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Estudo dirigido elenice

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F A P A L
F A C U L D A D E DE P A L M A S 
SAMYLLA AMARAL DOS SANTOS 
ESTUDO DIRIGIDO
PALMAS – TO 
2017
O que é pneumonia? O que caracteriza PAV?
É a inflamação aguda do parênquima pulmonar causada por infecção. 
Caracteriza como uma infecção de vias aéreas que se desenvolve após pelo menos 48 horas de intubação e ventilação mecânica. (CDC; Foglia E et al, Clin Microbiol Rev, 2007)
Objetivou verificar por meio da literatura os cuidados que favorecem a prevenção de pneumonias em pacientes sob ventilação mecânica (PAV). O estudo se caracteriza como uma revisão de literatura do tipo narrativa sobre a temática “cuidados preventivos de PAV”.
Maria dos Prazeres de 43 anos é portadora de leucemia mielóide aguda, internada para tratamento quimioterápico. No quarto dia de internação desenvolve uma alteração na ausculta pulmonar e na radiografia de tórax, com infiltrado na base direita. Você consideraria uma pneumonia hospitalar? Por quê? Internet 
Não. Porque embora o quadro tenha tido início no quarto dia de internação e tenha alterações à ausculta e à radiografia de tórax, falta ainda um critério para a notificação epidemiológica do caso como, por exemplo, febre, alteração da secreção, hemocultura positiva.
Cite 5 medidas importantes na prevenção de pneumonia hospitalar.
Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 450, Avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível, Aspirar a secreção acima do balonete (subglótica), Higiene oral com antissépticos (clorexidina veículo oral).
 Num hospital geral a CCIH detectou que ITU era a infecção hospitalar predominante, especialmente nas enfermarias de lesados medulares e de pacientes geriátricos (>80% de todas as infecções hospitalares). Analise esta situação considerando: internet
Morbimortalidade associada ao evento
Tempo extra de hospitalização
Custos hospitalares
As ITUs hospitalares acometem 2% dos pacientes, sendo as mais prevalentes no meio hospitalar. Portanto, não deve causar espanto que sejam as mais prevalentes no hospital em questão. Entretanto, a taxa entre os lesados medulares e os pacientes geriátricos nesse hospital é surpreendentemente alta. Além disso, esses pacientes têm risco de até 3% de desenvolver bacteriémica e têm taxas de letalidade superiores aos pacientes que não apresentam o evento. Cada paciente têm seu tempo de permanência aumentado em média dois dias e com custo adicional de 600 dólares na sua internação.
Quais são as fontes causadoras da ICS?
As infecções de corrente sanguínea são multifatoriais e apresentam fisiopatologia, critérios diagnósticos, implicações terapêuticas, prognósticas e preventivas. Aquelas de consequências sistêmicas graves, sem foco primário identificável, são denominadas infecções: internet
( ) relacionadas ao acesso vascular periférico
(X) primárias da corrente sanguínea
( ) relacionadas ao acesso vascular central
( ) secundárias da corrente sanguínea
( ) não sanguíneas em outros sítios
Quais os fatores de risco para ISC relacionados ao paciente e ao procedimento cirúrgico?
Relacionados ao paciente
Doenças crônicas 
Obesidade
Tabagismo
Infecções à distância
Desnutrição
Imunodepressão
Natureza e local da cirurgia
Tempo de internação pré-operatório prolongado
Grau de contaminação da cirurgia
Relacionados ao procedimento cirúrgico
Retirada de pelos (tricotomia) 
Preparo da pele do paciente
Técnica cirúrgica
Paramentação cirúrgica
Duração da cirurgia 
Presença de drenos
Instrumental e campos cirúrgicos esterilizados
Profilaxia antimicrobiana
Ambiente
Classificação da cirurgia de acordo com o potencial de contaminação fator clássico de risco tais como: LIMPA, POTENCIALMENTE CONTAMINADA, CONTAMINADA e INFECTADA.
Classifique os tipos de ferida cirúrgica de acordo com o potencial de contaminação.
Limpas, Operações eletivas, primariamente fechadas (taxa de ISC esperada: 2 a 5%;
Potencialmente contaminadas, Há abordagem dos tratos digestivo, respiratório, genitourinário e orofaringe, Situações controladas e sem contaminação não usual (taxa de ISC esperada : 3 a 11%);
Contaminadas, Feridas traumáticas recentes (menos de 04 horas), abertas. É encontrada inflamação, mas não secreção purulenta (taxa de ISC esperada : 10 a 17%) e 
Infectada/Suja, Presença de secreção purulenta, Tecidos desvitalizados, Corpos estranhos, Contaminação fecal e Trauma penetrante há mais de 04 horas (taxa de ISC esperada : 27%)
Qual o bundle de prevenção da PAV?
Bundle de prevenção de PAV: conjunto de medidas padronizado pelo IHI (Institute for Healthcare Improvement). Bundles consistem em pacotes de medidas que aplicadas em conjuntos tem resultados melhores que individualmente. 
O que é IPCS?
Infecções primárias da corrente sanguínea (IPCS) associadas a cateter vascular central. Para as infecções de corrente sanguínea, o maior risco definido é a presença de acesso venoso central. Com finalidade prática, as IPCS serão associadas ao cateter, se este estiver presente ao diagnóstico ou até 48 horas após sua retirada.
 Quais os critérios para diagnosticar ICS?
Hospitalização prolongada;
 Patologia de base;
Imunossupressão;
Má nutrição;
Presença de cateteres e internação em UTI.
Quais os mecanismos que podem levar às infecções de corrente sanguínea associadas a cateter?
Migração de microrganismos da pele, a partir do sítio de inserção do cateter ao longo da superfície do mesmo com colonização da ponta do cateter (principal via para cateter de curta permanência). 
Contaminação direta do cateter e conexões quando manipulados por mãos não higienizadas de forma adequada ou pelo contato com fluidos ou dispositivos (agulhas, etc.) contaminados. 
Menos comumente, cateteres podem ser colonizados por via hematogênica a partir de outro sítio de infecção. 
A infusão de líquidos contaminados também pode ser causa de infecção de corrente sanguínea. 
Quais as principais medidas preventivas das infecções de corrente sanguínea associadas a cateter?
Evidências indicam que a aplicação simultânea de um conjunto de medidas (bundles) é uma estratégia eficaz para redução de taxas de ICS. 
Higienização das mãos; vigilância ao processo de higienização das mãos, incentivar uso de álcool gel. 
Usar luvas estéreis em procedimentos invasivos;
Análise criteriosa da profilaxia antimicrobiana;
Treinamento adequado dos profissionais que manuseiam cateteres, incentivar o uso racional destes dispositivos; 
Orientar o profissional e paciente, sobre a necessidade de manter o mais asséptico possível o local do cateter;
Escolha ideal do local de inserção do cateter (devendo optar-se pela veia subclávia)
Revisão diária da necessidade de cateter com a sua remoção logo que possível
Check-list no momento da inserção
Educar os profissionais da saúde quanto às indicações, instalação e manutenção apropriadas do acesso venoso central e checar a adesão, rotineiramente.
Não troque os cateteres rotineiramente.
Nos casos de infecção local ou sistêmica, não use troca por fio guia.
Cateter implantado em emergência, sem preparo adequado, deverá ser substituído em 48h.
Utilizar o cateter de nutrição parenteral apenas para este fim. 
Checar o frasco e as características das soluções parenterais quanto à turvação, vazamentos, rachaduras e prazo de validade.
Ao realizar associações para administração endovenosa, atentar para a assepsia da manipulação.
Dispor de kits/carrinhos de fácil acesso para inserção e/ou manutenção de cateteres.
Remova o cateter sempre que houver secreção purulenta no sítio de inserção.
Quais as vias de contaminação do meato uretral para a bexiga e qual a principal fonte de contaminação de cada uma?
Após a inserção do cateter, a migração de bactérias colonizadas no meato uretral para a bexiga pode ocorrer pela via extraluminal ou pela via intraluminal. 
Extraluminal: ascensão bacteriana microrganismos colonizam o cateter na superfície externa. As bactérias tendem a subir mais cedo depois da inserção docateter, o que sugere a quebra da técnica asséptica na inserção. A mais comum, fonte ENDÓGENA, via uretral, retal ou vaginal (biofilme).
Intraluminal: as bactérias tendem a ser introduzidas na abertura do sistema de drenagem urinária; também podem ascender da bolsa coletora de urina através do refluxo. Fonte EXÓGENA, através de contaminação de dispositivos, manipulação e abertura do sistema de drenagem. 
Qual a prevenção a ISC nos períodos pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório? 
Pré operatório
Redução do tempo de internação pré-cirúrgico < 24 horas
Avaliação pré-operatória em ambulatório
Internação somente com avaliação pré-operatória
Organização do agendamento de internação e cirurgia
Lavagem das mãos na enfermaria (equipe de saúde) - evitar a colonização do paciente com a flora hospitalar.
Estabilização do quadro clínico do paciente - principalmente o tratamento de infecção prévia
Banho pré-operatório – preparação da pele
Tricotomia
Profilaxia antimicrobiana
 Intra operatório 
Antissepsia de toda equipe cirúrgica
Paramentação cirúrgica completa
Técnica cirúrgica
Uso de drenos
Cuidados com material esterilizado:
Embalagem, armazenamento, validade, controle de qualidade
Manipulação asséptica
Manter a porta da sala fechada
Número de pessoas reduzido
 Pós-operatório 
Curativo
Manter curativo estéril por 24 horas
Manipulação asséptica
Orientar o paciente quanto aos cuidados com incisão

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