão inseridos no título dos crimes contra a incolumidade pública (condutas que lesam ou colocam em perigo um número indeterminado de pessoas).
O art. 7º da Lei nº 1.521/51 estabelece como caso de remessa oficial a sentença absolutória por crime contra a economia popular ou contra a saúde pública, ou quando a decisão determina o arquivamento dos autos do inquérito policial.
1. EPIDEMIA
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
1.1. Objeto jurídico 
O crime em questão protege a incolumidade pública no que tange à saúde pública.
Sobre a origem do crime, afirma Mirabete que “como na primeira guerra mundial fora empregada como arma de combate, a disseminação de germes patogênicos capazes de causar epidemias, prática logo proscrita por convenções internacionais, cuidaram as legislações penais de prever o fato como ilícito penal específico.�
	
1.2. Objeto material
1.3. Sujeito ativo 
Qualquer pessoa.
1.4. Sujeito passivo
A vítima é a coletividade. O crime é vago, de vítimas difusas ou multivitimário, já que a vítima é um ente sem personalidade jurídica.
1.5. Núcleo do tipo
A conduta incriminada é causar epidemia mediante a propagação de germes patogênicos.
Consideram-se germes patogênicos os microorganismos capazes de produzir moléstias infecciosas (vírus, bactérias, protozoários)
1.6. Elemento subjetivo do tipo
O crime comporta a forma dolosa ou culposa.
1.7. Consumação
Com o surgimento da epidemia. É crime de perigo concreto.
1.8. Tentativa
A tentativa é admitida apenas na epidemia dolosa, já que o crime é plurissubsistente.
1.9. Estrutura do crime no CP
Quanto ao elemento subjetivo a epidemia pode ser dolosa ou culposa. 
A epidemia dolosa divide-se em simples (art. 267, caput) e qualificada pelo resultado morte (art. 267, § 1º).
Já a epidemia culposa comporta a forma simples (art. 267, § 2ª, parte inicial) e a forma qualificada pelo resultado morte (art. 267, § 2ª, parte final).
2. INFRAÇÃO DE MEDIDA SANITÁRIA PREVENTIVA (ART. 268)
Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
	É norma penal em branco
3. OMISSÃO DE NOTIFICAÇÃO DE DOENÇA (ART. 269) 
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
		Crime próprio (só o médico)
		Crime omissivo próprio
		Norma penal em branco
		Tentativa é inadmissível.
4. ENVENENAMENTO DE ÁGUA POTAVEL OU DE SUBSTÂNCIA ALIMENTÍCIA OU MEDICINAL (ART. 270)
Art. 270 - Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo:
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, a água ou a substância envenenada.
- Núcleos do tipo: Envenenar, que significa misturar substância que altera ou destrói as funções vitais do organismo ou intoxicar;
 Entregar a consumo ou
 Ter em depósito exige finalidade especial e é crime permanente
- Destinada a consumo significa que deve ser utilizada ou ingerida a um número indeterminado de pessoas
- Objetos materiais: água potável, de uso comum ou particular, substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo
- A forma culposa vem prevista no § 2º.
5. CORRUPÇÃO OU POLUIÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL (ART. 271)
Art. 271 - Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a imprópria para consumo ou nociva à saúde:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
6. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS (ART. 272)
Art. 272 - Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º-A - Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º - Está sujeito às mesmas penas quem pratica as ações previstas neste artigo em relação a bebidas, com ou sem teor alcoólico. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
- Núcleos do tipo: 
Corromper (estragar ou alterar para pior); Adulterar (deformar ou deturpar); Falsificar (reproduzir através de imitação); Alterar (transformar ou modificar)
- Forma equiparada: fabricar, vender, expor à venda, importar, ter em depósito para vender, distribuir ou entregar a consumo
- Objeto material: substância ou produto alimentício ou
 bebidas, com ou sem teor alcoólico NOCIVO À SAÚDE OU REDUZINDO O SEU VALOR NUTRITIVO (possível violação ao princípio da proporcionalidade) 
- A forma culposa vem prevista no § 2º.
7. FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS (ART. 273)
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; ((Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)
Modalidade culposa
§ 2º - Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998)- Núcleos do tipo: Corromper (estragar ou alterar para pior); Adulterar (deformar ou deturpar); Falsificar (reproduzir através de imitação); Alterar (transformar ou modificar)
8. EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA (ART. 282)
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
1.1. Objeto jurídico
O objeto jurídico é a saúde pública. 
1.2. Sujeito ativo
Na primeira parte do dispositivo o crime pode ser praticado por qualquer pessoa (crime comum – exercer sem autorização legal).
 Já na segunda parte tão somente o médico, dentista ou farmacêutico (crime próprio – exercer excedendo-lhe os limites).
1.3. Sujeito passivo
A vítima é a coletividade (crime vago). 
1.4. Núcleo do tipo
Incrimina-se a conduta de exercer a profissão de médico, dentista ou farmacêutico sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites.
Trata-se de crime comissivo, pois o tipo penal menciona um fazer. Além disso, o crime é habitual, pois exige uma reiteração de atos que demonstre ser um estilo de vida do agente.
Mencione-se, ainda, que o art. 282 do CP é uma norma penal em branco, de forma que há de ser complementado por lei ou outro ato normativo.
O exercício irregular de outras profissões caracteriza contravenção penal (art. 47 da LCP). 
Por sua vez, a desobediência à decisão judicial sobre a perda ou suspensão do direito relativo ao exercício da profissão caracteriza o crime contra a administração da justiça previsto no art. 359 do CP.
1.4. Elemento subjetivo do tipo
É o dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de exercer tais profissões sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites.
Inexiste a forma culposa, tampouco exige-se elemento subjetivo do tipo específico. 
1.5. Consumação
Consuma-se com o efetivo exercício da profissão. Trata-se de crime habitual e formal.
1.6. Tentativa
A tentativa não é cabível, pois o crime é habitual. 
2.10. Ação penal
O crime é infração penal de pequeno potencial ofensivo, eis que a pena máxima é inferior a 02 anos (art. 61 da Lei nº 9.099/95). O procedimento é o comum sumaríssimo.
A ação penal é pública incondicionada. 
Quanto ao concurso de crimes com o estelionato, ensina Delmanto que: “surgem as seguintes posições: 1) ocorre apenas o crime deste art. 282, parágrafo único, pois se trata de norma especial em relação à norma do art. 171 (princípio da especialidade); 2) se o agente não age de forma habitual, e a fraude é empregada tão somente com o fim de iludir a vítima a pagar o tratamento, há apenas o crime de estelionato; 3) há concurso formal entre os arts. 171 e 282; 4) há concurso material, pois o agente terá atingido dois bens jurídicos distintos (o patrimônio da vítima e a saúde pública). A melhor solução haverá de ser encontrada no caso concreto, pois somente as particularidades da cada um poderão resolver o conflito aparente de normas.”�
9. CHARLATANISMO (ART. 283) 
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
1.1. Objeto jurídico
O objeto jurídico é a saúde pública. 
Ensina Eduardo Magalhães Noronha que o termo charlatanismo “vem do italiano ciarlare, que significa falar muito, tagarelar, palrar etc. É o crime do “conversa fiada”, do que, com lábia, ilude os incautos, fazendo-os crer em curar maravilhosas, em processos infalíveis etc.”�
O charlatanismo é conhecido como o estelionato da saúde pública.
1.2. Sujeito ativo
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa (crime comum), inclusive, o médico. Trata-se de pessoa insincera e que age de má-fé, com o intuito de enganar as pessoas.
1.3. Sujeito passivo
A vítima é a coletividade (crime vago). 
1.4. Núcleo do tipo
Incrimina-se a conduta de inculcar (apregoar, aconselhar, indicar), ou anunciar (noticiar, divulgar). O crime é comissivo.
1.4. Elemento subjetivo do tipo
É o dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível.
Inexiste a forma culposa, tampouco exige-se elemento subjetivo do tipo específico. 
1.5. Consumação
Consuma-se com uma apregoação ou único anúncio. Trata-se de crime formal.
1.6. Tentativa
A tentativa somente é admissível na forma escrita. Na forma verbal não é admitida, eis que o crime é unissubsistente.
2.10. Ação penal 
O crime é infração penal de pequeno potencial ofensivo, eis que a pena máxima é inferior a 02 anos (art. 61 da Lei nº 9.099/95). O procedimento é o comum sumaríssimo.
A ação penal é pública incondicionada. 
É possível o concurso de crimes com o estelionato, caso o charlatão obtenha vantagem econômica em prejuízo da vítima, por meio da cobrança de consulta. Há ofensa a dois bens jurídicos distintos: o patrimônio e a saúde pública.
10. CURANDEIRISMO (ART. 284)
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.
1.2. Sujeito ativo
É o curandeiro, que é um ignorante chapado, pessoa atrasada, que não tem mínimos conhecimentos de medicina, procurando curar doenças através de meios não científicos.
QUADRILHA
O concurso de pessoas não se confunde com o crime de quadrilha; pois, para que haja esse delito autônomo, faz-se necessária a associação estável (caráter duradouro e permanente) para a prática de crimes
FORAGIDO. FALSIDADE. IDENTIDADE. UTILIZAÇÃO. 
Ao prosseguir o julgamento, a Turma, por maioria, concedeu o writ, seguindo o voto do Min. Og Fernandes. Para S. Exa., a conduta do paciente, embora se amolde à prevista no art. 304 do Código Penal, pode ser caracterizada como autodefesa. No caso, o paciente, que era foragido da Justiça, fez uso de documento falso ao apresentar à autoridade policial uma carteira de habilitação falsa. HC 56.824-SP, Rel. originário Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Og Fernandes, julgado em 7/5/2009.
 
� MIRABETE, Julio Fabbrini e FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal. 23 ed. São Paulo: Atlas, 2009, p. 98.
� DELMANTO, Celso e outros. Código Penal Comentado. 8ª Ed. 2010. Saraiva. P. 811.
� Noronha, Eduardo Magalhães. Direito Penal, v. 4, p. 61.

Continue navegando