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Resumo_ Prevenção das Principais Infecções Hospitalares

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Resumo: Prevenção das Principais Infecções Hospitalares
É o estudo dos fatores que determinam: a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas (pessoa, tempo , lugar)
· Epidemiologia das Infecções Hospitalares 
· Pessoa: idade, doença de base, exposição a fatores de risco( procedimentos, tratamentos, corticóides) 
· Tempo: tempo de internação, tempo de exposição 
· Lugar: unidade de internação 
Obtenção de taxas para conhecimento da realidade e determinação de parâmetros aceitáveis relativos as infecções, 
Identificação de surtos e medidas de controle em tempo hábil, 
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas de prevenção, 
Determinação de áreas e serviços de maior risco, 
Avaliação de fatores associados à ocorrência de infecção, 
Divulgação de informações.
Compreende 
Coleta de dados Análise
Consolidação Interpretação
Planejamento Ação
· Vigilância Epidemiológica 
Vigilância epidemiológica é um processo ativo, sistemático e contínuo de coleta, análise e interpretação de dados durante o processo de descrição e monitoração de um evento de saúde. Esta informação é utilizada para planejar e implementar e avaliar medidas de intervenção. 
· Tipos de Vigilância 
· Geral: consiste na vigilância epidemiológica de todas as IH em todas as unidades do hospital. Ela tem vantagem de demonstrar a situação do hospital como todo e das diversas unidades de internação 
· Dirigida: pode ser dividida em rotatória e sítio específico. 
· Por objetivo: requer uma definição previa do objetivo, referindo qual infecção hospitalar que se pretende diminuir, o quanto será esta diminuição e qual a estratégia a ser implantada. 
· Atividades de Vigilância 
· Coleta de dados 
· Ativa: busca ativa de IH por profissionais da CCIH. 
· Passiva: identificação e notificação de IH por outros profissionais. 
· Período da coleta 
· Internação: coleta de dados durante a internação. 
· Pós-alta: coleta de dados após a saída do paciente.
· Estratégia da coleta 
· Prospectiva : coleta de dados enquanto o paciente está internado. 
· Retrospectiva : coleta por revisão de prontuário após a alta do paciente. 
· Fontes de Dados 
· Baseadas no paciente: análise de prontuários, relato da equipe do hospital e anotações de enfermagem. 
· Baseadas no laboratório: culturas positivas, padrão de sensibilidade aos antimicrobianos.
· Tipos de Infecção Hospitalar 
Os principais tipos são: 
· Infecção Urinária; Infecção Cirúrgica 
· Infecção Respiratória; Infecção da corrente sanguínea
· Grupos de maior risco de adquirir infecções 
· Grupos de risco para IH 
· Pessoas nos extremos das faixas etárias: recém-nascidos e idosos 
· Pessoas portadoras de doenças como: Diabetes, Leucemias, 
· Pessoas com necessidade de drogas imunossupressoras: como quimioterápicos e corticosteroides, 
· Pessoas com alterações em suas barreiras naturais, Pessoas desnutridas, 
· Pessoas com problemas neurológicos que afetam suas respostas reflexas 
· Fumantes (maior risco p/ infecções cirúrgicas e respiratórias), 
· Pessoas obesas (maior risco de infecção cirúrgica). 
· Transmissão das Infecções Hospitalares 
A infecção hospitalar se desenvolve pela combinação de diferentes fatores: 
A. Defesas individuais 
B. Modo de transmissão das doenças 
C. Grau de agressividade do microorganismo 
· Principais Bactérias Causadoras de Infecção Hospitalar 
· Staphylococcus aureus
Grupo dos cocos Gram positivos e catalase-positivos 
· Infecções simples: espinhas, furúnculos e celulites; 
· Infecções graves: meningites, pneumonia, endocardite;
Responsável por mais de 30% dos casos de infecções hospitalares.
· Staphylococcus epidermidis
Pacientes com baixa resistência 
· Infecções: endocardite relacionada a implantes, próteses e cateteres.
· Escherichia coli
Bacilo Gram negativo, podem ser aeróbias e anaeróbias facultativas 
Parte da microbiota normal no intestino;
· Infecções: Infecção do Trato Urinário, Sepse
· Klebsiella pneumoniae
Pneumonias comunitárias; Pacientes imunocomprometidos 
· Infecções pediátricas relevantes
· Pseudomonas aeruginosa
Bacilo Gram-negativo, aeróbio facultativo, tolera grandes variações de temperatura, está presente nas frutas e vegetais, tem preferência por ambientes úmidos . 
· Infecções: em diversas regiões do corpo
· Enterococcus
Bactérias gram-positivas comensal do aparelho digestivo (intestino) e urinário 
· Infecções: Endocardite,Infecção Urinária,Sepse
· Acinetobacter baumannii
Bactéria aeróbia Gram-negativa 
· Infecções: Vias respiratórias e o Trato Urinário
· Principais Infecções Hospitalares 
· Infecção do Trato Urinário 
São as infecções mais frequentes sendo 70% a 88% delas relacionadas a sondagem vesical. Os micro organismos responsáveis pela ITU relacionada à sondagem são os bacilos gran-negativos e enterococos da flora fecal. Ex.: E. coli, Estafilococos. 
· Fatores predisponentes ITU: Doença de base, Cateterização vesical (alívio e demora), Técnica incorreta de sondagem, Sistema de troca da sonda sem técnica asséptica, Tipo de circuito (aberto ou fechado); Violação do circuito; Higiene inadequada do paciente; Manutenção do sistema; 
· Medidas Preventivas-ITU: Avaliar a real necessidade do cateterismo; Lavar as mãos; Realizar o procedimento com técnica asséptica; Utilizar sistema fechado; Não violar o circuito; Não fazer trocas rotineiras do cateter, somente quando houver obstrução; Manter higiene e desinfecção (fricção com álcool a 70%) do circuito Manter a bolsa coletora acima do chão (20 a 30 cm) e abaixo do nível do paciente. Colher amostras de urina sempre no local indicado, após desinfecção com álcool a 70%. Colher sem troca do catéter até o 3º dia de cateter, após isso retirar e instalar um novo e só depois colher a amostra.
· Infecção Respiratória 
Geralmente ocorre quando o paciente necessita de alguma forma de suporte ventilatório, desde a oxigenação por cânula nasal até ventilação mecânica em suas diversas modalidades. 
· Fatores predisponentes -IR: Doença de base, Entubação orotraqueal e Ventilação mecânica, Internação em UTI, Aspiração orotraqueal, Uso de sondas nasogástricas. 
· Medidas Preventivas- IR: Lavar as mãos corretamente Se possível realizar higiene oral antes da entubação e 2 a 3 vezes ao dia. Usar técnica asséptica para entubação e aspiração Não reutilizar soluções para lavar sondas Manter sonda nasogástrica limpa Manter o paciente com cabeceira elevada a 30 graus Evitar instilar água no TOT. Trocar o circuito do respirador a cada 7 dias caso não esteja fazendo uso do filtro bacteriológico, neste caso deve-se apenas trocar o filtro a cada 24 horas. Trocar água dos copos de nebulizações contínuas a cada 24 horas nunca completar. Mobilizar secreções do paciente através de mudanças de decúbito periódicas
· Infecção relacionada aos Dispositivos Intravasculares -SEPSE 
Os dispositivos intravasculares são indicados para administração de soluções endovenosas, medicamentos, hemotransfusões, porém desde tornou-se evidente os riscos de infecção associada ao seu uso. 
· Fatores predisponentes- ICS: Doenças de base Realização da técnica incorreta para inserção do cateter Manipulação inadequada do cateter Administração de medicamentos endovenosos 
· Medidas de prevenção -ICS: Lavagem correta das mãos antes e após manusear o circuito. Técnica asséptica de inserção do cateter. Fazer desinfecção das conexões com álcool a 70% ao manusear. Não preparar medicações com muita antecedência. Preparar medicações com técnica asséptica, Evitar abertura das conexões , utilizar injetor lateral. Trocar o sistema e circuito de soro conforme recomendação.
· Infecção Cirúrgica O risco de infecções de sitio cirúrgico depende de algumas variáveis, extratificou-se o risco de acordo com a classificação da ferida: 
· Cirurgias Limpas- são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passiveis de descontaminação, na ausência do processo infeccioso local ou de falhas técnicas grosseiras. 
Ex.: cirurgia cardíaca, herniorrafia, neurocirurgia, procedimentos ortopédicos eletivos, mastoplastia, masctectomia,cirurgia vascular. 
· Cirurgias Contaminadas- são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante cuja descontaminação seja difícil ou impossível. Ex.: apendicectomia sem processo de supuração, desbridamento de queimaduras, colecistectomia, fraturas expostas e feridas com atendimento após 10 horas. 
· Cirurgias Potencialmente Contaminadas- são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso. 
Ex.: histerectomia, cirurgia do intestino, cirurgia gástrica, feridas traumáticas limpas até 10 horas após traumatismo. 
· Cirurgias Infectadas- são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido órgão (abaixo citados) em processo infeccioso (supuração local). 
Ex.: cirurgia do reto e anus com supuração, cirurgia abdominal com presença de secreção purulenta.
· Fatores predisponentes: Doença base Cirurgia eletiva ou não Classificação da cirurgia Tempo de internação préo-peratório Duração da cirurgia Técnica cirúrgica Preparo da equipe Preparo do ambiente Processamento do material Cuidados com a ferida
· Medidas preventivas: Preparo adequado da equipe Preparo adequado das mãos Diminuição do tempo pré-operatório Tricotomia na menor área possível, o mais próximo possível da cirurgia. O ambiente deve estar limpo, e o mobiliário desinfectado. O material deve ter garantia de esterilização Utilização de técnica rigorosamente asséptica durante o ato cirúrgico Cuidados com a ferida operatória
· Situação do Controle de Infecção no Brasil 
Apesar de muitos esforços, o Brasil ainda enfrenta uma realidade adversa daquilo que se pode julgar satisfatório... 
· Carência de recursos humanos e materiais nas instituições de saúde 
· Ausência de CCIH atuante em grande parte dos hospitais, 
· Profissionais exercendo a função sem conhecimento adequado da atividade

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